Alvo

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Alvo, James e Rose sentaram na mesma cabina após entrarem no Expresso de Hogwarts. A cada ano que passava o trem aparentava estar cada vez mais cheio.

- Não vejo a hora de chegar em Hogwarts! - exclamou Rose. Ela com certeza era a que estava mais empolgada.
- Você vai ver que não vai ser nada demais. - disse James, sempre estragando a diversão de todos. - Primeiro vão colocar um chapéu sujo e imundo na sua cabeça, depois você vai pra casa que foi selecionada, e por fim vão começar as aulas.

   Rose ficou meio chateada com a resposta de James, mas não respondeu nada. Todos ficaram em silêncio na verdade, apenas olhando a paisagem que passava lá fora e os acontecimentos que aconteciam no corredor do trem.
   Alvo não disse absolutamente nada desde que entrou na cabine. Ele estava nervoso demais para pensar em falar com seu irmão ou com a sua prima. Nervoso se ia ou não se adaptar à escola. Nervoso se ia fazer novos amigos. Mas nervoso, principalmente, se ia entrar na Sonserina.
   Já estava mais que na metade da viagem quando a senhora do carrinho de doces passou pela cabine de Alvo.

- Vão querer alguma coisa queridos? - perguntou a senhora.
- Eu vou querer um sapo de chocolate, uma varinha de alcaçuz e um suco de abóbora, por favor! - pediu James Potter. Alvo e Rose até estranharam ao ouvir James pedir por favor.

   Rose disse que não ia querer nada. Já Alvo começou a procurar dinheiro em seus bolsos. Ele tinha apenas um galeão, só deu para comprar um bolo de caldeirão.
   Alvo e seus irmãos raramente comiam doces em casa, pois sua mãe, Gina, não gostava muito de ver seus filhos se empanturrarem de guloseimas. Por isso James já havia dito a Alvo que na escola e no Expresso de Hogwarts eles poderiam comer doces até não aguentarem mais, mas infelizmente Alvo havia esquecido de pegar mais dinheiro.
   Alvo comeu seu bolo bem devagar para não acabar, por isso ele nem sequer ofereceu um pedaço para Rose. James não quis dividir também, mas ao contrário de Alvo, ele comeu bem rápido.
   James já estava em seu terceiro ano em Hogwarts, e para ele tudo havia dado certo. Ele virou goleiro do time de Quadribol da Grifinoria em seu segundo ano. Tinha feito vários colegas, mas sua melhor amiga era Maya Finnigam, filha de Simas Finnigam, e também era bem amigo de Tyler Thomas.
   Alvo sempre desconfiara que James e Maya tinham um caso, mas nunca havia comentado nada. Seu pai, Harry, e sua irmã, Lilian, também desconfiavam. A única que nem imagina uma coisa dessas era Gina. "meu filho ainda é uma criança, não pensa nessas coisas", pensava ela.

- Como está Maya, James? - perguntou Alvo de repente.

   James estranhou a pergunta antes de respondê-la.

- Bem, por que? - ele falou.
- Por nada. - disse Alvo, e deu um sorriso sarcástico.

   Depois a viagem prosseguiu calmamente. Quando faltavam 10 minutos para chegarem na estação de Hogsmeade, todos foram colocar os uniformes.
   Mas foi quando, enfim, todos desembarcaram que Alvo começou a se desesperar novamente.
   O meio-gigante Hagrid, que quase sempre ia passar o natal ou o ano-novo na casa de Alvo, guiou os alunos do primeiro ano para os botes. O restante dos estudantes foram levados ao castelo por carruagens guiadas por testralhos invisíveis.
   A princípio Alvo estranhou muito a viagem de bote, já que estavam submergindo um lago que no qual era habitado por sereianos, um lula gigante e várias outras criaturas sobrenaturais. Alvo dividia o pequeno barco com Rose, uma outra garota, e com um garoto loiro muito estranho.

- Olá! - disse Alvo para o garoto depois de muito tempo.
- Olá! - ele aparentou ficar bem feliz ao ver que alguém falará com ele.
- Meu nome é Alvo, Alvo Potter!
- Meu nome é Escórpio, Escórpio Malfoy.

   Alvo levou um pequeno susto ao ouvir o sobrenome do menino.

- Você... Você é o filho de Draco Malfoy? - perguntou Rose, entrando na conversa.
- Sim, qual é o problema? - respondeu Escórpio.
- Nenhum, nenhum problema! - disse Alvo abrindo um enorme sorriso, que Escórpio retribuiu.

   Depois de ficarem esperando por uma meia-hora em uma sala, os alunos do primeiro ano finalmente entraram no Grande Salão.
   Havia muitas pessoas. Quatro mesas grandes estavam dispostas ao longo do salão, onde nelas estavam os alunos da Grifinoria, Corvinal, Lufa-Lufa e Sonserina. Cem velas estavam sobrevoando cada mesa. O teto encantado estava da cor da noite, sem nenhuma nuvem e com várias estrelas. Também tinha outra mesa gigante na ponta do Salão, onde estavam os professores e outros funcionários.
   Na frente da mesa dos professores havia um banquinho com o Chapéu Seletor, e a Diretora Minerva estava disposta ao lado dele.

- Boa Noite, alunos! Antes de começarmos com a seleção, o Chapéu Seletor vai cantar uma canção. - falou Minerva McGonagall.

   Assim o chapéu posse a cantar. Quando terminou a diretora começou a chamar os alunos para a seleção das casas.

- Alvo Potter. - ela chamou. Alvo se dirigiu até lá, nervoso com o resultado e também por ter sido o primeiro a ser chamado.

   Quando já estava com o chapéu em sua cabeça, Alvo, de tão nervoso, esqueceu o que seu pai tinha dito sobre escolher para qual casa ir. O Chapéu Seletor demorou um minuto para se decidir, mas enfim falou:

- SONSERINA!

Alvo Potter e o mistério do Purgante.Onde histórias criam vida. Descubra agora