Alvo Potter e o mistério do Purgante.

Rose

Rose Weasley observou a sala de aula e ficou satisfeita ao perceber que sua poção havia ficado muito boa. O Professor Patil estava passando pela sala de aula observando os caldeirões dos alunos, até que parou em frente a mesa que ela e Cerise Wood estavam sentadas.

- Senhorita Wood, vejo que teve dificuldades em acrescentar o ovo de cinzal - disse o professor para a garota, que ficou com o rosto mais vermelho que os cabelos de Rose.
-  Já você Senhorita Weasley, vejo que fez um bom trabalho, mas se eu fosse você não teria acrescentando tanto pó de pérola. - continuou o Professor Patil calmamente, e voltou a andar pela sala.

   Rose soltou um muxoxo de frustração por sua poção não ter ficado perfeita, e posse a observar os outros alunos, e viu que o Professor Patil havia parado em frente a mesa de duas garotas da Sonserina. E para a raiva da ruiva, o Professor brandiu em alto e bom som:

- Meus parabéns Senhorita Cooper, sua poção está perfeita! 10 pontos para a Sonserina! - continuou - Bom, hoje tivemos um dia muito produtivo, estão dispensados.
 
   Rose saiu com passos apressados da sala de aula e se dirigiu à biblioteca, afinal não era possível que sua poção não estivesse perfeita. Estava tão distraída que nem viu que outra pessoa vinha na sua direção.

- Ai! - exclamou Rose quando trombou com a outra pessoa. Erguendo a cabeça ela viu que era o seu primo, Alvo Potter.
- Me desculpe Rose, nem estava prestando atenção no caminho.
- Sem problemas Al, eu também estava distraída. Mas onde você está indo com tanta pressa?
- Estou indo pegar o meu livro sobre Quadribol para mostrar ao Escórpio!
- Malfoy? Olhe Alvo, sinceramente, você ter entrado na Sonserina não é um fato de que deveria se orgulhar muito, mas ser amigo de um filhote de Comensal ? Isso é de mais! - disse Rose, irritada.
- Por que, ao invés de julgar os outros, você não tenta melhorar a sua poção? Afinal, ter sido superado por uma Sonserina não é um fato que você deveria se orgulhar, não é mesmo, priminha? - perguntou Alvo, sarcasticamente, e seguiu o seu caminho.

   Mesmo muito irritada, Rose seguiu para a biblioteca. Quando chegou lá apanhou um livro sobre poções, um tinteiro, um pergaminho e uma pena, e se sentou em uma mesa.

- Posso me sentar aqui? - perguntou alguém a Rose. Quando ergueu a cabeça viu que era Lysander ou Lorcan Scamander, (nunca sabia diferencia-los).
- Claro que sim... - respondeu Rose, hesitante.
- Lysander! - apresentou-se o garoto em tom risonho.

   Após um tempo Lysander voltou a falar:

- Você viu aquela garota!? Elizabeth Cooper? Ela é uma hatstall, isso é muito raro!

   Tão vermelho quanto o seu cabelo ficou o rosto de Rose, e ela soltou um bufo de raiva, e respondeu:

- Quem se importa? Só porque ela ficou uns minutos a mais com aquele chapéu velho na cabeça e fez uma poção razoável, não significa que ela é incrível! - berrou Rose. De tão exasperada nem percebeu que bateu sua mão no tinteiro e o acabou derrubando.
  
   O problema não foi ter derrubado-o, e sim, ter derrubado-o na menina que estava sentada ao seu lado: Emma Rock.

- Quem você pensa que é garota? - gritou Emma, que sem que Rose visse, já havia apanhado a varinha e a apontado para ela.
- Me desculpe! Foi sem querer! - respondeu Rose, desesperada.
- Eu vou te mostrar o que foi sem querer, Weasley! Você vai se arre... - mas antes que pudesse completar a frase, uma outra voz foi ouvida.
- Expelliarmus! - berrou uma garota na direção de Emma, e a varinha da mesma foi para a mão da conjuradora.
- O que você pensa que está fazendo, Cooper? - perguntou Emma, com um ódio notável na voz.
- Estou te impedindo de levar uma suspensão, sua idiota. Se você for pega perderemos pontos!  - respondeu a outra, que Rose reconheceu como sendo Elizabeth Cooper.

   Praguejando um xingamento, Emma saiu da biblioteca esbarrando no ombro de Rose, e Elizabeth saiu logo depois.

- É cara... - começou a dizer uma garoto de traços asiáticos. - parece que a mudinha do trem não é tão quieta assim!