Capítulo 7

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Termino de me arrumar, e retoco a maquiagem. Pego minhas malas, ou pelo menos tento, mas sem sucesso. Além das 3 malas estarem pesadas, são grandes. Decido puxar de uma por uma até a escada. Quando chego na mesma ouço a voz da Marie.

— Emma querida, está pronta? O Aaron já está esperando e vocês precisam se despedir dos convidados. — Avisa

Reviro os olhos.

— É necessário mesmo?

— Claro que é Emma. — Sorri — Não seria educado sair sem avisar aos outros.

Puxo as malas pra descer a escada, mas quase caio.

Quer saber? Essa merda vai descer mais rápido. Jogo as malas escada a baixo. Marie coloca as mãos no rosto em sinal de descrença. Mas logo começa a rir.

— Vai estragar tuas coisas. — Diz

— Acredite, não tenho nada valioso aqui, é mais prático. — Dou de ombros.

— Vou pedir que alguém coloque suas malas no carro.

Assinto.

Ela caminha em direção à porta e eu a sigo. Assim que chegamos do lado de fora Aaron se aproxima e me puxa pra mais perto, coloca suas mãos na minha cintura.

As pessoas nos desejam felicidades e eu dou meu sorriso mais falso, me sentindo muito desconfortável com tudo isso. Sinto alguém me puxar, noto que é a Ellie e ela está aos prantos.

— Vai me deixar sozinha agora né Ems? Que bonito. Quem vai aprontar comigo? Quem vai me colocar em encrenca? Chantagear os seguranças pra entrar nas festas? — Dramatiza entre soluços.

— Ah meu Deus. Para de drama Ellie. Eu não vou morrer. — Brinco e ela me dá um empurrão de leve.

— Mas agora você está casada e vai morar em outra casa. E vai viajar, ficar longe e eu vou ficar sozinha.

— Olha, eu estou casada e não inválida. Você sempre vai poder me visitar. E a gente ainda vai aprontar muito. E é só por um tempinho. — Dou um sorriso.

— Se você não me ligar quando chegar lá eu deixo você estéril. — Ameaça.

Rio.

— Acho que você não pode fazer isso não. — Sorrio incrédula. Eu a conheço e ela daria um jeito de fazer isso.

— Qual é Emma. Eu sou Ellie Brooke. E Ellie Brooke pode tudo meu anjo. — Coloca o dedo no meu rosto.

— Falando nisso, pra onde que vocês vão?

— Eu também não sei. Mas assim que eu souber eu te digo.

Me solto do seu aperto e enxugo suas lágrimas. Ela sai e vai em direção à mesa de bebidas.

— Filha...

Me viro e vejo meus pais. Mamãe está chorando. Abraço ela.

— Eu sinto muito meu amor. — Confessa.

— Eu te desculpo mamãe. Sei que vocês fizeram o que acharam melhor. Mas da próxima vez me pergunta primeiro pelo amor de Deus. — Sorrio.

— Eu quero que você seja feliz princesa. — Meu pai está calmo, ou aparenta estar. Sei que por dentro ele deve estar acabado, afinal "perdeu" sua única filha.

Apenas assinto.

Percebo que Aaron saiu. Dou o último abraço da noite nos meus sogros e vejo o mesmo esperando na porta do carro. Caminho até ele e assim que me vê abre a porta pra mim com um pequeno sorriso. O motorista irá nos levar até o aeroporto. Fora isso eu não sei mais nada, nem pra onde nós vamos.

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