Capítulo 6

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estou a rir bué com a imagem do vídeo, ok moving on

Dancei com Mia durante toda a noite, não achando em mim próprio a vontade de a largar. Talvez fosse de já estar mais bêbado que sóbrio e de ela já estar também obviamente bêbada, mas só queria continuar perto dela. A certa altura, Jake e Miles apareceram perto de nós, inicialmente preocupados comigo, mas quando viram Mia e ela os cumprimentou como se fossem as pessoas que ela mais queria ver, eles relaxaram. Pediram-me para tratar bem dela e de mim próprio e eu prometi que o faria. Perguntaram-me se queriam que eu esperasse por eles e antes de eu abrir sequer a boca, Mia falou por mim, garantindo-os de que ela iria tratar de mim e levar-me para sua casa. Por uns segundos, eu vi que Jake ficou chocado a olhar para ela, mas rapidamente recuperou e soltou um leve riso, encolhendo os ombros.

Depois disso, continuámos a dançar, cada vez mais próximos. Apesar de ela, de vez em quando, depositar beijos leves no meu pescoço, eu ainda não tinha tido a mesma liberdade. Sentia que, assim que o fizesse, iria tornar tudo real. Enquanto fosse ela a fazê-lo, podia fingir que era algo que ela fazia a toda a gente quando dançava, apesar de saber perfeitamente que estava a mentir a mim próprio. No entanto, as minhas mãos estavam incontroláveis, parando no seu rabo algumas vezes, antes de voltarem a pousar nas suas ancas e de a puxarem para mim. Ela sorria-me quando eu o fazia, tentando aproximando-se ainda mais de mim, mas já não dava. Estávamos colados.

- Asher? – gritou ao meu ouvido, e eu olhei para ela. – Podemos ir?

- Podemos.

Acontece que ela vivia bastante perto do bar e chegámos lá depois de à volta de sete minutos a andar devagar, porque ela não queria andar rápido. Quando chegámos ao seu edifício, ela sorriu-me abertamente e observou a minha reação. Não sabia se ela esperava que algo acontecesse em sua casa, mas tudo no meu corpo queria que isso acontecesse. Ela abriu a porta, depois de tirar duas chaves soltas do seu sutiã, e eu deixei-a passar. Quando fechei a porta, o meu instinto agiu mais rápido que eu, pois a primeira coisa que fiz foi voltar a segurar Mia quando ela saltou para cima de mim, mais uma vez.

Como da primeira vez, as suas pernas envolveram-se na minha cintura como se fosse a sua arte preferida. Os seus braços prenderam-me a si pelo pescoço, e eu olhei-a, alternando entre observar os seus olhos e os seus lábios. Porra. A sua face aproximou-se da minha, mas ela não me beijou. Sussurrou o andar ao meu ouvido e beijou o meu pescoço, claramente indicando-me que esperava que eu a segurasse durante a viagem de elevador. Todo o meu controlo estava a ser posto à prova por ela, mas controlei-me. O meu corpo reagia facilmente ao seu, no entanto, e eu não consegui impedir os pequenos gemidos que saíam de mim quando ela beijava certos pontos do meu pescoço.

As minhas pernas ameaçaram ceder quando senti uma picada forte no pescoço. Apertei-a instintivamente contra mim, com tanta força quanto a que ela usou para fazer um chupão na minha pele, mas ela não se queixou. A porta do elevador abriu-se e ela guiou-me para a esquerda, entregando-me uma chave. Perguntei-me se ela vivia com a irmã gémea, mas não disse nada. Se vivia, Mia obviamente não tinha nenhum problema em relação a isso. Encolhi os ombros e deixei que os seus sussurros me guiassem até ao seu quarto. Fechei a porta atrás de mim e caminhei até a uma cama com um edredão amarelo, algo que eu associei imediatamente à felicidade que irradiava constantemente de Mia.

- Quando é que me vais beijar, Asher? – questionou, apertando-me contra si, quando a pousei na sua própria cama. Pausei, durante uns momentos, a olhar para ela.

- Agora. – prometi, antes de pousar os meus lábios no seu pescoço pela primeira vez naquela noite.

A sua reação foi automática, como se ela desejasse aquilo desde sempre. O seu corpo tremeu sob o meu toque e eu fui incentivado por isso mesmo, retirando o tecido do vestido justo que ela usava pelo caminho. A certa altura, não foi preciso puxar muito para toda a peça sair e ela estar apenas com a parte inferior da roupa interior à minha frente. Fechei os olhos, mordendo o meu lábio, e deixei que ela tirasse a camisa que tinha usado naquela noite. Quando me vi livre daquele constrangimento, encostei as nossas testas. Olhei para os seus olhos de ónix, recebendo perfeitamente a mensagem que me tentavam passar.

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