Amor em chamas

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NOTA: Antes que você leia isso caro leitor quero dizer que se trata de um pequeno conto baseado na música Afire Love, do cantor Ed Sheeran. Obviamente o conto não é idêntico à música, mas tentei me inspirar nela para escrever. Então, espero que goste!

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A vida de André sempre foi diferente da das outras crianças.

 André foi adotado por um casal lésbico. Um casal que foi responsavel por ser tudo que aquele garoto abandonado precisava.

 Lorena e Amanda são e sempre foram mães incriveis, mas como tudo que é bom tem que ter um pouço de tristeza, Amanda acabou descobrindo por conta própria os piores jeitos de sofrer por uma doença.  

 A mulher alta e de pele negra nunca pensou que seria vítima de câncer. Não tinha antecedentes na família, bom, pelo menos na parte que conhecia não havia nenhum indício. Já na parte materna, não podemos saber ao certo. 

 O pulmão da morena foi totalmente afetado pela doença. E depois de um tempo, a felicidade que ontem existia, foi levada pelo diabo embora. 

 Mas se engana quem acha que ambos não lutaram pela vida da mulher. Mas não importa quantas vezes você levante e cante aleluia, tragédias sempre vão estar aí. Sempre se preparando para bater na sua porta. 

 E foi assim que no dia 20 de outubro daquele mesmo ano Amanda morreu. História triste para um garoto de 17 anos na época. História triste para uma mulher que superou tudo por amor. Que superou cada comentário ridículo ou preconceituoso por simplesmente amar aquela mulher com tantos adjetivos que nunca seria capaz de definir apenas um. 

O enterro foi em um dia chuvoso na cidade de São Paulo. Uma típica cena triste em algum filme triste por aí, mas a diferença lá é que, não era ficção. Foram tempos sombrios, foram tempos de dor, mas que, por sorte, passaram.

 Anos depois de tudo isso, André não era mais um garoto de 17 anos. Ele já era alguém muito mais amadurecido na vida. Alguém que superou a morte trágica de uma das suas mães. 

 André agora está no segundo ano da  faculdade de engenharia civil. E é muito feliz, obrigado. 

 Mora sozinho em um apartamento em São Paulo capital, mas sempre que pode, foge para a casa da mãe. 

 Mas o nosso personagem precisa admitir a si mesmo que tem um pequeno trauma com o amor. Não que saísse por aí rejeitando qualquer garota bonita que olhasse na cara dele, mas nosso tão amado André nunca se envolveu de verdade até conhecer Julia. 

 A garota que estuda história da arte e é mais doida que um manicômio inteiro. Mas também mais apaixonante que um CD romântico completo.

 Ela tem os olhos escuros que falam por si só. A boca em um formato intrigante. Os fios vermelhos que cobrem aquela cabeça relativamente normal. E é claro, uma pele branca macia que aparentava ser feita de seda. 

 André não havia entendido como chamou a garota para ir até um barzinho na Augusta junto com seus amigos. André estava desmaiado pela própria coragem. André estava totalmente apaixonado, só não diga isso para ele. 

 André está muito bem acomodado em uma cadeira ao lado de Maurício. Mas André está... nervoso? 

- Tá tudo bem cara? - questiona Maurício com uma curiosidade zombeteira. 

- Eu tô ótimo, porque não estaria? 

- Parece que tem formiga na bunda! Toda hora fica se remexendo na cadeira. - Liz exclama rindo do próprio amigo, mas sabendo perfeitamente o por quê daquilo. 

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