Capítulo 13

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LISTEN UP YALL CAUSE THIS IS IT THE HIT THAT I'M BANGING IS THE - peço desculpa, comecem a leitura


- Sabias uma coisa, Asher? – olhei para ela, esperando que ela continuasse. – É possível parar de olhar para o telemóvel.

- Interrompeste o meu raciocínio para dizer isso? – perguntei, levantando uma sobrancelha.

- Tu sabes que ele está bem, Ash. Tu próprio disseste que ele está melhor com a tua avó que em qualquer outro lado. – apontou para a minha cara, mas eu ignorei-a. – Ele tem dezasseis anos e, para além de ter passado por aquilo, ainda teve que mudar de escola e construir todo um outro grupo de amigos. Não tem tempo para ti.

- Ele que arranje, então. – ela revirou os olhos e grunhiu, de frustração.

- O pequeno Asher Miller de dezasseis anos ia gostar que o irmão mais velho lhe estivesse sempre a ligar? – suspirei – Bem me parecia. Agora, dá-me o teu telemóvel.

- Não!

- Dá-me o telemóvel, Asher. – ordenou, deixando a sua voz ficar mais grave. Olhei para a sua mão esticada.

- Ele...ele pode ligar.

- Pois pode. Caso o faça, eu atendo e depois dou-to de volta. No entanto, ele não o vai fazer. Sabes porquê?

- Porquê?

- Porque foi a um encontro. – encolheu os ombros.

Paralisei. Um encontro? Ele não me tinha contado nada disso. Semicerrei os olhos ao observar a rapariga à minha frente, considerando seriamente que ela estava a gozar com a minha cara. Mas quando a sua expressão se tornou numa de vitória, eu cheguei facilmente à conclusão de que o meu irmão preferia obviamente ser amigo dela do que meu. O que era completamente compreensível, mas isso não significava que o irmão protetor que existia em mim – e que, no momento, compunha cerca de noventa e nove porcento de mim – queria saber. Esse irmão protetor sentia-se traído porque o seu irmão mais novo não lhe tinha contado algo tão importante.

Porque é que ele confiava mais nela? Talvez fosse devido ao facto de eu me ter tornado extremamente inseguro sempre que ele me falava em rapazes que se aproximavam dele. A minha avó tinha-me descansado com o facto de que a sua vila era incrivelmente aberta em relação a assuntos LGBT, mas eu estava constantemente com medo que o meu irmão se magoasse mais uma vez. Ele tinha confiado nos próprios pais e o resultado já todos nós sabíamos. No entanto, ele era melhor pessoa que eu e, com isso, vinha confiar mais facilmente nas pessoas.

Suspirei. Tinha sido superado no papel de irmão mais velho.

- Com quem? – questionei, sentindo-me derrotado, e ela sorriu mais abertamente.

- Ele chama-se Patrick, o Deke mandou-me uma foto dele, deixa-me procurá-la... Acho que tem dezassete anos, mas o teu irmão disse que estavam no mesmo ano portanto suponho que tenha perdido um ano de qualquer maneira. – voltou a encolher os ombros, enquanto deslizava o polegar pelo ecrã do seu telemóvel. – Aqui está.

Fui enfrentado por uma foto de um rapaz que até eu achei giro. A primeira coisa que passou na minha mente foi que o meu irmão definitivamente tinha bom gosto, porque o rapaz era bastante atraente. Olhos verdes, cabelo pouco mais claro que o meu, tinha aparelho mas um sorriso tão bonito que devia estar prestes a tirá-lo. Mia contou-me que eles jogavam futebol juntos e que se tinham conhecido na equipa. Assenti ao ouvi-la contar que o meu irmão gostava bastante dele e que já eram amigos, apesar de ele só estar a viver com a minha avó há três semanas.

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