Cinderela (camren version)

Prólogo

CAMILA POV

- Mija
- Papa - corri de encontro ao meu pai que me abraçou apertado, não nos víamos a pelo menos uma semana, ele teve de viajar a negócios, o que eu entendia perfeitamente, isso se fazia necessário para que as coisas se mantessem em perfeita ordem
- Aqui está minha querida - ele me estendeu a rosa vermelha viva com muitas pétalas e com detalhes impecáveis
- Papa você sempre a encontra, ela é linda, obrigada - mais uma vez fui de encontro ao seu corpo envolvendo em um abraço que foi muito bem recebido.
- Eu moveria montanhas pra trazer o seu pedido hija - sorri acariciando a rosa e então minhas duas irmãs Verônica e Lucy saíram de casa 
- PAPI PAPI, trouxe os nossos vestidos? - elas pulavam euforicamente 
- Claro meus amores - ele retirou duas embalagens estendendo então em sua direção o que causou gritinhos animados nas duas e fez com que ela corressem de volta para casa para que provavelmente pudessem se vestir.
Eu ao contrário de minhas meias irmãs preferia coisas simples, como uma rosa para que eu pudesse guarda-lá com carinho dentro dos livros e sempre me lembrar da mamãe, que era o principal motivo para eu ser amante desse tipo de  flor.
- Com tem ido a colheita mija?
- Está bem papa, conseguimos colher bastante trigo essa semana, e nos rendeu um bom retorno
- Isso é ótimo querida - ele segurou minhas mãos e depositou um beijo nelas enquanto isso minha madrastra saia de casa
- Querido - ela lhe deu um beijo casto nos lábios
- Ahm ...é eu já vou indo - peguei minha cesta na qual havia colhido morangos e logo adentrei em casa
Alexa era uma mulher de beleza impecável, porém era rude e  gostava de esbanjar riqueza em tudo que tivesse a oportunidade, suas filhas não eram diferentes, viviam para luxo e poder, acredita que elas fizeram o papa comprar dois carros? Um pra cada meia irmã, o que ao meu ver era totalmente desnecessário.
Subi as escadas e vi de longe que ambas estavam vestidas com seu vestido novo, me escorei na porta observando
- Qual é Karla? Vai encarar de longe? Entra logo - Lucy disse
Entrei pedindo licença
- O que achou irmãzinha? Fiquei boa nesse vestido novo? - Verônica disse
Acontece que ambas escolheram cores fluorescentes que quase cegavam os meus olhos mas limitei em dizer
- Nossa ficou muito bonito, caiu super bem em você
- Eu sei disso - ela respondeu confiante rindo
- Porque usa esses vestidos Karla? Você precisa de um pouco mais de cor, olha esse seu cabelo, está tão seboso que posso usar para fritar nossas batatas fritas
Ambas riram
- Ei, isso não é verdade, eu os lavei e minhas roupas estão limpas!
- Não mais - elas passaram por mim e bagunçaram todo o meu cabelo criando um verdadeiro nó
Bufei frustrada sentando em frente a penteadeira, dando um jeito naquele estrago, quando escutei batidas na porta
- Pode entrar
- O almoço está na mesa querida - meu pai disse e eu devolvi um sorriso
- O que houve?
- Nada papa, estou apenas ajeitando - ele assentiu fechando a porta
Suspirei bati em meu vestido e me dirigi a sala de jantar
- Karla, você vai querer 2 ovos? Ah não pera a Verônica pegou todos - e mais uma vez elas deram aquelas risadas finas na qual eu precisaria engolir a fim de evitar confusões
- Não vai se sentar Karla? - minha madrastra disse seca
- Vou, apenas vou lavar as mãos
- Quem olha assim até acha que é limpa - Verônica cochichou pra Lucy e ambas riram
- SILÊNCIO - minha madrastra gritou assustando a todos - É melhor começar a comerem - ambas assentiram e meu pai olhava com olhar de negação para todas
Me sentei a mesa e vi que tinha apenas o básico, o que tinha de conteúdo minhas irmãs fizeram questão de não deixar sobrar, vi papa me encarando com um olhar triste e logo ele me passou um bife inteiro
- Papa eu..
Ele fez um sinal com os dedos e eu sorri sussurrando um obrigada
Após o almoço decidi caminhar no jardim, amava qualquer tipo de contato com a natureza, sentei no banco que continha ali e fiquei olhando ao redor quando senti alguém se aproximar
- Tudo bem querida?
- Sim papa, não se preocupe
- Sabe, eu disse a elas para não lhe tratar assim!
- Eu sei, mas sabe que é difícil, e eu estou bem, você está em casa e eu não posso deixar nada me abalar depois disso
Ele sorriu e me beijou a testa
- Eu não vou deixar que lhe tratem assim
- Papa, porque ainda está com ela? Ela é tão rude, tão grossa, ela apenas quer seu dinheiro!
- Eu a amo filha
Eu sabia que deveria aceitar a decisão do meu pai, mas na minha mente não se passava o que meu pai fez para merecer uma mulher tão desse porte como Alexa.
Suspirei
- Tudo bem papa
- Mas, podemos conversar e resolver tudo o que acha?
- Seria bom - sorri
- Prometo que vou tentar, agora seu velho vai pro escritório, tenho alguns e-mais pra responder, aparece lá para o café vou adorar a hora do chá
Dei risada, quando eu era pequena eu adorava fazer com ele e com a mama a hora do chá, tomávamos café juntos na minha xícara de plástico, me peguei sorrindo pro nada
- Sente falta dela não é?
- Com toda a minha vida
- Eu também querida, eu também ele me beijou a testa e eu me permiti ali se aconchegar em seus braços, e eu sei que enquanto ele estivesse ali nada poderia me machucar.

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