CAPÍTULO 28: Festa de natal pt. 1

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      Já era quase quatro horas da tarde. E depois que eu e minha mãe reviramos o guarda roupa, enfim eu estava pronto. Estava com uma calça marrom, uma camisa de manga comprida azul,  e um sapato da cor dourada. Eu estava com muito medo de estar estravagante. Ou passar a mensagem de que estava contente com a visita dele.
      Eu estava terminando de arrumar meu cabelo. Meus pais haviam saído, minha mãe achou melhor deixarmos nos sozinhos, e meu pai já não gosta tanto de Pablo. Meu pai criou uma certa barreira entre ele e Pablo, os dois só se falavam por causa dos poucos negócios que os dois tinham juntos.
      Ouço alguem bater na porta e meu coração dispara. Eu estava tão distraído me arrumando que nem vi que havia começado a chover e chovia muito forte.
      Desci pra abrir a porta e lá estava ele. Pablo estava encharcado por causa da chuva.

— Meu deus Pablo! — Falei o puxando pra dentro de casa. — Você esta encharcado.

— Eu sei! — Ele falou rindo.

— E não ri, você pode pegar uma gripe.

— Nada.

— A cale a boca, eu vou pegar alguma coisa pra você vestir.

      Por sorte Pablo usava o mesmo tamanho de roupa que eu. Fui até o quarto e voltei com as roupas.

— Aqui!

      Ele começou a se despir na minha frente mesmo.

— O que está fazendo? — Perguntei surpreso.

— Eu estou me trocando.

— Mas no meio da sala? No fim do corredor tem um banheiro.

— Ah, não seja bobo, você esta com vergonha por que eu estou me trocando na sua frente?

— Não tenho problema nenhum com isso.

— Ótimo.
 
      Ele tirou toda a roupa ficando só de cueca. Que visão, seu corpo malhado. Que homem perfeito eu pensei, foi difícil não agarrar ele ali mesmo.
      Ele percebeu que eu não conseguia tirar os olhos do corpo dele e sorriu.

— Gosta do que vê? — Perguntou ele com uma voz sedutora.

— Na verdade não gosto. Agora se veste logo!

      Ele se vestiu e sentou no sofá e eu sentei do lado dele.

— Então,o que você quer?

— Me desculpar!

— Pelo que? — Eu fiquei surpreso.

— Por uma coisa que eu fiz a um ano atrás, não tem um dia que eu não me arrependa, quero me desculpar pela forma que eu te tratei na minha casa, eu não queria falar nada daquilo, mas eu não conseguia achar uma forma de não machucar você. — Ele colocou as mãos na cabeça. — Eu sabia se você soubesse que eu não te amava, de alguma forma você ia me deixar, e superar. Mas eu não esperava que você fosse embora. — Eu me levantei confuso.

— Você está me dizendo que tudo que você falou é mentira?

— Exatamente isso, eu menti quando disse que não te amava, eu nunca contei uma mentira. E eu nunca pensei que você fosse acreditar em mim. — Eu estava atordoado. — Vítor, eu nunca deixei de amar você, mas eu tinha que manter você seguro, eu tinha que te proteger, mesmo que isso fosse te destruir.

— Você acabou comigo naquele dia, você tem noção? Eu fui embora, deixei meus pais, todo mundo.

— Eu sinto muito.

— O que você acha que esta fazendo brincando comigo dessa forma? Eu teria lutado por você, eu não pedi pra você me proteger. Eu teria ficado e lutado contra todos.

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