ÚNICO

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    Um segundo pode ser suficiente para fazer surgir um furacão em um dia insolarado e sua vida vira ponto cabeça. 

    Em um segundo estava dentro de uma carro na companhia de minha felicidade em pessoa, e em outro, tinha o farol de um caminhão perto, muito perto. Não sei de onde surgiu, mas estava perto e mesmo parecendo tudo está em câmera lenta, eu sabia que não conseguiria escapar.

    E não conseguimos.

    – Jihoon, isso tudo é algo pesado. Tudo estava indo bem e tudo mudou, mas é um milagre você ainda estar vivo. – Vivo sem braços. Vivo sem a pessoa que me fazia feliz? Isso esta sendo viver? - Que tal tentar falar algo? Vou ter que continuar lendo mente? – Não pedi para está aqui, não quero falar sobre a minha desgraça, não quero viver. Não sei o que é pior, ser dependente ou Soonyoung não sai daquele maldito coma. – Soonyoung logo acordará, os médicos falaram sobre sua melhora. – Mas ele não acorda, pensei sem paciência encarando o relógio na parede... Faltava 5 minutos. – 5 minutos, Jihoon, um palavra e está livre. – Fiquei a encarando os tais 5 minutos. Nunca meus pais e irmão gastaram tanto dinheiro em meses em vão.

    Após o tempo passar, me levantei... Pelo menos ainda tenho pernas. Fui até a porta e esperei Hyung abrir a porta como de costume.

    – Nada? – Falou me olhando, mas se dirigiu a senhora que imaginei esta atrás de mim. Não ouvi uma resposta, mas ele sorriu passando o braço sobre meus ombros, me puxando contra se. – Saiu aquele filme que você tanto me encheu o saco. – Falou enquanto caminhamos em direção a saída. Mas se eu fala dele direto, foi por Soonyoung não parar de falar...

    – Soonyoung. – Falei pela primeira vez no dia, não é que eu não consiga falar, é só que eu não posso... Eu não quero.

    – Sua palavra chave, espero que ele volte logo. – Falou bagunçando meu cabelo. – Então vamos ver a bela adormecida. Já tentou beijar ele de novo? – O olhei sério. – O quê? Você é mudo, não sem boca, língua, lábios... Ai. -Reclamou quando chutei seu pé. – Tá, tá, vamos.

~'• . •‘~

    – Por quê você não acorda logo, Youn? - Perguntei quando Hyung saiu do quarto de Soonyoung, nos deixando sozinhos. – Eu sinto que vou explodir a qualquer momento... Minha mente está me traindo, o que devo fazer? Se eu falar para hyung, sei que eles vão gastar mais dinheiro em vão com aquela psicóloga. – Suspirei pesadamente me deixando deitar a cabeça sobre seu corpo. – Ela está de volta, está me corroendo mais rápido que da última vez, não sei se vou conseguiu me matê firme.

    – Ainda estou aqui, Hoo. – Ouvi no mesmo instante em que senti uma mão pesar em minha cabeça. Virei meu rosto rápido para o olhar com esperança de não ser uma ilusão. Senti sua mão quente apoiada em minha bochecha. Seus olhos estavam abertos, minimamente.

    Nesse momento tudo só piorou, uma parte de minha mente dizia que com a certeza do universo que conhecia Soonyoung, ele o amava o bastante para o deixar por perder seus braços, já a outra tentava derrubar essa parte a todo custo, e a certeza já não era mais forte.

    – Não pense, Hoo. – Sussurrou já sabendo onde minha mente estava. – Você não está bem?

     – Ela está mais forte, Youn. – Falei sem rodeos. Seus olhos abriram mais um pouco.

    – Está fisicamente bem, Hoo? – Ele começou a me analisar, e meus pensamentos afirmavam que ele não iria me querer. – Quanto tempo?

    – 7 meses.

    – Não pense muito, Hoo, me diga o que está pensando. – Falou mais atento.

     – Talvez amanhã, ou quando sair, Young. Acho que já acabou...

     – Vamos, Jihoon... Ooh ele acordou, vou chamar o médico. – Hyung falou entrando e logo saindo do quarto.

~'• . •‘~

     – Hoo, me conte seus pensamentos. – O ouvi falar.

    – Eu não queria, Young. – Suas mãos pressionaram minhas bochechas. 

     – Eu estou aqui, Hoo. – Falou sorrindo largamente.

     – ...Foi difícil, Young... E-eu acabei assim, você não acordava, eu me fechei a um nível que, falava uma palavra ao dia... As pessoas... O que elas falavam... O que elas pensavam... Como elas olhavam... Tudo fazia me sentir pior, e me questionar o porquê de ainda está aqui. Te coloquei como ração, mas minha ração foi se perdendo, e tudo que estava certo era errado, mesmo sabendo que estava certo, pensava que era errado... Este é o nível que estou, Young, não estou aguentando... – A essa altura, já estava chorando. Era isso que acontecia quando eu falava livremente sobre o que se passava em minha mente.

     – Você conseguiu das outras vezes, vai conseguir dessa vez também, eu sei que vai, Hoo. – Falou firme, soltando meu rosto para me abraçar.

     – Eu não consigo pensar assim, Young...

     – Se eu estou dizendo que vai, é por quê vai. – Afirmou me apertando.

    – Mas Young...

    – Sem mas, Hoo, vamos a outro psicólogo.

     – ... Queria te abraçar. – Acabei por falar após um silêncio, me dado por vencido.

     – Seus braços não são diferente de seu coração. – Falou me apertando forte contra se. – Meu coração é o seu coração, meus braços são seus braços, minhas pernas são suas pernas.

[SOONHOON] Espera  PerigosaOnde histórias criam vida. Descubra agora