⌜⌞ Capítulo Dez ⌟⌝

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Jisung estava bonito naquele dia. Vestia um macacão jeans por cima da camisa amarela. Todos se surpreenderam, pois nunca o viram usando outra cor senão amarelo ou preto. Mas, ao vê-lo tão radiante, Mark achou que seria injusto enganá-lo daquela maneira e decidiu entregar a carta de "Não é mútuo".

No dia seguinte, lá foi Mark entregar a carta para Jisung. Resolveu, de última hora, que iria terminar mesmo com aquilo, logo no início. Chenle não gostava dele, e aquilo teria de ficar claro ou traria consequências ruins.

Enfiou ambas na mochila, e saiu apressado para não perder a carona de Jeno. Conversaram o caminho todo sobre a escola e como o Chen Le está ficando insuportável.

— Sinceramente — dizia Jeno —, acho que ele gosta realmente de você.

— De todo modo, Jeno, eu não gosto dele — Mark deu de ombros e deu uma mordida na maçã que comia.

— Ainda com esse papo de "eu gosto de outra fruta"? — Jeno esticou as pernas, e viu o seu motorista particular olhá-lo rapidamente e depois voltar a sua atenção ao trânsito.

— Calma aí, Jeno. Chen Le não é o único garoto do mundo — Mark esclareceu — Se eu gostasse de garotos, não seria dele.

— Se você gostasse de garotos, você iria gostar de quem? — Jeno batucava a mão na própria coxa, ao som da música que tocava no rádio.

— Hm... Bem... — mordeu mais um pedaço e mastigou — Promete não me criticar?

— Por que eu iria te julgar, Mark?

Mark suspirou.

— Eu iria gostar do Jisung — contou —, o qual vivem chamando Abelha Ambulante e SungBee.

— Eu sei. Ah... Você realmente gostaria dele? Por quê?

— Eu gosto um pouco dele — deu de ombros — Mas não desse jeito. Ele é... Como posso dizer...? Hm... Um sujeito curioso.

— Um sujeito curioso? Hm... — Jeno fez uma cara maliciosa para o rapaz, que riu e abaixou um pouco a cabeça, constrangido. — Não fica assim, Mark. Só estou brincando. Ah! Chegamos, finalmente!

Ambos saíram do carro, e Mark esperou Jeno falar algumas coisas para o motorista, antes de se afastar do carro e o homem acelerar. Quando entraram, Mark disse que precisava falar algo com Jisung e Jeno assentiu, indo atrás de Jaemin.

— Oi, Jisung. Bom dia! — o cumprimentou, com um sorriso no rosto e segurando as alças da mochila com força.

Ele realmente estava bonito com aquele macacão, e Mark gostava se admirar a sua beleza e seus traços jovens delicados. Jisung parecia ter sido desenhado.

— Bom dia, Mark hyung — o garoto sorriu. — Como foi a sua noite?

— Bem. Foi ótima, e a sua?

— Também. O Chen Le falou algo...?

— Ah! — Mark riu, mas foi de nervoso — Ele escreveu uma carta para você. — abriu a mochila e se atrapalhou para identificar a carta que entregaria.

O sinal tocou, então o corredor ficou cheio e os alunos correram para as suas salas de aula. Com isso, Mark acabou sendo empurrado, o que dificultou na sua missão de identificar a carta certa. A que achou se tratar, arrancou-a da mochila e a entregou para Jisung.

— Aqui está — sorriu.

— Obrigada, hyung. Boa aula! — Jisung tocou em seu ombro e depois se afastou, indo para a sua sala de aula.

Mark respirou fundo e também foi para a sua, torcendo para que tenha feito a coisa certa.

Yellow Black | MarksungOnde histórias criam vida. Descubra agora