⌜⌞ Capítulo Catorze ⌟⌝

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A porta do banheiro foi golpeada três vezes por Zhong Chen Le, até que Mark decidiu se levantar e abrir a porta antes do chinês arrombá-la. Quando abriu, o mesmo estava se preparando para dar um chute, e quase agarrou em Mark.

— Quer me matar, criatura? — berrou Mark, assim que desviou.

Perdoe-me, meu amor! Oh, doce Mark! Por que fazes isso com o teu maior admirador? — Chenle se ajoelhou na frente de Mark, dramatizando. O mais velho apenas revirou os olhos.

Jisung estava no chão, mas se levantou e assistiu a cena um pouco desconfortável. Estava sério, os lábios secos e trêmulos por conta do frio e os cabelos desgrenhados. Mesmo assim, para Mark, continuava bonito.

Ora, Min Hyung! Por que negas tanto o meu amor? Não vês que sou o amor da tua vida? Admiro-te e admirar-te-ei durante toda a eternidade, e serei eu quem irá acompanhar-te em todos os teus doces e cautelosos passos! Prometo, meu amado, que irei te amar solenemente e nada nesse mundo cruel irá mudar esse sentimento tão vasto e doloroso também! Oh, doce Hyung, por que reviras os teus belos olhos enquanto eu proclamo estas palavras fartas de amor, compreensão e carinho?! Estou aqui, pedindo perdão à ti e expressando os meus sentimentos...!

— Já acabou, Chen Le? — Mark articulou, não deixando o mais novo terminar o seu discurso.

— Eu já estava preste a vomitar! — exclamou Jeno.

— Estou com enjôo — contou Jaemin, fazendo uma cara de nojo.

— Pessoas desse século falam: eu te amo pra caralho! E pronto, Chenle! — dizia Renjun.

— Ih, eu sou das antigas, pessoal! Me respeita, cara! — falou Chenle, sendo iluminado pelas lanternas dos amigos.

— Foi legal da sua parte — Jisung falou aquilo tão baixo, que pareceu ter sido um sussurro vindo de fora da casa.
— Ahn... Obrigado, nobre cavaleiro — Chen Le fez uma pequena reverência para Jisung e sorriu, deixando-o meio constrangido.

— Pois bem... É noite, no meio de um filme de terror... Um apagão repentino... Meus pais ainda não chegaram... Sete adolescentes numa casa... — falava Jae No, num tom sinistro e colocando suspense no momento — Quem vai ser a primeira vítma?

— Deveria ser o Chenle e essa linguagem formal dele — Jaemin apontou para o rapaz. — Ou melhor, muito antiga.

— Espera só o nosso assassino chegar... — Haechan riu.

Jisung se aproximou mais de Mark, pois estava com frio e medo. Se isso não era o bastante, escutaram um barulho vindo do quarto de Jeno.

— Meu Deus!!! Socorro!! — gritou Renjun, entrando no banheiro.

Algo havia caído, e mais outra coisa também. Não havia ninguém lá, pois os garotos estavam todos ali, na porta do banheiro. Jisung abraçou Mark forte e não se permitiu soltar, apertando os olhos e tentando esquecer daquele momento sinistro e assustador.

— A gente vai morrer!! — Haechan gritou.

— Vamos fazer uma oração! — Renjun segurou a mão de quem estava ao seu lado. No caso, Mark e Jeno.

— Engraçado... Nesses momentos todo mundo é religioso... — resmungou Chenle, mas calou-se após escutar um outro barulho.

Os garotos entraram todos no banheiro, e fecharam a porta. Se antes quem estava assustado era apenas Jisung, agora todos ali estavam com um certo pavor do que poderia acontecer. Se abraçaram e ficaram esperando pelo pior.

Yellow Black | MarksungOnde histórias criam vida. Descubra agora