Capítulo 11

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Erik tentava se aproximar cada vez mais de Hannah. Ele havia se apaixonado pela garota. Ao encontrá-la no convés do navio decidiu iniciar uma conversa. Hannah é tímida e normalmente conversa apenas gesticulando e acenando com a cabeça. Erik não tenta algo mais direto, apenas deixa a garota entender que ele a ama. Mas ele não pode ser correspondido, pois Hannah ainda pensa em Keven e, apesar das circunstâncias, crê que ele ainda vive.

Erik foi acionado por Senhor Carlos. Mestre curandeiro foi solicitado para criar um remédio para a ferida de Fernanda, que acabou sendo alvo de uma flechada.

Fernanda ainda se encontrava em seu leito. Estava acordada e podia sentir as dores. Consolando-a ao seu lado está Vladimir. Erik chega com seus medicamentos, ervas e outros produtos que podem auxiliar na rápida cura da policial. Ela por sua vez se recusa a receber tratamentos antiquados, então solicita para que peguem dentro de sua pochete um pote com um gel amarelo e viscoso. Ela mesma passa o gel nas feridas e tenta segurar os gritos de dores a cada massagem. Dentro de duas horas suas feridas já estarão completamente curadas.

Vladimir e Erik se retiram dos aposentos da mulher. Erik pôde notar cair um pouco de lágrimas dos olhos de seu companheiro viking. Quando questionado, Vladimir apenas responde:

– É apenas um cisco no olho.

– Sei... Você está apaixonado por Fernanda e está preocupado com ela. Ceda seus sentimentos!

Vladimir tentou ignorar ao máximo seu companheiro, mas não pôde deixar de pensar que talvez esteja mesmo encantado por Fernanda. Seus olhos chamavam-lhe a atenção, assim como suas longas madeixas que sempre estavam presas em uma trança, mas desta vez estavam livres e esvoaçantes.

Que feitiço me foi lançado para que me apaixonasse por ela desta forma pensou Vladimir.

Em um compartimento a parte estavam Rhaast, Sheldon e Senhor Carlos. O cientista e o viking ainda estavam impressionados com a aparência. Tudo o que o alienígena queria era que seu relógio voltasse a funcionar para que ele criasse uma imagem ilusória mais próxima da do ser humano.

Tentando evitar mais diálogos imprecisos, Rhaast subiu ao convés. Lá está o capitão Caio conversando com Vladimir. Nem parecia que há apenas alguns dias brigavam feito cão e gato. O assunto, claro, era sobre o plano de matar a rainha Rose.

– Vocês seres humanos são estranhos. – disse Rhaast – Só pensam em matar uns aos outros.

– Você não entende! É melhor nem se meter! – disse Caio furioso.

– Não há motivos para matar seus semelhantes. É por isso que os reptilianos querem dominar esta Terra, eliminar sua população e trazer paz para este planeta.

– Trazer paz matando todo mundo? – disse Caio.

– Também não concordo. Por isso estou aqui.

Ambos voltam seus olhares a Vladimir que apenas encara um olhar triste em direção ao horizonte.

– Ele está apaixonado por Fernanda. – Rhaast é direto.

Vladimir voltou para a realidade em segundos. Ele percebe que suas tentativas de negar qualquer coisa. Caio nada faz além de cair em gargalhadas.

O viking volta a olhar para o horizonte enquanto ao fundo ainda se pode ouvir a risada de Caio.

Rhaast já visitou vários planetas, mas nunca viu um com seres tão complexos como a Terra.

Erik prosseguia com seus cuidados a Fernanda que implorava por sua mochila. O viking não conseguia entender o motivo, mas cedeu o objeto à policial. Rhaast, que já está no quarto também, olha para eles e diz:

Terras ParalelasOnde histórias criam vida. Descubra agora