CAPÍTULO 31: Mistério

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      Acordei no outro dia, tonto por ter bebido demais. estava deitado em uma cama, mas estava vestido, então isso me leva a entender que eu não fiz nada. Robert estava deitado do meu lado.
      Ele parecia um anjo com grandes diferenças de Pablo. O fato de Pablo ser mais forte e ter uma expressão de valentão era totalmente o contrário de Robert, ele era mais delicado, ele era sim forte, os músculos do corpo eram muito bem divididos. Comparar Pablo com ele era muito injusto.
      Tentei me lembrar de tudo que aconteceu ontem, mas nada. É como se eu tivesse me esquecido de tudo, só me lembro até a parte que entro no carro de Robert, e depois só Deus sabe.
      Quando olhei ele assim dormindo, eu tive uma necessidade de querer o proteger, ele me passava isso, é eu queria o proteger de todo o mundo. Toquei seu rosto com a mão, eu não sabia o que estava fazendo mas não me controlei, ele abriu os olhos e se depara comigo olhando diretamente para ele.

— Bom dia!

— Ótimo dia, eu poderia me acostumar em acordar assim! — Eu tirei minha mão do seu rosto.

      Fitei o teto por um tempo, ele já estava "em cima" de mim.

— Sobre ontem, eu não queria ter beijado você, eu sei você deve me achar um louco, mas eu….

— Você me beijou? Como assim?

— É eu não me controlei. — Ele riu.

— Mas eu não me lembro. — Falei desanimado. Ele estava perto de mim, seu rosto quase colado no meu. Eu o beijei, não me importava com oque viria depois. Ele me apertava nos seus braços, seu beijo era bom, era calmo. Então eu me afastei tão rápido quanto eu podia. Me sentei na cama confuso. Últimamente minha cabeça está trabalhando sem meu consentimento. 

— Eu fiz algo de errado? — Ele se sentou do meu lado.

— Não é você, sou eu, esse beijo nunca devia ter acontecido! — Ele voltou a se deitar.

— Você ainda está preso ao seu passado?

— Você me conhece.

— Odeio ver você assim, cara, eu não quero ver você assim.

— Por que você se importa? — Eu me levantei, precisava ir embora.

— Não está óbvio? Vítor, eu estou apaixonado por você. — Aquelas palavras não me deixaram surpreso, no fundo eu sempre soube.

— E se eu falar que sinto algo por você? Você vai estar disposto a dividir meu coração?

— Eu faria qualquer coisa por você, mesmo sabendo que você nunca ia poder me corresponder. — Senti minha cabeça rodar.

— Isso não seria justo.

      Eu sai pela porta, não conhecia muito a casa dele, mas foi fácil achar a porta da frente. Eu ia ir embora andando mesmo, quando ele me alcançou.

— Você não pode fugir disso.

— Fugir de que? — Eu cruzei os braços.

— Fugir de mim, eu estou abrindo meu coração, e eu não sei como fazer isso. — Eu o abraçei.

— Eu queria que você não tivesse nessa situação.

— Tudo bem, mas me espere um minuto, eu vou te levar pra casa.

      E eu esperei, seria difícil agora conviver com ele, sabendo que ele gosta de mim, antes eu só tinha suspeitas, mas agora eu tenho certeza. Ele voltou depois de alguns minutos. Eu respirei fundo antes de entrar no carro.

— Não fique calado. — Ele me repreendeu.

— Eu não tenho nada pra dizer, nada mesmo.

— Hmm. — Ele estava concentrado no caminho. — Você pode me contar então sobre Pablo. — Eu olhei para ele.

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