Capítulo XIV: Rafael

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Ariel está encurralado. - Penso, vendo o garoto indo em direção a um policial com uma pistola apontada pra ele. Mesmo que ele consiga se livrar desse policial, Trevor e os outros estão chegando. Que pena, esperava mesmo que ele fosse me ajudar. - Penso.
Ouço o tiro do policial no Ariel, mas ouço outra coisa também, um movimento rápido perto da mata, se afastando do local. Sigo a pessoa que está se afastando, deixo o Ariel com seus problemas lá. Estou indo de galho em galho até que vejo um lobo correndo lá embaixo. Não consigo conter o sorriso, Isso. A parceira dele apareceu. - Penso. Em um movimento mais rápido que o do lobo que manifesta um pouco de Ma, avanço na direção dele com um chute no seu pescoço, quebrando na mesma hora. O corpo do lobo cai de lado no chão. Estou olhando pra ele enquanto sinto o Ma sumindo de seu corpo. Fecho meus olhos, Apareça. - Penso. Até que então sinto uma faísca de Ma aparecer longe de mim, lá na direita. Abro os olhos olhando para a direção em que ela está e corro até lá, acabo sorrindo só de pensar que vou quebrar seu pescoço com as minhas mãos, e assim o só será o Alison e eu. Enquanto corro, consigo ver seu Ma longe, Você sabe que estou indo até você. - Penso. Vejo algo se aproximando de mim, acompanho a faca vindo e consigo desviar a cabeça a tempo, quando volto a olhar pra frente, vejo a Paloma se aproximando. Sinto seu Escudo indo para seus punhos. Coloco meus braços como um escudo na frente do meu rosto, prevendo que ela atacara com seus punhos, e ela o faz, me ataca em alta velocidade, mas meus braços protegidos pelo meu escudo, amortecem seus ataques. - Eu já vi seu poder, meu amor. Ele é inútil em uma situação como essas. - Digo. Abraçando ela, impedindo que continua me atacando. - Seu... - Ela diz, mas interrompo, - Me diga onde está o Alison, que te mato sem você sentir dor. - Digo, concentrando meu Escudo nos braços e apertando ela com toda minha força. Ela resiste ao meu aperto graças ao seu escudo. - Seu maldito, eu vou acabar com sua raça!. - Ela diz. Transfiro meu escudo para minha testa e bato ela contra a testa da Paloma, que está desprotegida. Consigo sentir seu crânio rachar. Ela perde toda a força que tinha. Solto ela, mas antes que caia no chão, seguro seu pescoço. Ela me olha mas não consegue mais fazer nada. - Não se preocupe, irei mandar o Alison para o lugar em que você está indo. Aperto seu pescoço. A pobre garota se debate, até que a vida dos seus olhos some aos poucos. Solto o corpo dela. Olho para ela, Fico com pena, você pegou um poder personalizado ruim. - Penso.

Me viro para ir embora, mas algo faz com que eu paro. Sinto uma sensação ruim envolta de mim. Alguém vêm vindo na minha direção, é a pessoa que estava procurando, o Alison. Consigo saber o que você está sentindo através do seu Ma. Você não gostou nada do que eu fiz com sua companheira. - Penso. Ele para de andar, está distante de mim, olhando para o corpo da Paloma. - Qual foi a última coisa que ela disse?. - Ele pergunta. Coloco a mão no cabelo e digo - Ela disse que iria acabar com minha raça. - Em um tom irônico. - Entendo. Irei fazer isso pra ela. - Ele diz, olhando para mim. É isso que eu quero. Tinha medo que fugisse de mim depois de ver o que fiz com ela, mas você é corajoso, Alison. - Penso. - Você tá atrás de mim por algum motivo. O que você quer comigo?. - Ele pergunta. - Você matou alguém que era importante pra mim. - Digo. Ele não fala nada por um momento, como se estivesse pensando em algo. - Eu não lembro quem foi a última pessoa que matei. - Ele diz. Antes que eu possa falar alguma coisa. Ele avança em minha direção e da um soco em mim, mas consigo segura-lo. Vejo um sorriso no rosto dele, A expressão dele mudou de repente. - Penso, levando um chute na barriga. Sou lançado para trás. - Qual o motivo do sorriso?. - Pergunto. - Eu lutei contra os 3 algumas horas atrás. Tive que gastar minha energia Ma com Escudo. Só que agora ativei meu poder personalizado. Cada ataque que acerto no meu inimigo, um pouco da minha energia é recuperada. - Ele diz. - Só isso?. - Pergunto, estalando o pescoço - Se você encher toda sua barra de energia Ma, não vai adiantar de nada, você só podera usar o Escudo. E você viu o que eu faço com quem só pode se defender com Escudo. - Termino, olhando para a Paloma. Ele volta a sorrir, - Não é só isso meu poder. Meu poder digamos que é ter 2 poderes, mas quando ativo o poder, ele me da apenas um desses poder, de forma randômica. Esse poder que disse agora, é focado no atributo Barra de Energia. O outro poder é focado no atributo Força, com ele, meus ataques ficam o triplo mais fortes. - Ele diz. - Ainda bem que caiu no atributo Barra de Energia então. - Digo, - Mas por que está me falando sobre seu poder? Isso vai acabar causando sua morte. - Termino. - Estou te falando tudo isso, porque sei que mesmo sabendo meu poder, você ainda vai ser morto pelo que fez com a Paloma. - Ele diz confiante. Aponto minha mão para ele, - Já que você contou seu poder, quero que saiba que a condição para ativar meu poder, é saber qual é o do meu inimigo. Sorrio para ele e um pano gigante surge na minha mão. - Então vai ser uma luta com poderes. - Ele diz, sorrindo.
Se eu não deixar ele tocar em mim, não vai poder estender sua barra de energia, e como ele ta usando um poder, a barra está acabando. É só eu impedir que me toque que irei ganhar essa luta. - Penso. Corro até ele. Ele se prepara para me atacar só que jogo o pano aberto nele. Fechar!. - Penso, o pano gigante e branco, fecha rapidamente. Vejo o Alison saindo de perto do meu pano indo pelo lado. Ele já deve ter entendido como meu pano mágico funciona. - Penso. Ele pisa no chão e avança na minha direção, passando pelo pano que está fechado. Ele se aproxima de mim, sinto seu escudo se formando na mão direita, então seguro ela antes que ele possa atacar. Ele me acerta um soco com q outra mão, sou lançado para trás. Ele fingiu usar o escudo na mão prevendo que eu fosse adiantar seu golpe. Ele deixou a outra mão nua até chegar perto do meu rosto, para que chegasse despercebida e usou escudo rapidamente nela para me acertar. - Penso. Sinto uma dor na boca, coloco minha mão dentro dela e tiro um dedo que quebrou com o impacto, jogo no chão o dente sujo de sangue. Ele corre até mim novamente, mas sinto que ele não está usando escudo. O que ele está tentando fazer? Dane-se, se eu acertar um golpe agora a luta vai acabar. - Penso, preparando o escudo na minha mão. Logo percebo algo, Espera, é isso que ele quer que eu pense. - Penso, pulando para trás. Ele sorri e diz - Então você entendeu. -. Estendo a mão e o pano mágico vêm até mim e fica atrás de mim rodando. - Eu estou querendo muito acabar com sua vida logo, isso está me atrapalhando. - Digo. Alison puxa uma adaga e vêm correndo na minha direção. Eu pensei que trazendo o pano até mim, iria fazer ele ficar mais cauteloso. Pelo visto ele pretende cortar meu pano. - Penso. Alison joga sua adaga em mim. Me preparo para segurar a adaga quando ela chegar perto. Ela faz um movimento como se algo prendesse ela e vejo uma linha no seu cabo, Alison está segurando a linha. Ele me enganou de novo. - Penso, até que levo um soco na barriga. Mesmo com dor, eu sorrio para ele, - Você devia parar de tentar fazer a mesma coisa. - Digo. Vejo ele tentando se afastar mas meu pano consegue pegar seu braço esquerdo. Se eu não tivesse pensado rápido, ele teria conseguido fugir. - Penso, avançando pelo seu lado esquerdo, pulo e dou um chute mirando na sua cabeça, mas ele se abaixa, - Você só está fazendo o que eu planejei. - Ele diz. Antes que eu possa fazer qualquer coisa, ouço algo sendo cortado. Alison se afasta de mim e do meu pano. Ele está sem o braço esquerdo. Quando caiu no chão, vejo que seu braço ta ali. Ele usou a adaga pra cortar o braço preso no pano, mas o que ele ganha com isso?. - Me pergunto. - Você sabe a forma de fazer nosso poder personalizado ficar mais forte. - Ele diz, esperando que eu fale. - Quanto maior a condição, maior o poder. - Digo. Ouvindo minhas palavras, eu entendo o que ele fez e fico surpreso. - Você perdeu o braço como condição pra melhorar seu poder?. - Pergunto. Ele sorri e diz - "Quero que meu poder melhore. Minha condição é perder um braço pra isso" Foi isso que pensei antes de chegar perto de você agora. - Ele diz. Ele é incrível. Para pensar na condição do poder, é preciso uma concentração absurda. Ele conseguiu isso enquanto lutava comigo. Estou decepcionado comigo mesmo. - Penso, enquanto vejo ele rasgando a manga do seu sobretudo e amarrando no braço, pra parar o sangramento.
- Você lembra quais são meus 2 poderes não lembra?. - Ele diz. - Atributo Energia Ma e, atributo Força. - Digo. Ele sorri e consigo sentir seu Ma por todo o local, está muito mais forte que antes. - Agora posso usar os 2 ao mesmo tempo. - Ele diz. Fico surpreso. Ele corre na minha direção e prepara um golpe. Trago o pano e faço ele entrar na minha frente. Pulo pra trás pra tentar me distanciar, só que Alison desvia do pano e chega perto de mim me dando um soco na direção do meu peito. Um golpe com o atributo Força ativado será fatal. - Penso, colocando o braço perto do peito. Seu soco acerta meu braço e sinto a dor. Sou empurrado pra trás. Meu braço... Está quebrado... Além do meu desempenho na luta ser menor a partir de agora, ele a cada golpe ta aumentando sua barra de energia. Minha estratégia não pode mudar agora. - Penso. Faço meu pano mágico vir para perto de mim. Alison tenta se aproximar mais uma vez. Vou me afastando sempre que vejo ele chegando perto. Ele tá esperando que eu use o pano para atacar, assim ele poderá contra atacar. - Penso. Sinto uma dor terrível no meu peito, que me faz parar de fugir. O impacto do soco dele atravessou meu braço? Isso é ruim. - Penso. Alison chega perto de mim. Dou um chute nele só que ele desvia e me da um soco na barriga. Ele fica surpreso ao ver que usei meu pano mágico na barriga. Sorrio para ele e o pano agarra seu braço. Eu me afasto dele, Ele sabe que não usei o pano para proteger minha barriga. - Sinto sangue sair da minha boca. Ele corre me minha direção. - Você devia se preocupar com o pano mágico, Alison. - Digo. Meu pano puxa ele pelo braço e faz ele bater as costas contra uma árvore. Vou me afastando aos poucos e a dor volta a me dominar. Aperto meu peito com minha mão boa. Isso não é bom. Mesmo que eu tenha conseguido pega-lo, acho que não vou conseguir sair vivo dessa. Os golpes que ele acertou foram críticos. Estou com hemorragia interna e não consigo mais me mover da forma que preciso. - Penso. Vejo ele se levantando, machucado. - Vejo que seu corpo não responde mais seus comandos. Essa luta chegou ao seu fim. - Ele diz, e corre na minha direção. Meu corpo não responde... Mas meu Ma ainda está forte. - Penso. Espero ele chegar perto e faço o pano sair do braço dele e pegar a forma de uma lança e perfurar sua barriga. Alison diminui a velocidade ao ser atingido. - O forte do meu poder personalizado não é que o pano é indestrutível, mas sim que ele é maleável. Posso fazer ele se movimentar como um pano qualquer, ou ser tão resistente quanto uma barra de aço. - Digo, vendo ele se aproximar e me dar um soco na cara. Caiu no chão sangrando. Ele ta em pé com o pano cravado na sua barriga. Dou risada enquanto to caido no chão. - Me diga que você esta perto da morte também. - Falo. Alison cai no chão de costas, olhando para o céu, - Mesmo com a vitória na mão, eu consegui ser derrotado também. Acho que a morte da minha irmã me atrapalhou de alguma forma. - Ele diz. - Você é bem forte, Alison. Te subestimei e acabei desse jeito, mas pelo menos você vai pro mesmo lugar em que mandei a Paloma, como eu havia prometido pra ela. - Digo, em um tom irônico. Ele não fala nada e só fica olhando para o céu. O silêncio é quebrado, - Eu lembrei quem foi a última pessoa que matei. Foi a 4 meses atrás, na época do meu treinamento... Me encontrei com outro Usuário de Ma, ele foi o último. - Ele diz. Claro. Isso explica porque ele é tão ágil em uma luta assim, já havia enfrentado alguém com Ma antes. - Penso. Eu pretendo dizer algo pra ele, mas meus olhos ficam pesados derrepente. Eu não sinto mais a dor do meu braço, ou do meu peito. E sinto frio, junto com um vazio percorrendo meu corpo. A morte poderia ser mais calorosa.

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