AS SALAS COMUNAIS (PARTE 1)

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Tiago saiu da ala hospitalar no dia seguinte, para a alegria de Orion. Ele ainda não parecia muito satisfeito, contudo, com o seu desempenho na segunda tarefa, os alunos da Grifinória não pareciam felizes também.

- Meu pai ganhou essa coisa e agora eu... – Disse Tiago com tristeza na noite seguinte, enquanto os dois estavam na sala precisa.

- E desde quando você se compara ao seu pai, Tiago? – Perguntou Orion, segurando seu queixo e colocando seu rosto perto do dela.

- Eu sei, mas... – O menino respirou fundo – E você, Orion? Você está decepcionada comigo? – Perguntou o rapaz, parecendo tão triste que partiu o coração da menina.

- Não, nem um pouco, eu estou muito feliz com você Tiago, isso sim! – Disse ela sorrindo.

- Como eu perdi tanto tempo implicando com você? – Perguntou o menino rindo.

- Eu não sei – respondeu Orion o beijando.

Orion teve que cumprir sua primeira detenção com o professor Mayers no sábado de noite, tendo se despedido de Tiago e seguido até as masmorras, aonde a sua sala ficava.

- Pode entrar, senhorita Macmillan – disse o professor quando ela bateu na porta.

Orion entrou na sala escura e cheia de frascos e ingredientes que ocupavam várias prateleiras, além de uma escrivaninha e algumas cadeiras, o professor agora olhava alguns fracos que estavam em cima da sua mesa.

- Estou aqui para cumprir minha detenção – disse Orion, tentando manter o bom-humor.

- Muito bem, senhorita Macmillan, venha até aqui, quero que me ajude com algo – disse o professor a chamando com um gesto de mão.

Orion foi até o seu lado, o professor lhe passou um frasco verde com uma poção que borbulhava.

- Você imagina o que seja? – Perguntou o professor, parecendo um pouco esperançoso.

Orion olhou para a poção e tentou pensar em várias possibilidades, mas nenhuma concreta.

- Eu já lhe disse que não são tão boa quanto a minha mãe nisso? – Perguntou Orion para o professor, que agora apontava com a varinha para um fraco, fazendo uma etiqueta com um nome surgir nele.

- Uma mocinha que não fosse boa em poções seria incapaz de fazer uma poção da verdade que funcionasse, eu acho que o único motivo para a senhorita não ser excelente é que se prende, algum medo de ser comparada a sua mãe sem dúvidas – disse ele olhando para Orion.

- E por que eu teria isso? – Perguntou Orion.

- Porque quase todo jovem tem, é da idade de vocês... – Disse ele rindo. – Bem, de qualquer maneira, eu quero que se concentre, tente sentir o cheiro, veja a cor e ao menos tente acertar do que se trata essa poção – pediu o professor com delicadeza.

Orion começou o trabalho um pouco desacreditada, ficou alguns minutos ali, tentando de tudo ver se acertava o nome da poção para agradar um dos seus professores preferidos.

- Nada? – Perguntou o professor depois de um tempo.

- Bem, o cheiro é de pó de fada misturado com alvema e um pouco de uriteira talvez, eu só consigo pensar em uma poção cicatrizante ou para queimaduras.

O Professor sorriu no mesmo momento, pelo visto Orion estava certa.

- Adolebitque Sanitatem – disse o professor ainda sorrindo- , duas vezes ao dia nos pés do Sr. Potter e a cicatriz que ele tem agora irá ser curada.

Os Quatro escolhidos - Livro 7 (segunda geração) - EM REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora