Desaparecida

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P.O.V. Regina

No dia seguinte, antes de ir para o trabalho resolvi passar no Gold Store para encomendar as tintas que precisava para pintar o piso da cozinha. Ontem deitada na cama esperando o sono chegar, fiquei folheando as paginas do livro de cores pensando em qual tom de amarelo escolher, já que havia mesmo decidido por essa cor. Em certo momento, lembrei de Henry dizendo que gostava do amarelo porque era a cor do Sol e, claro, por causa da sua mãe, que eu inclusive não sabia o nome, mas sabia que tinha os cabelos loiros mais brilhantes que já vi. Olhando novamente para os tons dispostos na página em minha mão, comecei a comparar os amarelos com a cor do cabelo da mãe de Henry, até que encontrei um parecido, e que por ironia do destino se chamava Amarelo Luz. "Regina, Regina, você tá ficando bem louca, hein?". Eu não estava acreditando que estava escolhendo a cor que ia fazer parte da minha cozinha baseado no cabelo de alguém. Definitivamente eu estava endoidando e precisava dormir. Vai ver que depois de uma boa noite de sono as ideias melhorem e os amarelos tenham outra tonalidade.

Mas não é bem assim que as coisas funcionam e se alguém, aliás, souber como é o funcionamento das coisas, por favor, me conte porque eu já não faço mais ideia. Quando me aproximei da porta da loja, pude ver Henry deitado no chão de madeira e com vários lápis de cor a sua volta e uma folha de sulfite com alguns desenhos rabiscados. Ele estava tão concentrado que não me viu chegando.

- Oi Henry. – Chamei sua atenção e ele levantou a cabeça já com um sorriso no rosto. – O que você está desenhando aí?

- Ah eu ainda não sei bem. – Ele me respondeu enquanto seu olhar ia de mim para o desenho.

- Parece um... chuchu? – Franzi o cenho e pensei na primeira coisa que o desenho se assemelhasse.

- Não, eu odeio chuchu! – Henry fez uma cara de nojo e logo depois caiu na gargalhada, me levando junto. – Acho que é um peixe voador.

Nesse momento olhei para dentro da loja e vi que a mãe de Henry atendia nada mais nada menos que a minha patroa. Granny já havia me falado que ás vezes passava no armazém para comprar algumas coisas que faltavam na cozinha do restaurante. Elas pareciam amigas e conversavam sobre o quanto Henry estava crescido. Comecei a reparar naquela mulher loira. Ela era tão jovem e tão bonita, deve ser casada com o pai de Henry, que inclusive também deve ser um homem bem bonito, já que o filho tinha traços bem marcantes e era uma criança linda. Acredito que no intuito de ver quem conversava com seu filho, ela olhou em nossa direção e percebeu que eu a observava descaradamente. Desviei de seu olhar, mas não rápido o suficiente para ver que Granny tinha reparado na breve troca de olhares. "Isso Regina, fica olhando pro que não deve!".

- Oi Regina. – Granny me cumprimentou de dentro da loja, e agora não tinha mais como fingir que não estava ali.

- Oi Granny. – Respondi um pouco envergonhada, e notei que a loira ao lado da minha chefe ainda me olhava e também disfarçou assim que Granny variava seu olhar entre nós duas.

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