Dupla Comemoração

113 7 0
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Carrollton – 16h30

Zelena olhava para aquele retrato lembrando de quando Regina bateu na sua porta. Ela estava suja de sangue e em estado de choque. Ela disse que precisava sumir e o medo que ela sentia era quase palpável. A curiosidade de Zelena sobre ela era enorme, mas não mais do que a sensação de que precisava ajudar aquela moça. E assim ela fez, sem pensar nas possíveis consequências de seus atos. E a consequência apareceu agora, com um distintivo da polícia nas mãos dizendo que a família de Amber estava desesperada atrás dela.

"Ai Meu Deus, justo agora que prometi que não ia mais me meter em confusão?" – Pensou a ruiva.

- Eu conheço sim. Encontrei com ela na farmácia á umas duas semanas. – Zelena respondeu devolvendo a foto para o policia. Não era uma mentira.

- OK, e depois disso, a "senhorita" a viu? – O homem perguntou ironicamente.

- Não. O que aconteceu com ela? – Ok, uma mentirinha não ia fazer tão mal.

- Ela sumiu. – O policial guardou a foto no bolso do terno. – A família acha que foi sequestrada. Enfim, estamos procurando por pistas. Tem certeza que não a viu nesses últimos dias.

- Sinto muito não posso ajudar. – Zelena negou com a cabeça e se afastou, entrando em casa e fechando a porta rapidamente.

"Porque eu fui ajudar essa mulher? Caralho Amber, o que foi que aconteceu com você?"

[~]

P.O.V. Regina

A primavera chegou tímida em Storybrooke, e com ela vinha uma discreta e dupla comemoração interna. Primeiro porque eu tinha fugido de casa á uma semana e até agora tudo tem saído como planejado. Ninguém me fazendo perguntas difíceis, nenhum policial na minha cola, eu estava trabalhando e ganhando meu dinheiro honestamente. E segundo porque a estação mais linda do ano finalmente chegou e eu amava a primavera. As ruas da cidade estavam mais coloridas e o caminho que me levava diariamente ao trabalho hoje tinha tons de lilás por conta do corredor de árvore floridas que formavam um enorme túnel natural.

Durante todos esses dias estive pensando nas descobertas que fiz. Na verdade nas descobertas que Granny fez pra mim, ao me contar a real história de Emma. Fiquei um tempo abstraindo a noticia de que aquela loira gostava de mulheres, que já tinha sido casada com uma e inclusive teve um filho com ela. Toda vez que me lembro do momento que a minha chefe resolveu escancarar aquela história me sinto ridícula. Primeiro pelo meu vexame, quase morrendo afogada e matando Granny do coração. Depois pelo pré-conceito idiota que tive ao descobrir a orientação sexual de Emma. Sempre achei esses homofóbicos nojentos e no fim, acabei me sentindo igual a eles. Aquela cidade inteira, mesmo minúscula e simples, tinha levado toda a história numa boa muito melhor que eu. Mas por quê? Porque o fato de Emma gostar de mulher me afetava tanto a ponto de não conseguir me concentrar nem mesmo no trabalho?

sou•nósOnde histórias criam vida. Descubra agora