"Eu fugi de casa e do inferno que minha vida se tornou. No meio da minha fuga, me deparei com um paraíso na terra chamado Storybrooke. Apesar de estar determinada a não formar laços afetivos na nova cidade, não consegui cumprir esse objetivo ao conh...
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P.O.V. Regina
O episódio no The Hat aconteceu ha cinco dias, e desde então não vi mais Emma. Ela saiu do bar tão arrasada que qualquer pessoa se perguntaria como ela estava. Pensei em ir até o armazém para saber dela durante esses dias, mas acabei desistindo, afinal aquela história não me pertencia. Eu fui apenas uma espectadora que por impulso me meti pra evitar que alguém saísse mais machucado do que já estava no momento, Emma emocionalmente e Killian fisicamente, mas sabia que não deveria mais me intrometer. Com certeza a cidade ficou sabendo da discussão, já que por ali as noticias correm mais que carro de formula 1. Killian foi trabalhar normalmente todos esses dias, mas diferente do falatório de sempre, ele entrava no restaurante mudo e saía calado. Sem me aguentar de curiosidade, perguntei para Rose se ele estava assim ainda por conta da briga, e ela me contou que Granny quando ficou sabendo das coisas que ele disse para Emma e o quanto tinha bebido quase partiu pra cima do neto. Percebi que minha chefe estava mesmo mais contida, sem tantos sorrisos para os clientes. Provavelmente estava com vergonha pelas atitudes do moreno e não queria correr o risco de ter que entrar no assunto. Se antes Killian queria ir embora de Storybrooke, agora ele tinha motivos concretos para isso. E longe de mim ser maldosa, mas seria ótimo pra todos se isso acontecesse.
Mais um dia de trabalho tinha terminado, e antes de ir embora Granny me chamou para conversar. De início fiquei preocupada, com medo de ser demitida pelas coisas que aconteceram no bar na semana anterior. Mas minha chefe logo me tranquilizou, dizendo que eu estava sendo uma ótima funcionária e que já não estava mais em fase de experiência. Por isso, eu teria direito a folgas como todos os outros funcionários do restaurante. Lógico que seria uma escala de folga e ela funcionaria da seguinte maneira: eu folgava em um final de semana e trabalhava no outro, e assim por diante. Por estar trabalhando incansavelmente á dias, o próximo final de semana seria meu e eu aproveitaria da melhor maneira possível.
Eu não tinha dado nem dez passos para fora do restaurante quando escutei meu nome vindo de longe.
- Regina! – Olhei para os lados e não vi ninguém na rua até que percebi a porta do Gold Store se abrindo e uma Emma esbaforida sair de lá me chamando novamente com um sorriso fraco nos lábios. – Regina. Suas tintas chegaram.
"Pronto, meu final de semana está garantido!". Sorri de volta e caminhei até a entrada da loja, enquanto ela ainda segurava a porta pra mim. Assim que entramos, ela se dirigiu até o pequeno escritório ao lado da cozinha improvisada trazendo de lá dois galões de tinta.
- Achei no depósito uma tinta seladora. Você passa antes da tinta principal, pra proteger o piso. – Emma disse deixando as latas em cima do balcão para mim.
- Ah obrigada. Eu tinha esquecido isso. – Na verdade eu nem sabia que para pintar o piso precisava de uma tinta seladora. Eu era acostumada com artes e tudo mais, mas esse tipo de pintura eu nunca tinha feito. Peguei o dinheiro que estava separado na bolsa e entreguei a ela.
