Contos Infantis da Vovó Stella

A Rebelião do Sol

Para Guilherme

Um dia, o Sol resolveu não ir dormir. Afinal, disse ele: "Acordo todos os dias tão cedo e tão cedo me mandam apagar minha luz. Hoje eu não quero apagar minha luz." "Hoje, eu quero ver como é a noite."

E naquele dia, o Sol não apagou sua luz.

E ninguém dentro de casa precisou acender a luz.

E nenhum poste na rua precisou acender sua luz.

E nenhum carro, trem ou avião precisou acender sua luz porque o Sol, feliz, brilhava no céu.

E as mamães chamavam: "Paulinho, José, Carlos Henrique, Guilherme, Viviane, venham tomar banho porque já são seis horas. Daqui a pouco é hora de dormir.

E as crianças não queriam ir tomar seu banho porque a noite ainda não tinha vindo. O Sol brilhava no céu.

Aí todos os papais e mamães do mundo inteiro começaram a perguntar o que estava acontecendo. Porque o Sol não apagava sua luz. Todos precisavam descansar. Quando o Sol apaga sua luz, a noite chega e noite é para a gente descansar, e também para a gente olhar os milhões de estrelas que piscam no céu e a Lua que parece um sol pequenino. Lua foi feita para a gente não esquecer do Sol, à noite.

E as estrelas no céu começaram a perguntar o que estava acontecendo, que o seu brilho não aparecia.

E a Lua ficou muito zangada porque o Sol não foi dormir e por causa dele o mundo virou uma confusão. E a Lua lhe disse: "Sol, se você não for dormir, a noite não pode chegar porque noite quer dizer Sol que foi dormir."

E o Sol então foi se abaixando, devagarinho, devagarinho, até ficar deitado.

E a noite apareceu na Terra.