Nas duas semanas que se seguiram, tudo pareciam as mil maravilhas. Margot eu estávamos bem, Gabriela e Dave haviam engatado um namoro estranho, Michael corria como um cachorrinho atrás de Candice, Katherine estava se dedicando ao máximo na divulgação do novo CD, o meu diário estava dando algum resultado, Nina estava sendo uma boa amiga, e até Stark, que havia rompido com Summer que parecia meio cabisbaixa, mas nada que não houvesse concerto, parecia ser a pior coisa do mundo. Pelo o que eu havia descoberto, eles não tinham a conexão necessária para manter o relacionamento e eram apenas bons amigos agora.
Tudo ótimo, não é mesmo? Não, claro que não, nunca tá tudo perfeito. Eu tinha muita coisa para fazer, havia uma espécie de premiação de jornalistas e revistas no qual estávamos concorrendo e eu precisava ralar muito, muito mesmo para fazer com que aquilo acontecesse e para que a gente ganhasse. Das edições passadas, nós havíamos perdido apenas em uma das categorias no qual estávamos concorrendo.
— Vai ser tipo uma apresentação por revista? – Summer perguntou enquanto eu conversava com Margot e Katherine na Cupcake. Michael também estava lá. Assenti enquanto devorava um enorme x-salada e Margot toda hora limpava minha jaqueta de respingos de maionese.
— Sim. – Engoli direito e limpei a boca. – Sim, temos de fazer um nano show para conseguir um ponto a mais de pontos. Boiolagem.
— Baitolice. – Michael disse e eu assenti.
— Katherine já foi chamada para fazer o show de quatro. – Disse Margot. – E como ela nos ama mais do que tudo, ela fazer com a gente, certo? – Perguntou apertando a bochecha da mulher.
— Ai, ai... Como é difícil ser a artista mais importante do país. – Jogou os cabelos para trás, olhando as unhas. Michael revirou os olhos.
— Ela vai fazer com a gente sim! – Disse imponente. – Ela tem de fazer com a gente, por que ela me ama e vai me amar para sempre, certo?
— Não. – Ela respondeu piscando os cílios freneticamente. Eu ameacei jogar o suco na sua cara e Katherine riu. – Mas, eu farei, por que vocês me amam e eu ganho comissão e ibope por fazer para vocês. Até porque todos estão dizendo que Joseph e eu somos um casal perfeito, até porque, quem se importa com a ralé que ele anda pegando atualmente? Margot fez careta antes de puxar meu rosto e me beijar. Seu rosto ficou sujo de maionese e eu limpei com a língua, fazendo todos ali grunhirem e rirem. Dei os ombros.
— Vocês são realmente nojentos. – Summer disse antes de pegar a bandeja que estava em cima da mesa e sair, deixando apenas nós quatro ali, enquanto ia atender.
— Então, está combinado? – Perguntei a Katherine e ela assentiu solene. Margot sorriu, entregando um papel para ela assinar.
— Mas, sem recalque. – Disse depois de um tempo, devolvendo a caneta. – Agora eu preciso ir! Tenho um ensaio fotográfico daqui... – Ela olhou no relógio – há sete minutos atrás, o que quer dizer que eu estou mega atrasada. Vem Mike. – Disse segurando pelo braço, lhe arrastando dali. – Vamos encontrar com o Dave lá.
O rapaz não teve chance de resposta, apenas foi puxado para longe e ao abrirem a porta, Katherine trombou com Stark, que a olhou de um modo questionável. Margot ergueu as sobrancelhas, claramente dando atenção para o radar de boy magia antes de Kate sair. Ele observou o lugar, ainda na porta, provavelmente procurando Summer, mas ao notar que ela não estava por ali, simplesmente saiu.
— Ué. – Margot disse, limpando minha boca de novo. Eu havia terminado de comer. – Viu isso?
— Sim e espero que tenha sido apenas nós. – Disse e ela concordou. Summer apareceu de novo, e se aproximou de nós.
— Era Stark? – Perguntou apontando para um vulto do outro lado da rua que corria.
— Não. – Disse sem entendê-la. A loira deu os ombros e se afastou. Margot fez uma careta e suspirou.
— Vem, temos que ir trabalhar. – Eu assenti e paguei a conta. Dei as mãos para Margot e fomos para o carro. Lá, ela se apossou do meu celular, ficou comentando o quanto eu demorava em responder mensagens e apagando o número de pessoas que, segundo ela, eram insignificante. Acho que eram as minhas zamiguinhas.
Paramos o carro na esquina do prédio e ficamos lá durante um tempo. Margot me falava mal que tínhamos que ir trabalhar, mas eu apenas negava com a cabeça, me jogando sobre seu colo. Era uma esquina sem movimento, e quase ninguém passava. Ficamos lá durante um tempo até o celular dela tocar e me bater me obrigando a subir.
Entramos no prédio e fomos bombardeados de papéis para assinar. Seguimos para a sala de reuniões, onde a equipe estava terminando de arrumar as coisas, e comemoram muito com a notícia de que havíamos assinado o contrato com Katherine. O dia foi corrido e demorou bastante para terminar.
Às oito horas, os últimos funcionários estavam indo embora e fui até a sala de Margot.
— Estou exausta. – Ela disse se erguendo da cadeira, vindo em minha direção, me abraçando com força. Ri baixo e pude ver pelo reflexo de um vidro próximo que ela fez bico. Alisava os longos cabelos ruivos, respirando o aroma do seu perfume.
PEEEEEEEEEEEERA! EU NÃO SOU ROMÂNTICO ASSIM! Acho que estou ficando boiola. Ok, ignorando o comentário mental e voltando...
— Também. Vamos embora logo. – Disse e ela negou com a cabeça, olhando para mim. Ela mordia os lábios, antes de puxar meu rosto para perto e começar a me beijar. Mas que mulher mais fogosa! Eu sei que sou irresistível e tals, mas vamos impor alguns limites aqui, o que acha? – Margot, nós vamos ficar presos de novo, o que está fazendo?
— Eu não ligo se ficarmos presos. – Cochichou com os lábios grudados nos meus. – Vem cá, vem. – Deixei-me levar e ela tombou no sofá, deixando que eu caísse sobre ela. Margot usava um vestido e minha mão escorreu por sua perna, enquanto me encaixa sobre o corpo pequeno. Ela riu baixo.
— Margot... Você não presta. – Ela fez que não, antes de intensificar o beijo.
As pequenas mãos desabotoaram minha calça, puxando-a para baixo. Eu usava uma cueca banca, por que ela havia escondido as outras na semana passada e sorriu ao apertar minha bunda. As minhas mãos também vagaram por seu corpo, até por que.. Sabe como é né.
Porém, como a vida não é feita de maravilhas, até porque se fosse eu não a viveria, um estalido aconteceu em algum lugar por ali, me fazendo pular.
— Tem algum assassino com abajur ai? – O zelador perguntou. Margot arregalou os olhos e me empurrou. Foi até a porta, arrumando o vestido de forma desajeitada antes de gritar:
— Sim, já estamos descendo. – Respondeu, antes de se voltar para mim mal humorada. – Se troca logo, anda! – Disse enquanto eu abotoava a calça. Revirei os olhos.
— Ei! Eu não tenho culpa se ele se previnir dessa vez, ok? – Retruquei me botando de pé. – Vamos para casa. – Ela pegou as suas coisas e seguimos para o meu apartamento.
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Todas Contra Ucker (Concluída)
HumorJoseph Travis Uckermann sempre foi um cara do bem, sempre teve uma vida comum, sem nenhum privilégio do destino, e ele poderia ser até ser bem resolvido no trabalho se realmente se dedicasse. Como dito, normal. Mas quando falamos de sua vida amorosa...