Capítulo 15

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T3ddy narrando

M: Ô T3ddy, sua mãe veio ver você, levanta ai.

Abri os olhos pesados, eu não reconheci o rosto da mulher à minha frente. teria perdido a memória?

A mulher franziu a testa ao olhar meu estado.

-Não, esse não é o Lucas.

M: Bom, pegue o que você achar melhor. Eu acho que esse tá meio acabado também.

-Ai Lucas! Que susto! Eu te amo tanto, onde que tu tava?

L: Mãe? –Falou a voz preguiçosa.

M: Não, esse ai é o seu pai, sua mãe é trans. Surpresa!

Avistei-o em outro sofá.

T: Oi–Sorri.

L: Oi–Ele sorriu.

Sua mãe me olhou com arrogância.

C = Carminha

C: O que tu fez com a sua vida filho?

Sentei e encarei o chão, eu era culpado.

Satisfeita com meu silêncio voltou sua atenção ao filho.

C: Quer seguir o caminho do seu pai? Quer acabar como ele? Está fazendo...

L: Não! –Falou com desespero em cima da voz dela.

Engoli seco, ele estava a impedindo de dizer algo.

L: Não... Não mãe -Colocou a mão em no rosto da senhora- Logo vou estar em segurança.

Ela respirou fundo.

C: No que está metido Lucas? O que está fazendo?- Balançou a cabeça abalada.

Ele levou a mão dela aos lábios e beijou, depois a puxou para um abraço.

L: Me desculpa, eu preciso que vá embora.

C: Eu irei, mas quero que saiba no que está se metendo, e traga meu neto para eu conhecê-lo!

Ele olhou para Mauro, que pelo visto adiou a informação, e abriu um sorriso largo para sua mãe.

L: Você vai, eu te amo!

Mauro tampava um bocejo dramático.

C: Eu te amo demais meu filho!

Carminha foi embora depois de me pedir para cuidar bem dele, eu afirmei com a cabeça.

M: Faltou ela rezar um terço, cacete!

L: Vá se foder! –Passou por ele e pegou no meu pulso.

Senti sua mão subir com desejo pelo meu braço. Agarrou meus cabelos pela nuca e me levou a um beijo. Soltei uma risada ofegante antes de continuarmos a caminhada.

Nós saímos. Ouvi Mauro gritar da porta.

M: De nada!

L: Esse é um bom bairro, eu sei de uma casa por aqui, o dono certamente defeca dinheiro.

Deixei escapar uma risada.

L: O que foi?

T: Quem te roubou de você?

Ele sorriu.

Ele pensou muito antes de responder. Balançou os ombros.

L: Acho que percebi que tu tinha razão.

T: Claro que tinha, mas...

Ele riu.

T: Mas está sendo cruel.

Eu tenho um plano - L3ddyOnde histórias criam vida. Descubra agora