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01:30 a.m

Eu já estava farto daquela festa da faculdade, não sei, mas aquilo não me satisfazia.
Meninas somente com uma parte dos biquínis, e se tivessem. Meninos secando as meninas.
Música estridentemente alta.
Bebidas para todo lado que eu olhasse.

Essa tal "reuniãozinha" que o Xiumin me arrastou, tinha como princípio não ser explanada. Sem snaps, tweets ou mensagens sobre a festa. Então as probabilidades da minha mãe descobrir eram de 1 em 500, o que era bom.

O agente causador dessa minha atual situação, vulgo meu primo que por má sorte é o capitão do time de Basquete, simplesmente sumiu pelas paredes dessa estranha casa que eu nem sei de quem é.

E me deixou aqui.

— Olha o que eu te falei sobre estranhos! E não vai embora sem mim! — essas foram as últimas palavras que ele me dirigiu antes de sumir com aquele tal de Chen pela multidão a dentro.

Eles algum dia vão ter que anunciar esse relacionamento. Todos os nosso amigos íntimos já sabem, mas sempre que alguém de nós pergunta sobre os dois, a única resposta que nos temos é o Chen corado e Xiumin dando uma gargalhada tentando desmentir o nosso pensamento. Mas com isso só confirma cada vez mais que eles estão juntos.

Ao lembrar dessa cena que ocorreu esses dias no corredor, eu deixo escapar um leve sorriso em meus lábios e uma suspirada logo em seguida.

— Senhor Byun BaekHyun nesse tipo de festa? O que aconteceu? A biblioteca tava fechada? Errou o caminho pra sala de aula? — proclamava a voz pouco abafada pela música que tocava incessantemente na casa infestada de pessoas.

Eu apenas não respondi. Eu queria acreditar que aquilo estava acontecendo, mas só não conseguia.

— Byun BaekHyun.— agora a voz não só especulava palavras, ele agora tocou o meu ombro.

Em reflexo eu me virei lentamente não querendo acreditar no que estava se passando comigo.

— O-oi — tentei formular uma frase, só que meu cérebro estava ocupado demais tentando saber como ele sabia da minha existência.

– Eu já estou te observando a um tempo e... Por que você está aqui sozinho? – disse o mais alto me olhando nos olhos agora

— Na real eu vim com meu primo, só que ele simplesmente sumiu então o que me resta é esperar – disse apontando para a casa desviando do seu olhar por uns três segundos.

– Eu não me apresentei ainda não é mesmo.—soltou um riso abafado – Meu nome é Minsik. Você é o famoso Byun BaekHyun não é ?

— Sim. — digo com um fio de voz que me restava e levei meu olhar as minhas mãos que por sua vez puxaram as mangas do meu casaco e em um reflexo as levei a boca, cobrindo a mesma.

Ele estava com um moletom com a insígnia da faculdade que eu frequentava, eu só notei quando ele escondeu suas mãos nos bolsos do mesmo. Eu segui todos os seus movimentos que eram feitos com tal cautela.

— Calma, eu não vou te machucar nem nada eu só quero conversar — disse subindo e sentando também na mesma mureta que eu me encontrava.

— Você disse que eu sou o famoso BaekHyun. Mas porque famoso?

Só o que eu obtenho como resposta é um singelo sorriso dos lábios dele.

— Park Chan– Mas para a minha tristeza o Mark, amigo do meu primo simplesmente nos atrapalha junto com o mesmo um semblante em alerta e logo barulhos de sirenes muito alto quando o menor chega perto de nós nos alerta com uma palavra que me fez arrepiar.

— Sujou.

— O que a gente faz ? — Em um susto me proclamei.

— Leva ele para um lugar seguro, eu vou avisar os outros. — E o que eu vejo após isso é a sombra do Mark sobre as luzes vermelhas e azuis ao passar pela porta.

— Me segue. — respondeu Minsik

Minsik me pega pelo pulso e me guia até a porta dos fundos da casa, o muro que separava a casa que nos encontrávamos e a rua não era tão alto por isso pulei com facilidade.
Um policial nos viu pulando e nos mandou parar.

Minsik pegou o vaso de plantas e jogou em direção à parede da casa, o que fez o policial se afastar.

Eu não acreditei no que havia acontecido e comecei a rir. Eu estava me sentindo uma criança sem nenhuma preocupação.

Eu poderia ter sido preso.
Mas eu me encontrava sentado ofegante na calçada com um lindo estranho que tacou um vaso de planta no policial gordinho e com quem eu acabei de conhecer em uma festa proibida.
Nós estávamos correndo pela calçada rindo.

Eu nunca me senti tão vivo.

O lindo desconhecido se sentou na calçada e passou a mão nos cabelos de uma forma engraçada.
Com esse movimento eu pude perceber o quão atraente e fofo ele é.

Eu acabei por me sentar ao seu lado.

— Aonde você mora? — Quebrei o silêncio que lá começava a se aconchegar

— Eu não tenho casa fixa. E depois do policial gritar meu nome até parece que você não suspeite de quem eu sou. — disse de uma forma seca

" Não suspeite de quem eu sou? "
Como assim?

— Como assim "não suspeite de quem eu sou?"— digo tentando imitar o seu tom de voz só que de uma forma brincalhona dando um saquinho fraco no ombro dele.

A rua estava fria. Uma brisa fria soprou contra meu rosto e pescoço o que me fez arrepiar, como reflexo eu tremi timidamente e supreendentemente Minsik me puxou para um abraço quente.

— Está muito tarde, a gente deveria ir pra casa— disse quebrando novamente o silêncio mesmo não querendo sair do aconchego de seus braços.

— Eu te levo.

Ele disse levantando logo em seguida. O mais alto deus uns passos mais que eu e tirou uma chave de seu bolso em questão de segundos e uns barulhos depois eu vejo o carro.

— A minha casa não é muito longe. Eu posso ir sozinho não precisa se preocupar.

— Chanyeol. Entra logo nesse carro. — Ele se se encontrava com o maxilar trancado, punhos cerrados e seus olhos estavam muito negros.

( Quebra de tempo — Portão da casa de Park Chanyeol )

Para onde você vai agora? – perguntei com medo da resposta

— Eu vou procurar um lugar para dormir, mas relaxa eu sempre consigo. — Disse com um sorriso fraco

— Tem razão. Você vai dormir aqui hoje. Aliás é só até daqui a umas três horas. Meu pai quase nunca está em casa então tá tudo bem. — disse ao achar o controle do portão automático.

Ele me olhou e piscou umas vezes.
— Você não vem? — disse passando pelo portão

Ele nem por um segundo desviou os olhos dos meus, eu daria tudo para saber o que ele está pensando.

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