Janeiro,2017
O garoto de cabelos loiros, colocava a mão acima dos olhos,por conta dos raios fortes de sol sobre seu rosto.
-Aish...
Reclamou, pois chegaria mais uma vez atrasado no trabalho, sinceramente, ele não sabia oque estava acontecendo com Seoul.
Já era a quinta vez apenas em duas semanas, em que as ruas que tinha que passar para chegar ao seu emprego, estavam sendo interditadas pela polícia para que pudessem realizar uma perícia.
As lojas estavam sendo saqueadas, vendedores sendo mortos.
Mas aquilo não estava lhe afetando como afetava os moradores da região. Só ficava com raiva por sempre chegar atrasado no serviço.
Apressou os passos pelas ruas indicadas pelos policiais, e fechou os olhos agradecendo por finalmente ter chegado no bairro desejado.
Era um bairro comercial e movimentado, sem contar que era mais cheio do que um shopping em época de Natal.
Cumprimentou alguns vendedores, e passou rapidamente pela porta de vidro do estabelecimento com paredes pretas, que faz um som de sino ao fechar a porta.
Correu os olhos pelas mesas que estavam ocupadas, e alguns clientes reclamavam pela demora, outros pelo frango que estava mal passado.
O garoto quase tropeçou nos próprios pés tentando ir mais rápido em direção ao balcão, e alguns de seus fios loiros caíram desajeitadamente sobre seu rosto.
Levou as pequenas mãos até a madeira, erguendo a portinha do balcão, passando para o outro lado. O mesmo deixou as alças da mochila deslizarem por seus braços fazendo a bolça cair no chão, a chutando para um canto.
- Se considere sortudo, o Ajusshi ainda não chegou.
O mais velho que terminava de fritar alguns frangos, que era a especialidade daquele estabelecimento, exclamou jogando um avental branco no garoto.
O mais novo tentou pegar o avental com as mãos, oque não deu muito certo, já que o tecido atingiu seu rosto.
Tratou de amarrar o avental em si. Andou até onde o moreno estava, lhe empurrando para o lado, assim tomando posse das panelas cheias de óleo.
- Vá atender os pedidos, Hakyeon, eu tomo conta daqui.
Disse rapidamente, vendo o garoto levantar as mãos, agradecendo por aquilo,lhe arrancando uma risada. Oque era totalmente raro.
Os únicos momentos em que Park Jimin ria ou sorria, era quando seu amigo e colega de trabalho Cha Hakyeon, fazia piadas, ou quando eles conversavam. Fora aquilo, Jimin não se preocupava em demonstrar suas emoções.
Na Coréia, quando se tem 19, quase seus 20, todos se preocupam apenas em estudar ao máximo, passar nos exames, e entrar em uma das melhores faculdades.
Mas o garoto que agora se xingava por ter se queimado novamente com respingos de óleo sobre a sua mão, se preocupava apenas em trabalhar, se preocupava com o agora, em como continuaria a viver, e não com o seu futuro. Claro, isso se ele tivesse um.
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sᴋʏᴅɪᴠᴇ • Jikook version
Hayran Kurgu"O céu não tem começo ou fim. A escuridão vem mais perto e mais perto. A batida vem contra meu corpo inteiro. Deixe-me ir, começar. De novo, para um mundo mais novo. Que brilha nos meus olhos. O tempo está passando. Está tudo fora de controle. Oh, e...