Café e Oops! ﾉ taeten

O clássico à primeira vista.

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Taeyong estava sentado em sua mesa habitual de um café próximo ao seu apartamento. Ele estava bebericando o seu frapuccino no tempo em que esperava o seu croissant ficar pronto — pedido feito há 20 minutos, mas o lugar estava particularmente cheio essa manhã.

O relógio seth thomas que ornava com a temática do café indicava nove em ponto da noite, o lugar logo fecharia, mas Taeyong não poderia sair tão cedo como planeava. Estava entretido ajustando sua câmera, focando em pequenas coisas que chamavam sua atenção no estabelecimento: estudantes conversando, crianças se lambuzando de chocolate, alguns pratos com comidas exorbitantes — que não seria capaz de pagar nem se ficasse para lavar os pratos, era um pobretão mesmo — e seguindo essa linha, tudo ficaria muito lindo em uma moldura, acreditava o Lee. Ainda que tenha tantas cenas incríveis ao seu dispor, não registrou nada desde que veio.

O verdadeiro motivo de estar com a sua câmera nova para cima e para baixo, tentando encontrar algo que realmente capturasse o que tanto almejava, era um projeto particular seu: queria fazer algum tipo de álbum antes de sua mudança para Tailândia — onde semanas atrás recebeu uma irrecusável transferência de agência, sendo convocado para ser fotógrafo de uma marca internacional. E como despedida, pretendendo fincar raízes no novo país, queria tirar suas últimas fotos em Seul. 

— Urgh, pelos deuses, por que eu não consigo tirar uma simples foto? — disse em um murmúrio, descansando seu queixo sobre sua câmera canon, suspirando pela milésima vez naquela noite.

Finalmente seu pedido de minutos atrás chegou. Mas, o moreno estava tão frustrado consigo mesmo, que ignorou completamente o aroma dos deliciosos croissant de sabor quatro queijos que uma barista havia deixado sobre a mesa. Desarrumou seus próprios fios, era uma perfeita demonstração de que não estava satisfeito com o local para tirar suas fotos. Pensou em ir para outro lugar, talvez devesse fotografar um pouco do Rio Han. Um dos que estavam em sua lista de lugares para ir antes de se mudar. Mas não queria desistir tão fácil, adorava aquele café, queria ter algo dali.

— Ah, vamos, olhe mais um pouco. — tentou encorajar-se, olhando minuciosamente cada detalhe do café de aspecto vintage, mas infelizmente não encontrando nada.

E como um feixe de luz no fim do túnel, os olhos do Lee capturaram um rapaz que adentrou o café com os óculos na ponta do nariz e uma voz agradável ao ser ouvir, e sem nenhuma razão aparente — talvez nenhuma que queira admitir —, seguiu o garoto com o olhar até o mesmo encontrar uma mesa, que por sinal, era a mesa ao lado de Taeyong, que não deixou de sorrir discreto com a ocasião. E qual era o motivo de tanto interesse no rapaz? Simples, não fazia a menor ideia. O moreno se cativava por cenários grandiosos, pessoas incomuns e na maioria das vezes, exóticas. E o rapaz de madeixas negras era comum, mas não era um regular como outro qualquer, não, era uma simetria simples e chamativa. Argh, como poderia explicar melhor? Com a câmera em mãos, os dedos magros e sem cor pressionavam a máquina, Taeyong não deixou de notar que o garoto ao seu lado não era de sua nacionalidade: seus lábios avermelhados, seus cabelos de tonalidade escura que eram constantemente afastados pelo mesmo, sua pele bronzeada em perfeito contraste com a jaqueta de couro preta e o corpo magro, que não parecia ser muito diferente do Lee. Ele era, comum e incomum? Ah, essas seriam as palavras corretas? O moreno não sabia ao certo, mas seus olhos não se desviaram nem por um momento, acompanhado os mínimos movimento do esbelto garoto.

Conseguiu confirmar que o mesmo era de outro país quando presenciou seu coreano em uma desajeitada pronúncia: gaguejando algumas vezes e demorando para encontrar a palavra certa para fazer o seu pedido para a barista. 

— Hey, ele quer um Bingsu. — Taeyong, que estava ouvindo atentamente o pedido do garoto ao lado, viu que o mesmo não estava conseguindo pronunciar o nome de seu prato, causando uma confusão na cabeça da moça que anotava os pedidos.