O Juiz.

Prólogo.

* Sem correção ortográfica*

Gustavo tinha ganhado um pouco de massa muscular desde a ultima vez que eu o vi.

O algodão fino da sua camisa estava grudado em seus bíceps, passando por aquele abdomen traçado e musculoso, enfiado dentro da calça social.

Fechei os olhos tentando não me lembrar da sensação dele no meio das minhas coxas, quando ele se movia dentro dela, respirando lentamente na minha orelha, enquanto eu gemia......

Balanço a cabeça e começo a rir de nervoso, ele esta aqui, nesse escritório imenso e requintado, me olhando com cara de paisagem.

Aguardei esse momento ansiosamente, como se fosse nosso primeiro encontro.

Estava aqui, para me dar a noticia que ele tanto aguardou por um momento, mas que hoje não é exatamente o que ele gostaria que fosse.

Ergui meus olhos para ele, olhei para seus lábios que estavam cerrados de raiva. Os olhos dele haviam se estreitado sob as sobrancelhas.

O desprezo que ele sente por mim, irradia seu corpo.

Tentei manter minha respiração regular, lembrando que embora eu estivesse no escritório dele, do renomado tribunal que ele tanto estudou para estar esse era o meu momento.

Eu estou no controle.

Se ele me via com desprezo agora, só Deus sabia como se sentiria depois de ouvir o que eu tinha a dizer. Ele tinha sido parte da minha vida por tantos anos - como amigo - confidente e até como meu amante -, mas nunca antes como meu inimigo.

- Por mais agradável que seja ver você Amanda - ele disse com a voz arrastada, deixando perfeitamente claro que não era agradável me ver ali, poderia ser qualquer coisa menos agradável -, tenho uma audiência em 5 minutos. O que voce quer exatamente?

Ele não tinha ideia, mas era agora. Hora de abrir a boca e contar a ele o que ele sempre precisou ouvir. De repente, meus braços ficaram pesados, meus dedos tremeram, uma manifestação típica do meu nervosismo. Respirei fundo  e tentei formular as palavras que tinha viajado toda essa distancia para dizer.

Umedeci os lábios, e vi seu olhar descer em direção a minha boca, seus olhos azuis observando-a enquanto eu mordia o labio inferior.

- Gustavo, minha voz estava forte e alta. Eu podia fazer qualquer coisa, poderia falar logo. Poderia contar a verdade ou então ir embora dali.

- Gustavo, estou grávida de voce!