1.Universidade

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São seis e meia da tarde de domingo, estou sentada na minha cama no dormitório da universidade digitando um e-mail para Margot. Estou contando tudo o que aconteceu até agora, como é a faculdade, meu quarto, a vista da minha janela, etc.
Papai, Kitty haviam ido embora fazia meia hora, e Peter havia saído para comprar sorvete na lanchonete do campus.
Quando ele entra, porque Peter é assim, não bate na porta, não que eu me importe, Peter é o Peter.
-Acredita que eles não tinham sorvete de chocolate com menta? Que tipo de lugar não tem sorvete de chocolate com menta?
Eu rio. - O tipo da UNC?- Pergunto.
-Você não devia ficar aqui. Como vai aguentar ficar aqui sem chocolate com menta e sem mim? - Peter fala, sarcástico.
- Ah não, você tem toda razão, como eu fui idiota, não posso passar nem mais um minuto aqui, eu preciso de sorvete de chocolate com menta.
Continuo rindo enquanto Peter me lança um olhar fulminante.
- Eu tenho uma coisa para você.-Ele diz.
Me sento.
- O quê?
- Feche os olhos Covey. - Obedeço.
Fecho os olhos e estico as mãos, quando ele coloca uma caixa na minha mão.
- Eu sei que você já tem, mas essa é especial pra mim, queria que ficasse aqui com você.
Abro os olhos e a caixa ao mesmo tempo, dentro há uma foto. Uma foto minha e de Peter na noite do baile de formatura, eu estou olhando para ele tão intensamente e ele para mim, parecendo apaixonado. Uma lágrima escorre pela minha bochecha.
-Peter, isso é..... lindo!- Eu digo chorando.
- Ah não chore, Lara Jean. Isso é para os caras do clube de cálculo, quando entrarem aqui para estudar.
Eu jogo uma almofada nele, acerto bem no rosto.
-AI!
-Opa.-Eu digo rindo.
Ele para. Me olha e senta de frente para mim. Então diz:
- Eu te amo, Lara Jean.
Eu me inclino para frente e o abraço, ele retribui e então diz:
- Eu preciso ir. Tenho que estar na UVA amanhã.
Um nó se forma em minha garanta, mas consigo desfazê-lo e dizer:
- Eu amo você, Peter.
Acompanho-o até o carro dele, têm muitas pessoas andando pelo Campus, pessoas rindo, amigos cantando, conversando. É um mundo totalmente novo.
Quando chegamos no carro Peter para. Então se vira para mim.
- Prometo que assim que chegar, eu mando mensagem para você.- Diz ele colocando as mãos nas minhas bochechas.
- Assim como todos os dias? - pergunto.
-Assim como todos os dias.
Peter me beija, um beijo longo e intenso. Quem sabe o que vai acontecer nas nossas vidas daqui pra frente? Nunca ficamos tão longe.
Dou um último e apertado abraço nele. Peter entra no carro olha para mim e eu vejo. Os olhos dele estão marejando, mas esconde em um sorriso. O meu sorriso.
Ele dá a partida e quando vira a esquina eu viro as costas e vou em direção ao prédio.
Estou com a mão na maçaneta quando escuto meu nome.
- LARA JEAN!- Peter está correndo?
Corro ao encontro dele e ele ao meu, me jogo nos braços dele, exatamente como na primeira vez, tanto tempo atrás. Mas dessa vez sou eu quem digo:
- Peter o que você está fazendo? - eu digo é o beijo.
-Eu tinha que me despedir em grande estilo.
Eu rio. Tanto que escondo o rosto no seu pescoço para abafar o riso. Eu podia passar a noite toda ali, sentido o cheiro daquele perfume.
-Prometa que vai fazer biscoitos para mim.- ele diz.
- Se me trouxer donuts de café.-Eu retruco. Nós dois rimos.
Peter me coloca no chão, então me dá um último, urgente e esperançoso beijo e diz:
- Boa noite, Covey.
Ele volta correndo para o carro que Deus sabe onde e de que jeito ele deixou.

Para todo o sempre,Lara JeanOnde histórias criam vida. Descubra agora