Após a morte de sua mãe Suya foi levado para um hospital, onde ficou durante algum tempo e onde também foi diagnosticado com uma doença pôs-traumatica muito rara que o impossibilita de sentir qualquer emoção, sentimento ou até mesmo estímulo fisico, como a dor, e por causa da mesma o pequeno teve de ficar mais tempo do que o suposto no hospital, onde foi internado durante 6 meses.
Após lhe ser dada alta no hospital e como não tinha nenhuns familiares registados vivos, Suya foi mandado para um orfanato, perto do hospital, onde foi colocado num quarto particular ao lado da enfermaria, pois por causa da sua condição, este tinha de fazer testes médicos diários para ver se estava tudo bem com o seu corpo, já que mesmo se não tivesse o pequeno não iria perceber, e também pois era possível que ele se esqueçe-se de se alimentar, já que ele não sentia fome.
--- 2 anos após o assassinato ---
Suya está em seu quarto, se preparando para o seu primeiro dia de aulas, o pequeno traja um casaco azul até pouco acima dos joelhos com um gorro com orelhas de urso, uns shorts pretos e uma mochila amarela simples com as coisas essenciais dentro, a qual foi preparada pela enfermeira que estava encarregue de tratar dele.
Após calçar os seus ténis brancos o pequeno levanta-se e vai até à frente da porta de entrada e fica a encarala com os seus olhos azuis sem vida.
Após alguns minutos naquela mesma posição o trico da porta é aberto e a enfermeira entra no quarto.
Se estás pronto vamos e come isto ou vamos ter problemas. - diz a enfermeira, entregando uma maçã ao pequeno e o puxando pelo braço para fora do quarto.
O pequeno então é levado para uma sala, onde estavam várias outras crianças da sua idade a correr e brincar uns com os outros.
Tenta não parecer tão estranho. - diz a enfermeira, largando o menino no meio da sala e voltando aos seus afazeres.
O pequeno fica na mesma posição que a enfermeira o tinha deixado, com os braços ao longo do corpo, segurando a maçã em sua mão esquerda e encarando a parede do outro lado da sala, sem qualquer expressão no rosto durante algum tempo, até que o velho gerente do orfanato entra na sala e sobe do pequeno palco improvisado que havia no fundo do mesmo.
Assim que ele sobe uma das auxiliares que estavam de olho nas crianças entregaram-lhe um microfone.
Ele bate no microfone ligado com os dedos, criando um barulho ensurdecedor, que faz as crianças da sala, tirando Suya, taparem os ouvidos e, de seguida, olharem para a direção do gerente.
Bom dia a todos. - exclama o gerente num tom animado, abrindo os braços.
Bom dia Senhor Gerente. - dizem a maioria das crianças num coro desincronizado.
Bem, como sabem hoje vai ser o vosso primeiro dia de aulas e eu espero que todos tenham um comportamento exemplar e se esforçem nos estudos, pois se o fizerem podem ter uma recompesa no final. - diz um gerente, animado, e piscando um olho no final.
Esta afirmação fez com que as crianças ficassem animadas e começassem algumas conversas paralelas.
O autocarro vai chegar daqui a pouco, então vão até à entrada, peguem nos vossos almoços que estão preparados dentro de sacos na recepção, só um saco para cada, não trapaceiem, e sigam as auxiliares até à paragem. Boa sorte a todos. - explica o gerente, com o mesmo tom animado.
Dito isto várias crianças começam a correr em direção à recepção.
Suya ia começar a ir até à mesma como os outros, mas lembra-se da maçã em sua mão e as palavras da enfermeira, o que faz o pequeno levar a maçã à boca, porém antes de conseguir dar a primeira dentada, a fruta é lhe tirada das mãos por uma das crianças que estavam na sala.
*risos* Isto é teu? - pergunta uma menina com a mesma idade de Suya entre risos, com a maçã do mesmo em mãos.
A menina tinha cabelos morenos até pouco abaixo dos ombros e uns olhos verde esmeralda brilhantes, esta trajava um vestido rosa claro até abaixo dos joelhos e uns ténis brancos, como os de Suya.
O pequeno encara a menina com o seu olhar vazio e diz que sim com a cabeça.
Uhhh, que olhar assustador. - diz a menina de olhos esmeralda num tom ironico, soltando uma risada alta de seguida e dando uma dentada exagerada na maçã em sua mão. - Agora não é mais! Esquesitão! - exclama ela num tom vitoriosa, dando outra dentada na maçã e de seguida começando a correr para a recepção.
Suya solta um leve suspiro e também começa a andar em direção à recepção.
Chegando lá ele pega no último saco de almoço, já que ele tinha sido o último a chegar, e vai até à paragem de autocarro ter com as outras crianças.
Após alguns minutos de espera o autocarro chega e ele entra, juntamente com as outras crianças. O autocarro já estava quase cheio e o pequeno começa a olhar em volta, procurando onde se sentar.
Quando a menina que antes lhe tinha roubado a maçã chama a sua atenção, por estar a encaralo. Suya então encara-a de volta e a menina faz um gesto para o pequeno se aproximar, e ele assim o faz.
Senta-te aqui. - pede a mesma, assim que Suya chega perto.
O pequeno então senta-se no lugar vago ao lado da menina de olhos esmeralda e coloca o cinto de segurança.
Poucos segundos depois o autocarro começa andar.
O meu nome é Emi, e o teu? - pergunta a menina.
Suya... - responde o pequeno num tom vazio.
*risos* Ah, afinal sabes falar! - exclama Emi, entre risos.
Suya não responde, ficando somente a encarar a parte de trás da cadeira em frente dele.
Uh... Então, estás animado para o nosso primeiro dia de aulas? - pergunta a menina de olhos esmeralda, num tom inocente.
Não... - responde Suya, com o mesmo tom de antes.
Sério?? É que eu estou!! - exclama Emi entusiasmada.
Suya não reage. A menina ao seu lado começa a encaralo, curiosa.
Tu és muito estranho, sabias? - afirma Emi.
Após uns segundos à espera de uma resposta por parte de Suya a menina solta um longo suspiro de reprovação e desvia a sua atenção para a janela.
---15 minutos depois---
Após um tempo o autocarro finalmente chega à escola. Assim que para as crianças começam a descer apresadamente, o que faz com que uma das crianças do primeiro ano tropeçe e começe a chorar, impedindo a passagem. Até que é levada por um de seus amigos para fora.
Após todos sairem, o autocarro fecha as portas e arranca, para o seu próximo destino.
Suya fica parado à frente do portão principal da escola, encarando o mesmo sem qualquer expressão no rosto, quando...
Hey, esquesitão! - chama Emi, tirando o pequeno de seu transe. - Anda logo, estou à tua espera! - diz a menina, apresada.
Suya então começa a andar em direção à menina e os dois entram pelo grande portão da escola.
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Pequeno, mas vazio
HorrorSuya é um menino que após perder a mãe que foi brutalmente assassinada à sua frente quando este tinha 4 anos tornou-se em alguém completamente impossibilitado de expressar qualquer emoção, sentimento e até mesmo de sentir dor. Plágio é crime! #77 em...