Verão de 2012, Julho, Braga
Passamos o ano todo a fazer trabalhos manuais para angariar dinheiro. Estivemos dias inteiros a trabalhar para realizar um sonho.
Fizemos manjericos, velas dos farricocos, maquetes para montar, marcadores, livros, calendários, crachás, …
Nunca trabalhei tanto com os escuteiros.
Tinha apenas 14 anos, era guia da minha patrulha, cujo nome era Cão. Tomar conta, ensinar e ajudar todos os meus elementos era um trabalho difícil, mas com a minha melhor amiga como sub-guia era mais fácil, ela torna as coisas mais divertidas, fazendo de mim mais natural, compreensiva, otimista, engraçada, e mostrar o que valo.
Eu era a mais velha, os meus elementos tinham entre os 10 e 13 anos, o inicio da puberdade, nesta face os adolescente precisam de se sentir especiais e amados ( como eu acho isto engraçado).
Todos nós tínhamos algo em comum, para além de uma família escutista, sonhávamos com o ACANAC que ia haver em Agosto, mas para isso tínhamos que trabalhar muito. Como eu costumo dizer “ Para conseguirmos atingir um objetivo temos que lutar por isso.” Mas o problema é que ao inicio a equipa não se comunicava bem, e isso era um grande problema, especialmente para mim porque eu não sabia o que fazer com um grupo de adolescentes que não se entende.
No fim de uma reunião com a patrulha, pode concluir que todos queríamos muito participar neste acampamento. E quando um grupo tem algo em comum estabelece-se uma ligação.
No Sábado seguinte, de manha, tive uma reunião de guias e sub-guias do núcleo , onde iam dar informações sobre o ACANAC. Lá recebemos, uma montanha de informações, o hino, algumas atividades que íamos fazer e uma pequena formação de guias.
De tarde fui mais sedo, preparei-lhes uma surpresa, com as informações sobre como nos prepararmos para o acampamento e atividades fantásticas que vamos fazer, não poderia haver nada melhor para os incentivar a trabalhar em grupo. Estava ansiosa para conhecer as reações deles.
