- Bom dia. - Ouvi, abri meus olhos, dentre o clarão da luz que invadia o quatro, Lua estava me olhando, plena, tão bela, com os cabelos bagunçados e um sorriso doce.
- Bom dia. - disse.
- Sua avó bateu na porta, a alguns minutos, quer que a gente desça pra tomar café.
- Aposto que ela fez a receita de panquecas do meu avô.
- Porque?
- Conheço minha avó.****
Eram nossos primeiros dias de namoro, levei Arya para a casa de minha avó, ela soube na hora que se tratava de uma namorada minha, sempre soube que eu ia gostar de garotas, lembro de entrar ao lado dela.
- Olá Mia, você deve ser a Arya não é? Mia falou de você, é tão bonita quanto imaginei que a garota por quem minha neta iria se apaixonar seria. -ela disse sorrindo - Venha, vão ficar no quarto de minha filha, como chegaram depois do almoço fiz panquecas, para tomar café, vamos a cozinha. - ela sorriu e pegou Arya pelo braço, Arya me olhou feliz.
elas seguiram e eu subi para deixar as mochilas no quarto de minha mãe, era estranho, eu nunca disse a minha avó que era lésbica, nunca disse que Arya era minha namorada ou que sequer gostava dela, mas ela mesmo assim falou com ela como se já tivesse ouvido o quanto ela era boa para mim.
desci para a cozinha, minha avó estava sentada com ela, haviam alguns alimentos dignos de chá da tarde, e as panquecas da receita de meu avô, era muito raro ela fazer essas panquecas, me sentei junto a elas na mesa, ela pegou um bolinho, peguei da mão dela e coloquei uma das panquecas.
- Você vai amar isso aqui. - eu disse, e coloquei uns morangos próximos a ela.
- Okay - Ela sorriu, o sorriso mais doce que já havia dado para mim.
- Como se conheceram? - Minha avó parecia radiante.
- Estudo com a Mia a algum tempo... - Arya colocou um morango junto ao recheio e mordeu - Caramba isso é muito bom...
- Nos conhecemos na escola vó, eramos amigas, sempre gostamos da companhia uma da outra.
- E como nenhuma de nós é popular, andavamos juntas o suficiente para gostar uma da outra. - Arya completou.
- Mia já fala de você a um bom tempo, queria conhece-la.
- Vó.. - reclamei.
- Acabamos de começar a namorar...
- Sim, mas se amam a mais tempo do que dizem, só faço panquecas para casais que apoio.
- Fazia para minha mãe e Johnny?
- Seu avô fazia para sua mãe... fazia para mim desde que o conheci, e quando sua mãe se casou fazia para ela também.
- Queria ter conhecido meu avô...
- Ele ficou se foi feliz Mia, sabendo que você seria a primeira neta dele.
- E ultima pelo visto, meu tio vai acabar deixando a garota envelhecer demais pra isso.
- Tudo no seu tempo, agora comam. - ela disse, e sorriu, peguei na mão de Arya e dei um beijo.****
- Vocês demoraram. - ela disse, enquanto colocava as xícaras na mesa.
- Acordamos tarde - Lua disse e se sentou.
minha avó colocou as panquecas na mesa, como eu esperava, da mesma forma que fez antes.
- Obrigada - Lua disse e se serviu, sentei ao seu lado.
- Isso ta uma delicia - ela disse após morder.
- Eu sei, minha avó é faz as melhores.
- Agora - disse ela - É uma receita do meu falecido marido, ele fazia para mim quando namoravamos, fez para mim e meus filhos nos anos seguintes, e foi assim até o final.
- Ele era bem especial não é? - Lua disse, parecia sentida.
- Ele era um homem incrivel, gostaria de mais tempo com ele... Mas morreu feliz, viu a filha se casar, viu os filhos crescerem e amadurecerem, e ouviu com alegria o sexo de sua neta, sabe que fez ótimas coisas.
- Meu avô deve ter sido incrivel.
- Ele foi Mia, sua mãe e ele eram muito ligados.
- Agora eles estão olhando por nós juntos. - eu disse, do nada, como se não tivesse controle de minha boca.
Tomamos café e em seguida levei Lua para conhecer a casa, eu queria ter crescido ali com minha avó, talvez eu tivesse tido uma ótima infancia, longe de meu pai, longe de tudo, nos sentamos em um banquinho olhando para o jardim, havia uma roseira proxima, me levantei e fui até ela, Lua me olhava, plena, tentei arrancar um rosa, um espinho entrou em meu dedo e vi o sangue sair, coloquei em minha boca e suguei o sangue, depois novamente tentei arrancar a rosa, ela linda, quando finalmente consegui, a levei até Lua, e a entreguei, colococando novamente o dedo com sangue na boca.
- Cuidado, tem espinhos. - Eu disse, ela sorriu, que sorriso lindo.
- Que lindo esse pedido de namoro... - brincou.
- Faria melhor?
- Claro...
- Bom, esse ainda não é o pedido, aproveite esse tempo de preparativos pra se despedir dos contatinhos meu amor, porque vai ser lindo.
- É pra já - ela disse dando risada, e me beijou. - você cresceu aqui?
- Bem que eu queria, estar longe do meu pai seria otimo, mas não.
- Que pen...
- Mia, precisamos conversar. - meu tio apareceu.
- Eu não fiz nada - disse.
- Você vai fazer terapia.Oi oi gente
mais um capitulo pra vcs
espero que tenham gostado
votem, comentem
saiu novo cover no canal corre lá pra assistir e quem não é inscrito se inscreve Canal Amora
semana que vem farei um video falando de Johnny, deixem todas as perguntas e duvidas sobre este personagem que queiram saber e eu falarei no video
até mais meus amores
Bjooooooos
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As teorias de Mia
TerrorEu cresci sem ela, tenho dezesseis anos e acho que isso não é importante agora, ela não esteve por perto em meus aniversários, não esteve na porcaria da minha festa gay de quinze anos, não esteve aqui a minha vida inteira, ela não estava aqui para m...