Spencer Smith

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É por volta de duas da manhã, nem eu nem a Kate estamos dormindo, mas os dois estão fingindo que estão, pois além de estarmos evitando o assunto, a preocupação fez com que perdêssemos o sono.
Eu só não entendo por que ela não fala nada pra mim, eu a amo tanto e eu vou sempre estar ao lado dela e vou amar esse bebe com tudo que eu tenho, pro resto da minha vida.
Levanto da cama para ir a cozinha, eu preciso de água, tomar um ar, e de uma namorada chamada Kate que se abra comigo, se possível.
Com um susto, solto um grito não tanto quanto másculo, era o Evan entrando pela porta.
-  Mas o que foi esse grito? Eu só quase morri, quuaase, eu não morri! Não sou um fantasma já pode se acalmar.
- É óbvio que eu não sabia que era você Evan! Os médicos te deram alta? E sua mãe? E o que você tá fazendo aqui?- pergunto desesperado.
Kate chega correndo, provavelmente por causa do grito que eu dei.
- Eu já vou explicar tudo, mas antes nos temos que pegar o resto do pessoal - disse Evan nos puxando.
- Evan nos não vamos a lugar nenhum até você contar o que está acontecendo- disse Kate.
- Eu tô fugindo! E eu preciso da ajuda de vocês.- responde ele.
- Eu tô dentro, conta comigo! - disse Victoria saindo de trás da escada.
Evan nos fez fazer as malas as pressas, saímos correndo de casa e nos deparamos com uma mini van estacionada na garagem.
- O que acharam? É minha - disse Evan.
- Você comprou isso? - pergunta Kate tão indignada quando o resto de nós.
- Eu aluguei! E que caras são essas? Será divertido. - responde Evan feliz e saltitante.
Entramos no carro e a primeira parada e na casa de Cassie, que em cinco minutos já tinha arrumado suas malas e estava na van com a gente, Cassie é o tipo de pessoa que sempre topa tudo.
Agora sabíamos que seria uma situação mais complicada, porque os pais do Alex são estritamente rigorosos em relação a tudo, e nos não podíamos acorda-los de jeito nenhum, por essa hora o Alex já deve estar dormindo, e sem celular pois seu pai tira o celular dele quando ele entre em casa, para ele estudar.
- Como vai ser agora? - pergunto.
- Vocês não podem ir pela porta da frente, porque o corredor passa na frente do quarto dos pais dele, que fica no andar de baixo - diz Kate.
- Já sei! - Fala Cassie me puxando junto do Evan para fora da mini van.
Eu nunca pensei que um dia estaria escalando a parede da casa dos Masons as três horas da manhã, com dois dos meus melhores amigos.
- Gente, eu acho que não é tarde demais pra desistir - diz Cassie com voz de medo.
- A ideia foi sua!- digo a ela.
- Eu não morro em um dia pra morrer no dia seguinte, valeu Cassie - diz Evan.
Todos riem o que nos faz cair um pouco da altura que estávamos, fazendo o medo aumentar de novo.
Estou pendurado por apenas uma mão agora, o que é muito perigoso numa situação dessas.
- Então gente, chegou minha hora, eu queria dizer que.. - sou interrompido por uma voz vinda da janela do Alex.
- Idiotas - diz Victoria.
- Como você chegou ai em cima ? - pergunta Evan.
- Porta dos fundos. - responde Victoria.
Espontaneamente eu e Evan olhamos pra Cassie com uma expressão de braveza.
- Ops Hehe - diz Cassie fazendo um rostinho fofo pra amenizar a nossa raiva.
Victoria e Alex nos ajudam a subir até o quarto, onde tentamos convencer nosso amigo.
- Se eu for meu pai vai me fazer estudar vinte e quatro horas por dia pro resto da minha vida, vocês sabem o que é isso? Significa que acabou vida social, até mesmo vida privada, o que também significa: sem tempo pra brincar com o meu alexinho. - diz Alex.
- Alexinho, que nominho mais peculiar para se dar para o seu peni..
- Seus pais não precisam saber pra onde você vai, Alex!-diz Cassie interrompendo sua amiga Kate.
- Meus pais descobriram até quando eu dei meu primeiro beijo, você acha que eles não vão descobrir que o filho deles desapareceu? - pergunta Alex.
Evan se aproxima de Alex, segura a cabeça dele com as duas mãos e diz:
- Escuta o que eu tô falando, eu vou fugir e não vou voltar nunca mais, não é uma bobeira de adolescente, se eu sair por essa porta e vc não ir comigo, a última lembrança nossa que vc terá será essa conversa ridícula que estamos tendo, eu não estou pedindo pra vocês fugirem comigo e vocês sabem, eu só quero fazer uma última viagem em grupo e depois no final, vocês voltam e eu fico, é pedir muito?
- Vamos nessa - diz Alex.
Entramos todos na Mini van com muita agilidade, nos confortamos em nossos lugares, e andamos com o carro, então Evan começa a contar o que aconteceu.
- Meu nome é Evan Stephanopoulos, eu venho de uma família muito rica, que tem uma grande empresa na suíça, meus pais não queriam um filho, mas como eles precisavam de herdeiros que apresentem o sobrenome da família, aqui estou eu. Quando eu tinha três anos eles me deixaram com uma criadora, para irem viver na suíça. Ontem foi a primeira vez que eu vi minha mãe em quinze anos. Eu não amo meus pais , eles não me amam, eu não posso viver com eles.
Todos se sentiram muito mal pela história do Alex, não só por ser triste, mas pelo fato deles todos serem amigos a muitos anos e nem nunca imaginar isso, pois não é de se esperar que a pessoa que da os melhores conselhos, passa por momentos difíceis na vida.
- Stephanopoulos então ? - diz Alex pra quebrar o gelo, o que realmente acontece.
Agora sim, parecia finalmente que a viagem tinha começado.
- Merda!- grita Evan brecando o carro, fazendo com que todos batessem suas cabeças.
- O que aconteceu ?- pergunto passando a mão na cabeça pra tentar amenizar um pouco a dor.
- Eu esqueci um negócio em casa, nos vamos ter que voltar - responde Evan.
- É algo tão importante assim? - pergunta Cassie.
- Sim - diz Evan.
- Então vamos voltar por isso - diz Alex.
Todos concordam e Evan começa a falar:
- O plano é o seguinte, tem uma grande possibilidade da minha mãe já ter sentido minha falta e ter ido atras de mim, então vai ser assim: Kate e Alex ficam no carro vigiando pra ver se vem alguém, Victoria e Cassie, como eu moro em prédio, vocês ficam na escada de incêndio, esperando notícias tanto do pessoal que vai estar no carro, tanto de mim e do Spencer, que vamos entrar em casa, pegar o que eu preciso correr de volta pro carro, entendido?
Todos já se apresentavam em suas devidas posições, eu nunca tinha entrado na casa do Evan, eu nem sabia que ele morava sozinho, ele tende não se abrir muito ou desabafar, ele sempre coloca nossos problemas antes do dele, Evan é apenas o perfeito ouvinte.
A casa dele é incrível, peculiarmente clara, mas linda, nos seus portas retratos tem apenas fotos nossas.
- Vamos? - levo um susto ao ouvir a voz do Evan atras de mim, fazendo eu esbarrar em um porta retrato e cair.
- Você já pegou o que você esqueceu?- pergunto.
Ele mexe a cabeça num sinal de sim.
- Você tem um casa linda- digo
- Tinha- responde ele.
- Quem esta ai ?- uma voz de uma mulher soa de algum dos quartos.
- É minha mãe, corre!- diz Evan.
Nos dois saímos correndo como se tivesse um monstro atras de nós, seria ótimo se a casa do Evan não fosse no vigésimo andar e se nos não estivéssemos correndo escada abaixo.
Encontramos com as meninas do meio do caminho, e com muita afobação gritamos para elas:
- Ela está na casa! Corram !
Quando estávamos aproximando do carro fizemos sinais para que os outros dois entrassem para dentro do veículo, eu entro e aperto o cinto, Evan senta no do motorista e acelera antes mesmo de fecharmos as portas, onde só conseguimos fechá-las com o carro em grande velocidade.
Estavam todos intensamente ofegantes, Evan pergunta:
- Estão todos ai?
Todos respondem que sim.
- Pelo amor de Deus, me diz o que você tinha esquecido?- pergunta Victoria.
Evan levanta a mão que segurava um objeto.
- Uma camera??- gritam todos.
- Mas é claro, nos não podemos fazer nossas últimas memórias juntos sem registra-las, vocês ainda vão me agradecer por isso.
- Eu quebrei uma unha- diz Victoria com voz de choro - Você pode acreditar, eu não vou te agradecer por isso.

O conselheiro Where stories live. Discover now