Quase perfeita

Capítulo 3

Levei o café, passei a agenda quando estava saindo o filho dele pediu que levasse um remédio para ressaca, assenti e caminhei até minha bolsa e peguei o medicamento levando para entrega-lo que se quer agradeceu. O restante do dia correu tudo bem, o senhor Fernando levou os meninos para conhecer as instalações da empresa e apresentar os funcionários e seus respectivos departamentos, com isso não os vi mais. As seis horas da tarde estava organizando minhas coisas para encerrar o expediente quando eles apareceram, os rapazes entraram na sala e meu chefe veio falar comigo.

- Eduarda querida tenha um pouco de paciência, com o tempo ele ira entender que é maravilhoso trabalhar aqui. Bem não vou tomar mais do seu tempo até o próximo mês e mande lembranças ao seu namorado.

- Vou ser sincera com o senhor, se ele não mudar peço demissão não suporto gente mal educada, mas terei paciência sim e quanto a lembrança ao meu namorado não será mais possível.
- Informei, até por que ele sempre me tratou como uma filha e o tenho como um pai.

- O que aconteceu? Claro você só conta se sentir-se a vontade de falar.

- Ele não estava satisfeito comigo, mas ao invés de chegar e terminar não, ele resolveu que me trair iria ser legal. Contei.

- Como você sabe? O que fez a respeito quando soube?
Perguntou.

- Eu o vi aos beijos com outra em frente ao prédio dele, cheguei onde estavam e disse que não dava mais certo ficar com ele. Sabe, foi até melhor, não gostava tanto assim dele.

- Fez o certo querida, então já vou indo, mas não se esqueça de me ligar para contar as novidades.

- Sim senhor!
Falei rindo junto com ele, peguei minhas coisas e fui para casa. Cheguei fiz um lanche, tomei um banho vesti uma legging preta, com a blusa branca, calcei o tênis fiz um rabo e cavalo no cabelo e fui para a academia, até por que além de ocupar um pouco a mente, mantem a saúde e a boa forma.

- Duda amore como está?
Perguntou minha amiga Danny toda animada.

- Bem gata, e que animação é essa? Nem parece que hoje é segunda-feira. Falei rindo da carinha que ela faz.

- Hoje fechei um negocio muito bom, o cara no começo estava relutante, mas acabei o convencendo. E apesar de hoje ser segunda-feira você já viu como esta aqui? Só tem delicias. Falou abrindo um sorriso enorme, não me aguentei e comecei a rir dela e entrei indo me aquecer nas bicicletas e não é que a peste tinha razão, os gatinhos vieram alegrar os olhos da mulherada.

- Com licença, você e nova aqui? Perguntou um moreno de olhos castanhos, barba rala, alto, nem e magro nem muito forte e um sorriso lindo.

- Depende, frequento aqui quatro vezes na semana a mais ou menos dois anos.
Falei sorrindo e começando a pedalar, ele encostou-se a na parede ao lado de onde estava e começou a olhar.

- Não me lembro de ter visto você por aqui nesse tempo, frequento já faz três anos.
Virei meu rosto e o observei bem depois olhei para o local de onde tinha vindo e peguei os amigos dele olhando e sorrindo.

- De fato nós nunca nos encontramos, sou uma pessoa reservada, sabe? Nunca frequento no mesmo horário ou nos mesmos dias. Falei e continuei a observar o movimento de todos, quando deu meu tempo fui ao vestiário pegar minhas luvas e o copo que sempre levo, quando voltei vi que a Danny e a Alexandra estavam na esteira conversando, caminhei até elas.

- E ai meninas, terminaram? Tudo bem Ale?

- Tudo bem sim gata, terminei já estou indo para musculação.

- Nos estávamos comentando do gatinho que estava falando com você, o que ele queria?
Perguntou Danny com o sorriso do gato de botas.

- Perguntou se frequento aqui a muito tempo, e explicou que nunca tinha me visto, mas os amigos dele estavam olhando e rindo, não sei o que era, mas não gostei. Parecia deboche sabe?
Disse enquanto olhava onde se encontra a turma de idiotas.

- Vixi, então é melhor manter distância mesmo, geralmente quando estão em turma que um chega na menina e os outros ficam rindo é por que tem algo por trás.
Disse Ale com á Danny concordando, seguimos para musculação. Peguei dois pesos de cinco quilos e fui para barra de agachamento, verifiquei os pesos que tinha nela e troquei para começar meus exercícios. Depois de uma hora e meia estava terminando quando as meninas chegaram ao meu lado com Ale rindo e a Danny com raiva olhei pelo espelho e indaguei:

- Conta o que aconteceu de tão engraçado?

- Quando nos formos para embora conto.
Respondeu Ale e a Danny ficou emburrada com a resposta, terminei e voltei para bicicleta com elas depois de cinco minutos estávamos indo para casa.

- Então, estava na leg. quando ouvi os rapazes comentando sobre como chegar em você , mas quando a viram de costa falaram que o amigo tinha de fato bom gosto,  por que você era muito gostosa.
Ale começou a contar enquanto caminhava para casa.

- Só por isso você estava rindo? Danny pergunta curiosa.

- Obvio que não, estava rindo por que quando a Duda tirou a toalha do ombro apareceu um pedaço da tatuagem e eles apostaram que era de henna, e pequena.
Falou e começou a rir, não teve como não rir são uns idiotas mesmo.

- De quanto era a aposta?
Tive que perguntar por que não tem condições de um ser não saber a diferença entre a tatuagem de henna para uma verdadeira.

- O pior que foi apenas cem reais e um encontro com você.
Ale disse e a Danny bufou com raiva.

- Não acredito nisso, uma tatoo que levou cinco seções para ficar pronta e eles acham que é de henna e de mais. Por que não disse que era legítima? E que tinha sido você que fez? Perguntou Danny puta da vida.

- Não vale a pena perder meu tempo explicando isso.
Foi a resposta que ela recebeu.

- Tá muito pouco, vou os fazer triplicarem essa grana, depois vou aceitar um jantar e de quebra levar para uma seção comigo. O que vocês acham?
Perguntei apertando o botão de subir do elevador.

- Você é muito mal.
Rimos juntas da minha ideia, entramos no apartamento e cada uma foi para seu quarto, nos encontramos na cozinha fomos comer e conversar o que faríamos no dia seguinte, quando terminamos organizamos a bagunça e deitamos para dormir.