Sem perceber.

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POV Camila Cabello


Algum tempo atrás...


O que eu fiz? É apenas isso que se passa por minha cabeça. Por que eu desloquei a cabeça dela? Ou eu a matava ou iria embora. Eu nunca fugi de nada, NUNCA, mas ouve a primeira vez, depois que fiz isso que olhei para trás e vi os olhares de pavor dos seus irmãos, e dos meus dois filhos não conseguiria ficar ali, e então sai dali, eu nunca fugi e dessa vez fiz isso, fui embora dali, fui para uma cidade um pouco longe dali, fiquei em uma casa onde não tinha ninguém, eu queria me isolar, eu me isolei fiquei sentada em uma cadeira sem fazer nada, durante uma semana fiquei sentada e pensando nela, até que resolvi sair e me alimentar, eu não parava, não queria parar e então eu fiquei durante um mês e meio apenas me alimentando dia e noite, até que eu senti que tinha que voltar, não sei como, só sei que eu tinha que voltar, e com isso na manhã em que eu senti que deveria voltar eu voltei a realidade, quando fui reparar na casa ela tinha 12 corpos espalhados, eu nem tinha reparado, mas dane-se, apenas fiz uma lareira e depois de arrancar os pedaços os joguei lá, ninguém iria sentir falta, eram criminosos. Eu fiquei horas pensando se deveria voltar, eu não queria voltar, mas algo dentro de mim queria. Certo, eu volto! Mas não irei me deixar levar pelas emoções, não irei nem olhar em sua cara, não irei me aproximar de nenhum. Eu queria isso, mas aqui estou eu, depois que cheguei, fui andar por aqui, sem perceber eu estava no meio da floresta e estava a observando, ela estava sentada encarando a tranquilidade da agua que ali em nossa frente passava tranquilamente, eu já estava aqui a observando a um bom tempo, ela nem sequer percebeu, mas então eu fiz o que não deveria, me pronunciei, falei com ela, eu não deveria juro que não, mas algo fez com que eu falasse com ela, e agora estou implicando com ela, não sei por que, apenas sei que gostei da sua cara de bravinha, ela esta com uma blusa branca e ela esta toda manchada de sangue, a quilômetros da para sentir que é de alguns animais distintos, ela acordou hoje, não sei como sei, mas eu... Eu apenas sei!


Agora...


- Eu sou a mãe do Pedro e da Angel! – Eu repeti, sorrindo por esta me lembrando dos meus filhos, sorrindo pela sua cara de choque. Estávamos conversando sem brigar ou algo do tipo, até que ela me perguntou sobre os meninos ter me chamado de mãe, e ela não quer acreditar.

- Impossível! – Lauren realmente não quer acreditar.

- Por que impossível?! Eu poderia ter adotado eles. Mas eu não adotei, eles são os meus filhos legítimos, sangue do meu sangue! – Falei abrindo o maior sorriso do mundo, meus filhos são tudo para mim.

- Você fica lindo sorrindo. – Lauren falou baixo quase que inaudível, mas eu escutei, e virei para ela ainda sorrindo, vi que ela finalmente percebeu e virou o rosto de imediato tentando disfarçar.

- Eu fico o que? – Eu escutei muito bem, mas ver ela sem graça e muito empolgante, vou fazer mais vezes!

- Na-nada... E então, já que eles são seus filhos por que esta na escola como irmãos? – Ela tenta desconversar e foi encantadora a sua carinha de vergonha.

- Não acha que seria estranho, uma mãe ter a mesma aparência e idade que seus filhos, e estarem estudando na mesma escola? – Falei e ela faz uma cara de pensativa logo concordando. – Então somos "irmãos" e somos filhos da minha mãe. – Falei e ela fez uma feição de pura confusão.

- Você deixa a minha cabeça confusa Camz. – Ela fala olhando para frente e quando percebe que me deu um apelido arregala os olhos. – Desculpa, foi sem querer. – Ela fala apressadamente.

- Tudo bem! Bom... Minha mãe finge ser a mãe dos meus filhos, já que aparentemente somos irmãos. – Expliquei e ela move sua cabeça para cima e para baixo mostrando que agora sim entendeu. -... Os meninos me falaram que viu Dinah te beijando, e beijando seu irmão... Isso não é crime?! – Falei e por algum motivo senti que fiquei um pouco brava por ter pensando em alguém beijado Lauren.

- Aah, aquela lá é uma piranha... Seria crime se nos todos fossemos filhos legítimos... – Ela falou e eu que fiquei confusa dessa vez. – Eu sou filha legitima de nossos pais, Ed irmão do meu pai é o pai legítimos de Ally, mas ela chama os dois de pai, os outros são todos adotados, meus pais têm por volta de 300 anos, e adotou quando eles ainda eram pequenos, era cômica, uma casa cheia de crianças, quando eles se transformaram ficaram fora por anos, eu cuidei de todos, meus pais logo apareceram, eles estavam diferentes, mas logo tudo foi esclarecido e então decidimos que também queríamos... Bom... Eles decidiram que queriam, eu não queria aquilo, eu não queria isso. – Ela fala no começo sorrindo, mas no final já estava triste.

- Se você não queria por que eles fizeram isso com você? – Falei sem entender.

- Não foram os meus pais... Quem dera fosse. – Ela fala e vi que uma lagrima solitária desceu por seus olhos.

- Hey, não chore, eu não sei o que aconteceu, e não quero que me diga agora, sinto que não vou gostar, mas não chore, por favor, não chore. – Sem perceber eu me aproximei dela, sem perceber eu supliquei para que ela não chorasse, sem perceber eu estava segurando seu rosto entre minhas mãos, sem perceber eu estava fazendo carinho em seu rosto, sem perceber eu estava próxima até demais, sem perceber senti meu coração disparar, sem perceber... Sem perceber... Sem perceber percebi que sem ela não iria conseguir seguir em frente, sem perceber conclui em minha cabeça que não iria fazer com que ela sofra, isso significa que ela não precisa de mim, sem perceber eu estou admitindo que sinto algo por ela e por isso não vou fazer o que quero fazer.

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