A situação da vovó estava por um fio. E eu também. Os médicos me desiludiram e eu apenas via as horas passando, esperando pelo pior.
Sem saber mais o que fazer, mandei uma mensagem para Kadu. Ele não poderia mais fazer nada. Estávamos nas mãos de Deus. Mas eu gostava de pensar que tinha alguém com quem partilhar o sofrimento. Ele ainda não a recebera, deveria estar dormindo.
Sentada no corredor do hospital, totalmente desolada, eu chorei. Não aguentava mais isso. Começava a achar que fosse melhor perder meu alicerce do que suportar dia após dia seu definhamento. Todo aquele estresse e a falta de esperança.
Foi então que eu a vi. Sentou-se ao meu lado e mexeu nos meus cabelos. Não tinha forças para revidar. Eu precisava de ajuda. De consolo. Aceitei os afagos da minha mãe.
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Por Onde Andei
Teen FictionNo quarto volume da série Nando, pela primeira vez, temos a visão simultânea dos dois protagonistas: Bruna e Carlos Eduardo. Ela, atriz desde menina, não está acostumada a confiar nas pessoas. Resolve os seus problemas a sua maneira, nem sempre acer...