Carlos Eduardo - Quando finalmente recebi a mensagem

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Quando finalmente recebi a mensagem de Bruna, corri ao hospital, mas já era tarde. A avó dela faleceu por volta das duas da tarde.

Eu a abracei e chorei com ela. Bruna mais parecia uma criança de tão fragilizada. Entregou-se ao meu abraço sem hesitar um instante e ali permaneceu, incapaz de lidar com papéis, transporte, velório e seguros.

Carlos Henrique ligou para o papai e em menos de uma hora estava absolutamente tudo resolvido. Agradeci a Deus mentalmente pela minha família, pois é nesses momentos que nos damos conta da importância de tê-los.

Levei Bruna para casa, para minha surpresa, a mãe dela veio conosco. Eu nunca a vira antes, nem tinha boas referências. Porém, o momento era de tanta dor que nem questionei. Dona Aparecida recolheu os pertences da filha e sentou-se no banco detrás do carro dignamente, rezando um terço, vez ou outra, uma lágrima caía.

Dona Liduína, a madrinha de Bruna, não quis se aproximar muito. Acho que não gostava da presença da antiga amiga, parecia bastante contrariada, mas sugeriu que o velório acontecesse na comunidade em que a família de Bruna vivera. A sugestão foi prontamente atendida. Jodernan e Jefferson ficaram com meu irmão providenciando detalhes e dando as informações necessárias, enquanto a mãe deles voltava para casa para resolver as coisas por lá.

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Por Onde AndeiOnde histórias criam vida. Descubra agora