O Jovem Bruxo, Jürgen.

A Plataforma Nove Três Quartos

Um garoto passeava lentamente pela estação King Cross empurrando um carrinho de ferro no mesmo havia um malão gigante de couro ao lado do garoto havia um homem de cabelos longos e escuros como a noite ele tinha pelo menos um metro e oitenta o garoto que empurrava o carrinho parecia um anão ao seu lado, em um tom baixo o garoto perguntou com receio de que os outro ouvissem
-Pai, onde fica a plataforma?
O homem mantendo o olhar fixo a sua frente para não esbarrar em ninguém respondeu
-Aguarde, estamos quase chegando lá.
A voz do homem era muito grave como a voz de um locutor suas vestes eram completamente pretas entre tantas cores ali havia ele como um ponto escuro. Logo os mesmos chegaram entre uma placa e outra o homem alto disse enquanto apontava para uma parede de tijolo, discretamente
-Corra em direção a ela, você passará.
A voz do homem agora teria se mudado para rouca, o garoto se lembrará de seu irmão, que nunca mais voltou para casa desde que foi a Hogwarts
- Vai ficar tudo bem, eu voltarei.
O garoto disse em um tom confiante e logo resmungou
- Eu sou um Dieter, sempre voltarei.
Logo correu em direção a parede de tijolos e a atravessou chegando a plataforma nove três quartos, aquilo estava uma algazarra havia bruxos de várias idades, algumas crianças já embarcavam no trem, o garoto se virou ao sentir uma mão em seu ombro era seu pai que disse
- Cuidado, não quero lhe perder, Jürgen, tome cuidado, não seja tolo como seu irmão.
O homem se ajoelhou no solo e abraçou seu filho, mas se levantou quase no mesmo instante, deu alguns tapas nas costas do jovem que rumou com o carrinho até o local onde ficaria as bagagens, logo seu malão e as outras coisas em seu carrinho foram flutuando até o bagageiro
- Me aguardem.
O garoto resmungou e adentrou no trem, já no mesmo ele caminhou até um vagão e adentrou nele, se sentou em um de seus estofados e pela janela ficou olhando lá fora com alguns pais se despedindo dos filhos lá fora, algumas crianças acenando para seus irmãos mais velhos, aquilo deixava Jürgen atordoado, logo ele ouviu a porta de sua cabine abrir nela estava um garoto de cabelos brancos como a neve
- Posso me sentar aqui?
O garoto perguntou em um tom baixo e logo Jürgen respondeu
- Avontade.
Jürgen começou a olhar o cabelo do garoto que não era normal para alguém de sua idade logo perguntou
- Qual seu nome cotonete?
Deixou uma leve risada de deboche escapar, mas o menino tinha um olhar sério em sua face e logo respondeu
- Meu nome é James.
Jürgen olhou James com o mesmo olhar sério dele e perguntou
- E seu sobrenome?
James começou a rir da cara de Jürgen e logo respondeu
- Para que irei lhe falar meu sobrenome se ao menos você disse o seu.
Jürgen voltou a olhar pela janela o trem ainda estava parado
- Eu sou Jürgen Dieter.
James manteve seu olhar sério porém por dentro queria se matar
- Você é o irmão mais novo do Benjamim Dieter, não é?
Seu tom de voz calmo estava agora um pouco forçado, logo Jürgen o responde
- Sim, sou irmão do Ben... Benjamim.
Deu uma leve pausa durante sua fala não sabia se seu irmão ainda gostava de ser chamado de Ben, James respirou fundo e falou
- Sou James Finn.
Jürgen desviou o olhar para James e se levantou do estofado onde estava e caminhou até a porta da cabine
- Se não se importa, irei me retira...
Quando estavas prestes a terminar a última letra uma menina de óculos e algumas sardas no rosto com cabelos platinados apareceu a sua frente e sem querer o empurrou, Jürgen como instinto segurou no ombro nela enquanto cambaleava para trás, logo ele colocou um de seus pés um pouco atrás e se estabilizou assim como a garota
- Cuidado!
Disse em um tom de raiva Jürgen, a menina lhe deu um sorriso simpático forçado e olhou James logo falou
- Vamos Jam, precisa conhecer os outros.
James se levantou do estofado onde estava e bateu um de seus palmos no ombro de Jürgen
- Me desculpe, Dieter, minha irmã não fará mais isso.
Logo olhou fixamente para para os olhos da menina e disse
- Vamos Helena.
O garoto segurou as vestes da garota e a puxou para fora do vagão, antes que ela desaparecesse acenou para Jürgen e saiu resmungando com James
- Não precisei sair pelo menos.
Disse Jürgen que se jogou em um dos estofados e fechou seus olhos o trem ainda não teria se movimentado nem mesmo um centímetro dali