Bring Me To Life - Capitulo II

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A minha mãe bateu na porta do quarto e eu não respondi da primeira vez, fiquei nervoso sem saber o que fazer, o sol queimava minha pele e eu não tinha ideia do que eu seria dali para a frente. Um ser noturno? Vai saber.

Ela bateu novamente.

— Oi, mãe! – Respondi para ela. – Pode entrar.

Ela entrou no quarto e eu estava deitado na cama como se estivesse doente.

— Que horas você chegou ontem que não te vi? – Perguntou ela.

— Era um pouco tarde, fiquei no trabalho tentando ligar alguns pontos do caso que peguei com o Eduardo. Deve ser por isso que não estou muito bem hoje. – Dei uma torce forçadamente para que a enganasse.

Ela sentou no meu lado. Colocou a mão sobre meu pescoço.

— Meu deus, criança. Você está muito gelado. – Falou ela. – Vou preparar um chá para ver se você melhora.

— Okay mãe. – Falei para ela.

Ela saiu do quarto e eu tentei achar um jeito de poder sair no sol. Foi então que peguei meu notebook e fui pesquisar coisas relacionadas ao sobrenatural.

Sabemos que não podemos confiar muito em tudo que vemos na internet, mas quem sabe algo disso poderia ser verdade. Eu pesquisei "Como lidar com o Vampirismo", mas não encontrei nada que pudesse me ajudar. Minha segunda pesquisa foi "Como sair no sol sendo um vampiro? "

Essa pesquisa me levou ao texto que dizia, apenas duas formas de sair no sol sendo um vampiro. A primeira, somente sendo um vampiro diurno, do mesmo jeito que o Simon em Shudowhunters/Os instrumentos Mortais coisa que eu acreditava ser apenas ficção. Aliás, vampiro para mim também era algo de ficção e olha só o que eu sou hoje.

A segunda opção era através de um feitiço que transformaria um objeto pessoal em um amuleto que iria anular o efeito do sol sobre meu corpo, e imagina onde já vi algo parecido? The Vampire Diaries.

Sim, sou amante de series e sei muita coisa, mas acreditava somente ser tudo ficção. A parte de ser um vampiro diurno, um texto dizia que você somente descobriria ser um vampiro diurno depois de 24hs que foi contaminado. Então, hoje eu não devo sair de casa e no dia seguinte eu iria tentar sair. Não existe possibilidade nenhuma em enfeitiçar um objeto meu para que ele se torne um amuleto, não conheço nenhuma bruxa que faça isso.

Depois de algum tempo, minha mãe voltou e bateu na porta, entrou vagarosamente e colocou o chá sobre o criado mudo. Depois ela saiu me avisando que iria ligar para a escola e para a delegacia informando que eu não estava bem para sair de casa. E foi assim que eu passei meu dia, trancafiado no meu quarto até a noite chegar.

Eu não tinha sono e parecia que isso seria uma coisa que u não iria mais me preocupar em ter. Quando o relógio mostrou 22h00 eu resolvi sair. Minha mãe e meu pai estavam dormindo, pois eles dormem muito cedo.

Peguei o meu casaco, não que eu estivesse sentindo frio, porque sensações térmicas eu não tinha mais. Coloquei o capuz e comecei a andar pelas ruas. Sendo seguido por um instinto muito estranho. Fome!

Eu sabia que essa hora ia chegar, e que eu teria que me alimentar em breve. Aquilo começou a me aterrorizar, pois cada pessoa que eu encontrava na rua, eu tinha uma vontade insana de sugar o sangue dela, mas eu desviava o olhar e começava a andar rapidamente.

Quando me dei conta eu estava já em uma estrada afastada da civilização, estava indo em direção as fazendas da região. Eu não iria me alimentar de um humano, isso não era possível e eu não queria. Foi então que eu vi um pequeno cervo atravessando a estrada e algo estranho demais aconteceu. Eu avancei contra o cervo que desviou e começou a correr, mas o estranho foi eu conseguir correr na mesma velocidade que ele, saltar e cair sobre o pescoço dele. O Pobre animal caiu no chão e começou a gemer de dor tentando se soltar. Eu sabia que de uma forma ou de outra, eu estava tirando uma vida. Porém, dentro da minha mente eu pedia desculpas constantemente.

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