Victoria não se encontrava nada feliz na situação que sua vida se encontrava.
Prestes a se casar com o príncipe Stephen, para se aliar com o reino vizinho, a garota se vê sem saídas. Sem muitas opções, ela teve de aceitar, e assim, realizou uma vi...
Lá fora, o sol raiava, as ondas expadiam conforme o vento passavam por elas e os pássaros cantavam em sincronia. Minha época do ano predileta havia chegado, o início do verão, chamado também de Solstício de verão.
Mas nem de longe poderia aproveitar essas coisas, já que me encontrava inclusa dentro de uma das reuniões juntamente com os Lordes, condes, duques e o meu pai, o rei. Eles falavam algo sobre a economia do Reino Graspy Air, o qual eu nasci, cresci e daqui a pouco tempo estarei comandando, que estava sendo ameaçado pelo Reino vizinho, os Toils of flame.
Eu estava meio dispersa quando me chamaram a atenção. Olhava de longe para a janela, que revelava um imenso mar azul turquesa, do qual eu não podia desfrutar, pelo menos não agora.
-Vossa alteza, está de acordo?! - questionou o Lorde de Wasserstelle, que havia seu olhar direcionado para mim como de todas as outras pessoas daquele repartimento. Lançei um olhar de dúvida para ele, não fazendo a menor noção sobre o que ele falava, na esperança que ele me explicasse.
-Chegamos à um senso, e decidimos que viajaremos amanhã mesmo até o Reino vizinho. - disse ele, como se pudesse ler meus pensamentos. - Temos assuntos pendentes e mal resolvidos para tratar.
Percebendo minha expressão de impugnação, Lorde de Wasserstelle continuou;
-Precisamos estabelecer relações econômicas com aquele Reinado, Vossa Alteza. Nosso Reino já passou por várias experiências de guerras, e agora que estamos fluindo em todos os sentidos, não podemos deixar que nada nos impeça de crescer ainda mais. - Lorde de Wasserstelle é muito jovem para seu cargo. Se não me engano, ele é o homem mais jovem daquela sala, mas em compensação, mais espertos do que a maioria dali.
-E o que pretendem fazer quando chegarem lá? Implorar por misericórdia?! - rebati, percebendo as expressões surpresas dos Lordes e condes e o olhar de insatisfação do meu pai. Sei que havia que me portar como uma dama, mas as vezes eu não me continha. Um dos meus maiores defeitos, era ser explosiva demais, o que era péssimo para uma princesa. - Que eu saiba, eles estão à procura de algo ou alguém aqui. Eles não vão desistir até que tenham tudo em suas mãos.
-Não estamos falando de misericórdia, Victoria! - disse meu pai seriamente, enquanto encarava um documento, que depois de uma fração de segundos, o virou na mesa para que eu pudesse ler - Estamos falando de um casamento, e você está mais do que inserida nele.
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Tudo aquilo que eu havia escutado mais cedo ainda não fazia o menor sentido. Aliás, acabei de completar dezessete anos, não estava pronta para me casar, ainda mais com algum homem rude e bárbaro do Toils of flame.
Mas a questão é, não era qualquer homem rude, eu sabia disso. Era o homem.
Todas as meninas, pelo que eu sei, suspiram pelo príncipe Stephen. Abro uma exceção pra mim, é claro, já que não vejo nada demais naquele garoto, a não ser o mal caráter e o jeito irritante.
