Capítulo Único - Lembranças

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Um homem e uma mulher, enamorados, estão deitados no chão sob uma manta no jardim de uma grande mansão que era a casa de campo da família do namorado, a moça se encontrava encantada com a imensidão do céu estrelado, sua devoção estava tanta que nem percebia que o jovem ao seu lado admirava encantado a sua face.

Para ele, não existia mulher mais bonita nesse mundo, seus rosto delicado, pele macia, suas íris grandes e brilhantes que sempre transbordava suas emoções, lábios grossos e convidativos; simplesmente perfeita. Nunca pensou ser capaz de amar uma mulher da maneira que ama a mulher que se encontra ao seu lado.

– Uma estrela cadente. - A jovem o tirou de seu momento de contemplação.

O rapaz voltou suas íris negras para o céu e viu o risco de luz que o cortava a imensidão celeste.

– Faz um pedido. - A moça solicitou ao namorado.

– Não preciso, pode fica para você. - Ele respondeu perdido nos olhos de sua amada.

– Por quê? Não há nada que você queira muito, tipo, muito mesmo?

– Tem. - Respondeu simples.

– Então por que você não pediu para estrela cadente?

– Não preciso dela para realizar o que mais quero.

– E o que você mais quer? - Os olhos na moça brilhavam de curiosidade.

O jovem a olhou intensamente, perdendo-se na grandeza dos olhos da amada, ele só enxergava amor ao olha-la. Viu sua face ficar corada, ele adorava isso, então deu um simples sorriso, nada mais que um pequeno levantar dos cantos da boca e depois tomou os lábios viciantes de sua amada, dando-lhe uma resposta muda a sua pergunta.

– Eu te amo Sasuke-kun.

Abriu os olhos verdes focalizando o teto branco acima de si, mais uma noite que Sakura tinha seu sono era atormentado por um sonho que, na verdade, era uma lembrança de muito tempo atrás.

Lembranças, boas ou ruins, não há como escapar delas, e na maioria das vezes, elas vem nós perturbar quando estamos aconchegados em nossa cama tentando ter uma boa noite de sono, Sakura sabia desse fato como ninguém, a muito tempo que as lembranças veem surripiando o seu sono.

– MAMÃE. - Um grito a despertou de seus devaneio.

Levantou-se rapidamente da cama, quase tropeçando nos lençóis, correu em direção ao quarto da filha.

– O que foi Sarada, teve um pesadelo? - Perguntou aflita.

– Sim mamãe. - Choramingou.

– Não precisa mais chorar, a mamãe tá aqui meu amor.

A criança morena de apenas 5 anos chorava agarrada a um ursinho de pelúcia. A mãe se aproximou da garotinha e passou os dedos levemente e em seu rosto enxugando as lágrimas que rolavam pela pele alva, para depois abraça-la de forma protetora e beija o topo da cabeça da mais nova aspirando o cheiro de bebê que vinha de seus fios negros.

– Vem dormir com a mamãe.

Nem ao menos esperou o consentimento da mais nova e já a pegara no colo levando para o seu quarto, ao chegar acomodou a pequena em sua cama. Deitou-se ao lado da moreninha e a abraçou, a pequena adormeceu rapidamente nos braços protetores da mãe.

Com um olhar afetuoso, observou os traços da menor, olhos levemente puxados lhe dando uma aparência oriental, cabelos negros e extremamente lisos e curtos, pele leitosa e sem nenhuma mancha, traços aristocráticos, olhos tão negros e penetrantes. Não negava ser filha de quem era.

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