ALEX

Essa não é uma daquelas histórias que começam com "Era Uma Vez...", essa história começa da pior parte que se chama: minha vida. Eu sou Alexandra (ridículo, eu sei, minha mãe deu esse nome pra mim). Eu vivo em um castelo no reino de Auradon juntamente com todos os meus criados e amigos igualmente ricos. Sou amada e respeitada pelo povo, ano que vem eu me tornarei a rainha de Auradon.
  Ok, eu minto muito bem. Minha mãe me ensinou que mentir é o único jeito de se dar bem na vida, vou contar a real história da minha vida: Eu moro em uma prisão em forma de ilha graças ao rei Fera. Quando ele se casou com a Bela suas ideias mudaram muito, graças aquela magrela desgraçada eu vivo sem magia, sem dinheiro e sem internet.
  O que eu fiz para estar aqui? Ah, nada. Quem fez foi minha mãe. Ela não suportou não ser convidada pra um certo batizado e rogou uma praga em um bebê (que alguns anos depois se tornou rainha). Sim, minha mãe é a fada chifruda das trevas. Malévola. Eu moro na maior casa da ilha junto com uns amigos dela e com seus filhos: a Rainha Má, mãe de Eby e Scarlett. A Rainha de Copas, mãe de Erick.
  Também tem um certo abacate que vem pra minha casa todo dia, se chama Fawcett e ela é filha da Bruxa Má do Oeste, ela não vive aqui pois prefere viver sozinha em uma torre isolada no lado oeste da ilha... Bem, essa é minha vida e não pretendo mudar.
  — ALEXANDRA EVAAAAAAAAAANS — gritou minha mãe de seu quarto — TRAGA-ME UM COPO DE WHISKY!
— Já vou!
  Levantei de minha cama e coloquei os chinelos da Scarlett, ela tinha saído ontem a noite para a festa da filha de Anastasia (cuja não me lembro o nome) e acho que ela não voltará antes das 19:00 da noite. Quando saí do quarto dei de cara com Erick Hearts. 
— Bom dia — disse ele — onde vai?
— Te interessa?
 Dei um empurrão com os ombros e desci a cozinha que estava imunda, agora entendo porque a Lady Tremaine precisava da Cinderela para limpar sua casa. Abri a geladeira e dei de cara com um rato que estava a decorar a última maçã que tínhamos.
— Se a Rainha te pegar comendo essa maçã, pode ter certeza que você nunca mais vai ver a luz do luar, então sai daqui.
  Dei um peteleco nele que o fez cair embaixo do armário onde ficavam os ingredientes para as poções de minha mãe. Decidi parar de enrolar e peguei a garrafa de whisky para minha mãe, afinal, não queria dormir de couro quente. 

DESCENDENTES: É BOM SER MALOnde histórias criam vida. Descubra agora