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P.O.V. Regina

Eu não podia mais negar que estava me interessando por Emma, mas tentava entender como deixei aquilo crescer dentro de mim. Eu não sabia ao certo o que sentia por ela, mas a vontade de estar perto e conhecer melhor aquela loira vinha à tona toda vez que me lembrava do nosso passeio na praia, que aconteceu á três dias. Três dias sem escutar a voz de Emma Swan, três dias sem sentir o seu perfume ou o seu toque, três dias sem a sua presença. Eu ainda a via. Enquanto esperava um pedido ou outro ficar pronto no balcão do Granny's, meus olhos escapavam pelos vidros da janela até encontrar a sua imagem ora regando as flores da fachada da loja, ora descarregando produtos de um fornecedor ou outro que chegava por ali, ou simplesmente sentada no banco da entrada com um café nas mãos olhando em direção ao restaurante que eu trabalho. Nessas vezes eu me perguntava se ela também estava procurando por mim através das janelas. Nesses três dias, esse era o "contato" que eu tinha com Emma, e aquilo estava me mantando. O que eu mais queria era que a imensidão de comida e produtos de limpeza que eu tinha em casa acabasse, e eu tivesse uma boa desculpa para ir ao seu encontro, mesmo que fosse apenas para comprar um sabonete. Mas aquilo estava fora de cogitação, afinal o que eu falaria? "Oi Emma, então acho que estou gostando de você!". De jeito nenhum. Meu orgulho andava meio ferido ultimamente, mas eu ainda tinha um pingo de decência e algumas confusões para serem resolvidas dentro da minha cabeça. A primeira delas era óbvia: "Desde quando eu sinto interesse em mulheres?".

Com o fim do expediente se aproximando, fui até o banheiro do restaurante para trocar de roupa. Estava tão absorta em meus pensamentos que não notei Killian abrindo a porta pelo lado de dentro do cômodo no mesmo momento que eu pelo lado de fora. O susto foi inevitável, e involuntariamente levei as mãos ao peito a fim de normalizar minha respiração e me encostei na parede do corredor atrás de mim. O moreno percebeu meu estado e imediatamente começou a gargalhar, me levando junto.

- Calma Regina, não sou nenhum monstro não. – Ele disse com as mãos levantadas como se estivesse rendido.

- Eu sei que não Killian, foi só o susto mesmo. Me desculpe. – Falei enxugando uma lágrima que se formou no canto do olho pelas risadas que demos.

- Regina, eu é que tenho que te pedir desculpas. Pelo susto e por aquele dia no bar. – Nessa altura o clima de brincadeira já tinha ido para os ares. Killian já estava fora do banheiro e deu um passo em minha direção. – Eu fui muito estúpido e depois de todo esse tempo eu percebi que você não merece isso. Você tem sido ótima para minha avó, para o restaurante. Enfim, sua chegada foi mesmo no momento certo. Desculpa a minha implicância no início.

Eu estava como? Bem surpresa é claro. Jamais imaginei que Killian iria se desculpar comigo por qualquer coisa que tenha dito, e quando ele fez fiquei no mínimo com umas quatrocentas pulgas atrás da orelha. Não tinha muitas experiências em confiar nas pessoas que já erraram comigo alguma vez, mas Killian me pareceu sincero.

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