Você está apaixonada por mim?

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Boa noity galero. Espero que gostem desse capítulo, foi o mais difícil até agora.
E desculpem os erros despercebidos, é noz, vou estender roupa jauahauhaua

***

Passei a noite em claro, revirando lado à lado a maciez da minha cama.

Meu nome nunca parecera tão interessante quanto naquela noite, saído dos seus lábios grossos, a voz grave acrescentando ainda mais sensualidade.

E o que mais dominava meus pensamentos. Sua audácia.

Eu estava irritada tentando de todo jeito tirar seus cachos da minha cabeça. Me sentia culpada pelo revirar em meu estômago só de pensar quais outros sons saiam daquela boca. Eu gostava de acreditar que isso era estritamente efeito da bebida, apesar da aura de cinismo que invadia meu psicológico.

Talvez tenha sido realmente pelo efeito da bebida que eu peguei meu celular e disquei um número que há tempos não tinha na lista de chamadas recentes.

"Alô?" Atendeu Jong-Dae, sua voz rouca me fazendo ansiar por algo que eu não sabia direito.

"Chen, eu sinto sua falta." Segredei baixo, rezando que o horário tivesse tanto efeito nele como tinha em mim.

"Está tudo bem?" Disse meu nome fazendo alguns sons que eu julguei ser dele levantando da cama.

"Sim, eu só sinto que deveria te dizer isso. Sabe faz tempo que não nos falamos." Tentei o meu melhor pra soar delicada, quando tudo o que eu queria era insanidade.

"Eu também sinto saudades." Replicou doce, seu tom brando esfriando meu corpo.

"Chen, você não entende não é? Eu preciso de você aqui. Fisicamente." Enfatizei o final rezando pra que tudo aquilo fosse lerdeza e não negação.

"Oh, você quer dizer..?"

"Sim, Chen."

"Oh." Soprou simplesmente fazendo uma pausa de segundos eternos antes de retomar da maneira mais decepcionante possível. "Eu fico lisonjeado, mas acho que você deveria ir dormir."

"O que? Droga Chen, o que eu menos quero é dormir." Àquela altura, a delicadeza já me era utópica.

Ele disse meu nome enquanto suspirava pesadamente.

"Você sabe que precisamos trabalhar amanhã. Eu não posso ir aí agora."

"Me diga uma coisa Chen, alguma vez eu te cobrei algo?" Questionei feliz por estar ao telefone, assim ele não via o rubor das minhas bochechas por ter sido negada.

"Não."

"Exatamente." Cuspi esgotada, lembrando de acrescentar. "Ah, e eu fui demitida."

Finalizei a chamada desligando o aparelho antes das ligações que eu sabia que viriam, eu pensei na possibilidade dele vir atrás de mim, descartando-a segundos depois. Chen nunca faria isso.

Ao menos a conversa tinha servido para aquietar meus batimentos, e apesar de tarde, consegui dormir.

***

Como esperado, eu estava atrasada. Na verdade, eu parecia uma louca correndo com uma pasta nos dentes e ambas as mãos falhando em enlaçar meus fios num coque desajeitado. O caminho parecia dez vezes mais distante e minha respiração me traía não acompanhando meus pés.

Quando cheguei ao pé da sala, pude ver meu professor palestrando e esperei impaciente fazendo sinais exagerados para que ele notasse minha figura pela pequena janela da porta.

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