Capítulo quatro
Samira
Terminamos de jantar e eu estava simplesmente encantada com essa história de o Rodrigo ter cozinhado. Nunca imaginei que ele saberia ao menos onde acendia o fogão e me vem ele e me surpreende como pedi.
— E agora o que vamos fazer? — Perguntei para ele enquanto nos dirigíamos para o sofá, depois de lavarmos a louça, que ele fez questão de me ajudar secando e guardando enquanto eu insistia que nada mais justo era que eu fizesse sozinha, já que ele fez a janta.
— Eu tenho algumas ideias de coisas que podemos fazer e sei que você iria adorar alguma delas.
— Por exemplo, o quê? — Perguntei já sabendo do que se tratava, só pelo olhar devorador que ele me lançava.
— Bom, você pode me pedir para te mostrar e terei um imenso prazer em te atender. — Engoli em seco imaginando tudo que fizemos nas duas vezes em que passamos um tempo juntos.
— Você pode me mostrar, tomando a iniciativa sem que eu tenha que pedir. — consegui falar, mas queria mesmo era agarrar ele ali mesmo no meu sofá.
— Por que inventamos essa história de aposta mesmo, hein? — Ele me falou tão intensamente que achei que fosse me atacar.
— Não sei, mas você sempre pode perder. — Falei com um sorriso malicioso e ele parecia estar usando todo seu autocontrole.
Rodrigo soltou o ar e fechou os olhos, como se tentasse manter-se forte e depois disse:
— O que você faz no dia do nada, mesmo? — Ele parecia totalmente recuperado e eu comecei a gargalhar.
— Você é inacreditável.
— Por quê? Só sou competitivo e sempre entro pra ganhar.
— Tá. Então vamos lá. No meu dia do nada eu só leio. — Falei pegando o livro Peça-me o que quiser e me recostando ao sofá. — Ainda vai querer ficar aqui?
— Sim. Vou ler com você. — Ele deitou ao meu lado no sofá e eu fiquei olhando para ele, sem acreditar no que estava acontecendo ali. Mas se é assim que ele quer, assim que vai ser.
Tirei o marcador da parte do livro em que eu tinha parado e voltei a ler. Rodrigo me acompanhou e parecia compenetrado na leitura. Vez ou outra ele me perguntava quem era algum personagem, lugar ou porque tal coisa estava acontecendo e eu tentava explicar sorrindo. Tinha vez em que eu tentava virar a página e ele pedia para esperar, pois ainda não tinha terminado de ler. Eu revirava os olhos rindo e tentava acelerá-lo enquanto me perguntava internamente que doidera era essa que estávamos fazendo?
Em determinado momento do livro, as coisas começaram a esquentar entre os personagens e enquanto eu lia, meu rosto esquentava por pensar que o Rodrigo ao meu lado, também estava lendo o mesmo que eu. Fui virar a página rapidamente para que aquela descrição toda de sexo passasse e eu pudesse acalmar meu corpo dessa quentura.
— Espera. — Rodrigo segurou a minha mão para que eu não virasse a página.
Eu olhei para ele e o seu rosto ficou a centímetros do meu. Engoli em seco enquanto sentia os seus dedos acariciando a minha mão, que ele ainda segurava para não virar a página. Soltei o ar, fechei os olhos, umedeci os lábios e quando voltei a olhá-lo, vi que a respiração dele estava acelerada.
— Sá, é só você pedir... Pede e sou todo seu.
— É só você romper a distância... Rompe e sou toda sua.
Foi a vez dele de fechar os olhos, soltar o ar, umedecer os lábios e balançou a cabeça em negativa.
— Essa vai ser a aposta mais difícil de ganhar. Garota turrona! — Ele estava falando baixinho, a sua boca estava bem próxima da minha e eu estava quase perdendo o controle e o agarrando, porque meu coração estava batendo acelerado e todo meu corpo estava pedindo pelo dele. — Mas eu sou muito mimado para perder. — Ele chegou ainda mais perto, que pude sentir sua respiração e cheguei a fechar os olhos achando que enfim ele iria me beijar e acabaria com esse tormento, mas ele se afastou.
O quê?
Ele se afastou?
Como assim ele se afastou?
Filho da mãe!
Ele se levantou do sofá e parecia totalmente recuperado do momento quente que tivemos antes de se afastar.
— Como é mesmo o nome desse livro? — Ele me perguntou com a maior cara de sem vergonha e completamente inabalável.
— Peça-me o que quiser. — Respondi com cara de boba e sem entender qual era a da pergunta.
— Então... Sugestivo... Bem sugestivo. — Ele piscou para mim. — Vou ter que ir, podemos nos ver amanhã?
Só balancei a cabeça que sim, mas só conseguia pensar que ele estava indo embora e eu não tinha se quer dado um beijo nele e nem me acabado em seu corpo gostoso. Não acredito nisso! Fiquei olhando-o se virar para sair e pensei: que se dane essa porcaria de aposta idiota! Ele não vai me deixar aqui chupando o dedo. Não vai mesmo!
— Rodrigo. — o chamei, ele se virou para mim e não deu tempo de dizer muita coisa enquanto meus pés me levavam até ele. — Eu não sou do tipo de mulher que precisa pedir eu simplesmente vou e pego o que eu quero. Que se dane essa aposta idiota!
Corri para ele e o puxei para mim colocando uma mão de cada lado do seu rosto. Ele não me afastou, muito pelo contrário, me pegou pela cintura me erguendo em seu colo e colocando uma mão de cada lado da minha bunda. Levou-me para o sofá e deitou-se em cima de mim, me beijando com voracidade, com a língua passeando pela minha boca. Pude sentir sua ereção e o quanto ele estava ansiando por mim. E estar ali, daquele jeito, perdida nele, era o que eu queria desde a hora que eu o vi parado no meu portão. Suas mãos não paravam: subiam, desciam, apertavam os meus seios. Hora elas apertavam a minha cintura com firmeza e no instante seguinte subiam com os dedos deslizando devagar por minhas costelas, formando arrepios pelo meu corpo e um prazer intenso me consumia, me fazendo pensar: o por quê eu não o agarrei antes?
Sem desgrudar nossas bocas, fomos tirando nossas roupas e quando estávamos nus ele me preencheu, firme, forte, duro e deliciosamente nos encaixamos, aproveitando cada gemido e cada sussurro que ambos soltávamos a cada movimento. Fomos nos deliciando e descarregando todo o desejo e vontade, que reprimimos todos esses dias com essa aposta sem sentido.
Posso ter perdido a aposta, mas com certeza não perdi nada com isso, só ganhei... E como ganhei!
IK
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DEGUSTAÇÃO De repente meu anjo - Série Angels
RomansaSinopse Dois iguais que se encontraram e depois desse encontro, se tornaram diferentes diferentes. Ele Dono de uma casa noturna, mulherengo, não se apega e só fica uma vez com cada mulher... Até conhecer a Samira. Ela Estudante de medicina, não se a...