Be my baby

"Call me Mack. Call me Tom"

Eu posso dizer que a vida teve sentido depois do beijo dela e que as cores da minha vida retomaram depois daquela noite, eu havia passado todas as estações em um beijo só e sobre tudo isso, a minha estação preferida permaneceu em mim por um longo tempo. A primavera para mim sempre teve impacto maior, era ela quem dava vida as flores, coloria o mundo com suas mais belas criações. Meu sentimento por ela era como uma primavera infinita, não parecia ter um fim naquilo e florescia a cada sorriso, a cada abraço, a cada segredo contado, eu a amo, como o inverno ama a chuva os chocolates quente, eu a amo como o verão ama o sol e todas as praias, eu a amo como o outono ama suas árvores secas e todas as folhas caindo, mas eu a amo mais por ser a minha Primavera. E tudo começou em um beijo.

O som da festa era entusiasmante me fazia dançar com os meninos no meio da pista, Catarina sempre fez boas escolhas de música e suas festas eram insanas deixando saudades no dia seguinte. Era uma festa lotada, a primeira de muitas que Catarina daria no ano, gostava de festas e consequentemente era a pessoa mais animada do lugar estava sempre com um copo com qualquer coisa dentro, bebia e dançava a festa toda, beijava alguns garotos que não lembraria nem o nome no dia seguinte e eu teria que fazer o resumo de tudo para ela. Gostava de Catarina era uma boa garota.

- Hey cara, eu vou pegar algo para beber. - Eu dançava com Lucas no meio da pista, éramos inseparáveis desde que pisei o pé na escola. Ele apenas assentiu com a cabeça e voltou a dançar.

Já estávamos ali na festa algumas horas, dançando, conversando e bebendo. Queria ficar com alguém, mas não tinha encontrado ninguém que tivesse me interessado tinha apenas duas opções: Beber e esperar o Lucas cair de bêbado e eu ir ajudar ou beber o suficiente para ficar com alguém que eu não lembraria, felizmente escolhi a primeira opção, Lucas não demorava para ficar extremamente bêbado, apenas deixei levar o momento.

- Licença, eu posso pegar essa bebida? - Queria pegar um pouco de vodka, mas a moça de cabelos castanhos claros e de estatura média. De bochecha com sardas e olhos mel bem claro quase puxando para um verde clarinho, estava me impedindo de pegar a garrafa.

Você deve estar se perguntando como eu sei disso tudo se eu só fiz uma pergunta. É que foi bem ali, naquele momento que o mundo passou um pouco mais devagar para mim em uma pergunta boba de resposta simples que eu conheci a primavera que existe em mim, ela arruinou com tudo, estragou com os meus projetos pisou em cima de todas as teorias que a vida de solteiro era melhor que estar com alguém da lado, eu me apaixonei por alguém que eu nem sabia o nome.

- Aqui. - docemente ela me entregou a garrafa e saiu acompanhada de mais duas garotas.

Eu nem consegui responder um "obrigado" porque tudo o que eu queria fazer era beija-lá, a garrafa na minha mão já não tinha mais sentido nem sabia mais se eu realmente queria beber, meus olhos correram naquele corpo exuberante que estava perfeitamente encaixado em um shorts e uma blusa mais soltinha, eu confesso que tive pensamentos que não deveria, mas era inevitável ela era tão linda. Voltei para pista de dança, passava meus olhos por toda extensão da festa precisava encontrar, procurei pelos corredores, não a achava, era como se eu tivesse tido apenas uma visão, por fim desisti não sabia se ela ainda estava lá tinha muita gente naquele lugar não a encontraria.

- Vira, vira, vira... - eu sabia muito bem em qual pessoa aquelas palavras resumia, Lucas. Ele estava em cima da mesa com uma garrafa que com certeza continha todas as bebidas da festa.

Eu gostava de ver ele naquela cena, sempre ria dele depois e ele sempre dizia a mesma coisa "Eu te odeio Thomas Foster, se você fosse meu amigo de verdade não deixaria eu passar vergonha na frente de todo mundo." Mas essa era a coisa toda, Lucas era o mais enturmado por ser quem ele era, sã ou não estava sempre fazendo alguma palhaçada, por isso éramos amigos, éramos o equilíbrio da amizade.