O IMPROVÁVEL AMOR

IX

O restante do dia passara normalmente. Luiz e eu tivemos algumas aulas juntos e descobri que ele cursa Direito, assim como um outro alguém que prefiro não me recordar.
E sua mudança foi decorrente à doença enfrentada por sua mãe, o câncer. E ela precisava continuar seu tratamento e a família decidiu que, se mudar para próximo de um melhor hospital seria uma boa escolha então, ele e o pai à acompanharam.

-Bom, acho que nos vemos amanhã então...- Disse me despedindo de Luiz.

-Espero que sim.- Ele disse em resposta. Me virei pra seguir em direção ao carro de Melissa, já que a mesma já havia me mandado uma mensagem, avisando que me esperaria no estacionamento. Quando comecei a me afastar escutei uma voz conhecida a me chamar... Era Luiz, ele se reaproximava ofegante com sua mochila apoiada sobre apenas um ombro.

-Você não me deu seu número.- Ele disse com um mínimo mas lerdo sorriso enquanto tentava recuperar sua descompassada respiração. Aquilo me fez rir. Ele era louco... Ou no mínimo a vida havia resolvido brincar comigo...

-Não hoje. Não hoje, Luiz...- Eu o respondi deixando notável eu sorriso. Aquilo fora engraçado.

Me virei e continuei a andar e já era visível, mesmo que distante, o carro de Mel, que estava apoiada sobre a lataria do mesmo. Assim que me virei, novamente fui chamada.

-Como vou achar você? Como vou saber onde te encontrar?- Ele gritou, dessa vez como alguém que claramente se percebia sedutor e claro, um tanto dramático.

-Não seja dramático novato! Temos aulas juntos. Até amanhã...- Eu o respondi revirando os olhos pelo drama que acabara de presenciar, sem me reaproximar, apenas fazendo uma breve pausa no meu caminho e finalizando verdadeiramente nosso diálogo por hora.

-Vai me dizer o porquê de estar toda cheia de sorrisos e sedução com aquele garoto desconhecido? Ou vai continuar com essa cara de idiota?- Mel iniciou, sem sequer me dar chances de dizer nada, como já era de se imaginar. Apenas me ajeitei calmamente, afivelei o cinto de segurança, ajeitei minhas coisas sobre meu colo. -Vai continuar agindo normalmente Serena- Mel completou batendo as unhas feitas sobre o volante, denunciando claramente sua curiosidade e impaciência...

-Amiga, eu iria te contar de qualquer forma, mas é sempre mais divertido ver sua curiosidade te devorando.- Eu disse sorrindo e fazendo garras com as mãos como quem simulara grandes "ataques" ou mordidas.

-Então para de adiar o assunto e seja objetiva, Serena.- Ela completou e eu percebi que ela realmente estava ficando furiosa... Ela nunca me chamava pelo nome. E tudo ficava cada vez mais cômico.

-Ele é novo aqui. Acabou de ser transferido, ou melhor de se transferir. Quando você saiu do refeitório ele se aproximou, eu até pensei ser você sabe quem, mas não. Depois tivemos algumas aulas juntos. Apenas isso satisfeita?- Eu conclui ainda achando engraçado semblante de ouvinte curiosa de Mel.

-E aquelas "risadinhas" que vi vocês trocando agora à pouco era por causa de alguma matéria que vocês tiveram juntos?- Mel continuou interrogando, agora de forma irônica. Ela odiava que eu omitisse detalhes e, eu quase nunca tinha paciência para os exprimir.

-Não!- Eu disse rindo me lembrando da situação que à pouco acontecera... -Aquilo foi porquê ele queria meu número e fez o maior drama- Eu conclui.

-E você passou o seu número?!- Ela perguntou. Mas pela sua cara eu já sabia que ela sabia a resposta... Mel me conhecia como ninguém.

-Não...- Eu disse já cansada daquela conversa e tentando me distrair mexendo em minhas unhas.

-E depois sou obrigada a te ver com uma cara de quem fora abandonada... Ou pior... Perdida em seus irreais devaneios... Você não se permite, Serena. Nunca!

-Amiga, já chega desse assunto por hoje, tá?! Não quero que a conversa se torne séria e lamentosa.- Eu findei aquela conversa, colocando o meu melhor sorriso. Eu estava tendo um bom dia. Um ótimo dia. E não o queria estragar...

Quando chegamos em casa, já se passava das sete. Eu resolvi apenas tomar um bom e longo banho, colocar meu velho e largo moletom e me deitar. Eu optei por comer apenas uma maçã e, uma xícara de café bem forte. Abri meu notebook sobre a cama e decidi que colocaria em dia toda minha vida que estava uma bagunça... E-mails atrasados, trabalhos por fazer, resenhas de diversos livros para revisar... Uma longa noite, na companhia de meus edredons e café...

Nem me lembro ao certo quando adormeci... Mas de acordo com meu despertador, já era hora de levantar...
Fiz minhas higienes matinais e segui em direção à cozinha. Me servi de café em meu copo para a viagem já que, aparentemente estava atrasada ou, Mel havia madrugado e já estava pronta à minha espera.

O caminho para a faculdade fora rápido e tranquilo. Eu permaneci absorta em meus pensamentos quando nos separamos e seguimos cada uma para suas respectivas aulas. A semana havia passado muito rapidamente e novamente o fim de semana se aproximava.

A primeira, a segunda, a terceira aula havia se passado e eu ainda estava envolta em meus pensamentos, quando um papelzinho fora lançado sobre minha mesa...

"Quando me dará a honra de ter seu número?"

Estava escrito... Eu me virei quase que instantaneamente e sorri ao ver ao fundo da sala Luiz, que agora fazia disfarçadamente um irônica reverência... Como ele era dramático... Eu continuei a sorrir e vi em seu semblante sua ansiosa espera pela resposta acompanhada de um sorriso. Voltei-me para frente novamente e observei o relógio. Faltavam segundos para que o sino soasse. Então, recolhi minhas coisas pela mesa e, o olhei através dos ombros sorrindo. Ele respondeu ao sorriso. Então o sino soou e eu o mais rápido que consegui sai em direção ao corredor sem que é claro pudesse ver sua expressão de: "isso não ficará assim!"...

Ainda olhando para trás através dos ombros, eu sorria... Que situação! Eu me sentia uma adolescente inconsequente e extremamente boba, mas aquilo tornava meus dias menos sérios e mais extrovertidos. Era uma ótima forma de quebrar toda a tenção de se estar na faculdade e ter milhares de responsabilidades... Foi quando senti meu corpo colidir com outro é ser puxado para uma sala escura... Que déjà vú... Não de novo! Aquela situação não podia estar se repetindo... Não podia ser ele novamente...

Oi amores...
Primeiramente...
Batemos 1K e não sei como agradecer à vocês... De verdade! Foi muito importante pra mim ver que vocês leem... ❤️
E depois... Tenho que me desculpar com vocês... De novo me atrasei, e muito...(😂)
Nem vou dizer "AGORA VAI", porque eu sempre falo isso... Kk'
Maaaas pra me desculpar fiz um capítulo maior que o de costume... Espero que gostem!
Não se esqueçam de votar(⭐️) e comentar MUUUUUITO MESMO, pra conversarmos e eu saber o que vocês estão achando... XOXO😘