Depois da escola eu fui direto para o trabalho, chegando lá o Eduardo me esperava com mais um caso. A gente nem tinha concluído o anterior e agora iriamos para outro, porem era com as mesmas características dos anteriores. Deve ser exatamente por isso que estávamos sendo designados para casos desse tipo. Todos seguiam as mesmas sequencias. Eu já sabia muito bem do que se tratava, mas o meu maior problema era saber como se livrar dessas coisas. Ninguém poderia saber o real motivos desses assassinatos. Tenho duas teorias, uma que chamaríamos a Policia de loucos, por achar que coisas assim estaria acontecendo por causa de Vampiros, e a outra teoria seria que nós, vampiros, seriamos caçados até a morte, sejamos alguns bons ou não.
Ninguém iria entender que existem Vampiros que não matam pessoas, e acharam outros meios de se alimentar. Consigo comer comida normal, porem a sede de sangue vem sempre. Mas eu me controlo, tanto que me alimento uma ou duas vezes por semana. Não mato o que como. Aprendi a controlar no momento exato. Sei que da mesma forma estou me alimentando de uma vida, mas o que posso fazer? Me alimentar de pessoas? Não, isso eu nunca farei.
- Podemos seguir para o local? - perguntou o Eduardo logo assim que li o relatório do caso.
Era um garoto, de apenas 17 anos que tinha sido atacado dessa vez, eu o conhecia, não tanto, mas estudávamos na mesma escola, e fiquei me perguntando como alguém pode tirar a vida de um garoto na flor da juventude? Eu não queria participar disso. E não sabia como reagir. No momento me veio um ódio enorme que eu taquei a prancheta com o relatório na mesa e praticamente gritei.
- Isso tem que parar, eles têm que... - eu parei e pensei no que estava prestes a dizer.
Alguns oficiais que estavam no local, me olharam como se eu estivesse louco. E o que aconteceu em seguida me deixou com uma pulga atrás da orelha. O Eduardo olhou para mim serenamente e depois me puxou para o carro dele.
Deu partida e seguiu.
- Liam, preciso que você seja 100% sincero comigo, pois estou prestes a ser com você, então me diga o que está acontecendo, o que você sabe que u não sei? - perguntou ele enquanto dirigia para o local.
- Eu seria louco ou você em pensar em acreditar nas coisas que eu sei.
- Acho que você ficaria surpreso com tudo que eu sei. - falou ele olhando para a frente - Eu escolhi você como meu parceiro não porque foi o melhor em desvendar aqueles testes da seleção, mas sim porque vi em você um grande potencial. Eu acho que entendo o que se passa na sua cabeça depois que esses assassinatos começaram. E preciso te contar algo que eu sei, mas preciso que você seja bem sigiloso e não conte para ninguém. É algo de muitos anos, algo que minha família participa desde a Guerra Fria.
Eu suspirei e esperei ele continuar.
- Meu bisavô morava na França quando tudo aconteceu, era uma noite muito fria e ele encontrou um garoto perdido no meio da rua, quase entrando em estado de hipotermia, ele levou o garoto até a casa dele e cuidou como se fosse filho. O garoto não tinha registo nenhum, o que deixou meu bisavô muito curioso. Pesquisou por muitos dias, coisa de meses. E descobriu que aquele pequeno garoto que parecia indefeso, tinha nascido no ano de 1856, na Alemanha. O que parecia ser impossível. Meu bisavô foi direto ao ponto com ele. O trancou em um local que ele não poderia sair. O menino ficou acuado em um acanto e começou a falar. Disse que tinha nascido na capital da Alemanha e que numa noite de terror, teve sua família morta, e durante a fuga, ele acabou sendo atacado por alguém.
- E o que aconteceu depois? - perguntei já sabendo da resposta.
- Ele falou que não conseguia se mexer, achava que a pessoa iria mata-lo, porem sentiu uma dor enorme em seu pescoço e sentiu seu sangue começar a ser drenado. Depois de alguns segundos ele foi jogado no chão e deixado para morrer. No dia seguinte entendeu o que tinha acontecido. Segundo ele, tinha sido atacado por um vampiro que o tinha transformado em um. Meu bisavô não era muito crente nessas coisas, mas após o garoto mostra a prova que ele estava falando a verdade, ele acreditou, não ficou com medo do garoto, pois o mesmo disse que desde que tinha se transformado nesse monstro, nunca tinha tocado em sangue humano, apenas pequenos animais, e que nunca tinha matado nenhum.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Natural Enemies
VampireA história é narrada pelo próprio, Liam Parker, um pequeno estudante que teve sua vida arrancada ao investigar um assassinato muito diferente dos outros. A vítima, teve seu sangue todo drenado do corpo. Isso deixou ele confuso, e por ser um Legista...