Notícia

60 3 1
                                    

Ligação*
--- Detetive Dreen, você está em casa?
--- Não senhor, chefe Guy.
--- Sua mulher me ligou, dizendo que o seu celular está fora de área!
--- Ah sim! Estava em um jogo de golf, agora que estou voltando para casa.
--- O melhor amigo de seu filho Kayo, foi encontrado morto hoje as 16:00hrs.
--- Como assim? E como esta Kayo?
--- Seu filho parece estar bem abalado com o assunto. Sobre a morte, não temos nenhuma certeza. Por favor dirija ao local do crime, imediatamente. Estarei a sua espera!
--- Sim senhor!

Fim da ligação*

Na porta da casa da vitima, várias viaturas, fitas amarelas para cercar o local, e muitas pessoas. A primeira coisa que fiz foi evacuar o local. Entrei na casa. O ambiente estava tenso. Podia sentir as vibrações de sofrimento e angustia. No quarto da vítima, o cheiro era insuportável. O corpo já estava em decomposição, e por este terrível fato, seria quase impossível descobrir algo pelo físico. Medei o corpo para a análise, e verifiquei o quarto. O mesmo estava todo bagunçado. Coloquei minhas luvas e máscaras. Hora de procurar pistas.
Nas cobertas jogadas em cima da cama, encontrei livros, filmes e jogos. Na cômoda e no guarda-roupa nada além de roupas. Debaixo da cama, nada. Do coxão, nada. Em cima do travesseiro, sim. Tinha um fio longo de cabelo, ruivo. A vítima possuía cabelos curtos e negros. De quem seria?

Na delegacia
Depoimento da mãe*

--- A quanto tempo seu filho estava desaparecido?
--- A duas semanas.
--- Por qual motivo não contatou a polícia antes?
--- Erick me disse que iria acampar com os amigos, e que demoraria voltar! --- Ela começou a chorar que até soluçava.
--- Nunca sentiu o mau cheiro?
--- Não, senhor! O quarto dele fica no segundo andar da casa, eu quase não vou lá. Ele não deixava limpar aquela bagunça infernal.
--- Por qual motivo ele não deixava?
--- Eu não sei! Okay?! Eu realmente não sei! Eu não faço ideia do que ele me escondia!
--- Nunca notou algum comportamento estranho dele?
--- Não, ele era muito isolado. Não conversava com muita gente. Pelo que eu sei, ele só era amigo do seu filho, de Kayo.
--- Como posso ter certeza de que não foi a senhora quem matou Erick?
--- Porque ele é meu filho! Eu não teria coragem de matar algo que saiu de dentro de mim, que eu cuidei, fiz de tudo para cuidar! Ele era a minha vida, agora que ele se foi, eu não sei o que faço! Estou perdida, não tem mais brilho no fim do túnel.

Depoimento do pai*

--- A quanto tempo seu filho estava desaparecido?
--- Eu não faço a mínima ideia. Eu vivo fora de casa!
--- Por qual motivo não contatou a polícia, ao pelo menos pensar que seu filho não estava em boas condições?
--- Como já lhe disse, sou um homem muito ocupado, cheio de deveres. Estava fora de casa, trabalhando. Eu não sabia o que acontecia com ele.
--- Nunca notou algum comportamento estranho dele? (do tempo em que fica em casa)
--- Sim! Ele vivia me dizendo que tinha que contar algo sério. E toda vez que ia falar tinha medo e recuava.
--- Como posso ter a certeza de que não foi o senhor quem matou Erick?
--- Pela milésima vez! Eu não fico em casa! Não tenho tempo para nada, nem mesmo para comer direito, agora imagina matar alguém!

Fim do depoimento*

Escritório abrindo os resultados dos exames*

"A vítima apresenta no corpo, marcas de estrangulamento, mutilações, hematomas por todo o mesmo e ainda em seu organismo foram encontrados vestígios de medicação.
O DNA é compatível com o da vítima, Erick Konrad, idade de 18 anos."

Abrindo o envelope do resultado do exame do fio de cabelo*

" DNA não compatível com Erick Konrad.
Compatível com o DNA de Wilk Ghon, idade de 18 anos."

Prazer, SuicídioOnde histórias criam vida. Descubra agora