Um Final Não Tão Feliz.

10. Explicações

  Eu ja to é vendo minha amiga ter um ataque cardiaco... Eu perdi os capitulos que ja tinha escrito e tava com bloqueio e... Tanto faz

   Depois de conversar civilizadamente sobre Lucas eu perguntei:

- Mas... Que negócio é aquele que esse disse que te ama. Mais rápido que o flash, não entendi foi nada.

   Ela pensou um pouco e respondeu:

- Eu já conhecia ele, nossas famílias - respirou fundo ao lembrar dos pais que até agora eu não entendi como aconteceu - eram amigas e ele sempre gostou de mim, e toda vez que a gente viajava eu e ele não saíamos de perto um do outro. Tudo oque eu fizesse ele também fazia, por mais que nossos planos dessem errado.

  Comecei a entender melhor, por mais que doesse- sem motivo algum -era minha amiga ali, e eu não me importaria em deixar tudo de lado pra cuidar dessa doida, ou fazer ela rir. Nossa que gay.
  Eu ainda tenho perguntas para fazer, então continuei

- Lotte... Você acha mesmo que eu sou sua amiga apenas para não ficar só..?

- Não! Me desculpa por falar aquilo, e-eu juro, eu só estava com raiva e eu amo muito você e você me trata como uma irmã e você com certeza é, desculpa de eu explodi assim! - pediu num tom de desespero, súplica e arrependimento.

Respirei fundo.. - Okay Lotte. Eu tenho mais uma pergunta mas não sei se é agradável de se perguntar.

- É sobre meus pais, não é? - assenti lentamente

- Acidente de carro, um cara bêbado bateu no carro deles e eles perderam o controle do carro e por puro azar foram direro para um posto de gasolina... Os corpos foram encontrados já carbonizados. - disse tudo com a voz fraca e lágrimas grossas caindo pelo rosto.

   Meu coração doía, minha amiga chorava e eu não podia fazer nada. Me senti imensamente inútil e fiz a única coisa que me veio na cabeça. Abracei ela e senti minha blusa molhar e seu choro começar a se intensificar e ela me segurar forte me deixando um pouco sem ar. Ela me abraçava como se fosse a única coisa que ela tinha e estivesse largando ela.

   Entrei em completo desespero quando senti algo molhando minhas costas também, senti que era sangue.

- Lotte? Lotte! Seus pulsos, para de apertar caralho!

-Desculpa - Lotte

Respirei fundo e preocupada:
-Vem, vamos cuidar disso aí.

(...)

E depois de um mês, ela foi para a casa dos tios. Era muito longe, eu não podia ver ela. Nos falamos por um tempo por mensagens, mas um dia as mensagens não chegavam, eu ligava e segundo aquela mulher vadia que todo mundo odeia falava que o número não existia. É... Acho que perdi a Lotte.

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6 ANOS DEPOIS

"Oh, Maria, tu irás me deixar?! Se for, vá agora antes que minhas lágrimas caiam sem a minha permissão!" - a TV fazia o som ecoar por todo o escritório. Esse era um dos raros dias que eu tinha ao menos meia hora livre.

-Não Maria, vai embora! O Samuel é melhor que o Pedro! - disse com lágrimas nos olhos. Oque foi? Sou um ser sensível poxa.

-Delega... da? - Lucas falou desconfiado mas com um sorriso enorme no rosto. Eu nunca fiquei com ele, me apaixonei? Sim mas passou, era algo passageiro.

"Maria! Não me dei.." e desliguei a TV e limpei os olhos rapidamente.

-Você estava chorando com novela mexicana? - Lucas

-Nunca nem vi.

-Enfim.. Tem uma visita para você, creio que seja de seu agrado. -explicou com o sorriso aumentando como se fosse possível.

-Mas qu-

-Sua visita está esperando - e saiu me deixando curiosa

   Saindo do escritório e indo para a receção encontro ninguém mais, ninguém menos que...

-LOTTE!

-GATHAAAAA! - e pulou do meu colo.

   Ai eu não creio, não creio, não creio.

-Meu Deus, você parece mais... Mulher -disse a observando e abraçando novamente

-E você ta gostosa ein! - corei com o comentário dela. Não mudou nada.

-Vem, vamos para o meu escritório para podermos conversar melhor.

E assim que cheguei lá eu pulei no meu sofá e ela pulou encima de mim.

-Mas... Eu nao falo com você desde oque? Tinhamos 18 anos. - falei

-É, meu celular quebrou e eu perdi seu número, mas agora estamos aqui, pirralhas de 24 anos. E você já é delegada? Poderosa ein? - Não pude evitar soltar uma gargalhada alta com ela, eu estava com muita saudades dessa doida.

-O que você está fazendo aqui denovo, e está aqui na delegacia? - perguntei

-Comprei uma casa aqui e estou aqui para ver onde vou me habituar ao trabalho, oras!

...

...

-EU NÃO CREIOO!!

-PODE CREEER!

-Você vai ser minha escrava. Como vai a vida, e os namorados ou namoradas?
-Ah! Tenho uma namorada super gata. - falou

-Hmm, e quem é?

-É você!

- É O QUÊ?!

E ela caiu rolando no chão de tanto rir.

-Estou brincando.

   E do nada, lembrei de uma coisa que queria entregar a ela.

-Lotte, lembra que a gente sonhava em ser policial e fazer as missões juntas?

-Sei

-Ainda falta uma coisa...

  Fui direto para a minha mesa e puxei de uma das gavetas uma arma.

-Está faltando a parte que eu teria uma Phyton (N/A: Revólver do prot. de TWD que eu esqueci o nome) e você usaria a Beretta do seu pai.- entreguei a pistola a ela - agora sim está certo.

-Droga! Eu nunca achei essa pistola! Sua... Aaaaaah.

-É.. Mas ela é sua, eu usava em minhas missões só para lembrar dos nossos sonhos mas protegia ela com minha vida.

-Amo você por isso- Lotte

-Só por isso? - fiz bico

-E também por ser a mais irritante e especial amiga no mundo.

Ela pegou um pouco de água, sentou e ligou a TV.

"Me desculpe Pedro...!"

-Você assiste novela mexicana?

-... Nunca nem vi