Carlos

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O nome do daquele lugarejo era Pão de Ló, situado no município de Campos dos Goytcazes. Era noite e estava frio. O ano era 1944, embora o policial federal - e um dos criadores da SALA - tenha sido jogado pelo espaço-tempo em outro lugar e época. De repente, uma nuvem começou a surgir no meio de uma pequena estradinha de chão batido, o que assutou os animais que dormiam ali próximo, num pequeno estábulo.
Naquela nuvem um homem com um grave ferimento em sua perna surgia paulatinamente. Seu nome era Carlos Augusto de Carvalho. Ao aparecer por completo naquele local e data, a nuvem desaparceu. Ele estava um pouco desorientado, como que acordando de um pesadelo.
CARLOS: Arghhhhh! Doutor! Ei... que lugar... onde estou?! Minha perna... droga! Curar ferimentos...
Ao dar esta ordem à sua roupa de metalástium, ela, através de seus sistemas eletro-orgânicos super avançados, fez aparecer sobre aquele grave ferimento e demais outros, algo com uma luz contendo vários femto-robôs. Estes, por seu turno, efetuavam o concerto dos vasos sanguíneos, nervos e estrutura óssea de tal sorte que, em menos de vinte minutos, não só aquele buraco da perna de Carlos, como todos os outro ferimentos ao longo de seu corpo estariam plenamente curados.
Neste ínterim, Carlos gesticulava para fazer aparecer em sua frente seu computador holográfico, mas ele não apareceu. Assutou-se ainda mais. Meteu, pois, a mão no bolso eletrônico de sua roupa de metalástium e tirou um disposivo do tamanho de uma tampa de garrafa pet, cuja estrutura estava dititalizada na sua roupa. Tratava-se de uma espécide drive portátil de hologramas. Ele mesmo o criou pois imaginava que um dia precisaria de algo do tipo.
CARLO: Arghhhhh!!! - dise antes de ativar o tal dispositivo; continuou - Que desgraçado!!! Agora to lembrando... aquele Feitosa me jogou aqui neste lugar no tempo e no espaço... caramba!!! Se bem ouvi ele antes de fazer isso, aqui deve ser o Salgueiro, ano de 1930... vamos conferir... - agora sim, fez uso de seu dispositvo - Ahn?! O quê?! - espantou-se ao ver, no holograma que surgiu do dispositivo, a data e o lugar - Como isso pode ter acontecido?! Será que a SALA tava com defeito?! - ainda usando o dispositivo, acessou outros dados relativos à sua viagem.
CARLOS: Hum... ainda bem que construí este aparelho quando tava projetando aquela máquina do tempo infernal! Deixa eu ver... - acessou alguns arquivos, checou a alguns dados e concluiu - Hum, a minha rota espaço-teporal foi alterada por causa do pico-robô que está naquela pastilha que o doutor Raphael me deu... bom, só peço a Deus que ele não tenha sido danificado... caso contrário... estarei preso aqui para sempre! 1944... Pão de Ló... nossa! Que viagem!!! Bom, vamos fazer isso logo...
Carlos, assim, novamente meteu a mão por sobre o seu bolso eletrônico e fê-lo digitalizar a tal pastilha. Pegou-a e a ingeriu. 
CAROS: Vamos lá, garoto... - referiu-se ao pico-robô - ...vamos, filhão!!! - sentiu o dispositivo de picômetros entrar no seu sistema nervoso central e lá se instalar - Ah! Sim!!! Agora sim!!! Bom, espero que ainda funcione e que ainda dê tempo de ajudar o Doutor Raphael e a Cristiane...
Carlos tentou usar o pico-robô que o levaria na mesma nuvem de fumaça, pelo espaço-tempo, de volta para a SALA, uma maquina espaço-temporal criada em 2696 por ele, Cristiane e o Doutor Raphael. Entretanto, infelizmente, ele não estava logrando êxito em suas tentativas. Por mais que fizesse sua mente se concentrar na SALA e em segundos depois de ter sido lançado ali, Carlos não conseguiu fazer o link entre este desejo e a estrutura organo-eltromecânica do pico-robô. Não estava conseguindo voltar para o futuro de onde veio. A cada tentativa, fica mais nervoso ainda.
PICO-ROBÔ: Erro desonhecido e inesperado. Impossível realizar ação programada: viagem espaço-temporal.
CARLOS: Não, não, não!!! Debugar! Reprogramar...
PICO-ROBÔ: Erro inesperado. Falha na tentativa de debugar código. Falha na reprogramação de tarefas.
CARLOS: Deus! Não!!!
PICO-ROBÔ: Número de tentativas excedido. Acessando protocolo de destruição da pico-estrutura por questões de segurança.
CARLOS: Arghhh!!! - levou a mão a cabeça após sentir como que uma agulhada, quando o pico-robo se auto-destruiu - Argh!!! Droga... meu Deus, me ajude!!! E agora?! Estou preso no espaço-tempo!!!
ROUPA DE METLÁSTIUM: Cura efetuada com sucesso.
CARLOS: Aff... pelo menos isso... eh... pior que nessa época não existe tecnologia suiciente para regressar ao futuro... meu Deus! - levantou-se - Estou preso! Espero que doutor Raphael e Cristiane estejam bem...
De repente, surgiu naquela estradinha, dois homens em seus cavalos, portando cada um, uma espingarda.
HOMEM 1: Ei, que que cê quer aqui?!
HOMEM 2: Meió dizê logo, ein!
CARLOS: Calma, senhores... - disse levantando as mãos - ...eu... - pensou - "Como vou explicar para estes homens inclutos e da roça que eu vim do futuro?!"
HOMEM 1: Vai dizê logo, ou nóis vai ter que te despachar?! - disse apontando sua arma e engatilhando-a.
CARLOS: Por favor, eu sou apenas um forasteiro...
HOMEM 2: E daí?!
CARLOS: Eu... - pensou - "Ai, meu Deus... que que eu digo agora?!" - ...eu... tomei um porre e fui deixado aqui por uma nav... quer dizer, por meus amigos... é que estávamos numa festa... é! Isso! Numa festa e eu enchi o balde...
HOMEM 1: Sei... tu parece num ser do mal...
HOMEM 2: Mas Hugo, e se ele for?!
HUGO: Zé, ele nem armado tá! Vamos levar ele pra casa...
ZÉ: Ói, ein! Cuidado! Mamãe e papai num vai gostar disso não, ein!
HUGO: Deixa comigo, mano! Vem, homem... - referiu-se a Carlos.
CARLOS: Ah... sim.. muito obrigado!!! - pensou - 'Ufa, Deus! Muito obrigado!"
Carlos, então, subiu no cavalo de Hugo e eles cavalgaram até a caa dos dois irmãos. Chegando lá, amarraram os cavalos e entraram no pequeno e simples casebre o qual, juntamente com mais alguns outros, habitavam o Pão de Ló.
HUGO: Ô de casa! - disse entrando na seu casebre.
ZÉ: Humpf! num sei pra que tu faz isso, Hugo! Cê ja mora aqui... aff....
HUGO: Ué, pra dizer que já cheguei em casa...
CARLOS: Senhores, muito obrigado pela acolhida! Prometo que...
HUGO: Amanhã mesmo cê vai tomá seu rumo, entendeu?! - disse fuzilando Carlos com os olhos.
ZÉ: E bem rapidinho! Num quero nem sabê se papai e mamãe descobre que trouxemos um bebum ferrado pra casa! Inda mais que eles são crente...
HUGO: Isso num tem nada a ver, Zé, já te falei! Devemos estender a mão para o próximo sempre, independente...
ZÉ: Humpf! Ai, meu Deus do Céu!!! Lá vem ele citar bíblia agora... - ao interromper seu irmão com estas palavras, Hugo meneou a cabeça, reprovando-o.
HUGO: Rapaz... cê num sabe...
ZÉ: Shirlei!!! Ah nossa irmã ali, oh, seu boca aberta! - disse apontando para a jovem que lhes aparecera depois.
SHIRLEY: Que discussão é essa?! Ah, faz isso não! Eu tava dormindo um sono tão bão!!! E... Arghhhh!!! - gritou, mas controlando sua voz para não acordar seus pais - Ei! Quem é esse aí?!
CARLOS: Ah, prazer! Eu sou Carlos Augusto da Silva... - estendeu-lhe a mão para cumprimentá-la.
HUGO: Humpf! pra nóis ele num disse o nome todo!
ZÉ: To te dizendo, mano...
SHIRLEY: Ahn?! E o que aconteceu que cê veio parar aqui em casa?!
CARLOS: É que eu... - contou-lhes a história da bebida - ...é isso, rsrsrsrsrsr...
SHIRLEY: Hum... e que que tu faz da vida?!
ZÉ: É?! O que que tu faz?!
CARLOS: Bom... - pensou - "Uma vez policial, sempre policial... não importa a época!" - falou - ...eu sou policial federal!  - disse com orgulho estufando o peito.
SHIRLEY: Caramba!!! Nunca vi um federal antes!!!!
HUGO: Grandes coisas, Shirley! Eu também sou ferderal... eu num tô servindo no Exército?!
ZÉ: Ah, sim! Mas tu ficou cheio de medo de acompanhar a FEB lá na Itália! Kkkkkkk!!! - do que se riram ele e Shirley; Hugo, porém, ficou triste.
CARLOS: Ei, Hugo! Não fique triste por isto!
HUGO: Não?! Como não ficar, moço?! Eu poderia rever meus parentes lá...
CARLOS: Olha, Deus tem algo grande para você aqui no Brasil mesmo!!! Tenha fé!
ZÉ: Ué?! Tu é crente também?!
SHIRLEY: Eh?! E como tu ficou bêbado?!
HUGO: Melhor cê se explicar que não engolimos essa história de bebedeira que tu contou! - disse recobrando o ânimo.
CARLOS: Pessoal... desculpe... eu menti para vocês... eu realmente sou policial federal, mas... afff... Vocês não acreditariam!!! Não mesmo!
HUGO: Fala, rapaz!
CARLOS: Bom... deixa eu ver... vocês ao menos já leram ficção científica?!
ZÉ: Humpf?! Aquela porção de mentirada sem fim?! Tô fora!
SHIRLEY: Hum... eu já.. que tem elas?! Vai dizer que cê veio do espaço?! - de repente, ao dizê-lo, os três irmãos se entreolharam espantados - Tu é de outro planeta?!
CARLOS: Rsrsrsrs.... quase isso... quer dizer... sou de outro... sou do futuro!
HUGO: Um homem do futuro?! Ahn?!
CARLOS: Sim... vou provar para vocês... por favor, não se assutem!!!
Carlos levou a mão ao seu bolso eletrônico novamente e fez seu driver holográfico portátil ali digitalizado aparecer fisicamente na sua mão. Todos os irmãos se espantaram com aquilo. Depois, ele fez surgir uma tela holográfica na qual mostrou os eventos da segunda guerra mundial acontecidos até aquele ano.
HUGO: Nossa mãe!!!
ZÉ: O cara é marciano, Hugo!
SHIRLEY: Que legal!!! Nossa!!! Nunca vi isso!!! Olha, é a Guerra mermo!!! Do jeito que escutamos no "reporti Eco"!!!
HUGO: Hum... então... - tentou tocar a tela holográfica, e viu seu dedo atravessá-la - ...caramba! Nossa! Os companheiro nosso num vai nem acreditar, Zé!
ZÉ: É, Hugo!!! - imitou seu irmão e também tocou na tela holográfica amarela.
CARLOS: Viu, senhores?!
SHIRLEY: Para com isso de "senhores"... cê é quase da nossa idade, Carlos!
CARLOS: Desculpe-me a formalidade... - desativou o computador holográfico e guardou o dispositivo portátil em seguida - ...deixa eu contar uma cosia a vocês...
SHIRLEY: Agora dá gosto de ouvir!!!
HUGO: Vai lá...
ZÉ: Depois duma dessa... rsrsrsrsr...
CARLOS: Prestem atenção... - foram para cozinha; Hugo ligou a lamparina de querozene; assentaram-se à mesinha humilde, e ficaram atentos - ...vou contar coisas que são futuras para vocês!!! Bom, quando eu tava lá em 2696...
Carlos, assim, contou-lhes tudo sobre o ano de 2696, desde a sua entrada na Polícia Federal, o doutorado na UFRJ, o projeto e construção da SALA, doutor Raphael e Cristiane, Feitosa, até a sua chegada ali.
CARLOS: Foi isso, se... rapazes!
SHIRLEY: Nossa! Melhor que muito livro de ficção!
HUGO: É... to pasmo com issto tudo!!!
ZÉ: Nem fala!!!
CARLOS: Quando vocês me encontraram lá naquela estradinha, eu estava acabando de perder a unica chance que eu tinha de voltar para casa... meu pico-robô quebrou... aff...
HUGO: Mas cê num é doutô?!
ZÉ: É, por que cê num faz uma traquitana para voltar pra casa, já que seu... éh... como diz mesmo?! "Pi-robô", sei lá... quebrou?!
CARLOS: Rrsrsrsrs... é pico-robô, Zé... e temo que aqui não tem tecnloggia suficiente para contruir uma coisa do tipo...
HUGO: Ah, tem sim... o que mais se vê hoje em dia é maquinas... ali... - apontou para o simples radinho valvulado - ...ali... num dá para cê usar aquilo não?!
CARLOS: Hum... não... - entristeceu-se ao se lembrar da sua situação atual.
SHIRLEY: Carlos, não fique assim! Vamos ajudar ocê no que cê precisar...
HUGO: Sim... conte com a gente... agora, vamos tods dormi que amanhã, temos que
dar a notícia para papai e mamãe...
ZÉ: Ô Hugo! Se foi difícil pra nóis que somo jovem acreditar nestas baboseiras... que me dirá papai e mamãe!
SHIRLEY: É mermo!
HUGO: Nada! Papai e mamãe sao tranquilos...
Foram-se, juntamente com Carlos, para o quarto onde os três irmãos dormiam. Carlos teve de dormir no chão. No dia seguinte, bem cêdo, os pais dos irmãos, seu Hermenegildo e sua esposa Bruna já estavam acordados se preparando para ir trabalhar na roça. Os três irmãos levaram carlos até eles e o apresentram.
HERMENEGILDO: Que isso?!
BRUNA: Meu filho! Trazendo gente estranha pra casa!
HUGO: Pai... este aqui é Carlos...
ZÉ: Ele é um amigo nosso lá da cidade...
SHIRLEY: Pai... mãe... desculpa eu não ter contado... - todos olharam para ela um tanto quanto assustados - ...ele é meu namorado... - ao dizê-lo, Carlos meio que ficou apaixonado.
BRUNA: O quê?! Namorado?! Dormindo aqui em casa?!
HERMENEGILDO: Melhor cês explicar melhor isso!!!
SHIRLEY: É que ele queria conhecer a famíla, aí, ele tava vindo da cidade... porque ele é um federal... - os pais dela arregalaram os olhos num misto de alívio e felicidade - ...aí ele saiu tarde ontem lá da cidade e veio a cavalo, mas o cavalo dele deu um pinote e derrubou ele lá na estrada do Pão de Ló... aí os bicho tudo se assutaram e meus irmãos foram ver quem era... e era ele!!! Eu já tava até preocupada...
BRUNA: Hum... e você se machucou, rapaz?!
CARLOS: Ah... eu... eh... não, senhora! Graças a Deus estou bem...
HERMENEGILDO: Que bom, filho... e cê é federal de quê?! Do Ministério da Defesa?! Por esse símbolo aí na sua roupa... - Carlos fizera sua roupa se camuflar em trajes da época, mas por alguma falha da programação de seu traje, a logomarca "SALA" ainda continuou na altura do bolso da falsa camisa holográfica.
CARLOS: Eh... isso aqui... é a marca da minha camisa... eu sou policial federal.
ZÉ: É sim, pai, faço gosto deste namoro, rsrsrsr... um federal na família!
HUGO: Zé... fica quieto.. - resmungou baixinho.
HERMENEGILDO: Hum... de fato é bom ter um... federal... na família, Zé... mas tem que ver se ele é tão honrado no trabalho dele quanto será com nossa filha, irmã de vocês! Numa adianta ter bom emprego...
BRUNA: Claro! Ainda mais que já dormiu aqui em casa... num sei se devemos confiar em você, rapaz!
CARLOS: Senhora... senhor... podem confiar em mim sim! Prometo... - pegou a mão de Shirley, que ficou meio espantada com o gesto - ...prometo com toda o meu ser, cuidar bem da filha de vocês!!! Eu a amo muito... - beijou-lhe a mão - ...muito mesmo!!! Quero me desculpar pelo contratempo de ontem e o consequente fato de ter dormido aqui na casa da minha amada namorada... eu prometo que vou embora hoje mesmo...
HERMENEGILDO: Está bem, rapaz! Espero, para teu bem, que cê esteja falando a verdade! Somos crentes, chucros, da roça mesmo, mas não somos bobos!
BRUNA: Ocê pode vir aqui quando quiser, mas dormir não... e outra: nada de ficar muito tempo os dois juntos, entendeu, Shirley?!
SHIRLEY: Sim, mamãe! - puxou Carlos e o abraçou, para espanto dele.
Ditas estas palaras, os pais foram-se para o seu trabaho cotidiano na roça e os três irmãos mais o Carlos ficaram ali conversando.
HUGO: Ufa, mana! Salvou, ein!
ZÉ: Já pensou?!
SHIRLEY: Ô Carlos, o que eu disse era brincadeira, ein?!
CARLOS: Sim... - sorriu para ela, e foi correspondido com o mesmo gesto.
HUGO: É melhor cês parar de se olhar assim porque isso vai acabar deixando de ser brincadeira e se tornando assunto sério, ein?!
ZÉ: Hum... Um cunhado do futuro... - do que se riram.
HUGO: Carlos, vamos comigo lá na cidade que vou te mostrar um pouco do passado, rsrsrsrs....
CARLOS: Adoraria... assim, aproveito e vejo o que "há de novo" nas tecnologiaas... - fez sinal de aspas, mas ficou triste ao se lembrar, novamente, se sua situação.
SHIRLEY: Carlos, vai dar tudo certo! Fique tranquilo!!!
HUGO: E vocês dois, vão lá ajudar papai e mamãe! - ao que lhe obedeceram e foram.
CARLOS: Ué e você vai passear na cidade?!
HUGO: Humpf! Quem dera! Eu vou pro quartel ali... e também aproveito para conseguri copradores para as plantações da nossa famíla...
CARLOS: Hum, eu vou te ajudar, Hugo...
HUGO: Ih, mas o que tu vai ficar fazendo enquanto eu tiver lá no quartel?!
CARLOS: Humpf! Tem delegacia da policia federal lá?!
HUGO: Tem... mas como...
CARLOS: Assim...
A roupa de Carlos trasnformou-se num uniforme de época da polícia federal, conforme registros constantes no banco de dados de yobibytes de dados referente a várias roupas e uniformes de todas a épocas. Hugo ficou espantado.
HUGO: Caramba! É muito prum dia só!!! vamos lá, amigo! Cê sabe montar cavalo?!
CARLOS: Claro... no fufuro ainda existe cavalo, rsrsrsrs...
HUGO: Hum, que bom! Então se prepare para cavalgar por umas duas horas...
CARLOS: Sem problema...
Chegando na cidade, Hugo levou Carlos até a delegacia da Polícia Federal, no centro de Campos, de onde Hugo foi para o quartel. Carlos ficou impressionado com aquela época na qual estava preso. Num momento, ao entrar na delegacia e ver a simplicidade daquelas coisas, pensou mesmo em, quem sabe, ficar ali. De repente, o escrivão Rocha o catucou, interrompendo seus devaneios.
ROCHA: Ei, colega...
CARLOS: Ah, sim... colega...
ROCHA: De onde você é?! E o que deseja?!
CARLOS: Ah... eu... - pensou - "Roupa, crie algum documento de transferência minha da capital para essa delegacia" - ao que a roupa obedeceu e fez surgir referido documento sob o casaco do uniforme - Aqui... eu fui transferido da Capital para cá...
ROCHA: É mesmo?! Como não recebemos nenhum comunicado oficial?!
CARLOS: Aqui, toma! - entregou-lhe o documento "falsificado".
ROCHA: Hum... deixa eu ver se tu num e mais um arruaceiro tentando ser policial... - leu-o - Hum... é... bom... toma o teu lugar ali, policial Carlos...
CARLOS: Ah... - pensou - "Ai, Deus... muito obrigado mais uma vez!" - ...ok, e quem vamos prender hoje?!
ROCHA: Prender?! Kkkkkkk!!! Num lugar desse calmo?! Cê tá muito acostumado com a capital, polícia!
CARLOS: Sei... tá bom então... prazer, colega!
ROCHA: Prazer é todo meu...
Nisso, acabara de chegar o delegado responsável por aquela simples delegacia onde havia mais cerca de uns quatro policiais. Ele estava muito aparvorado e nervoso. Trazia em suas mãos um documento com o carimbo "Ultra-Secreto".
ROCHA: Ih, colega, aí.. o doutô chegou...
CARLOS: Claro... - levantou-se e estendeu a mão ao delegado Peçanha, que o cumprimentou.
PEÇANHA: Ei... quem é você?! O reforço que nós solicitamos à Capital?!
CARLOS: Eh... sim... sou eu mesmo!
ROCHA: Ah, então ele foi requisitado... eh, ele veio com um ofício e transferência, mas eu não estava muito confiante, pois não recebemos nenhum comunicado... eu já tinha mandado ele sentar ali para dar um testezinho para ele...
PENÇANHA: Não, Peçanha... não crie empecilhos... vamos precisar de todo pessoal possível!
ROCHA: Que houve, doutor?!
PEÇANHA: Temos uma ordem do Rio de Janeiro, do gabinete da Presidência da Repúblia, para acompanharmos o Exército na praia de Atafona, amanhã...
CARLOS: Senhor, se me permite... qual seria o objetivo dessa ordem?!
PEÇANHA: Humpf! Prender um grupo de mercenários estrangeiros que pretendem invadir o país atrás de uma coisa...
CARLOS: Que coisa, meu chefe?
PEÇANHA: Humpf... aqui diz... "objeto com características extra-terrestres"... - ao ouvi-lo, Carlos arregalou os olhos.
CARLOS: "Nossa!..." - pensou consigo - "...será que mais alguma coisa veio do futuro junto comigo?! Ou será os xaganianos usando a SALA?! Será..."
ROCHA: Policial Carlos, te prepara! - interrompeu-o - Cê num queria ação?! Ei-la!!!
PEÇANHA: Ô Rocha, avisa aí o pessoal para ficar de prontidão amanhã, ein?!
ROCHA: Como quiser, doutor!
PEÇANHA: E Carlos... chegou em boa hora, filho! - ao dizê-lo, entrou muito assutado em sua sala.
Algumas horas depois disso, já pela noite, na casa dos irmãos Hugo, José e Shirlei, próximo ao curral, os três conversavam com Carlos à luz de uma lamparina. Este lhes contou o ocorrido na delegacia. Conversavam ao som baixinho de músicas vindas do rádio valvulado que Hugo levara para acompanhar a conversa.
CARLOS: Foi isso, amigos! Droga! Além de não poder mais voltar para casa, ainda provavelmente trouxe ameaças para este tempo... ameças que nem os... como é mesmo?! Estados dos Unidos...
HUGO: Estados Unidos, companheiro... e são nossos alidados na Segunda Guerra!
SHIRLEI: Carlos, não se culpe por isso... cê não tem culpa de nada disso... aquele tal de Feitosa e xaganianos é que tem...
ZÉ: É, federal...
HUGO: Humpf! Pior que eu também to escalado para compor o pelotão que vai amanhã lá em Atafona proteger esta coisa...
CARLOS: Caramba, Hugo! Me perdoe trazer essas coisas pra cá... que droga! Devia ter intervindo na construção daquela máquina infernal do tempo!!!
SHIRLEI: Olha... - deu-lhe um beijo na face - ...não fique assim, amigo!
CARLOS: Num sei... é que...
De repente, a roupa de Carlos entrou em modo de detecção de voz e o interrompeu enviando à sua mente dados relativos a uma determinada voz vinda de uma propaganda que estava sendo trasnmitida no radinho valvulado.
HUGO: Que foi, companheiro?! Parece assutado?!
RÁDIO: ...Agora, vamos ouvir o que o presidente da Machine Master, o senhor Richard, tem a nos dizer...
RICHARD: Olá, brasileiros... - disse como se fosse um americano falando portugues - ...nós nos sentimos honrados em ajudar no crescimento de uma nação que tem tudo para ser próspera! Conheça as nossas linhas industriais! Rádios, máquinas de costura, televisores de última geração...
ZÉ: Humpf! Televisores! Quem tem isso hoje?! Só se for muito rico!
SHIRLEI: O que foi, Carlos?!
CARLOS: Essa roupa... deve... tá com algum problema... não é possível! Ela tá me informando mentalmente que essa voz desse tal de  Richard é... do doutor Raphael!
HUGO: Ahn?! Será possível?!
SHIRLEI: Dizem que esse homem é riquíssimo!!!
CARLOS: Não pode ser...
De repente, a voz do senhor Richard mudou, imperceptivelmente para o ouvido humano, mas não pra a roupa de Carlos, a qual apresentou falha no reconhecimento daquela voz associada à do doutor Raphael.
CARLOS: Esperem! A roupa está me informando que essa voz, de fato, não é dele... é... pensei que poderia haver alguma luz no fim do túnel... com certeza ele me ajudaria a voltar para 2696...
SHIRLEI: Ah, Carlos! - disse dando-lhe outro beijo no rosto, mas Carlos, sem intenção, virou o rosto e os dois se beijaram, para espanto dos outros irmãos.
HUGO: Ei, rapazinho!
ZÉ: Solta nossa irmã!
CARLOS: Me desculpe, Shirlei... eu...
SHIRLEI: Eu... até... que gostei, rsrsrsrsr... - sorriu-lhe, o que foi correspondido por Carlos.
CARLOS: Acho que... podemos fingir melhor que somos namorados, rsrsrsrsr...
ZÉ: Aí, Hugo?! Tá vendo?! Ó o que que cê arrumou pra nóis!
HUGO: Zé... deixa eles! Mas, Carlos, infelizmente cê vai ter que ir!
CARLOS: Eh... sim... como... de fato! - deu outro beijo em Shirlei e despediu-se dos irmãos, tomou um cavalo e se foi dali.
HUGO: Shirlei, cê tá gostando ele?!
SHIRLEI: Acho que sim, meu irmão... ele é tão bonito, inteligente e bonzinho... coitado... ele tá preso aqui...
ZÉ: Eu sei lá, sabe... sei que ele tem aquelas traquitanas todas... mas e se aquilo não for invenções americanas?!
HUGO: Pode ser, irmão... vamos ficar de olhos abertos com ele... primeiro disse que tinha tomado um porre... depois veio com essa de "futuro"... agora tá dando em cima da nossa irmã...
SHIRLEI: Ah, vocês também, ein?! Deixa ele, coitado! Eu acredito nele!!!
HUGO: Sim, parece ser boa pessoa, mas eu tenho um pé atrás...
Carlos cavalgava lentamente pela estrada de chão do Pão de Ló, pensando naquele beijo que houvera dado em Shirlei. Estava escuro e somente luz da lua iluminava-lhe o caminho até um lugar onde ele iria dormir e passar a noite. Chegando lá, ele criou, com seu driver holográfico portátil, uma pequena cabana holográfica sólida onde repousaria. Amarrou o cavalo numa árvore e entrou em seu valhacouto.
CARLOS: Caramba, seu Carlos! Que viagem! Eu poderia ir para a cidade agora, mas... aff... vou ficar por aqui mesmo... pô, depois de quatro horas de viagem a cavalo, num tenho pique para aguntar mais duas até a cidade denovo... afinal... pra que vim pra cá também?! Não, Carlos... esquece essa garota! - lembrou-se novamente do beijo - Droga, cara!!! Aff... Ah... como não esquecer daquele beijo...
Nisso, uma pessoa espreitava aquela pequena cabana holográfica e ouvia tudo o que o jovem policial estava dizendo para si mesmo. Era Cristiane, que, ao ouvir aquelas palavras, entristeceu-se, mas, ao mesmo tempo, ficou feliz com seu amigo.
CRISTIANE: Ah, Carlos! Eu sempre te amei... mas fico feliz por você estar se alinhando a esta época! Você será muito necessário a este país... a este mundo!!! Por isso, não posso te resgatar sob pena de criar um paradoxo imenso no universo e tirar você do seu gande amor... a senhora Shirlei... hoje senhorita, rsrsrsrsrs!
Cristiane, então, usou seu pico-robô e sumiu na nuvem espaço-temporal de volta para o seu esconderijo no espaço-tempo. Pouco antes de voltar, porém, ela fez um pequeno barulho nas folhas dos arbustos, o que assustou Carlos. Ao olhar para fora da cabana holográfica, viu um tatu se enfiar no chão.
CARLOS: Ah, amiguinho... foi você, então... bom, vamos dormir... - entrou na cabana holográfica.
No dia seguinte, a prair de Atafona, em Campos dos Goytacazes, estava repleta de soldado, fuzileitos navais e alguns policiais federais. Havia também algumas embarcações da Marinha. Todo este contingemte tinha como missão proteger o perímetro de uma casa, cercada de árvores, à beira da praia. Dentre aqueles agentes de segurança, estavam o agente Carlos e solado Hugo
CARLOS: Olha, Hugo... me desculpe ter feito aquilo com tua irmã ontem...
HUGO: Certo... vamos nos concentrar aqui... depois conversamos sobre, agente Carlos...
CARLOS: Claro...
PEÇANHA: General Barcelos!
BARCELOS: Delegado Peçanha! Já viu o que tem dentro daquela casinha?! Parece que os "extra-terrestres"... - fez sinal de aspas - ...deixaram o pacote lá dentro...
PEÇANHA: Não fui lá dentro ainda, mas imagino que deve haver algo de outro mundo lá...
BARCELOS: Sim, e é mesmo! Fico imaginando o que  estes terroristas nazistas fariam com aquilo...
CARLOS: Me desculpem, senhores...
BARCELOS: E que mé você?!
CARLOS: Eu sou...
PEÇANHA: Ele é um reforço enviado da Capital, general!
CARLOS: Sim... exatamente isso... mas como os senhores sabem dessa invasão?!
BARCELOS: Parece, agente, que os americanos enviaram uma mensagem para nós informando que havia um grupo de ex-soldados deles mesmos que decidiram se unir a Hitler e estão vindo para cá, juntamente com alguns soldados alemães e italianos, para pegar o que tem dentro daquela casa ali... - pontou para o casebre - ...entendeu?!
CARLOS: Hum, obrigado, senhor! Delegado, vamos lá ver o que tem lá dentro?!
PEÇANHA: Sim, polícia... general, com sua licença!
CARLOS: General... - cumprimentou com um asceno de cabeça.
GENERAL: Pois não, senhores.
Carlos e o delegado Peçanha foram até o casebre e entraram nele. Lá dentro, havia alguns soldados liderados pelo capitão Figueira. Os policiais vislumbraram uma esfera do tamanho de uma bola de tênis, que flutuava sobre o piso de taco. Ela emitia uma brilho um tanto quanto anormal. Carlos, porém, ficou curioso e se aproximou dela.
PEÇANHA: Ô Carlos, onde cê pensa que vai?! Carlos! Vem cá! Eu sou teu chefe! Ei! - sacou o revólver e apontou para ele.
FIGUEIRA: Ei, agente! - disse apontando o fuzil, o que foi imitado pelos demais soldados.
CARLOS: Calma, senhores! - parou olhando para eles, com as mãos levantadas - Eu acho que sei o que é isso...
FIGUEIRA: Ahn?! Então você é um extra-terrestre também?! conta outra, meu chapa!
Subitaente, a esfera aumentou seu brilho, o que foi percebido até pelos que estavam fora daquela casa. O general e alguns soldados, incluindo Hugo, entraram lá dentro para ver o que estava acontecendo. A esfera, entao, começou a falar, com uma voz parecida com a de Cristiane.
ESFERA: Carlos! Eu sabia que você viria!
FIGUEIRA: Ei, ele é o extra-terrestre mesmo! Atire..
BARCELOS: Não façam nada, é uma ordem!!!
ESFERA: Eu sou a TD-540, lembra, Carlos?!
CARLOS: Humpf! Não estou acreditanto!!!
HUGO: Que isso, Carlos?!
CARLOS: Senhores... se eu...
TD-540: Nós construimos esta esfera quando estávamos no mestrado, se lembra?!
CARLOS: Claro! Claro! Senhores, essa esfera não é alienígena...
BARCELOS: Como assim, agente?! O senhor sabe do que se trata?! Então é melhor dizer!!! - todos engatilharam suas armas, mas Carlos nem se espantou com isso, tamanho era o seu espanto.
CARLOS: Eu e Cristiane contruimos esta esfera para armazenar vários dados... era um projetinho simples que fizemos de bobeira ná UFRJ...
BARCELOS: UFRJ?! Num tô entendendo nada...
CARLOS: É assim... quando nós nos aproximamos dela, ele nos reconhece e fala conosco... é inteligência artificial! Ela está usando a voz da Cristiane para me dar algum recado...
TD-540: Sim, Carlos... - falou em sua voz eletrônica normal - ...Cristiane me aperfeiçoou para te dar um recado...você é importante nesta época e não pode voltar a 2696!
CARLOS: Mas o quê?! Como...
BARCELOS: Eu é que te pergunto, Carlos! Melhor dize logo, senão...
TD-540: Não matem ele! Se não todos vocês serão destruidos juntamente com o Universo!
CARLOS: Senhores... eu vim do futuro... - contou-lhes toda história resumidamente.
BARCELOS: Espera que acreditemos nisso, homem futurista?! Eu estou começando a achar que esses terroristas mandaram você para espionar a a gente!
HUGO: Senhor, se me permite...
BARCELOS: Soldado Hugo, o que foi?!
HUGO: O que ele fala é verdade... eu vi quando ele chegou do futuro! Mostre a eles, Carlos, as suas parafernalhas... - sorriu-lhe.
Carlos, então, fez com que sua roupa voltasse a aparência original de metalástium, para espanto de todos os que ali estavam. Depois, ele pegou seu dispositivo hologŕafico e lhes mostrou o mesmo que mostrara para os irmãos do Pão de Ló.
BARCELOS: Impressionante! Parece contos de ficção... espero que você esteja conosco então, homem futurista...
CARLOS: Senhores! Estou a vossa disposição para servir aos senhores e, principalmente à nação brasileira, em qualquer época, em qualquer lugar!!!
BARCELOS: Muito bem!
PEÇANHA: Agente Carlos, espero, para o teu bem que esteja falando a verdade mesmo! - os agentes de segurança ainda estavam empunhando suas armas contra Carlos.
CARLOS: De fato, delegado Peçanha! Agora, uma coisa me intriga... como esta esfera veio parar aqui? Como você veio pra cá?
TD-540: Há algumas semanas atrás, esta casinha era o esconderijo de Cristiane no tempo e no espaço...
CARLOS: Então o pico-robô dela ainda está bom...
TD-540: Sim, mas não pode efetuar viagens para alguns anos da linha do tempo e para nenhum ano após 2300... continuando o que eu estava dizendo... pelo fato de ela poder viajar no tempo, ela sabia que você viria para cá em alguns dias. Aí, ela se foi daqui, deixando-me para ser uma espécie de guia para o seu futuro. Você é de suma importância, Carlos! Não pode ser removido daqui desta época!
CARLOS: Mas por quê, afinal?!
TD-540: Não posso te contar por que isso é futuro para todos os demais que estão aqui...
BARCELOS: Delegado... - cochichou - ...não estou entendendo mais nada!
PEÇANHA: E eu então, general!
TD-540: Toque em mim desejando saber o futuro desta época e você verá em sua mente fatos relacionados indiretamente a você, pois para você, é passado, já que pertence a 2696.
BARCELOS: Agente Carlos, nós também queremos ficar por dentro destes acontecimentos!
CALOS: Claro, general! E para provar que estou com vocês, vou fazê-lo, mas de um modo que não impacte a vida futura de vocês!
PEÇANHA: Melhor assim, agente!
CARLOS: TD-540, quebrar protocolos de segurança e mostrar em holograma fatos futuros que não impacte a vida destes homens...
TD-540: Carlos, exitem petabytes de dados a serem analisados para cumprir esta ordem. Aguarde... - menos de um segundo depois - ...pronto. Vou mostrar-lhes o futuro.
TD-540 fez surgir uma tela holográfica azul na qual fez aparecer alguns fatos futuros que não diziam respeito aos homens daquela sala. Os agentes  e militares ficaram abismados com o que iria acontecer no mundo naqueles poucos segundos de ilustrações futuristas, após os quais, a tela sumiu.
TD-540: Viram, senhores?!
BARCELOS: Carlos, pelo que acabamos de ver, precisaremos de alguém com conhecimento bem avançado para nos ajudar com estes "assuntos"...
PEÇANHA: Sim, acho que ninguém é mais indicado do que você!
CARLOS: Mas, senhores... humpf, eu?! Ademais, esta esferinha está dizendo que sou imprescindível aqui... Impossível! Eu vim do futuro e nunca estudei sobre ninguém chamado Carlos Augusto de Carvalho como um ícone da história brasileira antiga!
BARCELOS: Hum... Mesmo assim, acho que devemos levar estes fatos ao conhecimento do Presidente!
CARLOS: Sim, ele deve ficar ciente disso... Mas eu não tenho como ter posição chave nisso... Sou só um policial "do futuro" é um aprendiz de cientista...
TD-540: Não é não, Carlos! Mas isso, você tem que descobri sozinho...
HUGO: Cara, você não está aqui por acaso!
CARLOS: Senhores... acho que, por hora, é melhor nos concentrarmos nesta missão de hoje.. aliás, TD-540, como estes estrangeiros sabem da sua existência?!
TD-540: Humpf! Vocês viram nas imagens uma empresa chamada Computer Master, num futuro bem distante, num viu?!
CARLOS: Sim, vimos! - todos os demais confirmaram com gesto afirmativo.
TD-540: Esta Computer Master é a denoninação futura da atual Machine Master. Seu dono... - em milésimos de segundo pensou com seus botões eletrônicos - "Protocolo de segurança anti-paradoxal ativado: mentir ou omitir" - continuou - ...de alguma forma sabe que estou aqui e mandou um grupo de para-militares americanos, alemães e italianos me pegarem. Depois, me venderão para o Eixo, o que dará ao senhor Richard uma fortuna inimaginável.
PEÇANHA: E o que o Eixo ganha tendo uma esferea tagarela como... isto?! - apontou para esfera.
BARCELOS: Não é óbvio, delegado?!
TD-540: Exatamente, general... eu sou uma arma em mãos erradas! Eu sou de 2696 e possu conhecimento armezenado milhares de anos anteriores a minha fabricação! Imagine um ditador...
PECANHA: Sim, Sim! Agora entendi! Claro! O Eixo saberá exatamente o que vai acontecer a eles! É que estou tão abismado com tudo isto que está acontecendo que nem me apercebi disso!
CARLOS: Mas como eles vão retirar estas informações de você, se se recusou a mostrar integralmente o nosso futuro?! Aqui não tem tecnologia para isso... Ou tem?! - arregalou os olhos ante esta possibilidade.
TD-540: O senhor Richard possui um conhecimento acima da média contemporânea... ele saberá como fazer isso!
CARLOS: Espera! Então ele veio do futuro?! A minha roupa reconheceu a voz do doutor Raphael ontem, com acurácia de setenta por cento, ao ouvir esse tal de Richard no rádio!
TD-540: Acurácia de setenta por cento significa que a voz não bate, Carlos! Você deveria saber disso!
CARLOS: Hum... sei... Tá bom... - fez cara de desconfiança.
BARCELOS: Que coisa, ein, agente! Como vamos combater a maior empresa de tecnologia do mundo?! Precisamos criar alguma estruturea para estudar melhor estes acontecimentos, não acha?!
CARLOS: General... eu não sou capaz disso... e também não quero me envolver mais com estes tipos de coisas... já estou derrotado! Estou preso aqui!
PEÇANHA: Mas agente... não poderemos lidar com esta empresa amercicana, ainda por cima, sozinhos! Precisamos de um homem como você! E se este tal de Richard for mesmo o teu professor que também veio do futuro e está aqui para atazanar a gente?!
CARLOS: Senhores... aff... tudo bem... vou ajudá-los... mas não vou tomar a frente de nada!
BARCELOS: É assim que se fala, agente! Amanhã mesmo nós vamos até a Capital levar esta esfera para mostrar ao Presidente. E você vai conosco! É uma ordem!
Na Verdade, Carlos estava muito desanimado com o que ouvira daquela esfera, a TD-540. Até então, ele poderia ver um facho de luz ao fim do túnel. Mesmo com a tecnologia da época, poderia construir uma máquina que o levasse pelo menos até  uma outra época cuja ciência estivesse mais avançada. Daí, partiria para outra época e assim até chegar a 2696.
No entanto, deixaria Shirlei, pela qual estava muito apaixonado. Além disso, como a esfera lhe falou, sair dali poderia causar um colapso na estrutura do Universo. Estava confuso mesmo. Isso tudo lhe desanimou de encabeçar a provável força tarefa que o General Barcelos estava animado para montar. Mas, de qualquer forma, ajudá-lo-ia no que fosse preciso.
Por fim, resignou-se em ficar naquela época mesmo, ademais, nunca estiveram tão apaixonado por uma garota como dele estava por Shirlei e isso é o que lhe importava, muito mais do que evitar um paradoxo temporal. Lembrou-se, então, do beijo. Enquanto os militares e agentes conversavam sobre o que ocorrera no interior do antigo esconderijo de Cristiane, Carlos estava absorto pensando estas coisas e, sobretudo, se lembrando de sua paixão: Shirlei.
FIGUEIRA: Eh, general... Quanta coisa prum dia só, ein?!
BARCELOS: Nem me fala, capitão!
FIGUEIRA: Bom, ainda bem que estamos "todos ligados"...
Esta expressão era um código que fez com que um grupo de soldados pegasse seus fuzis e rendessem os demais, para espanto destes. O general, nem teve tempo de falar, pois logo levou um tiro certeiro no coração disparado pelo próprio capitão Figueira. Hugo, Carlos e o delegado Peçanha não tiveram escolha a não ser se renderem, soltando suas armas, o que foi imitado pelos outros agentes e militares que não estavam com o capitão.
PEÇANHA: O que significa isso?!
FIGUEIRA: Humpf! Próprio do governo desta bosta de país! Kkkkkkk! Escolheram um general idiota é um delegado boçal para acompanhar a guarda deste artefato valioso!
CARLOS: Seu desgraçado!
FIGUEIRA: Que coisa, ein, Carlos do futuro! Bem que o senhor Richard avisou sobre a possilidade de haver um homem do futuro aqui!
CARLOS: Como ele sabia disso?! - arregalou os olhos.
FIGUEIRA: Hum... ele tem espiões bem pagos em toda parte  do mundo e eles viram quando esta tal de Cristiane estava criando este artefato futurista e dizia que só você poderia ativar ele e que estaria aqui justamente hoje para fazê-lo!
HUGO: Hum... você só não contava com esta guarda toda, não é, Figureira?!
CAPITÃO: Humpf... de fato, soldado! Eu mesmo chamei os terroristas nazistas para cá, mas só não contava com o aviso dado pela CIA ao governo brasileiro! Afff... de qualquer modo, você veio mesmo! Destino?! Pode ser! Mas o fato é que eles virão e te levarão também! Afinal, o senhor Richard vai contar com a inteligência avaçada de um homem a frente do seu tempo, kkkkkk!!!
CARLOS: Kkkkkkk! Acho que voce não vai lograr êxito em sua missão, capitão Corrupto!
FIGUEIRA: Eh, seu imprestável?! Vere... Arghhhhh!
A esfera TD-540 emitiu um som numa freqüência tal que causou uma enxaqueca repentina em todos os presentes naquele casebre, com exceção de Carlos, cuja roupa o protegeu, criando uma espécie de abafador, numa freqüência que anulava a emitida pela esfera. Todos os militares corruptos, ou não, e agentes largaram suas armas por causa da dor imensa. Quando o zumbido parou, a briga iniciou.
Carlos desferiu um soco seguido de uma cabeçada em um corrupto. Hugo nocauteava vários militares corrompidos. Pecanha e seus agentes procurava algemar os corruptos a medida que eram derrubados, seja por eles mesmos, seja pelos outros militares honestos.
Figueira procurava se esquivar dos golpes dos honestos. Dado momento, sacou sua faca e matou um deles, para ódio de Hugo, o qual partiu para cima do capitão e lhe golpeou no peito.
HUGO: Seu maldito! Cê matou um companheiro!
FIGUEIRA: E agora vou te matar!
Figueira pulou para cima de Hugo na tentativa de lhe ferir com sua faca, mas Carlos, ao vê-lo, mandou que a TD-540 interviesse. Ela se deslocou, então, velozmente até se chocar contra a mão do capitão, desarmando-o e, ao mesmo tempo, qubrando-lhes os ossos da mão.
FIGUEIRA: Arghhhhh! GRRRRRRR!
HUGO: Vamo ver, agora, seu traíra!
Hugo deu-lhe um soco, seguido de um chute no estômago, o que o derrubou no chão. Peçanha, ao vê-lo, correu e o algemou.
PEÇANHA: Preso em nome da Lei! Por traição!
FIGUEIRA: Kkkkkk... A estas horas... - cuspiu sangue - ...os irmãos nazistas já devem tá chegando! Eles vão trucidar vocês e eu vou receber a fortuna a mim prometida pela entrega da esfera e desse Carlos do futuro aí! Esse era o plano inicial, que de certa forma, vai dar certo, kkkkk!
CARLOS: Cala a boca, seu boca aberta! - nocauteou-o.
HUGO: Vejo que cê tá aprendendo até as falas, kkkkk! - do que se riram; fecharam a cara e continuaram a luta contra os corruptos.
Após prender e neutralizar  a todos os corruptos, os militares e agentes honestos deixaram-nos algemados lá  dentro daquele  casebre e vieram para fora a fim de combater os corruptos que estavam na praia. A TD-540 os acompanhava.
Entretanto, eles ficaram surpresos ao ver as embarcações da Marinha  incendiadas, alguns militares honestos mortos e outros feridos, os quais eram feitos de refem por homens com roupa preta e símbolo da suástica no braço. Um outro grupo destes militares nazistas, liderados pelo coronel Griswold, rendeu o grupo que saia do casebre.
CARLOS: Droga! Enquanto estávamos lá dentro, nossos irmãos estavam sendo massacrados!
HUGO: Malditos! Olha lá os submarinos que eles vieram!
Ao dizê-lo, Hugo apontou para duas embarcações com suas proas encalhadas na areia da praia. Uma delas pertencia aos americanos que estavam sob as ordens de Richard e pouco se importavam com o regime nazista e suas atrocidades. A outra, naturalmente, pertencia aos nazistas e alguns italianos facistas.
PEÇANHA: Acho que perdemos!
GRISWOLD: Amigos! Kkkkkk! Acho que vocês ter algo que pertencer a Hitler por direito, já que ele comprar! - disse com muito sotaque - Aposto que ser essa "esferra" aí, Kkkkkkk!
CARLOS: Cara, de que adianta ter uma esfera dessa? Vocês vão perder a guerra de qualquer maneira! O mal não pode prevalecer contra o bem! Deus jamais permitia isso! E não existe ciência que esteja acima dEle!
HUGO: Ô Carlos, acho que não é uma boa hora pra citar bíblia!
CARLOS: Sempre é! - fuzilou-o com os olhos.
GRISWOLD: Hum... Seu amigo ter razão, herr Carlos! Hitler estar acima de qualquer divindade! Kkkkkkk! Ah, e herr Richard mandar que levar você para ele... Quer dizer, nós não... Os americanos que se aliar a nós!
Nisso, um grupo desses americanos correram até Carlos, pegaram-no e o levaram até seu respectivo submarino. Já dentro desta embarcação, a caminho da cela onde ficaria preso, sua roupa emitiu uma descarga tão grande que eletrocutou os paramilitares americanos que o acompanhavam.
CARLOS: Humpf! Que facilidade!!! Agora, vamos sair logo daqui e ajudar meus companherios lá fora! E também... voltar para Shirlei... ah... Carlos... que droga! Que isso agora?! Estou apaixonado, é mole ou...
PARAMILITAR 1: Hey, you! Stop! - interrompeu os pensamentos de Carlos.
CARLOS: Aff... cara! Toma! - disse aplicando-lhe um golpe de defesa pessoal que o desarmou e, ao mesmo tempo, quebrou-lhe o braço.
Enquanto isso, os militares e agentes honestos eram amontoados num canto da praia, juntamente com os corpos dos demais outros. Os nazistas jogavam gasolina sobre eles.
GRISWOLD: Que tal fazer campo concentração aqui Brasil?! Kkkkkk!!!
NAZISTA 1: Senhor... - disse em alemão - ...tem mais pessoas dentro da casa que fazem parte do esquema... não deveríamos pagar a parte cobinada?!
GRISWOLD(em alemão): Humpf! Soldado, por Hitler! Destrua aquela casa com todos dentro!!! Kkkkkkk!
NAZISTA 1: Sim, senhor! Considere feito! Lança-chamas! Ouviram o seu coronel?!
LANÇA-CHAMAS: Sim, senhor! respondeu em uníssono um grupo de soldados estavam equipados com esta arma.
GRISWOLD: Ver... - disse aos militares e agentes amontoados - ...senhores?! Eu conseguir o que Hiter querer! - disse mostrando-lhes a esfera TD-540.
TD-540: Coronel, não seja injênuo! Acha que vou deixar ser levada assim?! Nun...
GRISWOLS: Achar sim!!!
Griswold possuía um dispositivo criado pela Machine Master o qual ele tirou do bolso do sobretudo e acionou. Tal dispositivo emitiu uma onda ultrasônica contendo uma frequencia que desativou a esfera TD-540 iniciou sua reprogramação.
PEÇANHA: Humpf! E o Calos dizendo que não tinha tecnologia suficiente nesta época!
HUGO: Delegado, temos que nos concentrar em sair dessa situação!
PEÇANHA: Como, soldado?! Se corrermos, seremos fuzilados por estes soldados alemães!
GRISWOLD: Tenente, mande um lança-chamas aqui! - ordenou em alemão.
HUGO: Droga! Deus, nos ajude!!!
LANÇA-CHAMAS 1: Senhor! - respondeu em alemão - Aqui estou!!!
GRISWOLD: Já sabe o que fazer, não é?! Kkkkkkk!!!
LANÇA-CHAMAS 1: Com prazer!!!
Quando este soldado que portava o lança-chamas iria puxar o gatilho, ele levou um tiro nas costas que explodiu o tanque da referida arma. Esta explosão levou com ele mais um grupo de terroristas nazistas que faziam os militares brasileiros de refém; os demais se assustaram e correram. Desta forma, Hugo, Peçanha e os sobreviventes levantaram-se e paritram para cima dos nazistas.  Carlos foi quem disparou contra o lança-chamas. Sua roupa o tornara invisível para todos. Ele, aproveitando-se desta situação, ajudava os seus companheiros a derrubar alguns alemães e italianos.
O coronel Griswold, pelo susto que levara com aquela explosão, largou o dispositivo de reprogramação e a esfera TD-540, a qual estava agora danificada, pois seu processo de reprogramação fora interrompido.
GRISWOLD: Quem atirar?! Não estar vendo ninguém!
CARLOS: Aqui, coronel!
Carlos, ainda invisível, deu-lhe um soco na nuca, seguido de uma cabeçada. Depois, tornou-se visível e deu um soco na cara do coronel.
GRISWOLD: Kkkkk... - disse limpando o sangue que escorria de sua boca - ...imaginar estas qualidades futurristas no exército do Eixo! Pagar muito bem!!!
CARLOS: Não sou terrorista! - deu-lhe um chute que o nocauteou, de modo que ele caiu desmaiado.
HUGO: Carlos, ele fez alguma coisa com a tua esfera...
CARLOS: Impossível, camarada! - pegou a esfera e o dispositivo usado pelo coronel - Hum... reprogramação utras-sônica... é, este Richard é inteligente mesmo... - disse ao ver a logomarca da Machines Master.
PEÇANHA: Senhores, acho que a nossa missão está completa hoje!
Ao dizê-lo, Peçanha apontou pra os militares honestos que, agora, rendiam os nazistas e paramilitares americanos que os estavam auxiliando.
CARLOS: Muito bem, senhor!
PEÇANHA: Senhor?! Poxa vida... eu é que devia chamar você de senhor!
HUGO: É mesmo, seu Carlos! - cochichou ao ouvio dele - Agora sim, posso dizer que faço gosto do seu namoro com minha irmã!.
CARLOS: Hum... bom ouvir isso, Hugo!
HUGO: E o general Barcelos?!
PEÇANHA: Nós conseguimos impedir um grupo de paramilitares com lança-chamas que estavam se preparando para incendiar o casebre! Vamos lá! - foram-se, pois, até o tal casebre, antigo esconderijo de Cristiane.
HUGO: General!
FIGURIA: Seus desgr... desgraçados! Homens de honra do caramba! Certinhos! Poderíamos estar todos ricos agora!
CARLOS: Cala a boca, seu miserável! Se não fosse nós, vocês todos estariam mortos agora!!! - capitão Figueira arregalou os olhos.
BARCELOS: Filh... filho... eu... estou morrendo... fez um bom... serviço... a.. aqui... senh... senhores... são testemunas de... de... que eu ordeno que... promova este jovem... promova... a... sargento...
HUGO: Obrigado, senhor! - prestou-lhe continẽncia - Malditos terroristas alemães, americanos, italianos!!!
CARLOS: General, me desculpe... isso é culpa minha!
BARCELOS: Não... não é... agente... eu... eu estudei... no Instituto Militar de Engenharia... e posso afirmar acredito em tudo o que vi... por isso... você é necessário... deve levar esta informação ao Presidente... ele vai criar algum grupo para estudar... melhor os acontecimentos certamente estranhos... e vindouros...
O general morrera. Carlos se sentiu extremamente culpado por aquilo tudo. Ele pegou a TD-540 e, ao invés de tentar reativá-la, como pensou em fazer enquanto estava lá fora, simplesmente a guardou no seu bolso eletrônio, o qual a digitalizou.
CARLOS: Chega de futurismos por hoje para sempre!
PEÇANHA: Mas, Carlos! Você ouvu o que o general falou!
HUGO: Ninguém ouviu nada, delegado!
CARLOS: Não, Hugo, nós ouvimos sim... mas eu me recuso a dar continuidade a estas coisas... não sou capacitado! Olha o estrago que aquela máquina do tempo está fazendo! É minha culpa! Olha quantos homens mortos! Tudo minha culpa... deveria ter impedido aquela construção a tempo! - uma lágrima escorreu de seus olhos.
PEÇANHA: Olha, agente Carlos... vamos fazer o seguinte... tudo o que aconteceu aqui, morre aqui! Diremos apenas que a operação de defesa foi um sucesso, com algumas baixas...
CARLOS: Mas e a esfera?!
PEÇANHA: Diremos que, depois da operação, ela simplesmente sumiu. Ninguém vai dar falta, pois o objetivo hoje era defender o território nacional!
HUGO: Carlos, tem certeza de que não vai mostrar estas coisas para o governo?!
CARLOS: Não, de modo algum! Você viu o estrago hoje aqui, sargento Hugo! Imagine se damos continuidade a estas coisas! Melhor deixar quieto mesmo!
HUGO: Mas essa Machine Mster?! Você viu o dispositio e o que essa "pouca tecnologia" fez com a tua esfera do futuro!
CARLOS: Hugo, se é o que está pensando, esqueça! Esse Richard não é o doutor Raphael... ele jamais faria essas coisais... também não é xaganiano... eles viriam em quantidade, é assim que atacam... o que aconteceu foi o seguinte: a Cristiane deve ter dado mole e alguem viu o que ela estava fazendo aqui... aí, viram do que esta esfera é capaz em algum teste e avisaram a este empresário maldoso! Afinal, estamos em guerra e espionagem sempre exitiu!
PEÇANHA: Mas e...
HUGO: É, e quanto a...
Tanto o sargento Hugo como o delegado Peçanha começaram a elucubrar sobre o que poderia ter ocorrido. Carlos, por outro lado, mal prestava atenção no que era dito por eles, tamanha era a sua indignação consigo mesmo por ter causado, mesmo que indiretamente, aquelas mortes na praia de Atafona.
CALOS: Senhores... por favor... basta! Deixa esse assunto quieto que é melhor! Não quero mais mortes na minha mão! Meu lugar agora é aqui! Meu lugar é ao lado de... Shirlei!
HUGO: Hum... sei!
CARLOS: Hugo, estou apaixonado por sua irmã!
PEÇANHA: Ih, que honra ein, sargento! Ser cunhado de um federal, e do futuro! Kkkkk... - do que se riram - Bom, vou lá fora ver a quantas andam os trabalhos.
HUGO: É um prazer, Carlos, ter você como meu cunhado... este é um dos motivos, não é?!
CARLOS; Sim, Hugo! Não quero me envolver com mais nada! Vou dar um jeito de entrar para a polícia federal deste tempo, me casar com sua irmã e levar uma vida normal! Sabe, até tô gostando desta época... ela é muito simples...
HUGO: Simples?! Mas e quanto a hoje?!
CARLOS: Hum... uma pequena distorção, sargento! É um ponto fora da curva!
HUGO: Que curva?!
CARLOS: Eh... deixa pra lá... kkkkkk... digamos que hoje foi um dia atípico!
HUGO: Ah, sim! Eh, nuca vi outro dia como este, mas e se ele se repetir?!
CARLOS: Hugo... por favor!
HUGO: Tudo bem, agente! Vamos ajudar, então, os nossos companheiros lá fora!
CARLOS: É melhor! Vamos lá!
Alguns dias depois daquele incidente, num presídio militar da Marinha, localizado na Ilha das Cobras, na cidade do Rio de janeiro, o capitão Figueira e o coronel Griswold, bem como seus subordinados aguradavam seu julgamento marcial enquanto detidos naquela prisão. Tanto o capitão quanto o coronel estavam em celas diferentes e exclusivas, mas ficavam juntas uma da outra. Os demais subalternos estavam amontodados em outras celas do presídio militar, longe daquelas ocupadas pelos seus líderes respectivos.
De repente, uma nuvem de fumaça chamou a atenção do capitão traidor e do coronel nazista. Dela, viram surgir um homem com terno branco. Era o senhor Richard. Os oficiais ficaram boquiabertos.
RICHARD: Senhores! Como vão?!
FIGUEIRA: Sen... senhor.. Richard?! Com...
GRIWOLD: Humpf! Inacreditável, herr Richard!
RICHARD: Vocês são patéticos! Como deixaram ser derrotados por um exécito de uma nação falida como esta?!
FIGUEIRA: Ei, você é brasileiro?! Fala fluente e sem sotaque!
RICHARD: Eu sou alguém muito além da sua compreensão limitada, capitão!
GRISWOLD: Eu conseguir entender herr Richard! Nós ser nação poderosa e muito superior Brasil! Eu...
RICHARD: Humpf! Vocês nazistas já perderam a guerra, meu chapa! Vão ser trucidados pelos americanos! Hitler mesmo vai se matar!
GRISWOLD: Como ousar falar assim Hitler?!
RICHARD: É como eu disse, herr Griswold... - falou depois em alemão fluente - Estou muito além da sua comprensão! - o coronel ficou espantado com a fluência do alemão.
FIGUEIRA: Tudo bem, senhor linguista! Veio libertar a gente?!
RICHARD: Sim. Na verdade eu preciso de dois voluntários para me auxiliar em um projetinho meu... por isso vendi aquela esfera para o Eixo por aquele valor; por isso precisava do Carlos... mas acho que não vou precisar mais dele... - segurou-se para não se emocionar ao se lembrar do rapaz.
FIGUEIRA: E por que não?!
RICHARD: Digamos que consegui dar meu jeito usando as tecnologias deste tempo mesmo... assim, amanhã mesmo, a essa hora, vocês serão libertados e serão transportados para meu laboratório...
GRISWOLD: Mas e julgamento?!
RICHARD: Julgamento?! Kkkkkkkk!!! Coronel, devo lembrá-lo de que tu tá no Brasil!!! Aqui as pessoas são facilmente compradas, como o capitão ali!
FIGUEIRA: Humpf! Ele não sabe de nada, doutor Richard! Mas em que consiste este projeto?
RICHARD: Vocês preferem ser fuzilados?! - ao que menearam a cabeça negativamente - Então, sem mais perguntas!
Ao dizê-lo, uma nuvem começou a envolver Richard e o levou daquele local, para espanto dos oficiais, os quais se entreolharam em um misto de espanto e dúvida sobre se deveriam aceitar aquele convite ou não.
No dia seguinte, dois soldados abriram a cela dos oficiais e escoltaram-nos pelos corredores. Subitamente, os soldados deram coronhadas no capitão e no coronel, de modo que cairam desacordados.
Quando acordaram, estavam dentro de uma aeronave particular que voava muito rápido. Tanto que já estavam sobre território americano. Eles estavam algemados um ao outro, pés e mãos. Além disso, havia, um grupo de homens que apontavam suas armas para os oficiais, impossibilidanto, assim, qualquer tentativa de fulga ou rebelião.
RICHARD: Senhores! Como vai a viagem?! Dormiram bem?
FIGUEIRA: Richard! Seu maluco! Nos solte agora!
GRISWOLD: Não quer nem saber reação Hitler quando saber oficial preso!
RICHARD: Senhores, calma! - disse ao sorver um pouco de uisque - O que pretendo dar aos senhores é algo que vai torná-los novos homens! E coronel Griswold, este idiota maluco débil-mental do Hitler jamais daria aos seus oficiais o que eu vou dar a vocês!
GRISWOLD: Ver como falar Hitler! - tentou levantar-se, mas um os seguranças lhe deu uma coronhada com sua pistola.
RICHARD: Sem langanho, rapazes!
FIGUEIRA: O que quer de nós?!
RICHARD: Como lhes disse ontem, lá naquela prisão, eu tenho um projetinho que estou fazendo! Por isso eu precisava do Carlos... mas acho que por hora vou deixá-lo seguir a vidinha medíocre dele lá em Campos... acho que ele não vai me dar problemas... - pensou - "Assim espero! Tenho que torcer para ele não..."
GRISWOLD: Que consistir projetinho seu?!
RICHARD: You will see! - respondeu em inglês.
Nisso, dois daqueles homens os apagaram novamente até que chegaram em algum lugar dos EUA. Era uma região inabitada num raio de cem quilômetros. O jato pousou numa pista que foi tragada pela terra. No suberrâneo daquele tal lugar ermo dos EUA ficava um laboratório secreto da Machines Master.
SEGURANÇA 1: Senhor, o que fazer o com estes dois?! - perguntou em inglês.
RICHARD: Purifiquem-nos primeiro depois preparem eles para receber o produto!
Os seguranças, então, os levaram para a sala de purifcação. Já fora da aeronave, Richard conversava, em inglês, com um dos doutores responsáveis pelo tal produto que estava sendo produzido ali.
RICHARD: E então doutor?!
DOUTOR: Senhor, acho que o doutor aqui é o senhor, rsrsrsrsr!
RICHARD: De fato! Mas como anda a substância?!
DOUTOR: Está quase pronta... foi muito difícil reproduzir a fórmula que o senhor nos deu! Não estávamos conseguindo sintetizar os elementos informados pelo senhor!
RICHARD: Espero, para o seu bem, doutor, que ela funcione! 
DOUTOR: Sim... sen... senhor!
RICHARD: Vamos usar a substância em duas cobaias que trouxe comigo do Brasil!
DOUTOR: Mas não sabemos ainda do que ela é capaz!
RICHARD: Eu sei... - lembrou-se de Feitosa - ...eu sei! Se você seguiu direitinho o que te mandei, eu sei muito bem do que ela é capaz!!!
DOUTOR: Aí que tá, senhor Richard! Eu não sei se ela está cem por cento de acordo com a fórmula que o senhor nos deu! Não existem aquelels elementos aqui! Tivemos de sintetizar, mas... é como eu disse...
RICHARD: Mais uma vez, doutor! - pararam de caminhar e fuzilou o doutor com os olhos - Se o Elixir 20 não funcionar, pode dar adeus à sua família!!!
DOUTOR: Ok... sen.... senhor... Rich.. Richard!
Depois daquela conversa, Richard foi para uma sala do laoratório e começou a se lembrar de sua família. Emocionou-se. Não se conteve e começou a chorar. Mais ainda quando se lembrou de Carlos e de saber que ele estava presente naquela época. Foi um misto de contentamento e raiva. Se ele tivesse ali, ele teria inteligência suficiente para ajudar na confecção do Elixir 20, cópia bem mal-feita do 25. No entanto, pelo que ficou sabendo que ocorrera na praia de Atafona, sabia que Carlos repudiaria o que Richard, ou Doutor Raphael, estava planejando, sobretudo, contra o Brasil. Daí, começou a pensar em matá-lo, mas não conseguiria fazer isso contra o seu aluno mais querido, assim como não conseguiu fazer contra sua aluna mais querida, a Cristiane. Socou, então, a mesa de aço com tamanha força, que a  envergou ao meio.
RICHARD: Maldição! Carlos não vai me ajudar a fazer o que prentendo fazer! Ah, Cristiane, você também não compactuaria comigo! Estou sozinho em minha vingança! Mas não tolerarei que ninguém se ponha na minha frente! Nem mesmo... afff.... nem mesmo.... meus alunos.... - entristeceu-se ao pensar que seria capaz de matar seus alunos em prol da sua vingança particular contra a nação que matou sua família.
RICHARD: Tomara que Carlos não me cause nenhum problema! Tomara que ele fique na dele lá em Campos mesmo! Tomara!!! Não se metam nos meus assuntos, meus alunos!!! Por favor!!!
Assim, enquanto essas coisas se sucediam, Carlos estava fazendo como seu antigo professor estava desejando. Resignou-se em ter uma vida simples e viver naquela época, junto ao seu grande amor, Shirlei. Fez uma provinha simplória para entrar naquela polícia federal e se tornou um policial efetivo daquela eṕoca. Trabalhava naquela delegacia mesmo, no centro de Campos. Lugar tranquilo. Era tudo o que Carlos estava querendo de fato.
Namorou uns dois anos com sua amada Shirlei, depois dos quais, em determinado domingo, logo após o culto de uma pequena igreja presbiteriana que esles frequentavam, pediu-a em casamento. Precisamente, o pedido aconteceu quanto estavam a caminho da casa dos pais dela, sendo que ela e ele iam logo atrás, montados em seus cavalos, ao passo que Hugo, Hermenegildo e Bruna cavalgavam a frente do casal de namorados, que em poucos segundo, virariam noivos.
CARLOS: Shirlei... eu... tenho... uma coisa pra te dizer...
SHIRLEI: Sim, querido! Fale! Meu namorado!
CARLOS: Vamos parar aqui... - desceu do cavalo.
SHIRLEI: Ei, rsrsrsrsrr.... que isso, Carlos?!
CARLOS: Vamos, venha! - ao que ela obedeceu e também desceu de seu cavalo; Hugo, seu Hermenegildo e Bruna, ao verem-no, pararam seus cavalos e os observava.
CARLOS: Shirlei... - ajoelhou-se - ...Shirley Grassine Fontes... - mostrou-lhe a aliança - ...quer se casar com um "homem do futuro"?!
SHIRLEI: Rsrsrsrsrs... sim! Sim!!! Venha! - levantou Carlos e deu-lhe um beijo apaixonado e feliz - Te amo! Meu noivo!
HUGO: Eh... até que enfim!
HERMEGILDO: Humpf! Eu já ia cobrar ele!
BRUNA: Ah, Gildo! Ele é rapaz responsável! Sabia que não ia demorar!
HUGO: Zé é que vai gostar! Pena que ele tá na secura dele de voley! Aff!!!
Carlos e Shirlei montaram novamente em seus cavalos e dirigiram-se até os três familiares dela.
CALOS: Seu Hermenegildo... peço a mão de sua filha em casamento!
HERMEGILDO: Concedida, filho! Que Deus abençoe vocês e que sejam felizes!  
HUGO: Humpf! Agora vê... rsrsrsrsr... - estendeu a mão para Carlos e o cumprimentou - ...seja feliz, amigo... e você também, minha irmã!
SHIRLEI: Obrigado, Hugo!
BRUNA: E quando vai ser o casamento?!
CARLOS: Daqui a três meses...
HERMENEGILDO: Muito bem, então! Vamos seguir para casa?! O tempo tá ficando feio!
CARLOS: Claro, seu Hermengildo!
SHIRLEI: Agora terei um marido do futuro, rsrsrsrsr... - cochichou com Carlos, que lhe sorriu.
O tempo, então passou. Carlos casou-se com Shirlei e os dois viviam uma vida normal, como um casal qualquer da época e daquele lugar. Eles tinham uma casinha simples, com uma pequena chácara onde eles cultivavam algumas plantas para consumo próprio. Carlos conseguiu um emprego de secretária para Shirlei na delegacia onde ele servia. Com não havia muitas ocorrências de competência federal, eles quase sempre trabalhavam meio-expediente e vinham embora, em seus cavalos, para sua casinha.
Carlos também, a pedido de sua esposa, ensinou-a a manusear armas de fogo e tambem alguns golpes de defesa pessoal. Ela, por sua vez, aprendia rápido.
CARLOS: Muito bem, amor! Você tem talento! Não quer fazer prova pra agente da polícia não, rsrsrsrsrsrs?!
SHIRLEI: Nem pensar! - deu-lhe um soco, mas Carlos se desviou e a derrubou.
CARLOS: Kkkkk! Você é boa, minha amada, mais ainda tem muito que aprender! Muito... - interrompeu-se ao ser derrubado com uma pernada de sua esposa.
SHIRLEI: Como?! O que o meu homem do futuro dizia?! Kkkkkkkk!!!
CARLOS: Eh.... kkkkkkk!!! - os dois se beijaram.
Carlos também ensinava-lhe alguns conceitos de ciência e matemática, mas evitava contar-lhe sobre coisas futuras para não impactar a vida dela direta ou indiretamente. Para essas aulas, eles usavam um quartinho improvisado de seu simples casebre. Ela também aprendia rápido o que lhe era ensinado por seu marido.
SHIRLEI: Aposto que pensou... como ela é da roça, roça mesmo, ela deve ser bem burrinha!
CARLOS: Eu...
SHIRLEI: Ahn?! Foi ou não foi?! Kkkkkk... a gente é da roça mas não é burro!
CARLOS: Sei... bom, vamos continuar nossas aulas... sobre ciência contemporânea sua, pois...
SHIRLEI: Ah, já sei! Se não causa "paradocho" temporal na minha mente...
CARLOS: Kkkkkk! Paradoxo!!! Tá vendo! Não se gabe da sua inteliência, senhora Carvalho! - do que se riram.
Em poucos anos, Shirlei não tinha todo conhecimento que Carlos possuía, mas já sabia tanto quanto um recém-formado em alguma área de exatas. A didática e o amor que Carlos tinha por sua "esposa-aluna" contribuiram para que ela chegasse ao grau de conhecimento que possuía.
Por outro lado, no laboratório secreto da agora Computer Master, os cientista se preparavam para injetar nas cobaias uma nova versão do Elixir 20, já que as anteriores não surtiram os efeitos desejados nelas. Por este motivo, Richard mandara matar a família de vários doutores que ficaram a frente desse projeto. 
RICHARD: Ah, doutor... - disse em inglês para o último cientista - ...é como dizem: se quiser que algo seja bem feito... faça você mesmo!
DOUTOR: Mas... senhor Richard... por favor, poupe minha família!
RICHARD: É o combinado, doutor: sua família pelo seu fracasso!!!
Richard, então, encostou-se no referido doutor e o transportou na nuvem de fumaça até a casa dele, onde o cientista viu Richard criar seus hologramas e, logo após, ordená-los que matasse a esposa e filhos deste cientista. Depois disso, Richard resolveu ele mesmo criar a substância.
As cobaias, o capitão Figueira e o coronel nazista Griswold, usadas nos diversos testes do Elixir 20, àquela altura, estavam com uma aparência de mortos vivos. Richard crirara um sistema nano-tecnológico que limpava o organismo das cobaias a cada teste das inúmeras versões do Elixir 20 que fracassaram. Entretanto, esta nano-tecnologia trazia consigo vários efeitos colaterais nas cobaias, como por exemplo, o desenvolvimento acelerado de mal de Alzheimer e Parkson. Isso começou a chamar a atenção dos auxiliares do senhor Richard, os quais, certo dia, numa reunião, agumentavam em inglês.
AUXILIAR 1: Senhor Richard, as cobaias estão muito debilitadas!
RICHARD: Senhores, vocês querem se candidatar para o posto delas, então?! - ao que todos menearam negativamente suas cabeças - Querem que eu use alguém de suas famílias?! 
AUXILIAR 2: Mas chefe, a reação desejada ao Elixir 20 pode ficar comprometida em virtude da atual condição delas!
AUXILIAR 3: Não queremos ser cobaias nem nossas famílas, senhor! Tenha compaixão de nós... mas o senhor poderia...
RICHARD: Poderia arrumar outros que não sejam vocês, é isso?! A resposta é não! Até por que isso é uma espécie de punição que estou dando a eles por não terem cumprido a missão que lhes dei... aff... vocês viram como aquele idiota do Hitler ficou quando não recebeu a esfera dele, não viram?! Tive que dar um cala boca nele... - arregalaram os olhos - ...sim! Eu me transportei para o Reich e o forcei a tomar uma nano-tecnologia que o fez se matar! Agora, fim de papo! Vamos testar a minha versão!
Então, todos se levantaram assutados da mesa e se dirigiram até a sala onde as duas cobaias estavam presas em camas separadas. Richard mesmo chefiou aquele procedimento e, tomando as pipetas contendo o Elixir 20, adicionou o ingrediente final: pó de chumbo.
RICHARD: Hum... talvez tivesse faltando fazer isso, ao invés de misturar durante a confeção do Elixir 20! Agora, senhores, vejam!
FIGUEIRA: Quem é você?! - perguntou em portugues para Richard.
RICHARD: Eu sou tua salvação, capitão! - disse se aproximando dele enquanto depositva a mistura Elixir 20 e chumbo à seringa que injetaria nele.
FIGUEIRA: Kkkkkk! Eu sou... eh... quem eu sou mesmo?! Ah, não! Injeção não! Mãe! Não quero tomar injeção!
RICHARD: Mas vai tomar, filhinho! Kkkkk! - do que se riram todos os presentes naquele procedimento (a maioria riu forçadamente por medo de Richard).s
Richard, assim, injetou, de qualquer maneira, todo o coneteúdo daquele seringa na corrente sanguínea do capitão Figueira. Ele, num momento, não teve reação, para ódio de Richard.
FIGUEIRA: Num queria injeção! Arghhh!!! Mãe!!!
RICHARD: Maldição!!! Nenhuma reação!!!
AUXILIAR 1: Senhor, talvez devesse esperar um pouco...
RICHARD: Eh... tem razão! Vamos, enquanto isso, injetar na próxima cobaia! - repetiu o procedimento com o coronel Griswold, o qual houvera perdido a voz, como efeito colateral do último coquetel de nanotecnologia.
Alguns minutos depois, Richard, já sem esperanças de ver resultado em seu produto, quebrou uma mesa com um soco, para espanto dos demais presentes.
RICHARD: Ah, querem saber!!! Você tinha razão... - falou com o auxliar  2 - ...pode ser que o estado atual dessas duas pocarias aí esteja influenciando mesmo!!! Que droga!!! Seguranças! Peguem dois desses cientistas como novas cobaias e podem matar estes dois aí!!! - apontou para o capitão e o coronel.
Os seguranças aleatoriamente escolheram dois cientistas, que se desesperaram. Dois outros seguranças sacaram suas pistolas, apontaram para as cobaias debilitadas e atiraram, sendo que um dos projéteis atravessou a cabeça de Griswold, fazendo espirrar sangue, a maior parte do qual, em Figueira. Uma gota deste sangue espirrado no capitão caiu em cima de uma ferida que ele possuía no braço esquerdo. 
FIGUEIRA: Ai! Mamãe! Sangue!!!
RICHARD: O que vocês estão esperando, bando de incompetentes!!!  - falou aos dois seguranças, os quais estavam a ponto de apertar os gatilhos, mas se detiveram.
AUXILIAR 1: Senhor Richard! Olha!
RICHARD: Hum! Era disso que eu tava falando, senhores!!!
O corpo de Figueira ficou tomado de manhcas cintilantes que percorriam o corpo dele muito velozmente. Ele estava tão ruim de cabeça por causa do Alzheimer, que começou a brincar com elas, tentando acompanha-las com os olhos. De repente, o capitão traidor apagou ao mesmo tempo em que as manchas convergiram para dois lugares: a ferida do braço esquerdo e o local em que foi injetada o Elixir 20.
RICHARD: Funcionou!!! Funcionou!!! - todos comemoraram.
AUXILIAR 4: Parabens doutor, agora mande esses homens me soltar!
RICHARD: Sim! Soltem ele... - referiu-se a outro auxiliar que estava detido.
AUXILIAR 4: Mas e quanto a mim, senhor?! - desesperou-se.
RICHARD: Toma!!! - injetou-lhe a substância, e, depois de alguns minutos, não viu o mesmo efeito do capitão Figueira - Droga!!! Como que funcionou só em uma cobaia?!
AUXILIAR 4: Senhor.... por favor! Não me mate!!!
RICHARD: Matem-no! - ao que um dos seguranças que o detinham quebrou-lhe o pescoço com as próprias mãos.
FIGUEIRA: Onde estou?! - disse ao acordar.
RICHARD: Olha!!! Como você está, capitão?!
FIGUEIRA: Quem é você?! Arghh!!! Eu falei que não gosto de injeção!!!
RICHARD: Raios!!!! Ele não se curou do Alzheimer!!! A menos que esteja mentindo!!! Faça uma tumografia nele! - ao que os  auxiliares obedeceram e confirmaram a presença da doença, bem como do Parkinson - Mas que....
AUXILIAR 1: Se... senhor...olh... olhe a mão dele!!!
A mão do capitão figueira aumentava de volume, bem como sua musculatura. Ele estava aumentando de tamanho, tanto que arrebentou as correias que o prendiam. Os seguranças sacaram suas pistolas e apontaram para o monstro que se formava. De repente, algumas partes do corpo de Figueira ficaram azuis como gelo, ao passo que outras ficaram vermelhas e amarelas. Como ainda possía aquelas doenças, ele mal conseguia se manter de pé, de modo que tropeçou e deu com a mão, que estava azulada, no corpo do coronel Griswold, congelando-o instantaneamente. No entanto, em virtude do Parkinson que fazia as mãos do capitão tremerem, quebrou o coronel congelado. Isso assutou o monstro, que novamente se desequilibrou e encostrou a outra mão vermelha em um dos auxiliares, icendiando-o.
AUXILIAR 5: Arghhhhh!!!! Socorrro!!! - gritou enquanto estava em chamas que o carbonizou em menos de cinco segundos.
RICHARD: Hum!!! Kkkkkkkk!!! Interessante!!!
AUXILIAR 6: Mas senhor, como vamos conter este monstro doente da cabeça e dos pés?!
RICHARD: Com meus guarda cotas!!! - fez surgir dois hologramas sólidos humanóides um pouco maiores que os dois metros e meio do monstro "capitão-monstro" Figueira.
FIGUEIRA: Ei, que isso que tá me acontecendo?! Ei, vocês vieram brincar comigo?! - perguntou aos humanóides holográficos que o seguraram.
RICHARD: As habilidades dele não vão surtir efeito nas minhas criaturas holgoráficas! Levem ele para a cela! - ao que os humanóides holográficos obedeceram; os seguranças seguiam-nos ainda apontando suas pistolas para a criatura.
AUXILIAR 1: E agora, senhor?! Como vamos controlar esta criatura?!
RICHARD: Nanotecnologia mental! Vou pessoalmente criar algo que vai se fixar naquele cérebro doente. Isso não vai curá-lo, mas vai permitir que eu o controle com a minha mente avançada!
AUXILIAR 2: O senhor... é mu... é muito inteligente e poderoso, senhor Richar... Richard!!!
RICHARD: Sem babações, rapaz! Ou quer ser a próxima cobaia?! Ou então servir de treino para a minha criatura?!
AUXILIAR 2: Não senhor!
RICHARD: Hum... foi o que pensei!!!
Enquanto isso, naquela delegacia tranquila de Campos, o agente Carlos tentava redigir um ofício para um estabelecimento que estava sob investigação federal por vender alimentos vencidos. Carlos estava feliz por estar vivendo uma vida tranquila, embora longe da tecnogia da sua época atual, fato que a sua máquina de escrever fazia questão de lhe lembrar a cada vez que cometia algum erro de portugues.
CARLOS: Ai, que meleca!!! Não me acostumo com essas tecnologias, rsrsrsrsrs...
ROCHA: Algum problema, colega?!
CARLOS: É essa porcaria de máquina de escrever aqui!!! Afff....
SHIRLEI: Ai, seu Rocha, é que ele não consegue aprender a usá-la! E e olha que ele veio do futuro, ein!!! Kkkkkkk! - do que todos riram; nisso, o delegado Peçanha chegava na repartição.
PEÇANHA: Olá, senhores!
ROCHA: Ih, o doutô chegou aí!
CARLOS: Senhor! Como vai?!
PEÇANHA: Agente... pare de me chamar de senhor! Venha cá na minha sala, por obséquio!
CALOS: Ah, sim... claro... mas e este ofício da empresa...
PEÇANHA: O Rocha conclui pra você... cê tá todo enrolado aí mesmo! Não consigo imaginar como um cientista do futuro como você consegue se enrolar com essa tecnologia de hoje, kkkkkkk! - do que se riram todos; depois, ele e Carlos seguiram até a sala onde conversariam.
ROCHA: Deixa comigo, chefe, eu termino o ofício... afff!!! E eu que pensei que ia sair cedo hoje!!! Ô Shirlei, cê num quer fazer isso pra mim não?!
SHIRLEI: O delegado falou para você fazê-lo, e não eu, seu Rocha. Ademais, eu tenho que terminar um documento que o delegado me pediu! - passou a mão na barriga.
ROCHA: Tá falando bonito, ein?! O Carlos tá te ensinando bem... ei, que foi?!
SHIRLEI: Eu... tô... enjoada... - levantou-se e foi ao banheiro, onde vomitou; voltou, pois, ao seu posto - Estou melhor...
ROCHA: Ih! Já vi esse filme antes, ein!!! Kkkkkk!
SHIRLEI: Ai, será?!
Dentro da sala do delegado, os dois conversavam.
CARLOS: Pois não, meu chefe!
PEÇANHA: Ah, Carlos! Essa delegacia deve ser um tédio pra você, não é?!
CARLOS: Não, senhor, tá maneiro do jeito que tá... já me aconteceu tanta coisa que eu só quero é ser feliz, como dizia uma cantiga do meu tempo!
PEÇANHA: Sei... mas temos um problema que derrepente vai te animar... ou não.. sei lá!
CARLOS: Opa, fala meu chefe!
PEÇANHA: O Presidente Getúlio quer conhecer vossa senhoria...
CARLOS: Ahn?! Mas por quê?!
PEÇANHA: Me desculpe, Carlos... mas ele me chamou para uma reunião na qual ele me pediu esclarecimentos sobre aquele incidene em 1944, se lembra?!
CARLOS: Eh... como não se lembrar!!!
PEÇANHA: Então... eu tive de contar tudo, Carlos, mas omiti muita coisa, como nós combinanos na época... 
CARLOS: Sim, por que, então, o presidente quer me conhecer?!
PEÇANHA: Calma, agente... pelo que eu vi, ele quer apenas condecorar os que lutaram naquele dia pela soberania do país, repelindo uma invasão estrangeira!
CARLOS: Hum... sei... por que só agora, seis anos depois, ele quer nos elogiar?!
PEÇANHA: Carlos, o Brasil estava em guerra, rapaz! E não bastasse isso, o presidente tinha outros assuntos mais importantes...
CARLOS: Ah, tah! Eh, delegado... vamos torcer para o presidente querer só me agradecer mesmo!
PEÇANHA: É sim, agente! Fique tranquilo! Eu o conheço bem! Ele não é de mentir! O senhor Getúlio é um homem íntegro, você vai ver! Nunca ouviu falar dele e dos feitos dele na sua época não?!
CARLOS: Claro, mas nunca fui muito chegado a história, rsrsrsrsrs... mas ele fez coisas incríveis como a criação da Braspetro!
PEÇANHA: Braspetro?! Que isso?! É uma empresa federal, como a Rede Ferroviária?!
CARLOS: Ih! Falei besteira, delegado!!! Ela ainda não foi criada!!! Me desculpe!
PEÇANHA: Kkkkkk! Fique calmo, Carlos! Eu já ouvi falar dessa empresa na rádio corredor do Palácio do Catete! Será uma estatal do ramo petrolífero!
CARLOS: Rrsrsrsrsrsrs... é por aí...
Depos de conversarem um pouco sobre este e outros assuntos, Carlos voltou para o seu posto. Ficou aliviado ao ver que Rocha terminara o seu ofício. Ia agradecer-lhe, mas ele já tinha ido embora. Voltou, pois, até o delegado.
CARLOS: Chefe, o ofício que eu tava fazendo já está pronto! Tem mais algo para eu fazer hoje?!
PEÇANHA: Negativo, polícia! Pode ir embora que daqui a pouquinho o Esteves tá chegando aí! Ah, e pode levar a secretária Shirlei com você, desde que ela tenha terminado o que lhe passei, o que eu calculo que sim, já que ela é eficiente! Tu tá ensinando ela bem, ein, seu Carlos!
CARLOS: Obrigado, senhor! Deus me capacita!!!
PEÇANHA: Para com isso de me chamar de "senhor"! Kkkkkk!!! Vai lá, companheiro!
CARLOS: Até a próxima, chefe!
PEÇANHA: Ah, o Presidente Getúlio é gente boa, mas não gosta de esperar! Vá o quanto antes para o Rio! Te aconselho, inclusive, a pegar o póximo trem para lá!!! E leve consigo o sargento Hugo... provavelmente vão promovê-lo a tenente depois de condecorado.
CARLOS: Ah, claro! Ele vai ficar feliz! Ainda mais que se casou recentemente!
PEÇANHA: É mesmo?! Poxa! Dê-lhe os parabens, então!
CARLOS: Pode deixar, sen... chefe!
PEÇANHA: Humpf! Até a próxima, polícia! Oh, próximo trem, ein! Eu vou pegá-lo também! Seria bom estarmos o maior número possível de presentes para agilizar os trabalhos da cerimônia!
CALORS: Como quiser, delegado! - fechou a porta e foi até Shirlei.
SHIRLEI: Já tô acabando, Carlos!
CARLOS: Tá... assim que acabar me chame, ein?! Quero chegar logo em casa para cuidar da nossa chacrinha... afff....
SHIRLEI: Que foi, querido?! - passou novamente a mão na barriga, o que foi percebeido por Carlos, mas ele nada falou.
CARLOS: O seu Peçanha disse que o presidente quer nos condecorar pelo ocorrido naquele dia em que promoveram seu irmão...
SHIRLEI: Hum! Que bom! Eu sempre quis conhecer a Capital! Ver o Cristo Redentor... quando vamos?!
CARLOS: O quanto antes... aliás, você bem que podia checar junto à estação ferroviária quando é o próximo trem para o Rio, rsrsrsrsrsrsr...
SHIRLEI: Hum... ah, sim, senhor agente federal Carlos! Como quiser! A sua secretára fá-lo-á dentro em pouco!
CARLOS: Kkkkkkkk!!! - do que se riram.
Alguns dias depois, a estação ferroviária de Campos, seu Hermenegildo e sua esposa, Bruna, despediam-se de seus filhos, Hugo e Shirlei, bem como de Carlos e a esposa de Hugo, a senhora Valma.
HUGO: A benção, meu pai e minha mãe!
HERMENEGILDO: Deus te abençoe, meu filho!
BRUNA: Sim, que Deus acompanhe vocês todos!
CARLOS: Amem, senhora Bruna! Fiquem com Deus também, meus sogros!
HUGO: É uma pena o Zé não estar aqui conosco!
HERMENEGILDO: Mas louvamos a Deus que ele tenha se convetido e agora se prepara para ser um Reverendo da presbiteriana!
CARLOS: Que Deus o ilumine! Que seja um pescador de almas!
BRUNA: Amem!
Depois de ainda conversarem um pouco e se despedirem, os quatro entraram no último vagão e a locomotiva zarpou da estação rumo à capital, Rio de Janeiro. Carlos e Shirlei sentaram-se pŕoximo a Hugo e sua esposa Valma.
CARLOS: Ai, ai... bom... é uma boa oportunidade para conhecer o Rio antigo, rsrsrsrsrs!
VALMA: Só você?! Todos nós! Ninguém aqui nunca foi lá...
CARLOS: É, hoje em dia é meio complicado mesmo fazer viagens assim... mas um dia, daqui a vários anos, será possível atravessar o mundo em menos de um segundo! - arregalaram os olhos - Sim!
SHIRLEI: Ele só está nos contando isso porque nós não estaremos mais vivos quando isso acontecer! Kkkkkk!
CARLOS: Exato! Senão poderia causar "paradoxos", kkkkkk! - do que se riram.
VALMA: Não sente saudade da sua época?!
CARLOS: Sim, claro... mas... - abraçou Shirlei e a beijou - ...o amor que sinto por esta mulher aqui me faz esquecer que sou um homem a frente do meu tempo! - do que se riram.
HUGO: Mas... Ô Carlos, o que acha dessa cerimônia "secreta"?
CARLOS: Humpf! Sei lá, amigo! Tomara que seja só cerimônia mesmo e que o presidente não venha querendo saber detalhes daquele dia!
HUGO: Acho que não... - fez uma pausa - ...será?!
CARLOS: Num sei... o delegado Peçanha pode não ter sido muito convincente em suas "história mal contada"... 
VALMA: Cês faz uma tempestade em copo dágua, ein?! Caramba! Vai lá, ô Carlos, recebe tua medalhinha, e depois nós vamos visitar a cidade!
SHIRLEI: É, amor! Relaxa! - deu-lhe um beijo.
CARLOS: É... bom, vou ao banheiro! Se me dêem licensa!
Carlos levantou-se, foi até o banheiro daquele vagão e se trancou lá dentro. Num momento, lembrou-se do seu tempo, 2696. Já não se emeocionava tanto assim, até porque, já estava mais do que acostumado com aquela época. Ademais, tinha uma família que o acolheu e lhe deu a melhor coisa que já lhe tinha acontecido: Shirlei. Embora ela não lhe contasse por algum motivo, ele sabia que ela estava grávida. Olhou para o espelho daquele banheiro e sorriu por isso. Com um pensamento, fez sua roupa de metalástium, a qual não usava desde aquele incidente na praia de Atafona, assumir sua forma original.
CARLOS: "Jurei para mim mesmo que não usaria mais esta roupa depois daquele dia... mas algo me falou para usá-la hoje... num sei não... estou com mal pressentimento..." - pensou consigo e, logo em seguida, fê-la se transformar novamente em roupa da época.
Quando se virou para sair do banheiro, sua roupa o interrompeu, enviando um sinal para sua cabeça que o deixou pertubado. É que naquele trem tocava uma rádio, na qual, naquele exato momento, transmitia uma propaganda da Computer Master, na voz de Richard.
Richard: Computer Master! Isso! - falou com sotaque americano - A Machines Master agora é Computer Master! Venha conhecer nossa linha de eletrônicos! Rádios, relógios, transmissores, telefones! É uma nova era de tecnologia!"
A roupa de Carlos estava reconhecendo a voz de Richard como sendo do Doutor Raphael, mas agora, com cem por cento de acurácia. Este foi o sinal enviado para a mente de Carlos.
CARLOS: Quê?! Não é possível! Será que o fato de essa roupa ter ficado muito tempo guardada a estragou?! - falou consigo.
RICHARD: Não, meu aluno Carlos! - disse aparecendo numa nuvem de fumaça logo atrás de Carlos, o que o assustou; ao virar-se, arregalou os olhos.
CARLOS: Professor?! É... é... você mesmo?!
RICHARD: Sim... estou mais magro, mas sou mesmo... - abraçaram-se.
CARLOS: Mas, então... espera! Você é o dono dessa tal de Machines ou Computer Master?!
RICHARD: Sim... sou eu... aqui, me chamam de Richard...
CARLOS: Não acredito que o senhor teve coragem de fazer aquelas atrocidades naquele dia do incidente! Então... você ficou espiando a Cristiane... por que não se revelou a ela?! Não to entendendo mais nada!!!
RICHARD: Carlos, eu perdi muita coisa... - lembrou de sua famíla sendo morta - ...muita mesmo... vou te contar uma história...
Richard, assim, fez surgir uma tela holográfica na qual ele mostrou pra Carlos tudo o que lhe acontecera desde a SALA até aquele momento. Não omitiu uma virgula. Carlos emocionou-se, mas ficou muito chateado com seu professor pelas coisas que ele havia feito para atingir seu objetivo de vingança.
RICHARD: Foi isso... agora estou precisando que me ajude a me vingar deste país! Preciso de uma mente como a sua para me ajudar com o Elixir 20, uma imitação daquele que criamaos lá na SALA.
CARLOS: Professor... eu sinto muito pela sua famíla... mas... não... não vou te ajudar, ainda mais com a criação de uma coisa desse tipo! O senhor viu o que ela fez com o Feitosa... com o senhor... conosco!
RICHARD: Não me diga isso, Carlos! Por favor! Não me obrigue a fazer de você meu inimigo!
CARLOS: Então, professor... é o que seremos! Droga, professor... eu sei que não podemos mudar nada, por que o que tinha de acontecer, aconteceu... caso contrário, o universo se colapsava... paradoxos temporais, e tudo o mais... mas, doutor Raphael, não queira se vingar! Tenha esperança em Deus, somente! Ele é quem vai te consolar definitivamente pela perda da sua família... - ao dizê-lo, Richard emocionou-se, mas logo se recompôs.
RICHARD: Carlos, esse tal de Deus não existe! O que existe é o que podemos ver... é a vida real! E essa vida real me tirou minha família! Por que Deus não poupou minha família, então?!
CARLOS: Não fale assim, professor...
RICHARD: Carlos, peço, encarecidamente: me ajude com esta substância... juntos poderemos criar algo semelhante ao Elixir 25 e comandar este planeta inteiro! E eu e você seremos deuses verdadeiros!
CARLOS: Jamais... faria... isso! Por dinheiro nenhum no mundo!
RICHARD: Então, Carlos... não me deixou outra alternativa!!!
CARLOS: E você também, professor Raphael!!!s
RICHARD: Não sou mais Raphael! Ele morreu junto com a família dele em 2696! Agora eu sou Richard, dono da Computer Master! E vou te dizer uma coisa: você deveria ter ouvido o general Barcelos, filho! Agora poderia me parar e impedir o que está para acontecer! - ditas estas palavras, sumiu na nuvem de fumaça.
CARLOS: Droga! Professor! Que droga!  O que que Richard ou professor Raphael está aprontando?! Deveria ter ouvido o general Barcelos... hum...
Carlos voltou muito pensativo para o seu lugar no trem, junto à sua esposa, a qual já estava dormindo. Sentou-se, pois, ao lado dela e a abraçou. Todos naquele vagão estavam dormindo; já era mais de onze da noite. Carlos, então, pôs-se a olhar para fora e, contemplando as estrelas, meditou sobre aquela conversa com Richard. Estava tão absorto que nem percebeu um feixe azul disparar contra o céu a partir de uma montanha, a alguns quilômetros do trem.
Naquela montanha, havia vários paramilitares  e mercenários pagos pela Computer Master. Dentre eles, estava o monstro capitão Figueira.  Ele tinha uma espécide de microchip implantado na nuca, o qual possibilitava que Richard o controlasse com a mente. Enquanto o controle não era ativado, a criatura ficava numa jaula e brincava como se fosse criança, dados os estágio avançados de suas doenças. Richard acabara de surgir naquel local, vindo de sua conversa com Carlos.
RICHARD: Maldição!!!
PARAMILITAR 1: Algum problema, senhor Richard?!
RICHARD: Aquele meu aluno não me deixou escolha!!!
Com um pensamento, Richard enviou sinais para o microchip, ativando a criatura, a qual, prontamente, pôs-se de pé.
RICHARD: Abram a jaula!
PARAMILTIAR 1: Sim senhor!
Fizeram-no e a criatura saiu de lá de dentro andando como tal. Quando estava sob controle de Richard, capitão Figueira respondia pela alcunha de Capitão Teratismo. Além disso, depois de ativado o controle, não sofria das doenças de Alzheimer e Parkinson. Sua mente, se curava de modo provisório. Ele chegava a ter pensamento próprio, como uma inteligência artitifial, mas Richard era quem lhe comandava através de sinais de rádio emitidos da mente do outrora doutor Raphael.
RICHARD: Capitão Teratismo!
TERATISMO: Senhor Richard! Estou as ordens!
RICHARD: Sabe o que fazer, não é?!
TERATISMO: Sim!
Capitão Teratismo apontou seu braço para o céu e disparou um feixe azulado. Em seguida, ele ergueu o outro braço e disparou um feixe avermelhado. Por fim, entrelaçou os dois feixeis, oque fez surgir nuvens carregadas no céu de modo muito rápido.
RICHARD: Carlos... - cochichou consigo - ...vai pagar caro por ter se recusado a trabalhar com seu antigo professor!
TERATISMO: Senhor, estou perdendo as forças...
RICHARD: Um pouco mais, Capitão!
Capitão teratismo começou a desfalecer. Sangrava pelas narianas enormes. Subito, caiu de joelhos. Cessou, então, os feixes.
RCHARD: Humpf! Eh, já está bom!
O céu estava com núvens carregadas, prontas para se abrir a qualquer momento. Carlos, ao vê-lo, parou de elucubrar e se assutou.
CARLOS: Meu Deus! O tempo fechou de repente! Que...
SHIRLEI: Armor.... - disse enquanto acordava - ...que que tá havendo?!
CARLOS: Uma longa história, querida...
SHIRLEI: Ei, o tempo fechou rápido, ein?!
CARLOS: Eh... - pensou consigo - "Espero que não seja coisa do meu professor, Raphael, ou, senhor Richard!!!!"
SHIRLEI: Carlos... ei!
CARLOS: Ah... sim... como vai nosso filho?!
SHIRLEI:  Rsrsrsrsrs.... como sabe que estou grávida?! Eu ia te falar, mas queira que fosse surpresa!
CARLOS: Tudo bem... depois falamos sobre isso!
HUGO: Ei, o que que está havendo?! - disse ao acordar.
CARLOS: Humpf! Cês num vão acreditar no que me aconteceu no banheiro?!
HUGO: Ih... se cagou?! Kkkkkk... - do que se riram, o que acordou Valma, a qual também riu depois de Hugo lhe contar.
CARLOS: Pô, amigo... rsrsrsrsrs... antes fosse isso... acontece que... - Carlos, resumidamente, contou-lhes sobre o encontro com Richard, ou doutor Raphael.
HUGO: Caramba!!!
SHIRLEI: Nossa, querido!
VALMA: Eh... quando nóis pensa que já viu de tudo...
CARLOS: Eh... o tempo ta fechado... fechou de repente! Espero que esse tal de Richard não esteja por trás disso...
HUGO: Tal de Richard?! Ele num é seu professor, o Raphael?!
CARLOS: Não... ele morreu! Pra mim, ele morreu!
Aquela composição ainda estava em Silva Jardim. Aquelas nuvens sintetizadas pelo Capitão Teratismo se misturara a um sistema de frente fria que avançava pela região Sudeste. O local em que se encotnraram foi sobre o município de Tanguá, onde começou a chover torrencialmente.
RICHARD: Muito bem! - disse ao tirar o binóculo holográfico, fazendo-o desaparecer em seguida - Já está chovendo onde eu queria!
PARAMILITAR 1: Chefe, que te interessa essa chuva, que mal lhe pergunte, rsrsrsrsrsr?
RICHARD: Humpf, meu caro! Hoje eu matei vários coelhos com uma cajadada! Hoje eu vou criar o problema e depois vender a solução! Kkkkkkk!
PARAMILITAR 1: Ainda não entendi bem...
RICHARD: No município de Tanguá existe uma ponte ferroviária sobre um rio... essas nuvens sintéticas se deslocaram para lá, encontrando-se com outras, ocasionando a tempestade que já está caindo lá! Além de destruir a cidade, esta tempestade vai derrubar a tal ponte... ah! Coitado dos passageiros daquele trem! Kkkkkkkk!!! Depois, a Computer Master ofe... digo, venderá seu apoio às vítimas do acidente ferroviário, bem como àquelas vitimas da enchente que destruirá a cidade! Além disso, eu vou mostrar para meu aluno Carlos, se ele não morrer no acidente, do que sou capaz com ou sem ajuda dele!
PARAMILITAR 1: Senhor, eu pensei que íamos matar este tal de Carlos de outra forma... mas não levar com ele várias pessoas! Me recuso a fazer parte disso!
Quase todos os paramilitares e mercenários apontaram as armas para Richard, o qual apenas gargalhou. Capitão Teratismos, ao vê-lo, incinerou a maioria dos revoltosos com suas chamas. Os demais foram mortos por hologramas humanóides criados por Richard.
RICHARD: Mas alguém?! - ao bradá-lo, os demais, pasmados pelo que viram, menearam a cabeça negativamente.
RICHARD: Pois bem! Kkkkkk! É assim que quero todos os brasilieiros!!! Submissão total a mim!
Aquela ponte de Tanguá já havia sido levada pela correnteza do rio, pois o volume de água havia aumentado severamente em razão daquela chuva. Entretanto, quando o trem cruzou a divisa dos municípios, já havia parado de chover e o céu estava com poucas nuvens.
CARLOS: Ufa!
HUGO: Tá vendo?! Esse Richard queria era te desestabilizar!
VALMA: Aqui! Já que vocês vão ter com o presidente, não é melhor falar sobre esse tal de Richard com ele não?!
SHIRLEI: Também acho!
CARLOS: Num sei... ah... sei lá... melhor deixar isso pra lá!
HUGO: Cara, não cometa o mesmo erro! Quem sabe isso não é Deus criando uma oportunidade pra cê falar com o Homem...  - presidente - ... vê bem, ein, camarada!
CARLOS: Pode ser... mas agora eu tenho outro assunto a lhes falar! Eu vou ser pai, sabia dessa, Hugo?!
HUGO: É mesmo?! Parabéns, Carlos! Ô, amigo! - abraçou-o.
VALMA: Shirlei! Que boa notícia! Que Deus abençoe vocês!
SHIRLEI: Obrigado, meu irmão e minha cunhada... eu não lhes contei antes pois queria fazer-lhes uma surpresa, depois que fossem condecorados, mas o Carlos usou seu dons policiais e descobriu! - do que se riram todos.
Nisso, Carlos, olhou pela janela do trem e viu, ao longe, o chão parecendo se mexer; logo concluiu que aquilo era água.
HUGO: Né, Carlos?! Ô Carlos! Escutou o que falamos?!
CARLOS: Olhem! Aquilo é água!
HUGO: Deixa eu ver... -chegou-se perto da janela - ...será?! Aquilo deve ser barro!
CARLOS: Não... ele tá refletindo e turvando a luz da lua, veja!!!
HUGO: Ih, é mesmo! Deve ter chovido aqui...
CARLOS: E choveu bem!
VALMA: E daí, Carlos?!
HUGO: Não, Valma... choveu muita coisa aqui!!!
Enquanto isso, na locomotiva do trem, os três maquinistas vislumbravam o mesmo que Carlos e nova sua família. 
MAQUINISTA 1: Olha! Nunca tinha visto isso antes, senhores!
MAQUINISTA 2: Eh... eu passei aqui na semana passada... será que vão fazer alguma obra?!
MAQUINISTA 3: Dever ser uma rodovia que os pessoal falou aí que o governo tava fazendo...
MAQUINISTA 1: Ih! Então vai ficar ruim pra nós ein! Nego num vai querer mais andar de trem! - do que se riram.
MAQUINISTA 2: Gente! Olha! Aquilo num é barro não!!! Aquilo é agua! E cadê a ponte?!
MAQUINISTA 1: Meu Deus!!! Puxa o freio!
MAQUINISTA 3: Nesta velocidade, meu chefe! Vai "descarriá" o trem!
MAQUINISTA 1: Vamos torcer para que a ponte esteja lá!
Poucos segundos depois, o trem já passava pelo alagamento do rio, mas estava uns quinhentos metros da ponte que já não estava mais lá, conforme puderam comprovar os maquinistas.
MAQUINISTA 1: Nossa mãe! A ponte se foi! A ponte se Foi!
MAQUINISTA 3: Bora pular fora, nego!!!
No vagão de Carlos, eles viam o trem passar sobre as águas que transbordaram do rio e ficaram muito assustados.
CARLOS: Meu Deus! Que aguaceiro!
HUGO: Meu Santo! É mesmo!
SHIRLEI: Ei, que que pode acontecer de ruim?!
VALMA: Eh, o q...
De repente, todos sentiram o tranco: a locomotiva havia caído no rio e se chocado contra a margem oposta, dado que não havia mais ponte. O trem se envegrou todo e os últimos vagões descarrilaram. Ferrolhos voaram para o alto. Os primeiros vagões mergulharam no rio junto com a locomotiva. Algumas mulheres, no desespero  de querer salvar suas crianças, jogavam-nas para fora do trem, achando, que as águas do rio eram barro.
Enquanto aquela tragédia estava acontecendo, Richard, Capitão Teratismo e sua equipe, agora reduzida,  chegavam num enorme helicóptero, um tanto quanto avançado para a época. Pousaram a pouco menos de um quilômetro do último vagão daquele trem. Em seguida, todos saíram da aeronave.  
RICHARD: Kkkkkkkk!!! Parabens, Capitão Teratismo!!! - disse ao contemplar aquele acidente ferroviário.
TERATISMO: Hum... foi um prazer, senhor Richard!
Enquanto isso, os últimos vagões daquele trem acabavam de se estabilizar, após vários solavancos decorrentes do choque e do descarrilamento. Assim, no vagão de Carlos, ele e Hugo procuravam acalmar os passageiros e socorrer os feridos.
CARLOS: Senhora, não!!! - disse ao deter uma mulher que ia jogar seu filho pela janela - Nao vê que aquilo é agua!!!
HUGO: Acalmem-se todos vocês!!!
CARLOS: Shirlei!!! - bradou ao ver sua esposa desmaiada.
HUGO: Mana!!! - correram, pois, até ela e tentaram reanimá-la.
VALMA: Ai, minha cabeça! Shirlei!
CARLOS: Meu amor!!! Acorda!!! - encostou a mão na face dela e ordenou - Roupa, conferir estado de saúde! - em poucos segundos, a roupa futurista camuflada o fizera.
ROUPA: "Estado estável. Situação: desacordada. Situação do feto: estável." - falou à mente de Carlos.
CARLOS: Graças a Deus! Ela está bem, só desacordada!
HUGO: E seu filho?!
CARLOS: Está bem também!
VALMA: Carlos, eu tenho alguns conhecimentos de enfermaria, deixa eu amparar ela e você vai com Hugo acalmar os passageiros!!!
CARLOS: Certo! Vamos Hugo!
Carlos, juntamente com Hugo, continuaram tentando controlar a situação. As pessoas estavam sobremodo desesperadas. Choravam e clamavam por socorro.
CARLOS: Oh, Deus... Nos ajude a acalmar estás pessoas!
HUGO: Amém!
Alguns minutos depois, ao perceberem que a situação estava sobre controle e que as águas que transbordaram do rio haviam abaixado seu nível, resolveram sair do vagão.
Lá fora, no entanto, havia ainda mais desespero e corpos. Havia alguns sobreviventes que estavam auxiliando no resgate e consolo de outros, bem como prestavam os primeiros socorros aos que estavam piores.
Os primeiros vagões estavam completamente submersos e eram apenas puxados pela correnteza, visto que estavam presos ao últimos, os quais, por sua vez, representavam a maioria da composição.
CARLOS: Meu Deus!
HUGO: Que tragédia!
CARLOS: Foi culpa minha!!!
HUGO: Que isso, cumpadre?!
CARLOS: Foi sim... isso foi um aviso do Richard!
HUGO: Não, Carlos! Isso foi uma catástrofe natural!
CARLOS: É?! Mas eu aposto que foi uma catástrofe sintetizada em laboratório! No entanto, espero que tenha sido natural mesmo, por que, do contrário...
RICHARD: Do contrário o quê, Carlos Augusto?!
Richard interrompera Carlos ao surgir numa nuvem de fumaça, juntamente com Capitão Teratismo e mais alguns dos poucos paramilitares e mercenários, os quais logo apontaram suas armas para os sobreviventes que, ao vê-los chegar daquela forma, assustaram-se.
Carlos partiu para cima de Richard e lhe deu um soco na cara, seguido de um chute, mas Richard nem se mexeu.
RICHARD: Hum... será necessário mais do que isso, garoto, para me parar!!! Aliás... gostou da chuvinha que caiu?! Kkkkkkk!!!
Richard apenas o empurrou e Carlos se chocou fortemente contra um vagão, o que desestabilizou todo o trem, de modo que ele avançou um pouco para dentro do rio. Todos os sobreviventes gritaram ao percebê-lo, mas os paramilitares ameaçaram disparar contra eles, de modo que logo se contiveram.
HUGO: Carlos!!!
CAPITÃO TERATISMO: Cale-se, sargento Hugo!!! - bradou.
HUGO: Capitão Figueira?! O que fizeram com você, seu traidor?!
RICHARD: Ele tomou um remedinho que dei pra ele que lhe deu força sobre-humana além de poderes que lhe possibilitou criar nuvens sintéticas que avançaram rapidamente de Silva Jardim para cá!
CAPITÃO TERATISMO: Agora eu me chamo capitão Teratismo, sargento!!! - deu-lhe um soco, mas Hugo se desviou.
CARLOS: Professor Raphael... - disse ao se levantar - ...como pôde causar todas estas mortes?! 
RICHARD:  Eu te avisei, Carlos, que se não me ajudasse, eu ia fazer de você meu inimigo!!!
CARLOS: Ia fazer de mim! Mas olha o que o senhor fez hoje, professor!!! Matou dezenas de pessoas!!!
RICHARD: Hum...
CARLOS: "Roupa..." - ordenou mentamente ao seu traje enquanto Richard falava - ...preciso que crie uma pistola de elétrons!"
ROUPA: "Como desejar." - fizera-o em menos de um segundo - "Arma completa, aguardando desdigitaização. Aviso, material disponível digitalizado esgotando--se."
CARLOS: "Muito bem!"
RICHARD: Aquele... - apontou para o capitão Teratismo - ...é o resultado do Elixir 20!    
Capitão Teratismo estava tentando golpear Hugo, o qual se desviava com maestria dos golpes daquele monstro. Em dado momento daquele embate, Hugo tentou golpeá-lo, mas seu punho se queimou ao encostar numa parte avermelhada da pele de capitão Teratismo. Então, apanhou uma barra de ferro e com ela, acertou a cabeça da criatura, mas a barra, ao encostar na metade da face azulada, quebrou-se pois foi congelada de forma muito rápida.
CAPITÃO TERATISMO: Não conseguirá me vencer, sargento! Eu sou teu oficial! Deve submissão a mim!!!
HUGO: Nunca me submeterei a um traidor deformado, assassino, como você!
Hugo apanhou outra barra e tacou na cabeça de Teratismo, que se desconcentrou o suficente para Hugo derrubá-lo com uma pernada.
CARLOS: Insano! Covarde! Olha lá teu monstro, o capitão Teratismo, cortando um dobrado para golpear um ser humano comum... Essa substância que você criou não chega nem perto da que Cristiane criou!!!
RICHARD: Não, de fato! Por isso precisava da sua ajuda para aperfeiçoar o Elixir 20... Mas você recusou me ajudar... aí, tive de obter ajuda de outras fontes, como o dinheiro que vou ganhar direta e indiretamente através dessa tragédia de hoje! Afinal, quem iria imaginar, nos dias de hoje, que uma chuva sintética, criada por um "ser humano", transbordou o rio, derrubou a ponte e causou essa tragédia?! Kkkkkkk!!!
CARLOS: Não mais o reconheço mesmo, professor Raphael! Ele morreu pra mim! Morreu junto com sua família!!!
RICHARD: GRRRRRRR!!!! Não ouse falar deles!!! Você também vai perder familiares hoje! Chega de ser bonzinho!!!
Ao dizê-lo, Richard assumiu o controle mental de Teratismo e fez que ele derrubasse Hugo. Em seguida, fez a criatura apontar os dois braços para o sargento. Enquanto a controlava, Richard erguia Carlos pelo pescoço.
Os sobreviventes que assistiam aqueles embates nada podiam fazer para ajudar Carlos e Hugo, pois estavam sob a mira das armas dos paramilitares e mercenários da Computer Master.
RICHARD: Vê, agente?! Não se preocupe.. não vou matá-lo... vou permitir que viva para contemplar a morte de todos aqui... inclusive sua esposa e filho!!!
Ao dizê-lo, Carlos ficou possuído de ódio. Abriu, então, a sua mão direita e fez com que a roupa digitalizasse a sua pistola de elétrons. Rapidamente, aproveitando-se da pouca iluminação do local, apontou-a para Richard e disparou contra a cabeça dele. Isso não o fez desmaiar, tão pouco o matou, mas fez lhe causou uma dor imensa que o fez soltar Carlos. Em seguida, Carlos disparou mais quatro vezes contra Richard, que gritava de dor. Richard, por seu turno, enraiveceu-se e ordenou mentalmente Capitão Teratismo a que disparasse contra Hugo. Carlos o percebeu, pois as manapulas de Teratismo brilhavam, informando-lhe que o disparo seria iminente. Carlos  rapidamente disparou um feixe de elétrons contra a nuca do Capitão Teratismo, o qual logo se apagou e caiu para trás.
Os paramilitares, ao ver aquele embate, se desconcentraram, de modo que os sobrevientes que estavam sob a mira de saus armas, revoltaram-se e partiram para cima deles, desarmando-os e rendendo-os.
Hugo também os ajudava. Carlos, no entanto, disparava sem cessar contra seu outrora professor. A cada disparo, lembrava-se de quando - e quanto - os dois eram amigos.
CARLOS: Desgraçado!!! - emocionou-se - Por que fazer estas coisas!!!
RICHARD: Arghhh!!! Eu perdi minha família! - outro disparo - Arghhhh!!!! Vai pagar caro por hoje, Carlos!!!
CARLOS: Escute bem uma coisa, senhor Richard: eu juro que vou dar um jeito de acabar com essa substância Elixir 20!!!
RICHARD: Impossível... - outro disparo - Arghh!!! Impossível... você nunca achará meu labortatório!!!
CARLOS: Não tenha tanta certeza, Richard!!!
RICHARD: Hum... veremos... de quqlquer modo, hoje eu venci!!! Kkkkkk!!! Devia ter ouvido o general, agente!!! Deveria ter estudado melhor o que está por trás da minha empresa! Poderia ter evitado essas mortes de hoje, Carlos!
CARLOS: Grrrrrrr!!!!!
Quando Caros disparou outro feixe de elétrons, Richard sumiu rapidamente na nuvem de fumaça, juntamente com Capitão Teratismo e os paramilitares.
De repente, um vagão que estava metade dentro do rio - cujas águas já haviam abaixado bastante - e metade na terra  começou a se mover, o que acordou um pai de família, que logo correu para tentar reanimar a sua esposa e filha, porém em vão. Assim, foi para a janela daquele vagão.
PAI: Socorro!  Ajudem-nos, por favor! - o vagão se moveu um pouco mais.
CARLOS: Droga!
SOBREVIVENTE 1: Como vamos ajudar eles?!
HUGO: Deus há de nos mostrar como...
SOBREVIVENTE 2: Deus?! Que deus é este que permitiu uma coisa dessas acontecer hoje?! - logo, uma discussão desencadeou entre os sobreviventes.
CARLOS: Senhores!!! - bradou - Silêncio!!! Vamos ajudar logo aquele pai!!!
Carlos rapidamente correu para perto do vagão e, usando sua pistola de elétrons, disparou contra a lataria deste vagão, de modo que fez um rombo pelo qual poderia passar uma pessoa.
HUGO: Carlos, vamos ajudar esta família, mas esse vagão vai se soltar e os demais serão levados pela correnteza!!!
CARLOS: Droga, é mesmo!
SOBREVIVENTE 1: Rapaz, deixa que nóis dá um jeito com esta família e você, com este treco seu aí, vê essa situação...
CARLOS: Certo, então!
Carlos foi com Hugo até o engate entre este tal vagão e os últimos vagões e, com sua pistola de elétrons e um pedaço de trilho que Hugo segurava, soldou-o. Enquanto isso, a família estava sendo salva pelos demais sobreviventes e era levada para um lugar seco. Carlos e Hugo foram até eles.
PAI: Obrigado, senhor! Minha filha está com as duas pernas quebradas e minha esposa está desacordada!!!
CARLOS: Calma...
Carlos, do mesmo modo que fez com Shirlei, encostou a palma da mão tanto na filha daquele homem como em sua esposa, a fim de que sua roupa informasse o estado delas, o que o fez em menos de um segundo.
ROUPA: "Mulher. Estado de saúde: Estável. Situação: desmaiada. Criança. Estado de Saúde: Crítico; pernas quebradas. Efetuar cura?!" - informou à mente de Carlos.
CARLOS: "Sim" - ordenou mentalmente.
PAI: O que ele está fazendo?!
HUGO: Calma, rapaz... ele é médico!
ROUPA: "Aviso: material esgotando-se. Continuar?" - informou à mente de Carlos..
CARLOS: "Bora, roupa! Ah! Seja o mais discreto possível!" - ordenou mentalmente.
ROUPA: "Como quiser, agente Carlos  Efetuando cura" - respondeu à mente de Carlos.
Como aquele local estivesse mal iluminado, ninguém dos presentes viu as perninhas da menina serem curadas pelos nano-robos, os quais tiveram de usar alguns materiais digitalizados na roupa do agente. Carlos fingia efetuar movimentos característicos de médico enquanto a cura era efetuada por métodos futuristas.  Em menos de um minuto, o processo havia terminado.
ROUPA: "Processo concluído. Nível de material em estado crítico."
PAI: E então, doutor? Como elas estão?!
CARLOS: Elas estão bem... A sua filha apenas torceu a perna...
PAI: Graças a Deus! - ao dize-lo, todos os presentes naquele local aplaudiram-no.
SOBREVIVENTE 3: Caramba, negada! Que dia difícil, ein?!
SOBREVIVENTE 2: Eh... Olha quantos mortos hoje... Meu Jesus Amado!
SOBREVIVENTE 1: Cês viram aquele monstro que tava lutando com ele... - apontou para Hugo.
SOBREVIVENTE 4: Monstro?! Aqueles cara tava era querendo assaltar nóis... Gente má... Como que pode?!
SOBREVIVENTE 5: Eh... Se aproveita de uma situação dessa pra nós assaltar... Nossa mãe!
SOBREVIVENTE 1: Que nada... Aqueles cara eram tudo espírito ruim... Não viram como sumiram naquela fumaça?!
SOBREVIVENTE 2: Eh... Por isso eu disse: que Deus é esse que ainda permite que fantasma venha assaltar nóis depois de uma catástrofe dessa?!
SOBREVIVENTE 4: Cale-se, rapá! Cê num sabe o que tá falando! Graças a Deus por estes dois aqui... - referiu-se a Carlos e Hugo, que estavam emocionados com aquela situação, sobretudo Carlos - Se Deus não tivesse enviado eles, estaríamos mortos por aqueles camaradas...
SOBREVIVENTE 5: Eh! Esses dois puseram aqueles bandido ou espírito ou alienígenas, sei lá... Botaram eles pra correr! Do contrário, os que não morreram nesta tragédia iam ser mortos por eles!
PAI: E ainda nos salvaram a mim e minha família!
HUGO: Bom trabalho, Carlos!
CARLOS: Foi Deus que me ajudou hoje... Mas tudo isso poderia ter sido evitado... - cochichou com Hugo e, depois, falou a todos os demais sobreviventes - Vocês também estão de parabéns! Ajudaram a pôr aqueles saqueadores pra correr... aliás, devemos agradecer a Deus pelos que sobreviveram hoje!
ALGUNS SOBREVIVENTES: Amém! Deus seja louvado!
Nisso, Shirlei e Valma chegavam até eles.
SHIRLEI: Carlos! - abraçou-o forte; Valma fez o mesmo com Hugo.
CARLOS: Shirlei! Como você está?!
SHIRLEI: Bem, graças a Deus! Que tragédia, ein?!
VALMA: Sim, cunhada! Olha só, quantos feridos...
CARLOS: Quantos mortos também... afff....
PEÇANHA: Senhores... - interrompeu a conversa ao chegar praticamente se arrastando.
CARLOS: Delegado?!!! O senhor estava neste trem?! Como está?!
PEÇANHA: Carlos... eu... estava nos primeiros vagões... cê sabe que eu nasci ligado, rsrsrs.... então... quando vi que o trem ia bater, eu... cof... cof.. eu procurei me proteger e proteger o máximo de pessoas que estavam comigo... quando caiu no rio, eu nadei com elas até um buraco no vagao... cof... cof... que, só pode ter sido Deus que o fez... eu consegui salvar seis pessoas... mas as outras... morreram... cerca de... vinte...
SHIRLEI: Tudo bem, senhor... salvou o máximo que pôde...
PEÇANHA: Tudo bem?! Cof... cof... e a menininha que... que me pedia pra eu salvar a mãe dela... que tinha morrido e eu não pude fazer nada!!!
CARLOS: Não...
Carlos, ao ouvi-lo, comoveu-se ainda mais. Todos perceberam-no. Autoflagelava-se pois poderia, como o senhor Richard lhe disse, realmente ter evitado aquela tragédia. Deveria ter dado mais importância àquele evento da praia de Atafona. Deveria ter ouvido o conselho do general Barcelos, cuja morte, indiretamente, ele causara por ter ajudado a criar a SALA. Ao contrário: ele ignorou-o e preferiu se resignar àquela época à qual ele não pertencia. Casou-se e ainda por cima seria pai.
CARLOS: "Pouco importa!!! - pensou consigo - "Não serei mais egoísta! Com família ou não, tenho de parar Richard! Esse acidente de hoje foi só um aviso do que ele fará se não o impedir de criar sobre-humanos!!!" - levou a mão ao bolso de sua roupa e redigitalizou a TD-540, mas só Shirlei e Hugo o viram.
SHIRLEI: Que está fazendo, querido?!
CARLOS: Vou consertar esta esfera... - digitalizou-a novamente.
HUGO: O que está pensando em fazer?!
PEÇANHA: Olha a cavalaria chegando lá... cof.. cof...
Peçanha apontou para os militares do Exército, policiais e bombeiros que chegavam prestar assistência às vítimas daquele acidente ferroviário. De dentro de uma daquelas viaturas do exército, saiu o capitão Osmar que correu até o grupo de sobreviventes.
OSMAR: Senhores, como vocês estão?!
SOBREVIVENTE 6: Graças a Deus, bem, senhor... Aqueles ali... - apontou para Carlos e Hugo e contou-lhes o que ocorrera.
Enquanto os outros agentes efetuavam o resgate e demais atividades relacionadas, Carlos dirigiu-se até o capitão Osmar. Hugo o seguiu.
CARLOS: Senhor... Prazer, eu sou o agente Carlos, da Polícia Federal... - identificou-se.
HUGO: Senhor! - prestou continência e também se identificou.
OSMAR: Ah, então vocês são os caras de quem esse pessoal tá falando?! Parece que vocês botaram uns saqueadores pra correr...
CARLOS: Capitão, eu preciso de um favor!
OSMAR: Todos aqui precisam, agente...
CARLOS: Falo sério, capitão! - o oficial fuzilou-o com os olhos;
OSMAR: Rapaz... Humpf!
CARLOS: Desculpe, capitão, mas eu, meu amigo aqui, o sargento Hugo, e o meu chede ali, o delegado Peçanha... - apontou para ele, que era amparado por Valma e Shirlei - ...nós temos uma reunião de extrema urgência com o Presidente Getúlio Vargas!
OSMAR: Hum... Que horas?
CARLOS: Será às oito da manhã!
OSMAR: Certo, agente... Mas o seu delegado precisa de cuidados médicos... - foram até Peçanha, Valma e Shirlei - ... como está, doutor?
PEÇANHA: Estou bem... Um pouco machucado, mas o senhor deve... Cof, cof, cof... Deve saber que temos uma reunião...
OSMAR: Eh, seu agente me disse... Bom, façamos o seguinte... Já que o doutor tá dizendo que tá bem, peço que entrem todos naquele jipe ali... - apontou para o automóvel - ...e o sargento Hugo levará vocês até o Rio.
CARLOS: Obrigado, senhor! Deus te abençoe! Não queria nem imaginar o que o presidente faria se nós não fôssemos...
OSMAR: Nem eu! Mas também, vocês sofreram um acidente ferroviário... Seria justa a falta de vocês... Motivo de força maior...
CARLOS: Eh, mas não queremos arriscar... Agora, se nos dê licença!
OSMAR: Ok! Vão com Deus! - Hugo prestou continência ao sair dali junto com seus amigos.
Assim, Carlos, Hugo, Peçanha, Shirlei e Valma foram até o jipe e se acomodaram nele. Seguiram até a capital por uma estradinha de terra batida. Dentro daquele carro, Valma e Shirlei tratavam dos ferimentos de Peçanha. Carlos, por outro lado, fez sua roupa digitalizar o gerador portátil de hologramas e a TD-540. Em seguida, fez surgir um computador holográfico com um compartimento no qual pôs a TD-540, a fim de tentar ressuscitá-la.
HUGO: Carlos... Não foi sua culpa...
CARLOS: Foi sim... Devia ter ouvido o falecido general Barcelos!
SHIRLEI: Você disse que nunca mais usaria essa roupa do futuro...
CARLOS: Disse... Mas foi como se Deus me dissesse para colocar ela hoje! Imaginem se não a tivesse colocado?!
VALMA: Eh, Graças a Deus você fez isso!
HUGO: Que raio de arma era aquela que você usou?!
CARLOS: Aquilo é uma pistola de elétrons... O Richard tinha me mostrado no nosso primeiro encontro no trem que ele havia ingerido uma quantidade tão grande daquele Elixir 25 que o corpo dele não é mais cem por cento orgânico...
PEÇANHA: Ahn?! Ih, rapá... Que coisa, ein?
SHIRLEI: Essa substância é cruel, Carlos falou...
CARLOS: É! Bom, aí o corpo de Richard ficou um pouco... Digamos... Um pouco robótico... Por isso ele não usou seu próprio sangue para replicar o Elixir 25... E mesmo que o fizesse, não conseguiria pois essa substância se entranha nas células humanas de tal forma que só no século vinte e dois haverá tecnologia suficiente para fazer a divisão de modo adequado! - todos fizeram cara de que não estavam entendendo nada.
HUGO: Enfim... Por isso ele precisava de você mais do que nunca, né?!
CARLOS: Também... Mas acho que ele queria me ter por perto... Mas eu um dia fiz um juramento de servir e proteger! Jamais compactuaria com um genocida deste... Afff... E pensar que esse Richard é o doutor Raphael, que outrora era incapaz de matar uma mosca!
PEÇANHA: E o que pretende fazer agora?
CARLOS: Como vocês estão vendo, estou tentando consertar esta esfera... Vamos precisar de toda ajuda necessária...
SHIRLEI: Humpf! E o que esse bolinha faz de tão extraordinário assim?!
CARLOS: Verá, meu amor!
HUGO: E depois de concertar a esfera?!
CARLOS: Quando chegarmos no Palácio do Catete, contaremos ao presidente tudo o que está acontecendo...
VALMA: Se é difícil para nós, que somos jovens, acreditarmos... Imagine ele...
CARLOS: Humpf! O seu Peçanha disse que ele está com a mente mais aberta hoje em dia, rsrsrs...
PEÇANHA: De fato...
SHIRLEI: Mas ele já vai estar sabendo desse acidente... Será que vai nos atender?
PEÇANHA: Vai sim... Ele disse que seria uma breve e secreta cerimônia de condecoração... Ademais, não há muito que ele pode fazer pela tragédia...
CARLOS: Consegui!
TD-540: Carlos! - disse sair do compartimento do computador holográfico e flutuar em seguida - Quanto tempo!
VALMA: Caramba!
HUGO: E vamos nós denovo!
PEÇANHA: Como nos velhos tempos!
TD-540: O quer de mim, Carlos?!
CARLOS: Quero que mostre o que preciso saber para proteger o mundo de Richard e coisas do tipo!
TD-540: Eu vou te mostrar eventos futuros um pouco mais especificos do que os que mostrei naquele dia, pois, com exceção de você, os demais pertenciam a este tempo... Para você, é um misto de passado e futuro...
CARLOS: Conte-me!
Carlos, então, encostou na esfera com a intenção de que ela lhe mostrasse fatos futuros bem mais específicos. Na visão que Carlos teve, ele viu, por exemplo, as atrocidades que Richard e sua empresa Computer Master ainda iriam fazer não só no Brasil, mas ao Universo. Viu, dentro outros, todos os que se levantariam para combater o crime, muitas das vezes, fomentado por esta empresa.
A visão ainda lhe mostrou vários outros eventos. Carlos ficou como que olhando fixo para o horizonte. Nem piscava. A esfera emitia um brilho que iluminou todo o jipe. Todos chamavam por Carlos, mas ele estava absorto naquela visão que durou uns dez minutos, após os quais, a TD-540 parou de brilhar e Carlos voltou à realidade.
HUGO: Carlos?! Cê tá bem?
SHIRLEI: Amor?! - catucou-o.
CARLOS: Senhores... Eu deveria ter visto isso antes, mas tudo o que aconteceu, infelizmente, ou felizmente, para o bem do Universo, tinha realmente de acontecer...
PEÇANHA: Num entendi nada!
CARLOS: Já sei como vamos deter Richard e sua empresa! Precisamos de criar uma equipe de elite... Uma organização específica para estudar eventos causados por aquela porcaria de SALA...
PEÇANHA: Hum... Um órgão específico... Tipo a Polícia Federal?!
CARLOS: Sim! Mas voltado para estudo e consequentemente combate, especialmente, a Richard e sua empresa!
HUGO: Precisamos, então, definir logo isso para apresentar ao presidente a solução e não o problema!
SHIRLEI: Exatamente! Chefe quer a solução! Levar o problema para ele, ainda mais hoje, que ele vai estar envolvido com aquele acidente, será pedir para ele nos prender!
CARLOS: Exatamente! Por isso... Ué?! Ô Hugo, tá indo pra onde?! - perguntou ao notar que Hugo tinha pegado uma estrada que passa por Magé.
HUGO: Ué?! Tô indo pro Rio!
PEÇANHA: Ele não tá acostumado com essa estrada, Rsrsrs...
CARLOS: Ah, claro! É que não existe a Ponte Rio-Niteroi... - todos arregalaram os olhos e se entreolharam - ...ih! Desculpa gente... Caramba, tô eu falando de futuro pra vocês...
PEÇANHA: Hum... Já ouvi falar sobre algo do tipo na...
CARLOS: Rádio corredor do Palácio do Catete... Sei...
PEÇANHA: Exato... Rsrsrsrs... Ih, mas isso vai levar anos pra nego fazer... Achei até que nem iam fazer...
CARLOS: Bom, enfim... Vamos criar a solução, então, para apresentar ao presidente!
Depois de pouco mais de três horas, nas quais planejaram a solução que iriam apresentar para o presidente, aquele grupo chegara no Palácio do Catete.
Enquanto isso, porém, o último cientista do doutor Richard que ficou responsável pelo projeto Elixir 20, estava numa cama de um hospital, em algum lugar da Louisiana, Estados Unidos. O nome dele era Dorian e Richard tinha mantido ele vivo para sempre se lembrar de sua família e, portanto, de seu erro na replicação do Elixir 20. Richard, também, encarregara-se de amputar todos os membros dele, tirar sua língua e arrancar seus olhos. Dado este estado, o doutor Dorian estava fadado a ficar pro resto da vida no leito daquele hospital. Richard também dera este mesmo tratamento ao corpo dos cientistas anteriores, nas todos morriam em alguns meses. Dorian não.
Assim, naquele leito daquele hospital, ele ouvia a notícia do acidente ferroviário. O repórter traduziu a entrevista de um dos sobreviventes a uma emissora brasileira.
SOBREVIVENTE 1: Graças a Deus por dois homens que botaram pra correr um cara que parecia mais um monstro... E ainda tinha o chefe deles... De terno branco e gravata, igual pai de santo... Tinha uns caras esquisito e com umas armas esquisita... O senhor tinha que ver...
REPÓRTER: Este é o relato de um dos sobreviventes desta tragédia que ocorreu hoje no Brasil... - continuou suas outras notícias em inglês.
DORIAN: "Hum... Richard! Maldito!" - pensou e, logo começou a se mexer na cama.
ENFERMEIRA: Doutor Dorian! Está sentindo algo?!
Dorian, com gestos característicos de cabeça e boca, deu a entender à enfermeira que desejava papel e caneta. A enfermeira os trouxe, pôs a caneta na boca de Dorian e segurou o caderno para que ele escrevesse, com muita dificuldade.
DORIAN (Escrevendo): Diga ao governo brasileiro que aquilo não foi acidente, mas sim, um assassinato! Foi o Richard! Eu sei onde ele está e o que faz lá na Computer... - a ponta quebrara-se; a enfermeira leu o texto.
ENFERMEIRA: Dorian... O senhor está delirando? - ao que ele respondeu negativamente com a cabeça - Como vou levar isso lá no Brasil?! Não sei nem como faz pra chegar lá... Quer escrever denovo? - Dorian confirmou com gesto de cabeça - Tá... Vou apontar o lápis... - fê-lo; Dorian escreveu.
DIRIAN: Por favor, Linda! Eu não tenho mais porque viver... Mas outras pessoas correm sérios perigos... Se não acredita nisso, tudo bem... Mas leve este papel pra... - a enfermeira Linda retirou-lhe o caderno e o lápis.
LINDA: Dorian, durma um pouco... Descanse...
DORIAN: "Não!" - pensou consigo; logo se agitou e começou a se mexer muito; tentou balbuciar alguma coisa, mas não conseguia, de modo que ficava cada vez mais desesperado.
LINDA: Ah, Dorian... Vou ter que aplicar-lhe um calmante...
A enfermeira o fez e Dorian logo adormeceu. Aí, foi até uma salinha daquele hospital e se trancou lá dentro. Pegou um telefone que havia ali e discou um número.
LINDA: Senhor Richard!
RICHARD: Fala, docinho... Como vai o nosso paciente?!
LINDA: Humpf! Ele ainda ta vivo e vai te arrumar problema... O senhor acredita há pouco... - contou-lhe o ocorrido.
RICHARD: Deixa esse bunda rachada pra lá... Ele é inofensivo... Sem membros, sem língua, cego e esquecido aí na Louisiana... É carta fora do baralho!
LINDA: O senhor quer que o mate?!
RICHARD: Não... Como eu disse: ele não representa perigo algum pra mim!
LINDA: Como quiser, senhor Richard!
Enquanto isso, no Palácio do Catete, os jovens e o delegado conversavam com o presidente. Carlos já havia contado toda história desde a criação da SALA, até aquele momento. Como era de se esperar, o presidente Getúlio, embora tivesse a mente mais aberta, como Peçanha dissera, não acreditava no que lhe era dito e chegou a ameacar prendê-los se Carlos não provasse o que estava falando, mas ele prontamente deu-lhe provas infalíveis de que tudo era verídico. Mostrou-lhe do que sua roupa de metalastium era capaz, mostrou seu dispositivo portátil de hologramas, mostrou a esfera TD-540, bem como o que ela podia fazer. Tudo isto, somado aquela história, deixou o presidente embasbacado. Por fim, Carlos assumiu completa responsabilidade pela tragédia ferroviária acontecida há algumas horas atrás.
CARLOS: Foi isso, senhor presidente!
GETÚLIO: Jovem, tudo isso que me mostrou é deveras interessante! Fico muito feliz que um dia o Brasil será uma potência mundial... Tem todo o talento para isso! Sinto-me honrado, também, de poder comandar um agente como você. Agradeço por tudo o que tem feito pela nossa nação, mesmo estando você tão longe de casa!
CARLOS: Mas, senhor... - Peçanha o catucou.
GETÚLIO: Não terminei, agente!
CARLOS: Desculpe, senhor presidente!
GETÚLIO: Baseado no que você me disse, tudo o que aconteceu tinha de acontecer. Você não teve culpa de nada. Além disso se tivesse vindo com esse assunto naquela época, do incidente de Atafona, eu certamente não daria a mínima, pois o país estava envolvido numa guerra... Agora, algo tem que ser feito para evitar que esse tipo de coisa aconteça novamente. Vocês tem a solução?
CARLOS: De fato, senhor!
GETÚLIO: E qual seria?
CARLOS: O senhor deve criar uma organização para se dedicar exclusivamente a estes assuntos. Ela deve ser secreta, para evitar alardes entre a população, depreciação por parte da mídia, fofocas entre os demais países, coisas do tipo...
GETÚLIO: Perfeito. Mas como esconderemos algo desse tipo?!
CARLOS: De fato, ela não ficará para sempre escondida, pois certamente será difícil fazê-lo a medida que a tecnologia avançar, mas deve ser feito pelo máximo de tempo possível. Somente quando Feitosa chegar, em 2006, ela deverá vir a tona, pois o povo desta época vão ver coisas tão incríveis que nem esquentarão a cabeça com uma autarquia secreta.
GETÚLIO: Sim, entendo... - tragou seu charuto - ...mas e por ora?
CARLOS: Por ora e pra sempre está organização deverá ter suas instalações ocultas, em lugares onde ninguém espera haver coisas do tipo, como cidades do interior do Brasil. Nas capitais, suas instalações devem ser feitas em prédios com aparência de abandonados. Ainda, as instalações devem ser subterrâneas, de preferência, a mais de dez quilômetros da superfície. A primeira, sua sede, na minha opinião, deve ser construída na comunidade do Pão de Ló, em Cardoso Moreira, Campos.
GETÚLIO: Interessante, agente... Continue!
CARLOS: Seus agentes devem ser escolhidos entre os melhores e mais honestos de todos os órgãos públicos, de preferência policiais e militares. Devem estar prontos a viver uma vida de sacerdócio nesta autarquia secreta. Também devemos buscar professores, homens de profundo conhecimento que também estejam dispostos a viver exclusivamente para os objetivos da tal autarquia. Inicialmente, precisaremos de cerca de cem agentes de campo e cinquenta analista. O processo para entrar não deve ser na base do chicote, se é que o presidente me entende, rsrsrsrs...
GETÚLIO: E como seria? - tragou novamente - Desse jeito que vossa senhoria está propondo, será difícil alguém aceitar o encargo de bom grado.
CARLOS: Sim, mas este trabalho deve ser por vocação, e não por coação. Depois de escolhido com base nos critérios acima, oferece-se o trabalho informando sobre as regras. Sei que será difícil, senhor presidente, mas Deus proverá os recursos necessários para a criação desta autarquia.
GETÚLIO: É uma boa ideia, agente, mas, como vamos fazer para construir as instalações sem que ninguém saiba?
CARLOS: A primeira instalação deve ser criada utilizando recursos humanos aos quais serão oferecidas a oportunidade de trabalhar para essa organização.
GETÚLIO: E se não quiserem? Eles podem dar com a língua nos dentes, não acha?
CARLOS: Deixa comigo, senhor presidente. Quando estávamos construindo a SALA, tivemos o mesmo problema. Então, nós criamos uma espécie de pastilha que fazia os trabalhadores envolvidos na construção daquela instalação esquecerem de tudo relativo aos trabalhos deles.
GETÚLIO: Bom, a sua ideia é bem visionária e desafiadora, agente Carlos. No entanto, estou certo de que logrará êxito. Vou fazer o decreto de criação desta organização e iniciar logo a construção de suas instalações. Já tens o projeto, a propósito?
CARLOS: Sim. TD-540, mostre para o presidente Getúlio o projeto da sede dessa organização.
A esfera, que flutuava junto ao grupo e participava daquela reunião como se fosse um ser humano, fez uma projeção holográfica em três dimensões do projeto daquela tal instituição secreta. Getúlio ficou abismado com o que via.
GETÚLIO: É, agente, a construção de algo do tipo vai demorar muito!
CARLOS: Então temos que começar o quanto antes, senhor! Quanto à parte elétrica, pode deixar comigo! A partir desta simples esfera, eu posso criar toda ela! Também vou criar máquinas para auxiliar nos trabalhos.
GETÚLIO: Perfeito, então. E como se chamará está organização?
CARLOS: Humpf! Estávamos pensando em SECRETO: Superintendência para Estudo,  Combate e Repressão Especial Total.
GETÚLIO: Hum... Gostei da sigla!
Eles ainda discutiram sobre alguns outros detalhes por alguns minutos, findo os quais, o presidente assinou o decreto criando a autarquia SECRETO. A reunião acabou e o grupo de amigos foram para Vila Militar, onde ficaram hospedados em uma casa, por determinação do próprio presidente. Lá, Carlos ficava por horas a fio exercendo sua segunda profissão, a de cientista. Aperfeiçoou sua roupa, aumentando o espaço de armazenamento de materiais digitalizados; depois, completou o respectivo estoque. Assim, criou mais seis roupas semelhantes. Ele também projetou e começou a desenvolver uma replica da TD-540 com materiais da época.
Ao mesmo tempo, o presidente Getúlio Vargas deu início ao processo de construção da SECRETO, num lugar ermo do Pão de Ló, em Cardoso Moreira. Caminhões militares traziam da CSN placas de aço e demais materiais correspondentes, os quais, através de um dispositivo criado por Carlos, ficavam invisíveis durante a viagem para não chamar a atenção.
Por segurança, não foi revelado aos trabalhadores o que estava sendo construído. Poucas pessoas sabiam o que estava sendo feito ali. Os pouquíssimos moradores locais observavam de longe a construção. Em torno da entrada para aquela instalação subterrâneas, fora criado um cinturão de isolamento de um quilômetro o qual ninguém poderia ultrapassar a não ser os trabalhadores envolvidos. Na verdade, apenas seu Hermenegildo e dona Bruna sabiam, mais ou menos, o que estava sendo feito ali.
Como ele mesmo dissera naquela reunião, Carlos ficava dia e noite projetando e construindo máquinas o mais avançado possível para auxiliar na construção daquela sede da SECRETO, como duas perfuradoras feitas a partir de tratores da época. Pareciam gambiarras, mas aceleraram os trabalhos em demasia. Aliás, Carlos era o coordenador daquelas obras.
Na outra ponta, o presidente Getúlio Chagas fazia a seleção dos melhores funcionários de instituições  policiais, militares, científica, fiscais para compor os quadros da recém criada SECRETO. Para isso, o presidente, designou o delegado Peçanha para ir juntamente com o agora capitão Hugo, de órgão em órgão com uma ordem presidencial para abordar tais funcionários sobre o desejo de fazer parte da SECRETO.  Para o caso de o funcionário se recusar, os dois o forçavam a ingerir a pastilha de esquecimento que Carlos criara com materiais da época a fim de evitar que algo ultrasecreto deixasse de sê-lo. No entanto, antes de cada visita, eles pediam a Deus para orientá-los a abordar aqueles que aceitariam de bom grado o encargo. Assim, não usaram sequer uma pastilha.
Desta forma, o corpo de cientista,  engenheiros e pessoas de notório conhecimento técnico-científico completou-se em pouco tempo. Eles foram os primeiros analistas da SECRETO e também auxiaram na construção, durante a qual eram liderados por Carlos e Shirlei. Certa vez, perto da conclusão das obras, numa das primeiras salas subterrâneas da sede da SECRETO, Carlos, Shirlei e os demais cientistas discutiam os últimos detalhes daquela instalação. Também estavam ali o Presidente Getúlio, o delegado Peçanha, capitão Hugo e sua esposa.
CARLOS: Senhores, apresento-lhe a TD-600, uma cópia da minha companheira TD-540... - ambas flutuavam ao lado dele, sendo que a TD-600 era maior, menos detalhada e mais limitada, dadas as restrições tecnológicas da época.
CIENTISTA 1: Isso tudo é inacreditável, Carlos! Até mesmo para nós, homens da ciência!
CIENTISTA 2: Hei de concordar com meu colega! Mas qual seria a finalidade desta esfera?
CARLOS: Ela será o cérebro eletrônico desta Superintendência! Ela ficará na última sala que falta ser construída. Nela será ligado toda a rede desta instalação.
CIENTISTA 3: E qual nome dará a ela?
SHIRLEI: Hum... Computador Mãe! - disse passando a mão em sua barriga de pouco mais de sete meses, do que todos riram.
GETULIO: O Brasil espera que vocês todos trabalhem com afinco para a proteção desta pátria amada!
HUGO: Faremos com amor, senhor presidente!
CARLOS: Sim! E nossa primeira missão será localizar e destruir o laboratório, tambem secreto, da Computer Master! Isso não será problema pois a TD-600, ou, o nosso Computador Mãe, irá localizá-lo através de análise de imagens de satélite.... - todos se entreolharam.
GETÚLIO: Mas, ô Carlos, que seria um satélite?
CIENTISTA 3: Se me permite, senhor presidente, satélite é basicamente um dispositivo lançado no espaço para comunicações, por exemplo. O problema, senhor Carlos, é que isso ainda não existe! Eu sei de uns projetos americanos sobre isto, mas ainda está no papel...
CARLOS: Hum! Esqueci deste detalhe! Qualquer outra alternativa seria muito demorada e receio que não temos este este tempo! Droga! Quanto tempo até o primeiro satélite?! Nunca fui bom em história, Rsrsrs...
PEÇANHA: Por isso é policial e cientista!
CIENTISTA 1: Acho que vai ficar muito tempo no papel, Carlos.
CIENTISTA 9: Esperem! Eu sei de um cientista americano que faria algo semelhante para esta companhia, a Computer Master. No entanto, parece que ele foi vítima de um psicopata que arrancou os membros dele, sua língua e olhos e, ainda por cima, matou sua família...
GETÚLIO: Que isso?! - todos se perguntaram o mesmo é ficaram abismados.
CARLOS: Mas de que adianta um cientista... - de repente, Carlos começou a se lembrar da conversa que teve com Richard naquele trem; ficou alguns segundos meio que paralisado enquanto os demais discutiam este e outros assuntos - Esperem! Silêncio! - todos se calaram - Você disse que ele trabalhava para a Computer Master?!
CIENTISTA 9: Não... Eu falei que ele tava fazendo um projeto deste tipo para a Computer Master...
CARLOS: Graças a Deus! Isso é mentira! Esse pobre homem trabalhava para Richard fazendo o Elixir 20!
GETÚLIO: Como sabe, Carlos?
CARLOS: Porque o Richard me disse, naquele dia quando ele apareceu no trem, que ele fez exatamente isso aos cientistas que falharam em replicar o nosso Elixir 25! Ou seja, não foi psicopata nenhum! Como você sabe disso, doutora?
CIENTISTA 9: É que, ano retrasado, tive a oportunidade de ir a uma palestra dele em Londres, na qual ele falou sobre este satélite. Recentemente eu fiquei sabendo, através de alguns amigos americanos, que ele estava internado num hospital na Louisiana. O nome dele é Dorian Clark.
CARLOS: É o nosso cara, senhores! Sabia que Deus iria nos ajudar de uma forma ou outra!
Pouco tempo depois desta reunião, a sede da SECRETO ficara pronta. A esfera TD-600 ficou naquela salinha que fora construída por último. Ficava flutuando e era ligada por vários cabos, os quais eram ligados aos terminais e computadores daquela instalação. Era a rede computacional mais avançada do mundo e manteria esta posição por mais vários anos. Evidentemente, o design tecnologico era proporcional a época.
Como foi combinado naquela reunião inicial com o presidente, foi oferecido aos trabalhadores a oportunidade de fazer parte da SECRETO, mas alguns poucos recusaram e tiveram que injerir a pastilha de esquecimento, de modo que se esqueceram de tudo o que aconteceu no último ano.
O acesso à sede da SECRETO era feita de uma casinha abandonada, no Pão de Ló. Entrava-se nela, em seguida, deveria seguir até o quartinho cheio de mofo e fazer um sequência de toques no chão de terra batida para, então abrir uma porta no chão que levava a um elevador o qual, por seu turno, descia dois quilômetros até a instalação de fato.
Os dois únicos veículos iniciais, isto é, um carro e um jato, ficavam armazenados naquela instalação e saiam pelo curral daquele casebre, através de um elevador muito veloz. Eles foram devidamente modificados por tecnologias muito à frente daquela época. Os demais veículos ainda estavam sendo projetados e criados por Carlos e sua equipe.
Os agentes de campo recrutados já estavam ali e treinavam dia e noite num compartimento do tamanho de um campo de futebol, no qual eram gerados alguns hologramas para auxiliar no treinamento. Por mais que Carlos e os outros cientistas tivessem se esforçado, não conseguiram desenvolver um motor para criação  de hologramas sólidos, o que criaria ambientes de treino mais realistas. É que para isso, seria necessário tecnologias muito avançadas para aquela época.
Além disso, aquela primeira missão deles era de extrema urgência, o que requeria muita dedicação e tempo. Na última reunião sobre esta missão, discutiram-se os últimos detalhes para deter Richard, seu laboratório secreto e a reprodução do Elixir 20
CARLOS: Senhores, muito tempo já foi perdido! Agora devemos, amanhã mesmo, partir para os Estados Unidos, achar e destruir o laboratório de Richard!
HUGO: Como o faremos?
CARLOS: Em primeiro lugar, nós vamos fazer uma visita não doutor Dorian.
PECANHA: Quantos vão?
CARLOS: Eu, Hugo, você e mais quatro agentes.
HUGO: Só isso?!
CARLOS: Sim! Já basta! Primeiro que só temos um jato e segundo que levar um exército pode causar algum contratempo internacional desnecessário.
HUGO: E como planeja invadir espaço aéreo americano?
PEÇANHA: Boa pergunta...
CARLOS: Humpf! Deixa comigo! Eu modifiquei o jato que a Aeronáutica nos cedeu. Fiquem tranquilos, senhores: não existirá tecnologia em muitos anos que será capaz de detectã-lo!
HUGO: Nem a Computer Master?
CARLOS: Não, nem meu antigo professor, o doutor Raphael, ou o agora Richard, conseguirá detectá-lo! Nem com seus poderes computacionais.
No dia seguinte, todos os sete agentes estavam trajados com a mesma roupa de Carlos, que ele havia replicado usando a sua própria roupa. Por sorte, ela ainda possuía um estoque considerável de metalastium, que bastou para a confecção das demais. Estavam todos próximos ao jato Carcará, como eles o apelidaram.
SHIRLEI: Vá com Deus, meu amor! - beijou-o.
CARLOS: E vocês fiquem com Deus! - abaixou-se e beijou a barriga de oito meses dela.
VALMA: Hugo, te amo! Cuidado, ein! Vai com Deus!
HUGO: Deixa comigo, Valma!
PEÇANHA: Ô Carlos, como usa este treco?! A roupa nem me incomoda! Parece até que tô pelado, rsrsrs...
CARLOS: Senhores, essa roupa é feita de um material de outro planeta e possui uma tecnologia muito avançada. Basta vocês pensarem em algo que ela construirá para vocês, desde de que esteja ao alcance dela. A inteligência dela é semi-artificial.
HUGO: Hum... Deveríamos ter treinado com ela, não?
CARLOS: Não! Se vocês o tivessem feito, não estariam com metade da habilidade que vocês adiquiriram ao longo destes últimos dias. Além disso, ela é fácil de usar, à prova de qualquer projétil atual... Afff... Ela faz tanta coisa que faria com que vocês não desenvolvessem suas habilidades pois confiaram apenas nela.
PEÇANHA: Não concordo muito com isso não, seu Carlos...
CARLOS: Olha, delegado, com todo respeito, eu sei o que tô fazendo, até porque o Richard conhece este tipo de "arma"... - apontou pra sua roupa - ...e tenho quase certeza ele fará de um tudo para desativar os recursos dela ao notar que nós estamos usando... E aí, como a gente ficaria, agora que confiamos quase que inteiramente nas qualidades que a roupa nos oferece?! Entenderam?
HUGO: Ah, deixa isso pra lá, delegado... Tudo bem... Melhor irmos logo, não é, seu Carlos?!
CARLOS: Rsrsrsrs... Sim, vamos!
PEÇANHA: Continuo achando que deveríamos treinar com ela... Afff...
CARLOS: Delegado, use ela somente como escudo, então... - Peçanha o reprovou com um gesto negativo de cabeça .
Entraram todos no jato. Um daqueles sete agentes era um piloto da Aeronáutica. Chamava-se Torquato. Ele que pilotaria aquela nave. Carlos era o copiloto e ativou o elevador que, de modo muito veloz levou-os até a superfície. Quando faltavam poucos metros, a nave girou e ficou na vertical. Do lado de fora daquele casebre, o chão do curral se abriu e o Carcará saiu do seu "ninho" como uma bala, após o que, o chão novamente se fechara.
Aquele jato Carcará subiu até ficar bem acima das nuvens que cobriam o Pão de Ló naquele dia. Ao atingir a altitude desejada, Carlos apertou um botão e fê-la ficar invisível a olho humano e a qualquer radar que fosse criado nos próximos trezentos anos. Carcará atingia velocides superiores a do som, o que fez com que aqueles sete agentes, em poucos minutos, já estivessem sobre o Triângulo das Bermudas.
TORQUATO: Senhor, estamos nos aproximando de território americano!
CARLOS: Ciente, tenente Torquato!
TORQUATO: Este Carcará é bem rápido, ein?! Rsrsrsrs...
PEÇANHA: É uma tecnologia muito a frente do seu tempo, tenente... Afff!
CARLOS: Rsrsrsrs... Sim, é por aí!
HUGO: Como vamos fazer para visitar este doutor Dorian?
CARLOS: Nossa roupa, capitão Hugo!
PEÇANHA: Ahn?! Por isso falei para treinarmos com ela!
CARLOS: Delegado, quero que o senhor foque em querer se vestir como um americano desta época...
PEÇANHA: E eu sei lá como um americano se veste!
CARLOS: Vamos! Apenas o deseje... A roupa fará o resto...
PEÇANHA: Vamos lá, então... - pensou em seguida - "Vestir-me como um americano desta época..." - ficou espantado ao ver que a roupa, quase que instantaneamente, camuflara-se no que ele desejou.
HUGO: Nossa!
PEÇANHA: Hum... Legal!
CARLOS: É isso aí! Vamos pousar do lado do hospital e eu e o delegado Peçanha vamos visitar Dorian. Diremos que somos amigos de longa data do pobre doutor!
HUGO: Só tá se esquecendo de um detalhe, Carlos! Aqui... - já estavam chegando no hospital - ...se fala inglês!
CARLOS: Hum... Assim?! - todos ficaram abismados, pois o ouviram falar em inglês.
PECANHA: Vai me dizer que foi a roupa?! - Carlos confirmou com um gesto de cabeça - Vamos ver! - falou em português, mas foi ouvido pelos demais em inglês - Ei, você, o que eu estou dizendo?! - perguntou para um dos demais integrantes daquela missao, um soldado da polícia paraense que agora era agente da SECRETO; seu nome era Simão.
SIMÃO: Não estou entendendo o que ele está falando comigo, senhores...
PEÇANHA: Fala, soldado! - era ouvido em inglês, o que fez com que todos rissem; ao percebê-lo, parou de focar em que a roupa o traduzisse e continuou em português - Eu estava falando mesmo em inglês?! Caramba!
CARLOS: Sim, delegado! E a roupa também traduz em tempo real... Você vai ver dentro em pouco... Afff... Esses momentos de descontração são bons para aliviar a tensão!
TORQUATO: Senhor, chegamos! - disse ao pousar o Carcará num terreno baldio, a alguns metros do hospital; o jato permanecia invisível a tudo.
CARLOS: Eh... Bora visitar o doutor Dorian, delegado Peçanha! - fez a roupa se tornar em vestes tipicas, parecidas com aquela que foi camuflada pela roupa de Peçanha.
PEÇANHA: Sim! Que Deus nos ajude!
HUGO: Haverá de ajudar sim, delegado!
CARLOS: Vocês, esperem-nos aí!
DEMAIS: Sim, senhor! - responderam em uníssono os que ficariam na nave.
Carlos e Peçanha, pois, sairam da nave e se dirigiram até a recepção do hospital.
CARLOS: Bom dia! Eu e meu amigo aqui somos amigos do doutor Dorian e gostariamos de visitá-lo.
ATENDENTE: Bom dia, senhores! Pobre doutor Dorian! Até hoje, vocês foram os primeiros a visitá-lo! Podem ir lá... - entregou-lhes um papelzinho com o número do quarto onde estava.
PEÇANHA: Muito obrigado, senhorita!
CARLOS: Sim, você foi muito gentil!
ATENDENTE: De nada, senhores!
Carlos e Peçanha caminharam até o quarto respectivo, o qual ficava no terceiro andar daquele hospital. No caminho, conversavam em inglês e em voz baixa.
PEÇANHA: Carlos, por mais que veja quase que todo o dia essas suas parafernálias do futuro, elas me deixam cada vez mais espantado!
CARLOS: Humpf! E você ainda não viu nada, delegado! Olha lá... - apontou para o quarto 345 - ... lá é onde está o nosso cara!
PEÇANHA: Sim, vamos lá.
Carlos bateu na porta e a enfermeira Linda prontamente os atendeu. Ao ver o estado do doutor Dorian, seguraram-se para não chorar, sobretudo Carlos, o qual, em pensamento, logo se responsabilizou por tudo aquilo.
LINDA: Bom dia, quem são vocês?
CARLOS: Somos... Somos amigos do doutor Dorian!
LINDA: Hum... Sei... Olha, ele não pode mais falar, então... Acho que vai ser uma visita rápida.
PEÇANHA: Enfermeira, nós viemos aqui conversar sobre assuntos bem avançados e secretos de ciências! Então, por favor, pode nos deixar a sós?
CARLOS: Sim! E dê a ele um caderno para escrever o que ele quiser nos falar, por obséquio!
LINDA: Ah... Sim... Bom, aqui está o caderninho dele..  - entregou-o a Carlos - mas eu não posso deixá-lo sozinho por que o estado....
PECAMHA: Senhorita Linda... Pode deixar que eu sou médico... - enquanto falava isso, pensou - "Preciso de algum documento para provar que sou médico..." - a roupa o fez instantaneamente.
ROUPA: "Documento no bolso do sobretudo. Material digitalizado em 98%" - informou mentalmente ao delegado Peçanha.
PEÇANHA: Aqui... - entregou-lhes a carteira falsificada de médico - ...viu?
LINDA: Hum... Está bem então, doutor Mike!
CARLOS: E então?
LINDA: Ok, como quiserem! Qualquer coisa, doutores, podem me chamar! Eu estou mais ciente da situação dele do que qualquer outro!
PEÇANHA: Faremos!
Linda retirou-se e prontamente dirigiu-se até um quartinho do hospital. Pegou o telefone e ligou para Richard. Enquanto isso, no quarto do doutor Dorian, Carlos felicitava Peçanha, em português.
CARLOS: Viu?! Não disse que era fácil de usar?
PEÇANHA: Ufa! Graças a Deus deu certo! Ela é bem tranquila de se manusear mesmo!
DORIAN: "Ei!" - pensou - "Estes dois devem ser brasileiros! Deus, tu és grande mesmo!" - começou a se bater na cama para chamar a atenção de Carlos e Peçanha.
CARLOS: Acalme-se, doutor! - falou em inglês através da roupa - Viemos do Brasil para obter uma informação do senhor...
PEÇANHA: Sim! Sabemos que foi o Richard e sua compania do mal que fizeram isso com o senhor, correto?! - Dorian gesticulou sua cabeça afirmativamente.
CARLOS: Isso! Em primeiro lugar, gostaria de dizer que sentimos muito pela sua atual situação, doutor! - Dorian pareceu chorar.
PEÇANHA: Vamos impedir Richard, doutor! Mas para isso, precisamos saber onde fica o laboratório dele!
CARLOS: Bom... Se eu te puser um lápis na sua boca, você consegue escrever? - Dorian respondeu afirmativamente com sua cabeça.
Embora Linda desconfiasse deles, ela não levou consigo o caderno e o lápis, através  dos quais Dorian poderia expressar-se. Assim, Carlos pegou-os de sobre a mesa de cabeceira, colocou o lápis na boca de Dorian e segurou o caderno para que ele escrevesse. De repente, enquanto Dorian o fazia, a esfera TD-540 saiu da insibilidade e tornou-se tangível; flutuava perto da cabeça de Carlos.
PEÇANHA: Nem sabia que tinha trazido ela!
CARLOS: Claro, seu Peçanha! Ela é parte deste grupo! O que foi, TD-540?
TD-540: Vou te contar algo que acontecerá daqui a dois minutos: o Richard vai surgir aqui!
DORIAN: "Não!" - parou de escrever e começou a tremer de medo visívelmente.
PEÇANHA: Droga! E agora, Carlos?!
CARLOS: Acalmem-se vocês! Doutor, fique tranquilo, que nós não vamos deixar ele fazer nada! TD-540, crie um campo eletromagnético invisível a olho humano no maior tamanho que conseguir, a fim de impedir qualquer transporte via pico-robo! Comunique ao Carcará para que ele fique flutuando a dois quilômetros de altitude!
TD-540: Já o fiz, senhor Carlos!
O tenente Torquato já tinha levantado vôo e estava quase chegando nesta altura indicada por Carlos, bem como o campo eletromagnético de meio quilômetro de raio também já tinha sido criado pela esfera.
CARLOS: Isso é que é eficiência!
TD-540: Ah, sim! Como não! Tá pensando que fui feita nas coxas?
PEÇANHA: Ih, Ah lá! Rsrsrsrs...
TD-540: Agora, melhor vocês se armarem mesmo assim...
CARLOS: Sim! - ordenou mentalmente a sua roupa que criasse uma pistola de elétrons, o que ela fez na hora - Delegado, já me armei! Peça a sua roupa que... - foi interompido ao ver o delegado armando seu revólver 38, que ele houvera ordenado a sua roupa a contrui-lo - Eh... Muito bem... - guardou sua pistola digitalizando-a na roupa.
PEÇANHA: Eh, tô gostando dessa roupinha! - guardou seu revólver, procurando fazê-lo do mesmo  modo que Carlos.
CARLOS: Doutor Dorian, continue! - guardou sua pistola, levou o caderno para perto dele
DORIAN(Escrevendo): Eu trabalhei por algum tempo para aquele monstro! Por favor, peguem-no custe o que custar! As coordenadas da entrada do laboratório subterrâneo dele são...
TD-540: Detectando aproximação hostil de quatro indivíduos! Tempo estimado: quinze segundos!
CARLOS: Ciente, TD! Doutor, continue!
Dorian obedeceu e terminou sua fala, escrevendo as coordenadas. Em seguida, Carlos arrancou a folha do caderno e fez sua roupa digitaliza-la completamente. Dorian começou a se mexer desesperadamente e tentava dizer algo, mas não conseguia
CSRLOS: Calma, doutor! Não se preocupe! Tiraremos o senhor daqui, se quiser, é claro!
Dorian gesticulou afirmativamente com a cabeça. Subitamente, a porta foi aberta de modo um tanto quanto violento. Era a enfermeira Linda mais três seguranças do hospital, que, na verdade, juntamente com ela, tinham a responsabilidade de impedir qualquer contato com o doutor Dorian, a mando de Richard. Os segurança apontavam seus revólveres para Carlos e Peçanha. TD-540 logo ficou invisível novamente.
LINDA: Senhores, devo pedir para que se retirem!
PEÇANHA: Mas o que é isto?! Não podemos mais visitar nosso amigo?!
CARLOS: Isso é um ultraje!
LINDA: Acontece que ninguém nunca visitou ele, aí, de repente, vocês aparecem e desejando falar a sós com um paciente neste estado...
CARLOS: Somos amigos...
LINDA: Humpf! Sei... Vou ser mais clara... Richard me deu ordens para mantê-lo isolado do mundo e é isso o que vou fazer... - sacou também sua pistola e apontou para os dois, os quais ergueram suas mãos.
PEÇANHA: Droga! Seus desgraçados!
CARLOS: Bolas! Por que não vieram distraidos?!
LINDA: Ahn?!
Carlos, na verdade, dera uma ordem codificada para que TD-540 os distraísse. Ela, assim, rapidanente tornou-se visível, o que por si só os fez desviar seus olhares para a esfera flutuante, a qual, em seguida, emitiu um brilho muito forte que os cegou. Carlos e Peçanha, ao perceber a distração daquele grupo, partiram para cima deles e, rapidamente os desarmaram. Um dos seguranças chegou a disparar na direção do doutor Dorian, o qual, se ainda tivesse a perna, levaria o tiro. Aquele disparo foi ouvido em todo hospital, de modo que os outros seguranças - que não estavam às ordens de Richard - dirigiram-se até o quarto do doutor Dorian.
Carlos lutava contra dois seguranças, sobre os quais prevalecia: socou um na cabeça, o que o apagou; logo em seguida, desviou de um soco desferido pelo outro e o acertou na nuca, noucateando-o. Peçanha, por outro lado, derrubou a enfermeira Linda com um empurrão e nocauteou o outro segurança com um chute em sua cabeça. A esfera TD-540, por seu turno, assim que viu aquele tiro disparado contra o doutor Dorian, criou uma espécie de campo de força em torno do doutor, ao mesmo tempo, desativou, com um pulso eletromagnético, todos os aparelhos telefônicos daquele hospital, a fim de evitar que a polícia fosse chamada e, assim, criasse um incidente internacional.
TD-540: Nobres! Precisamos sair daqui o quanto antes! Detecto a chegada de uns dez outros homens armados em vinte segundos! Já avisei ao senhor Torquato para posicionar a nave na janela desse quarto...
PEÇANHA: Ela é eficiente mesmo, seu Carlos!
CARLOS: De fato! Vamos, doutor Dorian! - desligou-o cuidadosa e rapidamente dos aparelhos e o pôs em seus braços.
LINDA: Malditos! Nunca vencerão o senhor Richard!
CARLOS: Cale-se! Deveria se envergonhar! Como pode se vender para um canalha desse e ainda por cima fazer este homem sofrer ainda mais do que já sofreu! - deu-lhe um chute ao ver que ela ameaçou golpeá-lo.
LINDA: Arghhhhh! Por favor... Me levem com vocês... Se Richard ne punir por ter falhado, eu estou morta junto com minha famí...
TD-540: Nave Carcará em posição, confrades!
CARLOS: Hum... Gostei desse termo... Vamos delegado!
Peçanha quebrou o vidro da janela e juntamente com Carlos, pularam para dentro da nave, que flutuava pouco abaixo da janela. Os demais seguranças que acabavam de chegar naquele quarto chegaram a atirar contra Carlos e Peçanha, mas não os acertaram, por atônitos que ficaram ao vê-los sair daquele jeito.
TORQUATO: Capitão, agentes a bordo! Fechando porta superior!
HUGO: Muito bem! Coloque esse pássaro para voar bem alto!
TORQUATO: Sim, senhor!
Quando Carlos e Peçanha pularam em cima do Carcará, apenas uma parte da nave estava visível, até mesmo para guiá-los. Hugo, então, a tornou completamente invisível denovo e Torquato a fez ganhar altitude o mais rápido possível.
Enquanto isso, Carlos levou o doutor Dorian até uma pequena emfermaria daquela nave e o colocou sobre o leito. TD-540 jogou um feixe de luz sobre o corpo de Dorian e, ao mesmo tempo, disponibilizou as informações sobre o estado de saúde dele em uma tela holográfica criada por ela mesma.
CARLOS: Hum... Estado de saúde estável! Graças a Deus!
PECAMHA: Sente-se bem, doutor? - Dorian gesticulou sua cabeça afirmativamente.
CARLOS: Já sei! - pensou em seguida - "Roupa, crie um dispositivo para que o nosso amigo se comunique de forma audível e que o som saia em português!
Rapidamente, a roupa o fez e o avisou. Carlos levou a mão ao bolso e pegou o tal objeto que, na verdade, era um cordão, e o pôs no pescoço de Dorian.
CARLOS: Doutor, com este cordão que pus no seu pescoço, poderá se comunicar com sua própria voz. Basta desejá-lo...
DORIAN: Eu... Nossa! É a minha voz! - falava e ouvia a si mesmo em inglês, mas os demais o ouviam em português; o som era idêntica a sua voz, mas levemente metalizada.
PEÇANHA: Caramba! Essas tuas parafernálias... Humpf! - do que todos riram.
DORIAN: Kkkk... Posso dizer que já vi um pouco disso lá na Computer Master, senhores! Já estou acostumado... Agora, eu sei que não dava pra levar todos, mas porque não trouxeram a Linda?! Richard vai matá-los todos por terem falhado!
TD-540: Dorian, ela estava mentindo!
DORIAN: E como sabe disso, robozinho?
CARLOS: Esta esfera, o nome dela é TD-540, ela tem informações sobre o futuro, pois ela foi criada por uma amiga minha... - contou-lhe bem resumidamente toda a história.
DORIAN: Que desgraça! E eu pensando que ela se importava comigo! Maldito dia que entrei nessa empresa maligna!
PECANHA: Doutor, com estas coordenadas que o senhor deu, nós vamos destruir a Computer Master...
CARLOS: Não... Infelizmente não, delegado! Ela deve continuar existindo, assim como o senhor Richard... Sob pena de paradoxos...
DORIAN: Que destruiriam o Universo... - completou o raciocínio de Carlos - ... já li algo sobre viagens temporais... Aliás, Richard o faz com uma facilidade incrível! Consegue se deslocar no espaço e no tempo através de uma tecnologia avançadíssima!
CARLOS: Sim, pico-robos de viagem espaço temporal... Fique tranquilo, doutor, esta nave e a instalação para onde o levaremos, digamos, é a prova de Richard! Peçanha, diga para o tenente Torquato nos levar até o Pão de Ló!
PEÇANHA: Sim, agente! - retirou-se e repassou a ordem ao piloto.
DORIAN: Humpf! Agora eu entendo toda essa raiva que ele sente do seu pais... Afff... Só eu sei o quanto sinto, não pelo meu estado atual, mas por ele ter matado minha esposa... É paradoxal, não é?! De qualquer maneira, não justifica as atrocidades que ele está cometendo! - nisso, Hugo chegou ali naquela emfermaria.
HUGO: Nossa! - murmurou ao ver o estado do doutor.
DORIAN: Humpf! Eu ouço muito bem, ein?! Quem é esse, Carlos?
CARLOS: Este é um dos nossos agentes, o capitão Hugo...
DORIAN: Prazer, Capitão...
HUGO: O que fizeram com o senhor, doutor? Nossa mãe! Temos que impedir logo esse Richard!
CARLOS: Sim, mas primeiro vamos levar o doutor Dorian para a SECRETO... Tome... - digitalizou o papel com as coordenadas do laboratório secreto da Computer Master e entregou-o ao capitão.
DORIAN: Senhores, tem mais... Aquela instalação é vigiada por um satélite que eu ajudei a criar...
CARLOS: Ué?! Mas nossos cientistas nos disseram que isso só seria criado em alguns anos...
DORIAN: Sim... Eu inclusive já dei palestras sobre este assunto até no exterior... Na verdade, eu o projetei, mas Richard o aperfeiçoou.
HUGO: Imagino...
DORIAN: Sim, capitão... Esse satélite na verdade foi projetado como de comunicação e seria patenteado pela Computer Master, ilustrando, assim, que a compania agora teria o foco mais voltado para tecnologia. Seria inaugurado no dia em que ela mudou de nome... mas Richard fez dele uma arma que dispara um feixe de nêutrons sob qualquer objeto julgado hostil pela sua mente eletro-orgânica, à qual o satélite está ligado.
CARLOS: Hum... Que coisa! E qual é o raio de alcance dele?
DORIAN: Bom, ele pode atingir um alvo ao entrar num raio de dois quilômetros a partir dessas coordenadas...  Além disso, a entrada desse laboratório subterrâneo se abre em qualquer ponto neste mesmo raio, a partir destas coordenadas!
HUGO: Ahn?!
CARLOS: Humpf! É uma entrada móvel!
DORIAN: Exatamente!
CARLOS: É um sistema que torna intangível e invisívell parte da superfície de qualquer material... Eu usei esta tecnologia aqui neste jato... Por isso a ”porta” se abriu em cima dele para nós entrarmos naquela hora...
HUGO: Hum... Sei...
CARLOS: É algo bem tranquilo de se fazer... Na verdade é uma substância liquida. Contendo nanotecnologia... Enfim... Só o doutor Raphael, ou Richard, poderá abri-la então...
DORIAN: Não... Qualquer trabalhador daquela instalação o pode fazer! Basta se aproximar e falar um código, que uma luz vinda do chão faz um tipo de reconhecimento biométrico no indivíduo...
HUGO: Então o senhor vai poder, doutor!
CARLOS: Não... Ele não possui algumas partes do corpo e, se bem conheço este tipo de reconhecimento... Humpf, este feixe de luz pode fatiar a pessoa no meio!
DORIAN: Exato!
CARLOS: A não ser... Doutor, o senhor quer nos acompanhar nesta missão lá no seu antigo local de trabalho?
DORIAN: Como? Olha o meu estado?! Vão me levar no colo, por acaso?
CARLOS: Não! Vamos te dar uma armadura que o senhor poderá controlar com a mente... Mas, dadas as limitações de hoje... O senhor não vai poder ser desligado dela!
DORIAN: Por mim... Afff... Senhores, já estou morto mesmo! Aceito sim, doutor Carlos!
CARLOS: Muito bem! Hugo, vamos mudar os planos... Ao chegar no Pão de Ló, me dêem umas quatro horas para construir a armadura do doutor Dorian. Depois, vamos destruir este satélite e, por fim, a fábrica de maldades do Richard!
HUGO: Sim, Carlos... A propósito... Fábrica de Maldades seria um bom nome para este laboratório!
CARLOS: Eh... Pode ser! - nisso, Peçanha abriu a porta da enfermaria.
PEÇANHA: Senhores, o tenente Torquato avisa que estamos nos aproximando do Pão de Ló!
CARLOS: Perfeito!
Enquanto aquela conversa acontecia, Richard finalmente conseguira se teletransportar para o hospital onde Dorian estava internado. Ao chegar lá, criou vários hologramas sólidos que nocautearam os seguranças, os quais procuravam em vão por Carlos, Hugo e Dorian, o paciente que eles julgaram ter sido sequestrado. A polícia fora chamada, mas Richard usou sua mente eletro-orgânica para invadir o sistema de rádio da polícia e desviá-los dali. O diretor do hospital, ao ver os seres holográficos humanoides derrubando os seguranças do hospital e quem estivesse a sua frente, desesperou-se.
DIRETOR: Quem ou o que são vocês?
RICHARD: Doutor, melhor sair da frente deles!
Richard o disse ao surgir atrás do diretor, dando-lhe um golpe "telefone", que o derrubou; seguiu até o quarto de Dorian. Ao chegar lá, viu os três segurança que estavam acabando de acordar bem como a enfermeira Linda, que ainda estava um pouco tonta por causa dos golpes.
LINDA: Richard... Arghhhhh... Demorou!
RICHARD: Algo me bloqueou de me teletransportar para cá... E só uma pessoa seria capaz de fazê-lo: Carlos! Droga! Final e, ao mesmo tempo, infelizmente ele acordou! Afff! Atenção vocês todos! Vou levar em consideração que eles tinham alguns truques na manga, mas não tolerarei mais erros!
LINDA: Qual o próximo plano agora, senhor Richard?!
RICHARD: Qual?! Humpf! Deixa eles tentarem invadir o laboratório! Jamais conseguirão! Já cortei o acesso do doutor Dorian à instalação...
LINDA: Mas e quanto aos truques deste tal de Carlos?! Ele parece ter uns trequinhos também como o senhor...
RICHARD: De fato ele tem... mas, a essa altura, o doutor Dorian já deve ter contado para eles sobre a forma de acesso, de modo que eles vão se precaver, mas eu fiz algumas atualizações, Kkkkkkk!
O Carcará já havia chegado na sede da SECRETO, no Pão de Ló. Carlos, Hugo e Peçanha seguiam para a enfermaria daquela instalação, a qual possuía bem mais recursos. O doutor Dorian era trazido numa maca eletromecânica, conduzida pela TD-540 através de um cabo que os conectava. Todos os que o viam, ficavam abismados ante a crueldade de Richard.
SHIRLEI: Nossa mãe! Que fizeram com ele, Carlos?!
CARLOS: Afff... Nunca imaginei que doutor Raphael seria capaz de tal coisa!
HUGO: Doutor Raphael não... Richard!
CARLOS: É, né... Bom, agora vamos tentar melhorar a qualidade de vida do doutor Dorian!
VALMA: Como?! Olha o estado dele!
PEÇANHA: Humpf! Vocês também parece que nunca viram as coisas que este polícia faz!
CARLOS: Deixa eles! Doutor Dorian, esta mulher que falou por último é Valma, esposa do capitão Hugo...
DORIAN: Oi, como vai, Valma!
SHIRLEI: Ué?! Como ele está falando, e em português ainda por cima?!
VALMA: É?! Como isso é possível?
DORIAN: Através deste cordão que o Carlos criou... E quem é essa outra mulher, Carlos?
CARLOS: Shirlei, minha esposa!
DORIAN: Ah... Prazer Shirlei! Parabéns para vocês... O Carlos me contou que voce está grávida...
SHIRLEI: Prazer, doutor e muito obrigado!
VALMA: Desculpe, doutor... Também me é um prazer conhecer o senhor...
Finalmente, chegaram à enfermaria. Carlos logo iniciou a montagem da armadura, com a ajuda da TD-540, a qual projetou-a rapidamente, conforme especificações dadas por ele. Hugo, Peçanha, Shirlei e Valma ajudavam como podiam. Depois de aproximadamente duas horas, terminaram-na. Era uma armadura com braços e pernas, no entanto o desenho era proporcional aos recursos da época.
CARLOS: Gostou, doutor?
DORIAN: Se pudesse ver, né, rsrsrsrs....
CARLOS: Hum... Mas vai poder sim...
Carlos ordenou a sua roupa que criasse uma tipo de óculos. Ela o produziu em poucos segundos, após o que, o tal óculos surgiu nas mãos de Carlos. Em seguida, o pôs em Dorian.
CARLOS: Doutor, toda imagem captada pelas lentes opacas escuras deste óculos é enviada aonde cérebro através de estímulos transmitidos pela armação do mesmo...
DORIAN: Caramba! Como eu deseja ver novamente! Essa tecnologia sua poderia ser usada para auxiliar as pessoas com deficiência, doutor Carlos!
CARLOS: Sim... infelizmente isso mudaria os eventos futuros e certamente causaria um paradoxo... A esfera TD-540 me mostrou o que ela própria chamou de misto de passado e futuro e não vi nada deste tipo auxiliando os deficientes... Infelizmente...
DORIAN: Eh... Poxa! Imaginem só! Enfim... A armadura está muito bonita, doutor Carlos! Vamos ver se vai funcionar!
CARLOS: Vai sim! Mas é aquilo: depois que eu conectar aqueles cabos na sua espinha dorsal, estará fadado a usá-la para sempre...
DORIAN: Vamos logo com isso!
Assim, Carlos, Hugo e Peçanha o ergueram e o "encaixaram" naquela armadura. Feito isso, Carlos o anestesiou e cravou os cerca de mil cabos na dorsal do doutor. TD-540 o auxiliava iluminando as costas de Dorian com uma luz que mostrava a sua coluna e os respectivos pontos onde as agulhas dos cabos seriam espetadas. Ao mesmo tempo, TD-540 cauterizava as feridas causadas por cada punção. Isso durou mais uma hora e meia, aproximadamente. Doutor Dorian estava parecendo um ciborgue.
DORIAN: Hum! Sensacional! - disse olhando para os seus membros mecânicos - Olha! Posso até sentir as coisas! - disse ao morder o dedo robótico de sua mão biônica.
SHIRLEI: Cada dia me surpreendo mais com você, meu amor! - deu-lhe um beijo.
DORIAN: Afff... Não tenho mais minha esposinha para me dar um beijo... Vou matar Richard! - disse cerrando os punhos.
CARLOS: Sem mortes, doutor! Apenas destruição do laboratório e justiça!
DORIAN: Afff... Ok! Você que manda, Carlos! Estou sob seu comando, afinal, me deu uma nova vida que...
HUGO: Só quem faz isso é Deus, doutor!
DORIAN: Sim... Rsrsrsrs... Me perdoem... Quis dizer que vocês me fizeram um ser humano novamente... Tudo bem que não parece muito, mas é bem reconfortante poder sentir novamente as coisas, andar, segurar, enxergar, falar...
PEÇANHA: Agente Carlos, não quero apressá-lo, mas é melhor irmos logo!
CARLOS: Sim! Vamos todos! Chamem a mesma equipe! Shirlei, sabe dizer se o presidente está vindo?
SHIRLEI: Sim, ele está!
CARLOS: Jóia! Eu o contactei quando estava no Carcará para que ele observasse pessoalmente a destruição nada Fábrica de Maldades!
VALMA: O que é isso? O apelido que cês deram para o laboratório deste tal de Richard? Gostei!
SHIRLEI: Eh... Poderia ser melhor!
PEÇANHA: Vamos, confrade, Rsrsrs...
HUGO: Humpf! Isso aqui não é confraria!
CARLOS: Mas gostei deste jargão... Eh! Podemos nos chamar assim até para criar uma espécie de identidade organizacional... O que será bom para reconhecer os membros desta família!
DORIAN: Me parece uma boa ideia! O mundo precisava de pessoas assim como você, Carlos!
CARLOS: Obrigado, doutor, mas o mundo precisa é de Cristo!
DORIAN: Humpf! Eu era ateu, mas cada dia reconheço que tudo que existe só pode ter sido criado por Deus mesmo, um Ser vem superior a tudo! No entanto, me perdoem por estas gafes, Rsrsrs...
PECANHS: Eu também não sou bíblia, doutor, mas estou começando a crer em Deus também! Mas temos que ir logo!
Ditas estas palavras, todos os mesmos agentes votaram para o Carcará, acompanhados, agora, do praticamente ciborgue Dorian. O objetivo desta segunda missão seria destruir o satélite guardião da Fábrica de Maldades, o laboratório secreto da Computer Master.
Assim que o Carcará saiu da sede da SECRETO, um grupo de agentes recem-recrutados acabava de chegar ali num caminhão dos fuzileiros navais. Acompanhava-o uma comitiva de seis jipes e o carro oficial do presidente Getúlio. Todos eles pararam próximo ao casebre, após o que, desceram de seus veículos. O presidente entrou lá dentro e fez o código para ter acesso àquela instalação: uma sequência de toques no chão com seu sapato. O acesso foi-lhes garantido de modo que todos lá entraram. Um analista da SECRETO os viu na pela câmera e logo acionou uma espécie de campo de força que tornou invisivel os veículos em que aquele grupo ali chegara e que estavam estacionados próximo ao casebre.
ANALISTA: Senhora Shirlei, o presidente Getúlio Chagas, os novos agentes e outros militares chegaram!
SHIRLEI: Excelente!
Alguns poucos minutos depois, aqueles homens surgiram na sala principal da SECRETO.
GETÚLIO: Hum... Diretora interina Shirlei!
SHIRLEI: Senhor presidente! É um prazer recebê-los aqui!
GETÚLIO: Devo confessar que fico cada vez mais impressionado com as coisas que seu marido e vocês todos criam! Olha, nem parece que estávamos descendo naquele elevador... - apontou para o referido veículo, que os trouxe em poucos segundos da entrada até aquele local - ... é muito, digamos, futurista! Tudo isso!
SHIRLEI: Obrigado, senhor!
GETÚLIO: O Carlos me convidou para observar o andamento dessa primeira missão de vocês, aí, vou aproveitar e dar posse aos novos agentes ali... - apontou para o grupo.
SHIRLEI: Perfeito, senhor! Carlos havia me falado sobre a sua visita e a entrada destes novos agentes. Bom, os demais homens que o acompanham deverão tomar a pílula do esquecimento.
GETÚLIO: Claro! Eles já está cientes, diretora interina! E como anda a missão de vocês? Conseguiram localizar o laboratório da Computer Master?
Shirlei e Valma lhe contaram sobre os últimos acontecimentos, mantendo o presidente Getúlio atualizado. Em seguida, convidaram-no para acompanhar a missão em tempo real. Shirlei pôs uma espécie de fone com microfone no presidente de modo que ele pode falar com Carlos, que pilotava o Carcará e se aproximava do satelite.
GETÚLIO: Carlos, como está indo a missão?
CARLOS: Senhor presidente, é uma honra servir ao Brasil! Em qualquer época! A missão segue sem alterações... Estamos no espaço... O senhor deveria ver a Terra daqui! Eu já fiz isso uma pá de vezes, modéstia a parte, Rsrsrs...
GETÚLIO: Humpf! Você é muito bom, Carlos! Tenho a honra de comandar você e a agência que voce e seus companheiros criaram! Desejo-lhe boa sorte no vosso intento!
CARLOS: Obrigado, Senhor!
GETÚLIO: Ah, e agradeça ao gringo por estar nos ajudando! Ofereça a oportunidade de trabalhar para o Brasil! Quem sabe não o emposso hoje mesmo?
CARLOS: Se a missão for rápida, rsrsrsrs...
GETÚLIO: Será! A nação e o mundo confiou-lhes esta responsabilidade! Boa sorte!
CARLOS: Obrigado, senhor presidente! - desligou o rádio e pensou em seguida - "Bom, conseguir nós vamos conseguir porque não me lembro de ter estudado sobre nenhuma aberração, como o capitão Teratismo, nesta época, além disso a TD-540 não me mostrou nada a respeito... Só não sei a custo de que nós vamos lograr êxito..."
PEÇANHA: Nossa! Olha isso! É muito bonito! 
Peçanha e todos os demais agentes contemplavam extasiados a Terra através das janelas do Carcará, que voava no espaço.
TORQUATO: Incrível! Pô, se soubesse que ia desfrutar disso tudo, não teria pensado duas vezes antes de aceitar o encargo!
DORIAN: Sim, senhores, é muito belo!
HUGO: Ô Carlos, vem vê!
CARLOS: Capitão, não vê que eu estou pilotando a nave para que vocês possam se divertir vendo a Terra do espaço? Depois também, na minha época, eu cansei de fazer isso... Viagens interplanetárias são comunissímas!
DORIAN: É mesmo?! Caramba, senhor Carlos, o que um cientista de hoje não daria para conhecer sua época, rsrsrs...
CARLOS: Senhores, agora vou precisar de vocês comigo, especialmente o senhor, doutor Dorian! Já tenho contato visual do satélite! Parece ser bem arcaico, a princípio!
HUGO: Carlos, está esperando o que para disparar?
CARLOS: Tem razão...
Carlos, assim, apertou um botão e a nave começou a disparar feixes de nêutrons contra o satélite, destruindo-o em segundos. Todos comemoraram a destruição, exceto Carlos e Peçanha.
CARLOS: Era disso que eu tinha medo...
PEÇANHA: Humpf! Fácil demais!
HUGO: Fácil?! E que nave hoje em dia é capaz de derrubar um alvo no espaço?
PEÇANHA: O Carcará!
CARLOS: E Richard sabe que, uma vez que eu estou nesta época, uma nave que faz o que o Carcará faz é perfeitamente plausível! Ou seja, ele não deixaria as coisas tão fáceis assim, capitão!
HUGO: Hum...
DORIAN: Pior que vocês têm razão! Olhem!
De repente, surgiram uns dez satélites, os quais apontaram seus canhões para o Carcará. Além disso, o satélite original não havia sido destruído de verdade. Ele era maior que os demais.
Richard, com sua mente computacional, entrou em contato com a tripulação acessando a frequência dos comunicadores da nave. Seu rosto também apareceu em todas as telas do Carcará.
RICHARD: Achou mesmo que ia ser fácil vir me enfrentar?
CARLOS: Jamais, Richard!
DORIAN: Como isso é possível?!
HUGO: Olha quantos outros satélites!
CARLOS: Humpf! Ele usou um sistema de replicação de matéria! Mas isso só é possível com tecnologia do futuro! Seu desgraçado!
RICHARD: Eh, eu estava pensando como poderia garantir que vocês não viessem me atrapalhar. Aí, fiz uma visita ao futuro: fui para o ano de 2100 e trouxe essa tecnologia de replicação de matéria para os dias atuais, muito embora eu prefira usar o potencial tecnológico desta época para mostrar para as pessoas deste tempo o quão idiotas elas são!
CARLOS: Prof... Richard, não precisa agir desta forma! Deixe-nos ajudá-lo... Já que você pode viajar no tempo, poderemos votar a 2696 e impedir o agente Alpha de...
RICHARD: Cale-se! Ah, Carlos! Em homenagem a você, vou te dar duas opções: ou volta para casa ou vai ser fatiado pelos feixes de pósitrons de meus satélites...
Ao dizê-lo, os satélites começaram na energizar seus canhões, para espanto dos tripulantes do Carcará.
RICHARD: Te ofereço a vida e a morte, Carlos!
CARLOS: Humpf! Só Deus pode faze-lo, Richard!
RICHARD: Então vamos ver se teu Deus vai te ajudar, Kkkkkkk! Ah, e agradeça ao doutor Dorian por ter ajudado a criar estas armas!
DORIAN: Desgraçado! Era para ser um satélite de comunicação, para auxiliar a sociedade!
RICHARD: Vocês são muito inocentes mesmo! Cansei de ser assim! Morram ou vivam! - encerrou a comunicação.
HUGO: E agora, Carlos?!
CARLOS: Agora?! Ué, agora nós vamos até o final! Ativar escudos!
TORQUATO: Sim, senhor! - fê-lo e um campo de força invisível envolveu a nave.
CARLOS: Bom, agora, doutor Dorian, vamos lá na "sala de máquinas"...
Dorian correu juntamente com Carlos até o referido local e, ao entrarem lá, Carlos fez um gesto com a mão de modo que parte da lataria se abriu, como quando ele e Peçanha saltaram na nave. Assim, ele teve acesso aos circuitos responsáveis por controlar o campo de força. Com ajuda de Dorian, mexeu em alguns fios e recodificou algumas linhas  num terminal holográfico que ele fizera surgir por meio de seu dispositivo. Depois, fez um gesto e a lataria voltou a se fechar. Voltaram para o cokipit. Todo o procedimento durou tempo suficiente para que Richard desistisse de ter misericórdia de Carlos e, então, fez com que todos os satélites disparasse seus feixes.
HUGO: Nossa mãe!
PEÇANHA: Morremos!
CARLOS: Só se Deus quiser... - fechou os olhos em oração
Quando os feixes de pósitrons tocaram os escudos, eles foram refletidos aleatoriamente, sendo que alguns feixes voltaram e atingiram a maioria daqueles satélites. Ao verem, todos comemoraram; Carlos e Hugo ergueram as mãos para os céus em agradecimento na Deus.
CARLOS: Tenente Torquato! Fogo!
TORQUATO: Sim senhor!
Torquato disparou um feixe direcionado ao satélite original, maior que os demais. Quando é feixe cruzou os escudos, ele mudou de cor e se dividiu em dez outros, os quais destruíram os demais satélites cópias do original e ainda causou um dano severo neste. Richard, de sua sala na Fábrica de Maldades, enfureceu-se sobremodo. Entrou em contato novamente com a tripulação do Carcará.
RICHARD: Carlos, você já está me irritando!
CARLOS: Não diga, professor Raphael!
RICHARD: Ele morreu junto com sua família e você está ajudando a criar o monstro que vai fazer isso em 2696!
CARLOS: Não foi um agente da SECRETO que fez isso, Richard! Foi um agente da ABIN e ainda por cima, controlado pelos xaganianos que nós ajudamos a se tornarem nossos inimigos, fomentando a destruição de seu planeta em nome do bem-estar da sociedade terrena!
RICHARD: Você não sabe de nada, Carlos! Eu era obrigado a chefiar aquelas missões... Afff... De qualquer modo, você é que está fomentando a criação desta potencia chamado Brasil... Quando esse povo descobrir a força que tem, eles vão me obrigar a fazer o que fiz e fazer nascer o ódio nos xaganianos! É redundante! É um ciclo que eu vou fazer de um tudo para quebrar financiando diversas coisas ruins que praticamente só o Brasil vai ter!
CARLOS: Vai sim... vamos ver! Conversa fiada! O senhor bem que gostava daquelas missões interplanetárias... Aliás, o que fiz ainda agora eu aprendi numa das missões contra os tais xaganianos... Eu inverti na polaridade do campo de força de modo que eke refletiu seus feixes de ante-matéria como um espelho!
RICHARD: Então vamos ver se vai refletir isso: um feixe de mésons! - Carlos arregalou os olhos mas nanteve-se calmo.
CARLOS: Droga! Tenente, tire-nos daqui!
TORQUATO: Sim, senhor!
HUGO: O que foi agora?!
DORIAN: O escudo não vai aguentar um disparo destes...
CARLOS: É, exatamente isso!
RICHARD: Não adianta correrem, senhores!
Richard encerrou na comunicação. O satélite energizou seu feixe destruidor ao mesmo tempo que o Carcará se evadia daquele local. Subitamente, o satélite disparou de modo que, quando o feixe se chocou contra o escudo, ele refletiu cerca de noventa por cento de si mesmo, sendo que o restante atingiu o Carcará, mas causou um dano bem menor do que causaria.
CARLOS: Deus! - disse ao sentir impacto dos dez por cento daquele feixe.
PEÇANHA: E agora?
CARLOS: Torquato, ponha a nave em posição e acerte aquele satélite!
Torquato prontamente obedeceu e disparou, danificando ainda mais o satélite, o qual, por sua vez, disparou um último feixe de mésons ao mesmo tempo que o Carcará efetuou o outro disparo. Da mesma forma que os anteriores, este se dividiu ao se chocar contra os escudos e, ao cruzarem com o feixe de mésons recém disparado pelo satélite, tambem o dividiu em outros menores os quais foram refletidos pelo escudo do Carcará. No entanto, dois deles conseguiram passar e atingiram uma das turbinas da nave.
TORQUATO: Fomos atingidos! Fomos atingidos! - a nave começou a ser atraída de qualquer maneira pela gravidade da Tarde.
CARLOS: Pelo menos destruímos o satélite, vejam! - apontou para o satélite sendo destruído ao ser atingido pelos feixes - Agora sim!
HUGO: Sim, mas é quanto a nós?!
CARLOS: Calma, capitão! Tenente, força total na outra turbina e force o Carcará para estas coordenadas!
TORQUATO: Mas senhor...
CARLOS: Tenente, faça isso! - ao que Torquato, a contra-gosto, obedeceu.
DORIAN: Carlos, essa nave vai aguentar nesse tranco?! - a nave tremia muito
PEÇANHA: Polícia, espero que saiba o que está fazendo!
CARLOS: Sei sim! Mas é melhor vocês se segurarem!
Carcará, agora, era atraído pela gravidade da Terra, mas em direção ao Alasca, onde ficava a Fábrica de Maldades da Computer Master. Vários sensores começaram a emitir alertas. A nave vibrava sobremaneira e, ao entrar na atmosfera daquela forma, começou a esquentar de tal modo que o sistema interno de refrigeração não estava dando conta: todos suavam a cântaros. Dorian chegou a passar mal.
CARLOS: Aguenta firme, doutor! Deus há de nos ajudar!
DORIAN: Será... Cof... Cof... Coff...
TORQUATO: Olhem... Já avisto o solo...
HUGO: Caramba... Graças a Deus! Este calor está insuportável!
PEÇANHA: Só que nesta velocidade, nós vamos ser destroçados!
TORQUATO: Exatamente, delegado!
CARLOS: Não! Ligue o sistema antigravitacional do Carcará e libere o trem de pouso!
Torquato o fez e a nave diminuiu a velocidade de queda. Mesmo assim, do jeito que ela estava caindo, causaria grandes danos e até mortes. Carlos, assim, fez com que sua roupa criasse um sistema de equilíbrio e sugeriu que todos fizessem o mesmo para que ninguém viesse a cair ou se machucar ante aquela turbulência. Em seguida, Carlos durigiu-se até os sistemas da nave e reconfigurou o antigravitacional, de modo a aumentar a sua potência. Então, conseguindo atingir este objetivo, a nave, que já estava a cerca de cinquenta metros do chão, diminuiu ainda mais a velocidade de queda, o que foi decisivo para que ela finalmente pousasse com o mínimo de dano possível.
Ao retornar para o cokipit, aliviou-se ao ver que todos estavam bem, no máximo, com ferimentos leves. Apenas doutor Dorian não passava bem em razão daquele calor causado pela reentrada na atmosfera, entretanto procurava aguentar as dores que sentia. Assim, todos os tripulantes saíram da nave e começaram a vagar por aquele enorme descampado de neve e gelo.
PEÇANHA: Ufa! Essa foi por pouco, ein?!
HUGO: Nem fala! E agora, Carlos, qual o próximo passo?
CARLOS: Bom, certamente Richard deve ter cancelado o acesso do doutor Dorian... Aliás, como vai o senhor?
DORIAN: Estou um pouco melhor... Mas exatamente... Richard cancelou meu acesso porque ele não é bobo...
HUGO: Como faremos para entrar então?!
CARLOS: Humpf! Pra tudo há uma solução, senhores! Eu chamei o doutor Dorian para que ele pudesse pessoalmente contemplar a destruição moral do homem que o deixou desse jeito e também porque poderia ser que Richard não tivesse se lembrado de cancelar o acesso... Ou seja...
DORIAN: Uniu o útil só agradável... Obrigado, Carlos!
CARLOS: Sim, e também precisávamos de uma pessoa que estivesse por dentro dos esquemas do Richard pois, mesmo que ele os tenha mudado, pelo menos saberemos mais ou menos o que nos espera...
PEÇANHA: E daí, polícia?! Até agora,  respondeu nossa pergunta! - todos fuzilaram Carlos com os olhos.
CARLOS: Bom, na armadura do doutor Dorian existe um sistema que consiste em uma combinação de software e hardware... Ou seja, doutor, peço que encosre seus pulsos no chão! - ao que ele obedeceu e a entrada móvel foi aberta, para espanto de todos.
DORIAN: Como fez isso?!
CARLOS: Isso eu aprendi quando estava infiltrado numa organização criminosa na minha época... eu tive de abrir um cofre num banco e usei esta técnica... Longa história...
Subitamente, surgiram alguns paramilitares, entre seguranças e mercenários, comandados pelo Capitão Teratismo. O grupo dos sete agentes da SECRETO não tiveram escolha salvo se renderem, dado que os paramilitares lhes apontavam suas armas. Richard surgiu em seguida.
RICHARD: Sabia que você ia abrir a entrada móvel deste jeito!
CARLOS: Não foi muito difícil, Richard!
PEÇANHA: Maldição!
HUGO: Capitão Figueira! GRRRRRRR!
TERATISMO: Capitão Teratismo, soldado! E não vou ter pena de você! Aliás, de nenhum de vocês!
DORIAN: Vou te matar, seu monstro! - referiu-se ao Capitão Teratismo - E depois, vou pegar você, Richard!
Dorian ameaçou avançar contra Richard, o qual tentou controlar aquela armadura usando sua mente computacional, mas não logrou êxito. Rapidanente, porém, Capitão Teratismo deteve o doutor Dorian dando-lhe um soco que o arremessou longe.
RICHARD: Ah, doutor Dorian! Deveria era ter te matado! Aliás, Carlos, estou impressionado com você, meu aluno! Vejo que te ensinei certinho a máscarar sistemas computacionais de ameaças externas!
CARLOS: Maldito! Você acha que sou algum bobo?! - em seguida pensou - "Roupa, crie uma luz bem forte que ofusque os olhos de todos aqui!
ROUPA: "Como quiser!" - em alguns segundos o fez - "Pronto. Aguardando ser desdigitalizado."
CARLOS: "Muito bem! Quando eu falar 'Raphael', desdigitalize a luz e TD-540!"
ROUPA: "Positivo!"
RICHARD: Ah, Carlos, Carlos, Carlos... Deveria ter se juntado a mim! Eu te tornaria um deus como eu sou!
CARLOS: GRRRRRRR! Só existe um Deus e com certeza Ele irá nos ajudar a cumprir nossa missão aqui!
RICHARD: Hum... Missão... Fala como um policial que sempre foi! Devo lembrá-lo que você não está mais em 2696, e neste ano em que estamos, os Estados Unidos é que são a potencia mundial, e o Brasil, um simples plebeu que eu vou ter o prazer de mantê-lo nesta condição!
HUGO: Só se for por cima do nosso cadáver!
RICHARD: Adoraria, mas eu vou entregá-los às autoridades americanas por invasão ao seu território! Ser-me-á melhor... Depois a mídia se encarrega de manipular as massas: "Dono da Computer Master impede uma invasão estrangeira em território americano!"
CARLOS: Ledo engano seu, Richard! Não há jurisdição quando o nosso objetivo é proteger o Universo inteiro de você!  Fazendo isso, acabamos protegendo o Brasil...
RICHARD: Chega de papo! Vamos, senhores! Desçamos pela porta que o doutor Dorian abriu!
Os paramilitares obeceram à ordem de Richard e fizeram os sete agentes saltar naquela entrada móvel que Dorian abrira. Quando se entrava desta forma naquele enorme compartimento vazio, um sistema antigravitacional era acionado de forma a evitar que o indivíduo se ferisse por causa da queda.
Os últimos a entrar naquele primeiro nível foram Capitão Teratismo e doutor Dorian, trazido sob a mira dos punhos lança-chamas daquele monstro. Ao passarem pela entrada móvel, ela se fechou.
RICHARD: E então, Carlos?! O que achou?!
CARLOS: Interessante...
RICHARD: Hum... Se lembra daquele teleportador da SALA? Eh... Infelizmente não pude nem quis reproduzi-lo...
CARLOS: Sei...
RICHARD: Teleportadores podem ser hackeados por uma mente como a sua, mas a minha mente, você jamais conseguirá penetrar! Preparem-se!
Subitamente, todos os presentes se viram dentro do laboratório. Richard usara seu pico-robo modificado pelo Elixir 25 para teletransportá-los até o interior da sua Fábrica de Maldades, o qual ficava a vários metros daquele salão, terra a dentro. No entanto, quando Richard o fez com aquela quantidade de pessoas, ele perdeu seus poderes momentâneamente, o que foi percebido pelo olhar atento de Carlos, que notou mudança sutil na feição de Richard.
CARLOS: Impressionante, Richard!
HUGO: Eu gostaria de saber o que Carlos está tramando... - cochichou com Peçanha.
PEÇANHA: Eu também... Olha como ele está calmo! Desde lá de cima... Caramba, esse Richard é sinistro, ein!
DORIAN: Enfermeira Linda! - falou com a enfermeira a qual, juntamente com aqueles seguranças comprados, encontrava-se na Fábrica de Maldades.
LINDA: Kkkkkkk! Seu aleijado! Eu falei pra Richard te matar!
DORIAN: Sua maldita! E eu ainda fiquei chateado com Carlos por não ter te trazido! Bem que aquele robozinho dele falou que você não ia morrer pelas mãos de Richard... Mas o vai pelas minhas! GRRRRR! - ameaçou atacá-la, mas Teratismo o conteve com uma chave de braço.
CARLOS: Doutor Dorian, acalme-se! Ninguém vai morrer hoje a não ser os planos de Richard!
LINDA: Humpf! E como vocês pretendem fazer isso?! Daqui a algumas horas vocês serão entregues as autoridades...
HUGO: Eh, Carlos, como você pretende nos tirar desta? - cochichou novamente com Peçanha.
PEÇANHA: Humpf! Pela calma dele, na certa tem um truque na manga!
PARAMILITAR 1: Ei, vocês! Calem-se ou vou ter um prazer enorme em matá-los!
PEÇANHA: "Roupa, prepare pare desdigitalizar minha pistola!" - ordenou mentalmente à sua roupa.
ROUPA: "Como quiser, delegado!"
Peçanha fingiu desequibrar-se e bateu duas vezes o pé naquele chão metálico: era um código para que o restante dos agentes se preparassem para o revide iminente. Todos, então, deram a mesma ordem às suas roupas para que, ao perceberem o momento exato, desdigitalizassem as armas.
CARLOS: Doutora, por que o seu senhor Richard não está falando mais?! Ele era tão loquaz!
RICHARD: Eu... - levou a mão a cabeça e a sacudiu - ...tá pensando que eu tô passando mal igual o teu ciborgue Dorian, Carlos?! Kkkkk!
CARLOS: É exatamente o que eu estou pensando, doutor Raphael!
Ao dizê-lo, a roupa de Carlos fez surgir uma luz tão forte que ofuscou os olhos de todos. Paralela e rapidamente, TD-540 protegeu os olhos dos agentes, os quais começaram a desarmar os paramilitares. Carlos, não perdeu tempo e partiu para cima de Richard, golpeando-o com vários socos e pontapés que o derrubaram no chão. Até Capitão Teratismo teve sua visita ofuscada pela luz forte emitida pela roupa de Carlos, de modo que Dorian o jogou contra uma parede com tal ímpeto, que ela rachou um pouco. Dorian, ao perceber que Teratismo estava zonzo em razão daquele choque, correu até o monstro para cravar-lhe uma lâmina no crânio deformado pelo Elixir 20. Hugo, ao percebê-lo, nocauteou um paramilitar e disparou sua pistola recém desdigitalizada contra a lâmina que Dorian apanhara, desarmando-o.
HUGO: Sem mortes, Doutor!
DORIAN: GRRRRRRR!
LINDA: Ei, seu aleijado!
Linda deu com uma barra de ferro nas costas de Dorian, o que fez com que alguns dos fios se soltasse e ele perdeu metade de sua força um pouco aumentada, igualando-se a um ser humano. Assim, os dois passaram a lutar de igual para igual.
LINDA: Interessante seu pessoal, doutor! Primeiro te dão uma armadura mal-feita dessa, depois, um deles dispara contra você!
DORIAN: É, pode ter razão, mas pior do que isso foi ter um inimigo à porta! - deu-lhe um soco, mas ela se desviou, golpeando-o em seguida.
LINDA: Ei, vejo que se apaixonou por mim, mas olha só! - deu-lhe um chute e um golpe que o derrubou no chão - Eu não gosto de aleijados! - em seguida, cravou-lhe uma barra de aço na perna eletromecânica.
DORIAN: Arghhhhh!
RICHARD: Humpf, Carlos... Olha lá o teu "sobre-humano" perdendo para um humano comum! Que lástima!
CARLOS: Cale a boca! - deu-lhe um soco na boca; Richard ainda não podia usar seus poderes, mas eles estavam voltando paulatinamente.
TD-540: Bom, como a luz já acabou, vou ajudar estas pessoas de bem, né?!
PEÇANHA: Pensei que ia ficar atoa, sua bolinha metida... - levou um soco de um paramilitar.
TD-540: Eu estava mais do que protegendo vocês da luz... Olhe! - Peçanha virou-se e viu o paramilitar desmaiar por uma espécie carga elétrica - Viu?! Eu joguei no ar uma nanotecnologia que só pessoas do mal respiram!
PEÇANHA: Humpf! Assim espero, né!
TD-540: Está por fora das tecnologias de 2696... Nossa! Agente Carlos! Veja isso! - fez surgir uma tela holográfica através da qual pode-se ver a sala do comando da sede da SECRETO.
RICHARD: Olha lá, Carlinhos! Pensa que eu...  Richard levantou-se; poderes em trinta por cento, suficiente para lhe dar força e velocidade tal que quebrou a perna de Carlos com um chute. Vários outros paramilitares chegavam naquela ala do laboratório para auxiliar os demais no combate aos agentes da SECRETO.
RICHARD: Pensa que eu dou ponto sem nó?! Olha lá o que vai acontecer na sede do seu grupinho patético!
CARLOS: Arghhhhh, minha perna... Droga! Não!
Pouco antes de acontecer aquele embate entre os sete agentes e os vilões, na sede da SECRETO, o presidente Getúlio e a diretora interina Shirlei estavam preocupados por terem perdido o contato com aqueles sete.
SHIRLEI: Analista, conseguiu estabelecer contato com alguém?!
ANALISTA: Não, senhora! Depois que o Carcará fez aquela aterrissagem forçada, o rádio deve ter quebrado!
GETÚLIO: Calma, senhora Shirlei! Eu confio no potencial dos agentes!
SHIRLEI: Ai, senhor presidente... Peço a Deus que esteja tudo bem com eles!
De repente, um dos agentes recém recrutados levantou-se de seu banco e, rapidamente, deu uma gravata no presidente e o ameaçou com uma faquinha que ele trouxera escondido consigo. Em paralelo, os demais novos agentes  aos quais o presidente daria posse, desarmaram os militares que vieram com o presidente e renderam a todos. Um deles, sargento fuzileiro Jonas, apontou na arma para a barriga de Shirlei.
SHIRLEI: Que significa isso?!
JONAS: Humpf! Isso é um recado de Richard! O senhor presidente achou que ia dar posse a todos nós hoje?! É um imbecil e tenho nojo de servir a uma pátria liderada por pessoas assim! O senhor não passa de um burocrata!
GETÚLIO: Como isso é possível?!
JONAS: Simples: Richard comprou a todos nós, inclusive o ministro da Defesa que foi quem informou ao senhor sobre os novos agentes recrutados para essa tal de SECRETO! Aí ele sugeriu ao senhor fazer a cerimônia de posse aqui mesmo, onde todos vocês vão morrer, desde que o senhor, senhor presidente, desative esta autarquia!
GETÚLIO: Jamais, sargento! - o homem que lhe ameaçava com a faquinha pungiu-a com mais força contra seu pescoço - Arghhhhh!
JONAS: Se o senhor não o fizer, eu vou atirar na barriga desta mulher!
SHIRLEI: Eu sou a diretora interina...
JONAS: Você não passa de uma roceira! Nem treinamento militar você tem para ser digna de ocopar este posto!
VALMA: Pode desativar esta autarquia, destruir esta instalação, mas os nossos homens estão lá na Fábrica de Maldades dando um fim naqueles horrores! E vocês não tem como impedir isso!
JONAS: De fato! Por isso você, Shirlei, vai entrar em contato com essa freqüência que o cabo Ferreira vai te passar e falar com seu marido, Carlos, pra ele se entregar às autoridades americanas pelas mãos de Richard! Humpf! Vão todos morrer na cadeira elétrica! Tão pensando que lá é Brasil!
GETÚLIO: Seu corrupto! Vou mandar fuzilar vocês todos! Como que recrutaram vocês?
JONAS: Vai me dizer que o senhor é santinho?! Anda, entre em contato com esta freqüência! E sem gracinha, ein!
SHIRLEI: Sim...
Shirlei, então, fez um gesto característico para o analista de modo que ele,  de modo imperceptível, acessou o sistema da TD-540, a qual, por seu turno, acessou seu banco de dados temporal e mostrou o que estava acontecendo na SEDE  da SECRETO para aqueles sete agentes liderados por Carlos. Em seguida Shirlei acessou aquela freqüência e contactou, na verdade, a mente de Richard, mas não logrou êxito pois ele ainda não havia recuperado a totalidade de seus poderes.
Na fábrica de Maldades, Carlos e os seus homens observavam a tudo o que estava acontecendo na sede da SECRETO. Porém, isso lhe era um ponto forte pois sabia exatamente o que estava se passando, o que o impediria de acreditar nos blefes que o sargento Jonas certamente iria usar para o persuadir.
RICHARD: Essa imagem não estava nos meus planos, Carlos! Se eu descobrir quem acessou o banco de dados temporal da TD-540, eu vou mandar aqueles meus soldados arrancarem a cabeça do cidadão!
CARLOS: Kkkkk! Assim não tem como eles mentir, né?! Acha que minha esposa, só porque tá grávida e veio da roça não é capaz de lidar com essa situação?! - levou um soco de Richard na cara.
RICHARD: GRRRRRR! Eu vou... - poderes recuperados o suficiente para que Shirlei entrasse em contato com ele - ...Ah! Como vão vocês, confrades?! Que patético!
JONAS: Senhor Richard, aguardando ordem para matar a todos aqui!
RICHARD: Ô Jonas, procure descobrir quem acessou a TD-540... Eles tão vendo tudo o que está acontecendo aí! Afff... Pior que eu nem posso controlar essa esferinha e nem posso pegá-la por que está intangível!
JONAS: Sim senhor!
TD-540: "Carlos!" - assumiu o controle da roupa dele e lhe falou a mente - "Precisa se curar logo! Olhe os seus homens!"
CARLOS: "Sim... A roupa já está curando a minha fratura e outros ferimentos!"
TD-540: "Mas pq não vejo os nano-robos?!"
CARLOS: "Estão invisíveis! Quero que faça o seguinte... Você pode viajar na velocidade da luz?!"
TD-540: "Posso atingir um quarto dela..."
CARLOS: "É o suficiente"
A perna de Carlos estava curada. Ele se levantou, para espanto de Richard. Hugo lutava contra Capitão Teratismo, mas este estava prevalecendo: já havia ferido Hugo muitas vezes com seus poderes, mas sua roupa o curava, mas o estoque de materiais de primeiros socorros usados pelos nano-robos estava acabando.
Dorian procurava se esquivar dos golpes de Linda e seus seguranças. Já havia perdido as duas pernas mecânicas e se arrastada com as mãos. Peçanha e os demais agentes lutavam contra os vários paramilitares e mercenários que apareciam, sendo que estes estavam vencendo o embate.
Na sede da SECRETO, sargento Jonas pegou o analista que acessara o banco de dados temporal da TD-540 e quebrou-lhe o pescoço com um golpe, para espanto de todos, inclusive Shirlei.
SHIRLEI: Não!!! Malditos corruptos!
VALMA: Isso não vai ficar assim! - levou um tabefe de um dos corruptos.
JONAS: Calem-se!
Subitamente, TD-540 surgiu ali dentro daquela sala. A velocidade que ela poderia atingir foi suficiente para chegar naquele local em menos de um segundo, atravessando a curvatura da Terra por meio de sua capacidade de ficar intangível. E está habilidade lhe permitiu entrar na cabeça do sargento Jonas. Dentro daquele crânio, assumiu o controle total do corpo do corrupto.
TD-540: "Deveria te matar, seu desgraçado! Tu matou o confrade que me acessou!"
JONAS: "Que isso?! Que voz é..." - cambaleou mas TD-540 logo assumiu o controle.
CORRUPTO 2: Senhor, algum problema?!
JONAS: Não, soldado, problema algum!
Na Fábrica de Maldades, todos os agentes da SECRETO perdiam as suas respectivas lutas. Carlos se desviava dos golpes cada vez mais fortes desferidos por Richard. Um dos socos, inclusive, acertou a parede e fez-lhe um buraco, para espanto de Carlos, que agradeceu a Deus por ter conseguido se desviar, o que foi percebido por Richard.
RICHARD: Kkkkkkk! Ore mesmo ao seu Deus, Carlos!
CARLOS: Você não está com todos os seus poderes, Doutor Raphael!
RICHARD: Me chamo Richard!!! - deu-lhe um empurrão que o jogou contra outra parede - Vamos, use a nanotecnologia da sua roupa para curá-lo! Sabe que estes materiais digitalizados acabam, né?! Ah... Olha só! Meus poderes voltaram! - fez surgir três seres holográficos sólidos.
CARLOS: "Roupa, não... Me cure... Use o material para criar um rifle de elétrons!"
ROUPA: "Isso vai gastar todo o material disponível, e o senhor precisa se curar, pois quebrou três costela!"
CARLOS: "Faça logo!!!"
ROUPA: "Como quiser!" - poucos segundos depois - "Pronto, rifle preparado para ser desdigitalizado ao seu comando! Material nulo!"
Richard se aproximou de Carlos e o ergueu pelo pescoço. Dorian perdera o controle de sua armadura, já que Linda retirava um a um os cabos que eram conectados à espinha dorsal do doutor. Hugo usara os últimos materiais digitalizados em sua roupa para curar as duas pernas que Teratismo havia quebrado. Este, agora, se preparava para disparar seus feixes de gelo e fogo contra o capitão Hugo, o que foi percebido em razão de seus punhos estarem energizando.
Peçanha e os outros agentes perdiam a luta para os paramilitares, porém, ao ver Carlos, Hugo e Dorian naquela situação, ele, rapidamente, mandou sua roupa criar uma pistola de pósitrons. Na verdade, pôr estar um pouco zonzo pelas pancadas que levara e também prka nessecidade que tinha de agir rápido, falou a partícula que lhe veio na cabeça. Enquanto ordenava sua roupa a fazê-lo, desconcentrou-se e levou um soco de um dos paramilitares que o derrubou no chão, onde sua roupa lhe comunicou que a arma estava pronta. Peçanha a desdigitalizou e, rapidamente, apontou contra Richard várias vezes até que fosse nocauteado por um paramilitar.
Os disparos de pósitrons causaram rombos no corpo de Richard. Um deles, inclusive, decepou-lhe a mão que erguia Carlos pelo pescoço, de modo que ele caiu. A mão decepada que lhe segurava se desintegrou como um holograma. Richard gritava de dores, mas seus ferimentos se curavam e, enquanto isso, Carlos desdigitalizou seu rifle de elétrons, apontou para os humanoides holográficos que Richard criara e disparou contra eles, destruindo-os, para espanto de Richard, o qual se preparava para socar Carlos, mas este foi mais rápido e disparou varias vezes contra a cabeça do seu antigo professor, derrubando-o de modo que caiu desacordado.
Linda, ao vê-lo, desesperou-se e, juntamente com seus seguranças, partiu para cima de Carlos, o qual lutou com perfeição contra os quatro: derrubou um com um soco na testa; nocauteou outro com um chute na tempora, e deu uma "baiana" no terceiro, de sorte que, ao cair, sua cabeça chocou-se contra uma mesa.
Linda, ao ver que ia perder a luta, procurou fugir, mas Dorian, o qual se fingiu de morto assim que viu o que acontecera com Richard, segurou-lhe o pé de modo que ela tropeçara, dando com a cabeça na parede, o que a desmaiou.
Quando Capitão Teratismo estava para disparar seus feixes de gelo e fogo contra o Capitão Hugo, este, tomando uma chapa de aço, procurou usá-la como escudo. Carlos, então, apontou seu rifle contra o monstro e puxou o gatilho. O feixe de elétrons chocou-se contra a cabeça de Teratismo de modo que o desconcentrou suficiente para que Hugo lhe cortasse as pernas com uma "espada de um metal muito duro e resistente que cortasse tudo", exatamente conforme solicitado a sua roupa que construisse.
TERATISMO: Arghhhhh! Minhas pernas!
HUGO: Agora seus punhos! - descepou-lhe os punhos e, por fim, com a face da espada, golpeou-lhe até que ele ficasse desacordado.
CARLOS: Muito bem, capitão Hugo!
HUGO: Droga! Será que matei ele?! Eu arranque as pernas fora e...
CARLOS: Fique calmo... Ele vai se regenerar... Aliás... Olhe! - apontou para os membros do monstro que estavam reaparecendo.
HUGO: "Roupa, crie duas algemas do mesmo metal da espada!"
ROUPA: "Sim senhor!" - menos de três segundos depois - "Feito! Material esgotando-se!"
Depois de Carlos prestar auxílio ao capitão Hugo, passou a lutar contra os vários paramilitares, juntamente com dois outros agentes que ainda estavam de pé. Enquanto Isso, Hugo algemava Teratismo. Em seguida, correu para tentar amparar o doutor Dorian.
DORIAN: Capitão... Eu estou bem! Só minha parte eletromecânica que está danificada!
HUGO: Tá certo, doutor! Já estamos acabando aqui! Guenta firme!
Hugo, assim, juntou-se a Carlos e os outros agentes e derrubavam vários paramilitares. Um a um, caíam ante a fúria principalmente de Carlos, o qual golpeava-os com precisão usando golpes de várias artes marciais, especialmente, o capokwondo. Nisso, Peçanha levantou-se e, em seguida, juntou-se ao grupo. Os demais agentes da SECRETO, assim como Peçanha, recobravam as forças e se juntavam aos seus confrades.
Richard, entretanto, acordou. Abriu os olhos e viu que estava perdendo.
RICHARD: Devia ter deixado aquele Feitosa te matar, Carlos! - cochichou consigo - Perdi a batalha mas não a guerra! Queriam destruir meu laboratório... Pois bem!
Richard, com um pensamento, acessou um sistema de auto-destruição da sua Fábrica de Maldades e como sempre fazia, usando seus poderes e seu pico-robo modificado pelo Elixir 25, focou em se teletransportar daquele local para a sede da Computer Master, em Nova York. No entanto, ele surgiu no meio do Oceano Índico, para espanto dele.
RICHARD: Não!!! - bradou - O que é isso?! Droga! Aqueles disparos de anti-materia danificaram meu pico-robo! Desgraçado! Pior que não consigo concertar! Não consigo recodificar! Nem compilar! Carlos... SECRETO... Brasil, vocês me pagam! Humpf! Mais uma vez o governo brasileiro me quebrou!!! Quando eu me recuperar... Vou destruir o Brasil!
Na sede da SECRETO, o sargento Jonas era controlado mentalmente pela TD-540, a qual estava intangível em sua cabeça.
TD-540: "Vamos ver, bonitão, quais as suas habilidades!"
JONAS: "Que é isso?! Ei!"
Jonas tentava controlar o seu corpo, nas era-lhe impossível: a tecnologia de controle orgânico da esfera TD-540 não o permitia fazê-lo. De repente, seu banco de dados temporal foi acessado e viu que os sete agentes da SECRETO estavam logrando êxito em sua missão.
CORRUPTO 1: Senhor, quais as ordens do senhor Richard?! Devo matar logo esse presidente?! - perguntou o soldado que pungia a faça contra o pescoço de Getúlio.
JONAS: Espere, soldado! - subitamente, agarrou Shirlei e pos a arma em sua cabeça; em seguida, falou-lhe ao ouvido - Shirlei, sou  a TD-540... Eu estou na mente deste animal.
SHIRLEI: Me solte!
VALMA: Solta ela!
JONAS: Vou provar que estou dizendo a verdade: qdveu ser um tiro no pé... - ao que Jonas respondeu mentalmente - "Vai me fazer atirar em mim mesmo! Desgraçados! Eu vou...
TD-540 retomou o controle: soltou Shirlei, apontou para o joelho do corpo que controlava e disparou, para espanto dos demais corruptos. Getúlio, ao perceber a distração de seu algoz, desarmou-o e o matou com dois tiros. Quando o viram, os agentes da SECRETO, de modo rápido, reagiram e desarmaram os outros desstentos corruptos. Shirlei e Valma partiram para cima do sargento Jonas e o cobriram de pancadas até que o desmaiaram. TD-540, assim, saiu da mente dele é se mostrou para as duas.
SHIRLEI: Humpf! Achei que era mentira, rsrsrsrs...
VALMA: Impressionante essas coisas futuristas, não acha, cunhada?!
TD-540: Ainda não viram nada! Mas olhem...
TD-540 fez surgir sua tela holográfica e, puxando de seus dados temporais, mostrou-lhes os sete agentes obtendo êxito em sua missão. Shirlei, porém, notou que, em uma das telas da Fábrica de Maldades, havia algo como um cronômetro, sob o qual havia um texto bem inglês o qual ela traduziu.
SHIRLEI: Nossa! Auto-destruição ativada! TD-540, consegue avisá-los?!
TD-540: Sim, senhora diretora! - voltou para a Fábrica de Maldades do mesmo jeito que chegara ali.
GETÚLIO: Homens! - referiu-se aos militares que estavam com ele e que não estavam corrompidos e aos agentes da SECRETO - Prendem estes corruptos!!!
MILITARES E AGENTES: Sim, senhor, presidente! - responderam em uníssono.
GETÚLIO: E daí, diretora?! Como vai os nossos agentes?!
SHIRLEI: Senhor presidente, eles conseguiram atingir k objetivo: a TD-540 me mostrou uma imagem temporal do que estava ocorrendo lá... Afff...
GETÚLIO: Que foi, senhoras?!
VALMA: Aquele tal de Richard ativou a auto-desttuoção do laboratório! Tomara que TD-540  consiga tirar eles de lá!
SHIRLEI: Deus há de salvá-los!
Na Fábrica de Maldades, Carlos já estava ciente de que tinha pouco menos de dez minutos para saírem daquele local, sob pena de sucumbir junto com aquela instalação. Já haviam prendido todos os paramilitares e tinha de tirá-los dali também, afinal, pensava ele, todos merecem um julgamento digno.
PEÇANHA: Cara, como vamos levar estes meliantes conosco?!
DORIAN: Deixe-os morrer, senhor Carlos!
CARLOS: Não! Olhem, TD-540 voltou!
TD-540: Carlos, sinto dizer mas... Estou muito fraca..  estes acesos ao meu banco de dados temporal, essas viagens em um quarto da velocidade da luz... Afff... Me deixou muito fraca... Não vou poder tornar todos intangíveis... Só vocês sete...
PEÇANHA: Pô?! Nem o doutor Dorian?!
DORIAN: Eu já estou morto... Carlos, deixe-me aqui que... Assim eu pago meus pecados... Você tem uma esposa e um filho que vai...
CARLOS: Ninguém vai morrer!!! TD-540, leve-me até o Carcará!
HUGO: O que vai fazer?!
CARLOS: Vou trazê-la aqui!
DORIAN: Mas Carlos, ela não vai caber aqui...
CARLOS: Eu sei... Vou recpnfigurá-la para que ela fique parte intangível e parte tangível... se em três minutos eu não conseguir, vou carregar TD-540 um pouco para que ela salve o máximo que puder, começando por vocês...
HUGO: E porque voce não a carrega logo?!
TD-540: Humpf! Se ele fizer isso, o Carcará não via mais, só pra vocês terem uma noção!
CARLOS: Respondido, capitão?! Vamos, TD, não podemos mais perder tempo!
Carlos, assim, segurou-se na TD-540 e ela o tornou intangível. Em seguida, flutuou e o levou até o Carcará. Chegando lá, logo tratou de carregá-la, de maneira que, agora, ela poderia trazer mais oito pessoas consigo. Por outro lado, essa carga deixou Carcará com combustível tão baixo que apenas mal lhe permitiria fazer uma viagem até a sede da SECRETO.
Carlos, correu até os sistemas da nave, em especial, acessou o referente a capacidade bde intangibilidade do Carcará. Logo ligou seu computador holográfico e o conector ao referido sistema através de um cabo também holográfico. Fez várias rrconfiguraçors, recodificou códigos, compilou-os: erro desconhecido. Mais uma vez: erro desconhecido. Outra vez: impossível depurar.
CARLOS: Deus! Me ajude! Permita que eu consiga salvar a todos lá embaixo! - mais uma vez: erro em tempo de execução.
TD-540: Poderia ter pensado nisso antes, senhor Carlos!
CARLOS: TD, fique quieta! Mas tem razão! Droga, faltam apenas trinta segundos!
TD-540: Vai conseguir salvar todos, Carlos! Conforme meu banco de dados temporal, você atinge esse objetivo!
CARLOS: Então, plugue-se neste console e assuma o controle!
TD-540: Hum... Pra que eu fui falar... É isso mesmo que você faz... Afff... Descarregar é muito dolorido... Mas deve ser rápido lá em baixo, ein?! Eu tô na espinha!
TD-540, assim, plugou-se no console e assumiu aquele controle de intangibilidade. Carlos correu para o cokipit da nave, ativou a intangibilidade e entrou terra a dentro naquela instalação. Faltavam menos de dois minutos para na explosão.
Chegando na área do laboratório, Carcará ainda se mantinha intangível até que chegou no ponto onde estavam os agentes e os paramilitares presos. Carlos acessou TD-540 que fez com que parte da nave ficasse intangível, de modo que os tripulantes começaram a entrar. A cabine, onde Carlos pilotava, estava intangível e dentro da terra. A parte de baixo estava tangível.
Todos haviam entrado, exceto Hugo e Peçanha, os quais tentavam trazer o doutor Dorian, arrastando-o. Carlos, ao vê-lo, desceu da nave e foi ajudá-los.
TD-540: Vamos, Carlos... Estou... Quase descarregada... Se isso acontecer... Essa nave vai se partir em dois... Faltam trinta segundos para a explosão... - falou através do megafone do Carcará.
CARLOS: Ok... Senhores, vou ajudá-los... - disse pegando nas mãos mecânicas de Dorian.
DORIAN: Carlos, Hugo e Peçanha, me deixem, por favor... Salvem-se... Eu tenho que pagar pois ajudei Richard...
HUGO: Não fale besteira, doutor!
PEÇANHA: Vamos, confrade!
CARLOS: Sem mortes, doutor!
Faltando dez segundos para a Fábrica de Maldades explodir, os quatro entraram no Carcará. A comporta se fechou. Torquato assumiu o controle e, a medida que a nave subia, ela se tornava intangível. Torquato acelerou o Carcará, que agora, velozmente, avançava terra a cima. Quando surgiu na superfície, TD-540 se descarregou e Carcará voltou a tamgibilidade quando um parte da turbina traseira ainda estava na terra, ocasionando um dano que, só por um milagre, aqueles sete bravos agentes da SECRETO chegariam ao seu destino.
TORQUATO: Carlos, perdemos a turbina traseira!
CARLOS: Droga! Oh, Deus, ajude-nos!!!
HUGO: Calma, amigo, ainda temos as turbinas das asas!
DORIAN: Poxa, vocês tinham de ter me deixado lá!
PEÇANHA: Doutor, não seja rude consigo mesmo!
CARLOS: Sim, doutor! Você foi de suma importâ... Nossa, vejam! Torquato, pisa fundo!
A Fábrica de Maldades explodira de tal modo que o deslocamento de ar chegou a  fazer com que Carcará, que já estava a mais de cinco quilômetro da borda da Fábrica de Modo, perdesse um pouco da estabilidade. A explosão durou alguns poucos minutos após os quais, formou-se uma cratera enorme.
HUGO: Nossa mãe! Os americanos vão declarar guerra ao Brasil por isso!
PEÇANHA: Olha o tamanho daquele buraco! Estamos ferrados!
DORIAN: Se a CIA descobrir, nós estamos mesmo!
CARLOS: Senhores, esqueçam isto! Eu falei para o presidente para avisar aos gringos sobre o que poderia acontecer aqui hoje!
HUGO: Ah, eh! Eu sei que os Estados Unidos é o berço destas histórias de ficção, mas duvido que eles vão acreditar!
CARLOS: Eu mandei TD-540 acompanhar o presidente Getúlio numa reunião com o alto escalão dos americanos... - todos ficaram boquiabertos - ...quando eles viram do que Richard e a Computer Master é capaz, eles desistiram de tentar enfrenta-los... Não por medo ou falta de coragem, mas provavelmente pensando que, "qualquer problema, é com os brazucas mesmo e nós saímos ilesos e ainda ajudaremos a tacar as pedras, já que estão se oferecendo..."
HUGO: Imagino...
PEÇANHA: Então eles vão nos tacar muitas pedras pelo que fizemos lá no Alaska... - já estavam sobre o Panamá, tamanha era a velocidade do Carcará, ainda que com apenas duas turbinas.
CARLOS: Humpf! Relaxem... Eles tem coisas mais importantes para se preocuparem do que um buraquinho daquele no meio do nada congelado!
TORQUATO: Carlos, receio que nós também tenhamos coisas mais importantes para lidar agora... Nisso combustível está acabando e será insuficiente para chegar-mos à sede... Além disso corremos o risco de o dano na parte traseira estragar outras peças da nave...
CARLOS: Fique tranquilo, tenente... Deus está conosco!
Faltando dez quilômetros para chegarem no Pão de Ló, o combustivel havia esgotado. Carcará apenas planava e perdia velocidade. Carlos havia contido os estragos que o dano na turbina traseira estava causando.
CARLOS: Torquato, faça os procedimentos normais para entrar na sede!
TORQUATO: Sim, senhor! - ao dizê-lo, iniciou os tais procedimentos.
HUGO: É, amigo! Tô impressionado, mais uma vez, com este pássaro! Olha que ele já havia sofrido aqueles disparos e caído daquela forma,bdepois aconteceu o que aconteceu e ainda boa mesmo sem combustível...
PEÇANHA: É, polícia... Se eu soubesse que tu era esperto assim... Teria colocado você pra digitar mais ofícios naquela máquina de escrever!
CARLOS: Deus me livre! - do que todos riram - Obrigado pelos elogios, mas Deus é quem dá inteligência ao homem para construir tudo o qu e existe! Ademais, o tenente Torquato é que é um exímio piloto!
HUGO: Por isso o escolhemos!
TORQUATO: Obrigado, senhores!
DORIAN: Senhor Carlos, depois de tudo isso, eu vejo que, de fato, esse Deus existe mesmo e nos ajudou... Por isso... Hoje deixo de ser ateu!
CARLOS: Muito bom ouvir isso, doutor!
PEÇANHA: Humpf! Eu ainda tenho minhas dúvidas... - Carlos mebeou a cabeça negativamente, reprovando a atitude do delegado - Mas enfim, confrades...
CARLOS: Confrades... Humpf! É assim que nos chsmqremos um ao outro de agora em diante e foi TD-540 quem nos mostrou isso do futuro... Interessante, não acham?
O Carcará chegara na sede e, mesmo sem combustível, efetuou as nanobras necessárias e o curral do casebre se fechou. Chegando na base, os agentes foram recepcionados com festas. Shirlei correu e abraçou seu marido com tanta força que quase o esmagou. Valma fez o mesmo com Hugo. Os agentes restantes juntaram já paramilitares com os corruptos e os entregaram aos militares que acompanhavam o presidente Getúlio.
GETÚLIO: Grande Carlos! Parabéns a vocês todos, senhores! Salvaram não só o Brasil, mas o mundo!
CARLOS: Obrigado, senhor presidente!
GETÚLIO: Sabe onde o Richard pode estar?!
CARLOS: Humpf! Certamente ele deve estar em qualquer lugar exceto aquele para onde desejou ir! Kkkkkk!
GETÚLIO: Não entendi...
CARLOS: Senhor, elos disparos que ele levou desconfigurou-lhe o pico-robô na certa! Por um bom tempo, em nome de Jesus, ele não vai causar problemas!
GETÚLIO: Hum... Entendi! E vocês não o mataram para evitar um colapso no Universo, não é?
CARLOS: Sim... O senhor está mesmo com a mente mais aberta, rsrsrsrs....
HUGO: Carlos, vem aqui... Precisa ver isso! - Carlos foi e entrou no Carcará juntamente com sua esposa, o presidente e outros.
DORIAN: Hehehe.... Eu falei... Pra vocês me de... Deixarem lá... Cof... Cof...
CARLOS: Do que você tá falando, doutor?!
DORIAN: Eu... Estou... Morrendo... - Hugo o virou e mostrou suas costas desplugadas da armadura.
CARLOS: Não! Eu não tinha visto isso! Droga! Vamos, carreguem-no para a emferma...
DORIAN: Já era, Carlos... Eu... Estou... Mor... Olha... Que música é essa... Nossa! - esboçou um sorriso e morreu.
Todos choraram na morte do doutor. Ele não podia mais ser desplugado da sua armadura, mas linda o havia feito durante o embate dos dois, lá na Fábrica de Maldades.
CARLOS: Droga! Perdemos um confrade!
GETÚLIO: Acalme-se, Carlos! Não foi sua culpa!
CARLOS: Sim, foi sim! Eu deveria ter aceito este encargo desde aquele episódio de Atafona! Mas não...
SHIRLEI: Querido... Deus sabe o que faz...
CARLOS: Eh... De fato... Bom, pelo menos ele não morreu em vão!
Alguns dias depois, Richard havia se recuperafo integralmente dos ferimentos dos pósitrons e elétrons. No entanto, ele ainda não conseguia de teletransportar pra quando é onde desejasse. Tanto que, da última vez, ele parou em algum lugar da Espanha, de onde tomou um avião para a sede da Computer Master, em Nova York.
RICHARD: Ah, Carlos! - disse de dentro do avião - De amigo a inimigo! Vou dar a vocês um certo descanso, mas queria ver vocês ligarem com o que está por vir! Kkkkk!
Enquanto isso, na sua casinha no Pão de Ló, Carlos e Shirlei curtiram seu filho, Samuel. Também estavam ali Hugo, Peçanha, Torquato e alguns outros amigos e parentes, como seu Hermenegildo e dona Bruna. Peçanha chamou Carlos, Hugo e Torquato num canto para conversar.
PEÇANHA: Esse garoto não puxou a você, polícia! Ele é bonito!
CARLOS: Rsrsrsrs... Sim, de fato... Puxou a mãe... Afff... Queria que o doutor Dorian estivesse aqui...
HUGO: É uma pena mesmo... Mas ele está muito melhor que nós, num lugar muito melhor que a Terra!
CARLOS: Sim! Lugar melhor não há nesta dimensão!
PEÇANHA: Bom, chega de proselitosmo científico... Carlos, uma nova missão nos espera... TD-540, mostre a ele!
TD-540: Sim, senhor delegado! - disse saindo bda invibilifade e intangibilidade.
CARLOS: Ué?! Veio ver meu filho Samuel, sua danadinha... Vacilona! Aliás, tu me disse que ninguém ia morrer naquele dia, né?!
TD-540: Foi um protocolo de mentira, que Cristiane implantou em mim... Se eu te disse que haveria mortes, você ficaria nervoso e não conseguiria fazer o que fez!
CARLOS: Hum... Tá certo... Bom, diz aí o que está pegando...
TD-540: Sim... Estão ocorrendo coisas estranhas no Ceará... Há relatos de habitantes locais sobre seres a que eles chamem de "capiroto"...
HUGO: Era só o que faltava! Deve ser coisa da Computer Master!
TD-540: Não é! Eu pesquisei em meu banco de dados temporal! Trata-se de seres interdimensionais...
PEÇANHA: Olha aí, por isso não me converti!
CARLOS: Peçanha, acha difícil para um Deus que criou o Universo, criar uma outra dimensão?! Eu já vi relatos destes seres na minha época... Nunca tivemos contatos ncom eles pois são, em sua maioria, hostis!
HUGO: É, podem ser mesmo... Será que são...
CARLOS: Não... É uma comunidade isolada em outra dimensão! Outra física... Para nós são seres feitos inteiramente de luz!
TD-540: Sim, alguns deles são do bem, tanto que uma patrulha estabeleceu sua base na Noruega... É que eles ficam perdidos com nossa estrutura espacial...
HUGO: E então, Carlos?! Quais as ordens?!
CARLOS: Bom, vamos viajar para Noruega e encontrar está patrulha para oferecer ajuda!

SECRETO - PARTE IOnde histórias criam vida. Descubra agora