Prológo

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Quando criança sonhava em ser como minha mãe, porém, com o passar dos anos foi ficando cada vez mais difícil vê-la com os mesmos olhos. Aos sete anos de idade perdi meu pai em um acidente de avião, quando viajávamos para Oakland na Califórnia com um único interesse, encontrar minha mãe, que havia viajado com a desculpa que desfilaria para uma grande loja de roupas de grife.

Até hoje consigo lembrar-me dos gritos que fazia meu pai enquanto era queimado vivo. Havia 524 pessoas naquele voo e apenas 46 sobreviveram, incluindo eu. Algumas pessoas que sobreviveram ficaram tetraplégicas e outras perderam membros do corpo. Na época qualquer acidente de avião passava nas televisões de toda América. E graças a um desses jornais americanos minha mãe conseguiu me achar e me levou para morar em New York nos Estados Unidos, onde passei grande parte da minha infância fazendo terapia e sendo encaminhada como modelo pelo meu padrasto, que era assessor de diversas modelos internacionais. Talvez tenha sido por isso que minha mãe se casou com ele, por fama.

Apesar de ter uma vida de luxo existiam varias regras a ser seguida naquela casa, minha alimentação era reduzida e só era permitido comer de três em três horas, havia hora para dormir e para acordar, não podia sair de casa e pelo menos uma vez na semana tinha aulas de etiqueta.

Quando completei dezesseis anos já possuía uma conta no banco com bastante dinheiro para estudar e morar longe, graças a meu emprego como modelo. Por tudo que aconteceu na minha vida muitos me consideravam uma jovem rebelde, mas por possuir cabelos loiros e compridos, olhos verdes, vestir 34 e ser filha de Michele Cooper muitas empresas me procuravam para modelar, descartando todas as minhas imperfeições.


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