Prólogo

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Existem muitas diferenças entre a vida que cada um tem, porém existem alguns fatos que não podem ser alterados não importa o que aconteça. algumas coisas são inevitáveis e incontroláveis na vida de todo ser humano, como por exemplo o fato de que todos nós nascemos, e se nascemos, inevitavelmente também chegará o momento de nossa partida. Além disso, existe uma infinidade de coisas que podemos fazer dentro do período de um segundo, desde o bater de asas de uma borboleta, até um fato que pode mudar toda sua vida para todo o sempre, e era isso que a família White estava prestes a descobrir.

O rádio estava ligado e nele se passava uma canção alegre enquanto Angel descia as escadas com seu melhor vestido branco,um sorriso no rosto ao ver Ed e Max mais uma vez discutindo por causa do vídeo game, ou por notar a pequena Nina que estava brincando com suas milhares de bonecas o qual todos eram obrigados a saber o nome, Angel tinha quase certeza de que aquela era Belinda, mas também poderia ser Juliet.

— Angel, papai e mamãe vão chegar logo? — Nina pergunta interrompendo os pensamentos de Angel.

— Vão sim querida. — A irmã mais velha responde sorrindo.

— Você promete? — A pequena insistiu.

— Prometo. — Angel lhe deu um beijo e Nina se viu satisfeita.

Logo à frente vinha Ben trazendo alguns pratos para pôr na mesa. Ben sempre mais contido e com o rosto sempre acompanhado de seus óculos de armação antiquada, tinha um jeito de ser bastante perfeccionista.

E logo atrás Katherine trazia uma salada. A garota Kate é conhecida por sua simpatia.

— Angel, será que papai e mamãe vão gostar da salada que eu fiz?

Angelina sorri.

— Claro que sim, Kate.

As duas sempre foram muito amigas.

Ed e Max então trazem cada um uma jarra, em uma havia ponche de morango e na outra refrigerante, todos estavam fazendo sua parte para o jantar ser perfeito, como era um feriado a maioria dos empregados haviam sido dispensados, então depois de pôr tudo na mesa todos decidem que já é hora de sentar e esperar a hora que a buzina do carro vai apitar. Algumas horas se passam e nada.

Pior que já se faltavam poucos minutos para o réveillon e os pais dessas crianças não chegavam. A comida na mesa começava a esfriar.

— Eles devem ter tido um contratempo. — Ben acalma os irmãos.

Meia hora se passa e nada.

A comida na mesa já havia esfriado. E pior, faltavam agora poucos segundos para o novo ano entrar e os pais deles ainda não haviam chegado.

E então quando Angel já ia telefonar.

Alguém bate na porta.

Ela vai atender toda feliz. Seus irmãos já estavam com sorrisos nos rostos, estavam com muitas saudades, foram duas semanas longe dos pais. Só estranharam o fato de não terem buzinando como era a tradição, deviam estar muito ansiosos, assim como eles.

E então quando Angel abre a porta percebe que aqueles não eram seus pais.
E sim dois policiais.

A contagem do ano novo começou.

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— Vocês são parentes de Samantha e George White?

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— Somos filhos porquê?

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— Sinto em informar que o carro que eles vinham dirigindo sofreu um acidente...

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E naquele momento a sala onde havia sete crianças e agora dois policiais ficou em completo silêncio, até mesmo Ed e Max que eram os mais falantes se calaram, até que Ben cortou o silêncio, visto que as palavras parecem fugir da boca de Angel.

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— E como eles estão? — Perguntou ao policial.

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— Sinto muito em informar que infelizmente eles não resistiram. — O policial mais baixo anunciou de maneira solene.

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E então o silêncio que havia foi substituído por gritos de desespero, por choro.

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— Isso é mentira, vocês devem ter confundido! — Angel falava com o rosto encharcado.

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— Sinto muito, mas é a mais pura verdade. — Conferimos os documentos.

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Os fogos de artifício soaram anunciando o novo ano que entrara. A família White comemorou com lágrimas.

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